Marta e Alckmin permanecem na liderança em SP, mostra Ibope

A ex-prefeita Marta Suplicy (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) estão na frente na disputa pela prefeitura de São Paulo em pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira. O prefeito Gilberto Kassab (DEM) permanece em terceiro lugar.

A sondagem foi encomendada ao Ibope pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo e Região (Setcesp).

Marta, cuja candidatura será oficializada no próximo domingo, tem 31%, tecnicamente empatada com Alckmin, que recebeu 25% das indicações dos entrevistados em São Paulo. Kassab teve 13% das indicações.

Em relação à pesquisa divulgada em 3 de junho, Alckmin e Marta variaram dentro da margem de erro de 4 pontos percentuais, enquanto Kassab se manteve estável. No início do mês, Marta tinha 30% e Alckmin, 28%.

“É provável que esses níveis se mantenham até o início da campanha eleitoral na TV em agosto, até porque o atual prefeito não tem uma marca personalista e os outros principais candidatos já são conhecidos”, disse a jornalistas Hélio Gastaldi, diretor do Ibope.

Em um eventual segundo turno, Alckmin bateria Marta por 49% a 41%. Se a disputa for com Kassab, a petista venceria por 50% a 36%. Se os adversários forem Alckmin e Kassab, o tucano teria 54%, enquanto o prefeito ficaria com 25%.

Dos três candidatos, Alckmin tem o menor índice de rejeição, com 14%. Kassab tem 27% e Marta, o nível mais alto, com 32%.

“O índice de rejeição do candidato Alckmin é muito abaixo da média de quem tem vida pública. Normalmente, para quem está nesta condição, o índice fica entre 20 e 30 pontos”, comentou Gastaldi.

O instituto realizou 602 entrevistas entre os dias 21 e 23 de junho. Alckmin e Kassab já tiveram as candidaturas formalizadas em convenção de seus partidos.

Folha online

Rizzolo: É claro que ainda é cedo para uma maior avaliação. Geraldo Alckmin possui a menor rejeição face ao fato de ser muito conhecido na capital e desenhar um perfil mais paulista de governar, alem disso existe uma maior empatia com a classe média. Já Marta fez um ótimo governo, propôs medidas de inclusão social, e tem o apoio do presidente Lula; o que precisamos ver é a capacidade de transferência de votos por parte de Lula. Kassab, um nome novo, crescendo, provavelmente apoiará Alckmin num segundo turno. Aguardaremos o desenrolar das pesquisas no decorrer da campanha.

Índios pedem apoio britânico para reserva de Roraima

Dois índios brasileiros se reuniram com parlamentares britânicos nesta quarta-feira em Londres em busca de apoio internacional para a reserva indígena Raposa Serra do Sol.

Jacir José de Souza, da tribo Makuxi, e Pierlangela Nascimento da Cunha, da tribo Wapixana, se reuniram com parlamentares de uma comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico.

A reserva indígena tem sido alvo de disputa entre plantadores de arroz e índios. Na segunda metade deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se a homologação das terras, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2005, é constitucional.

Uma das ações contra a reserva indígena é do governo do Estado de Roraima – que contesta o laudo antropológico no qual o governo federal se baseou para homologar reserva em área contínua.

Interferência

No encontro, os dois índios falaram aos parlamentares sobre a disputa no STF do governo de Roraima contra a homologação da reserva.

“Nós não estamos pedindo parte financeira não. Nós estamos apenas pedindo às autoridades (internacionais) para que elas nos ajudem a confirmar a nossa terra que esta demarcada e registrada”, disse Souza à BBC Brasil.

Uma das entidades que apoiou os índios na viagem à Europa, a Survival International, afirmou que “não espera a interferência dos parlamentares em assuntos internos do Brasil”, mas apenas quis ajudar a “levar aos parlamentares a história dos índios”.

A Survival International, que é sediada em Londres, afirma que a viagem foi financiada pelos próprios índios através do Conselho Indígena de Roraima, entidade que foi fundada por Jacir José de Souza.

Após o encontro com os índios brasileiros, os parlamentares britânicos se disseram “simpáticos à causa”, mas que dificilmente poderiam interferir no assunto, que cabe ao judiciário brasileiro.

“Eu gostaria de ver a demarcação da área tribal protegida”, disse à BBC Brasil o diretor da comissão multipartidária sobre povos tribais do Parlamento britânico, o deputado liberal-democrata Martin Horwood.

“Nós respeitamos os processos legais que estão acontecendo no Brasil e nós não temos intenção de interferir nisso, mas seria uma vergonha se o bom histórico do Brasil de reconhecimento de direitos indígenas for manchado pelo resultado deste caso.”

Além da Grã-Bretanha, os índios brasileiros também visitarão grupos na França, Itália, Bélgica e Portugal. Eles já estiveram na Espanha.

A reserva Raposa Serra do Sol foi homologada em 2005 por um ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As terras ocupam 1,7 milhão de hectares em Roraima, perto da tríplice fronteira de Brasil, Guiana e Venezuela.

Existem mais de 30 ações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a demarcação da reserva indígena de forma contínua.

Neste ano, a Polícia Federal tentou retirar da reserva produtores de arroz que há anos ocupam parte da terra indígena, supostamente com o consentimento de parte dos índios.
Agência Estado

Rizzolo: Realmente chega a ser hilário o ponto em que o Brasil chegou no tocante ao desgoverno, principalmente nas questões sobre a soberania nacional; questões de ordem interna nacional são internacionalizadas com o propósito de “alavancarem” apoio de outros países, cujos principais interessados são essas próprias ONGS, que por sua, representam esses países. A desculpa de que ” não tem eles a intenção de interferir nisso, mas seria uma vergonha se o bom histórico do Brasil de reconhecimento de direitos indígenas for manchado pelo resultado deste caso “, é um exemplo do grau de ingerência externa que alcançamos. Entendo que ao invés do nosso governo se preocupar em voz uníssona com Chavez contra a política anti-imigração européia, deveria sim rechaçar o comportamento dessas ONGS visando os interesses que não são da nação brasileira, mas sim da nação indígena, futuro porto seguro na ocupação e da internacionalização da Amazônia, ou como dizem eles do ” compartilhamento da Amazônia”. Será que ninguém vê nada ou apenas eu sou o louco?

Lula e Chávez querem agilizar entrada da Venezuela no Mercosul

BRASÍLIA – Em encontro nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedirá ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que agilize as negociações comerciais para o ingresso do país no Mercosul.

Lula fará uma breve visita a Caracas na sexta-feira, quando também será discutido o aprofundamento da integração energética entre os dois países, disse a jornalistas nesta quarta-feira o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.

A concretização do ingresso da Venezuela como sócio pleno do Mercosul –bloco em que participam, além do Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai– depende da aprovação dos Congressos brasileiro e paraguaio.

Mas Baumbach, descartando uma permissão imediata por parte dos parlamentares, informou que agora a Venezuela tem que cumprir requisitos técnicos.

Ele disse ainda que Caracas não apresentou as listas de suspensão de impostos sobre produtos brasileiros.

“O Brasil vai tentar garantir o compromisso da Venezuela de agilizar as negociações bilaterais para seu ingresso no bloco”, disse.

“É de especial importância a apresentação das listas de suspensão de impostos de produtos brasileiros, necessárias para finalizar o processo de adesão”, acrescentou.

Lula e Chávez também discutirão a criação de uma zona de integração e desenvolvimento na fronteira, incluindo uma “área de controle integrado” para facilitar o deslocamento de pessoas e bens mediante a coordenação de tarifas e de imigração.

Também vão abordar um possível acordo de cooperação energética, que incluiria a previsão de venda de energia quando um dos países precisar. Vão discutir ainda os próximos passos da União de Nações Sul-Americanas (Unasur), criada no mês passado, e do Conselho de Defesa Regional, uma iniciativa do Brasil. (Reportagem de Raymond Colitt)
Agência Estado

Rizzolo: O governo Lula desta feita tenta dar uma versão de falta de requisitos ” técnicos ” para a entrada da Venezuela, quer na verdade levar o debate para questões técnicas e não política. Ora, como podemos aceitar hoje do ponto de vista político a entrada da Venezuela no Mercosul? Desde a época em que estive na Venezuela, há um ano atrás, muita coisa mudou. Chavez se desmoralizou perdendo o referendo, ficou provado sua participação e suas relações com as Farc, e as questões relativas à democracia na Venezuela pioraram. Agora o problema é a pressão da esquerda brasileira, que pouco estão preocupadas com as Farc, querem mais a demarcação contínua das nossas reservas, e no fundo aplaudem as trocas de email que provadas foram entre Chaves e as Farc. Enfim a nova estratégia petista para a Venezuela: levar o debate para o âmbito técnico. E observem que agora o presidente Lula combinou o discurso “anti imigração europeu” afinado com Chavez, em sua revolta contra as novas política de contençõa à imigração nos países da Europa. É brincadeira, viu!. Ainda bem que eu desisti do ” socialismo bolivariano” a tempo .

Em ano eleitoral, Lula reajusta Bolsa-Família acima da inflação

SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reajustou em 8% o valor dos benefícios concedidos às pessoas de baixa renda incluídas no programa Bolsa-Família, confirmou nesta quarta-feira, 25, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. O reajuste anterior havia sido concedido em julho do ano passado e começou a ser pago no mês seguinte, quando o benefício foi elevado em 18,25%.

Nas últimas semanas, o presidente, de acordo com interlocutores, cobrou do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a concordância com os gastos necessários para a concessão do reajuste. O ministro vinha resistindo à idéia, mas Lula o pressionou a tomar uma decisão logo, já que, a partir de 4 de julho, o aumento no valor de benefícios para a área social estará proibido pela legislação eleitoral.

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“Nós não podemos condicionar os direitos básicos ao período eleitoral. Ocorreu o aumento dos alimentos e as pessoas pobres, como diz o presidente Lula, não serão penalizadas”, reagiu Patrus.

Segundo a assessoria do Planalto, o presidente assinou na noite de terça o decreto de reajuste, que deverá ser publicado nesta quinta no Diário Oficial da União e entrará em vigor em julho. O aumento está acima da proposta feita pelo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, de 6%, tendo como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O que é Bolsa-Família

Criado em 2004, a partir da reforma e fusão de programas de transferência de renda já existentes, o Bolsa-Família beneficia famílias em situação de pobreza – com renda mensal por pessoa de R$ 60 a R$ 120 – e extrema pobreza – com renda mensal por pessoa de até R$ 60. Para permanecerem no programa, as famílias precisam cumprir determinadas condições, como a permanência das crianças de até 15 anos na escola, com freqüência mínima de 85%; e a atualização das carteiras de vacinação.

Atualmente são atendidas 11 milhões de famílias (45 milhões de pessoas). Os benefícios variam de 18 a 172 reais por mês que são pagos a famílias com renda per capita de até 120 reais.

Uma das principais críticas que se faz a essa iniciativa é que abre portas de entrada para as famílias, mas não oferece portas de saída. Sem elas, o que deveria ser um programa emergencial, para ajudar os beneficiários a superarem situações de pobreza e miséria, tende a tornar-se permanente.

(Com Reuters)

Rizzolo: É claro que esse aumento é eleitoreiro, até porque Lula rechaça aumento nos mesmos termos aos pobres aposentados, aos idosos; enfim o intuito é na verdade beneficiar a grande massa contemplada pelo Bolsa Família a manterem-se fiéis ao “bolsismo petista” que naturalmente rendem votos. Sempre defendi o Bolsa Família como uma etapa na inclusão, o que ocorre, infortunadamente, é que alem de o governo não ter sequer criado a segunda etapa da inclusão – empregos, ou formação profissional – insiste no pagamento do Bolsa Família como medida de fundamentação eleitoreira, e a maior prova é que reajuste nos termos propostos para os aposentados nada, vez que representam poucos, agora para os milhões de cabos eleitorais petistas, aí sim, acima da inflação. Isso é o PT.