Fronteira não pode ficar “a reboque” de índios, diz general

A política indígena do governo brasileiro, complacente com a atuação de ONGs estrangeiras na fronteira amazônica, ameaça a soberania nacional. A afirmação é do general-de-brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva, comandante de 2004 a 2006 da escola que prepara os oficiais superiores do Exército.

Paiva, 56, endossou em entrevista à Folha as críticas do general Augusto Heleno, responsável pelo CMA (Comando Militar da Amazônia), quando eclodiu o conflito entre arrozeiros e índios na reserva Raposa/Serra do Sol (Roraima).

“Eu acho que na faixa de fronteira tem que ter cidades, vilas, comércio. A terra indígena impede o surgimento. Somos 190 milhões de habitantes. Não podemos ficar a reboque de 700 mil [índios]”, disse.

O general acha que, como estão pouco povoadas, as reservas na área de fronteira podem virar territórios autônomos: “Se o brasileiro não-índio não pode entrar nessas reservas, daqui a algumas décadas a população vai ser de indígenas que, para mim, são brasileiros, mas para as ONGs não são. Eles podem pleitear inclusive a soberania”.

Paiva afirma que o Estado “não se faz presente”. “A Amazônia não está ocupada. É um vazio. Alguém vai vir e vai ocupar. Se o governo não está junto com as populações indígenas, tem uma ONG que ocupa.general-de-brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva
O risco maior, segundo o general, está na região entre Roraima e Amapá, devido à influência de Inglaterra (sobre a Guiana), França (Guiana Francesa) e Holanda (Suriname) e aos interesses dos EUA. “Eu acho que podemos perfeitamente caracterizar a ameaça e dizer o nome desses atores.”

Na fronteira com a Venezuela e com a Guiana, na região da Raposa/Serra do Sol, o Exército mantém pelotões especiais, mas o general diz que isso de pouco adianta. “O pelotão de fronteira não defende nada. É preciso uma ação de presença importante, mas para vivificar. Vivificar com gente brasileira, inclusive com o índio.”

Paiva, que passou à reserva em julho passado, disse que “a cobiça pelas riquezas” da Amazônia é o assunto principal da Eceme (Escola de Comando e Estado-Maior do Exército), que fica no Rio de Janeiro.

“Quando eu cheguei ao comando da escola, já era o assunto mais importante. Eu continuei estimulando para que o assunto mais importante, a ser estudado, fosse a Amazônia em relação à ameaça”, afirmou.

As idéias do general ainda circulam no meio militar. Ele deve publicar em breve artigo sobre ameaça à Amazônia na revista “Idéias em Destaque” do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. Em 2006, o general publicou um artigo na revista da Eceme sobre “vulnerabilidade, cobiça e ameaça” à Amazônia. O material foi republicado na edição de março e abril na “Military Review”, edição brasileira.
Folha online

Rizzolo: As afirmações do general-de-brigada Luiz Eduardo Rocha Paiva são extremamente procedentes, e vão de encontro com uma visão não só militar já expressada pelo general Heleno, como também de milhões de brasileiros preocupados com essa política indigenista irresponsável. Não é possível que um pequeno grupo no governo tenha a força suficiente de impor uma situação de perigo em termos de soberania à nação. A serviço de quem e para que insistem naquilo que é obviamente perigoso ?

Não se trata de nacionalismo ou profecias do apocalipse, apenas de bom senso, de visão estratégica, e de patriotismo. O índio é tão brasileiro quanto qualquer cidadão, a promoção populacional de brasileiros, de pessoas que integram a nação brasileira, sem distinção de etnia nas áreas fronteiriças, é sem dúvida a melhor forma de demarcarmos o que é e pertence ao povo brasileiro, ou seja, o nosso território.

O pior, no meu entender, é o desprezo do governo por essa minha corrente de opinião, que concorda com as afirmações do general; não aceitam e reagem de forma veemente na defesa dos absurdos direitos indigenistas, pavimentando dessa forma um problema que como afirmou o general Paiva, poderá surgir, ou seja, os índios no futuro, sob influência externa, pleitear a soberania. Só não enxerga quem não quer.

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