O prefeito Gilberto Kassab (DEM) confirmou que fechou mesmo um acordo com o PMDB de Orestes Quércia. Diplomático, disse que deseja inserir na articulação o PSDB de Geraldo Alckmin.
“A aliança com o PMDB não é com o Democratas. Ela está sendo feita com o candidato do PSDB e DEM”, disse Kassab. “No PSDB, o candidato é o Geraldo Alckmin. Se ele for o candidato [da aliança], contará com o nosso apoio porque o importante é manter a aliança”.
Trata-se, obviamente de uma lorota. A única hipótese de inserção do tucanato na costura ‘demo’-peemedebista seria a desistência de Alckmin de levar o seu nome à cédula de 2008. Alternativa que os aliados do ex-governador se apressam em refutar.
“Já estamos conversando com outros partidos, como o bloquinho [PSB, PCdoB e PDT], o PTB e o PV”, afirmou o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP), lugar-tenente do candidato tucano. “Alckmin é um candidato forte nas pesquisas e popularmente forte, por isso buscamos alianças fortes para ele.”
DEM e a ala do PSDB alinhada a Alckmin travam agora uma queda-de-braço pela definição da data da oficialização das candidaturas. A Kassab interessa protelar, para submeter o rival a um processo de desidratação política: “Decidiremos tudo até o dia 30 de junho.”
A Alckmin interessa apressar. “A orientação da Executiva Nacional é para que as candidaturas sejam anunciadas o quanto antes, para que seja possível articular alianças e iniciar as campanhas o quanto antes”, disse Silvio Torres.
Ao atrair Quércia para o seu lado, além de se fortalecer como opção a Alckmin, Kassab impôs uma derrota ao petismo. Os operadores da candidatura de Marta Suplicy (PT) davam de barato que o PMDB paulistano cairia no colo da ministra do Turismo. Resta agora saber, para além do tempo de TV, se a sociedade com Quércia dá ou tira votos.
Fonte : Blog do Josias
Rizzolo: Já disse em várias outras ocasiões sobre a atual vocação do PMDB, principalmente em São Paulo. Podemos observar pelas manobras políticas, que o antigo partido que foi uma trincheira da luta democrática, hoje nada mais é do que uma “empresa de transferência de votos”, utilizam-se da máquina partidária, da estrutura montada para barganhar politicamente, no ” quem dá mais leva”.
O que comprova isso, é a aproximação e o recuo, estavam próximos do PT, de repente, não mais que de repente, se unem a Kassab, pura negociação e interesses. É, precisamos de uma reforma política patriota, mas aí vem algumas perguntas que não querem calar: Como fica a esquerda do PMDB em São Paulo? Como ficaria o projeto de Michel Temer e outros na aproximação do PMDB com o PT? No meu entender não foi uma boa escolha do Quércia, isso vai gerar com certeza muito conflito interno no partido.
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