O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, disse à Folha Online nesta quarta-feira que a expectativa é que o ex-banqueiro Salvatore Cacciola, que já deixou Mônaco rumo ao Brasil, seja mantido preso no Rio de Janeiro.
Segundo Tuma Júnior, a extradição do ex-banqueiro é a “vitória do Estado, da Justiça e da sociedade”. Para o secretário, não há risco de o ex-banqueiro tentar fugir enquanto ele estiver sob escolta policial.
Cacciola foi surpreendido na manhã desta quarta-feira com a chegada de uma escolta com três policiais federais e um funcionário da Secretaria Nacional de Justiça. A extradição do ex-banqueiro envolve um helicóptero de Mônaco até Nice (na França), de onde ele seguirá para Paris –em um vôo de carreira da TAM– e depois para o Rio.
“Essa extradição é uma grande vitória para o Estado e uma derrota da impunidade. É também uma vitória da Justiça e da sociedade”, disse à Folha Online o secretário. “Sou vou comemorar quando ele [Cacciola] for entregue à Justiça. Mas posso dizer que foi uma luta durante dez meses. Posso dizer que o risco de fuga está afastado enquanto ele estiver sob proteção da escolta [policial].”
A previsão é que Cacciola chegue amanhã ao Rio de Janeiro, por volta das 5h. O ex-banqueiro estará acompanhado de uma escolta policial. A viagem de Cacciola começou hoje, por volta das 8h30 (horário de Brasília), quando ele deixou Mônaco em um helicóptero com destino a Nice.
“A extradição de Salvatore Cacciola mostra que a Justiça pode enfrentar qualquer um. As fronteiras físicas não poderão servir mais de barreiras para aqueles que cometem delitos”, disse Tuma Júnior. Segundo ele, a demora na extradição do ex-banqueiro foi provocada pelos muitos detalhes técnicos e jurídicos que envolveram a operação. O secretário lembrou dos inúmeros recursos impetrados pela defesa de Cacciola.
A extradição de Cacciola foi anunciada há 12 dias, quando o governo de Mônaco autorizou a extradição do ex-banqueiro, que é condenado no Brasil a 13 anos de prisão pela prática de vários crimes.
O ex-banqueiro foi preso pela Interpol em Mônaco, em setembro do ano passado, enquanto passava um final de semana de lazer, longe da Itália –país do qual tem a nacionalidade e de onde não poderia ser extraditado para o Brasil em decorrência de acordos diplomáticos.
Em 1999, quando o Banco Central promoveu uma maxidesvalorização do Real, os bancos Marka e FonteCindam receberam socorro de R$ 1,5 bilhão. O argumento para o repasse foi o de que, sem respaldo do caixa público, poderia haver crise de confiança no sistema financeiro nacional, com a iminente quebra de instituições.
Folha online
Rizzolo: Realmente o secretário nacional de Justiça, Dr. Romeu Tuma Júnior tem razão e o mérito é todo seu, sua história como policial, político, e homem público sempre foi baseada na determinação. Fico muito à vontade para falar sobre Romeu Tuma Jr. porque o conheço pessoalmente e sei da sua integridade. Agora, foram meses de luta e emprenho da secretaria, o meu receio como cidadão, advogado, é que tão logo o cidadão Cacciola chegue aqui em território brasileiro, seja liberado por mais um Habeas Corpus, daqueles que chancelam a impunidade no Brasil. Aliás já foi impetrado o HC, dentre outros constantes no pedido, ressalta-se aquele que requer a não utilização de algemas. ( é um direito dele impetrar HC) . Temos que ter cuidado, o mundo inteiro está observando o comportamento da Justiça brasileira, leve e branda aos ricos e a elite, e pesada e rigorosa aos pobres. Parabéns ao Dr. Romeu Tuma Jr.
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