Fiesp e CUT constituem comissão conjunta em prol do desenvolvimento

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizou no dia 17, em frente à Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), um ato contra a especulação, a alta dos preços dos alimentos e em defesa dos salários. Após a manifestação, o presidente da CUT-SP, Edílson de Paula Oliveira, e dirigentes de 13 sindicatos se reuniram com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Na reunião, foi aprovada a formação de um grupo de trabalho para traçar ações em defesa dos interesses nacionais, que terá os juros e a inflação como foco principal.

“Não podemos aceitar a onda de alguns setores da sociedade que, por meio da especulação e do aumento injustificável de alguns alimentos, buscam criar um clima de retorno da inflação”, afirmou Edílson. “As questões são comuns, hoje existe uma preocupação tanto da Fiesp quanto da CUT em relação à inflação e a taxa de juros”, completou.

Para Skaf, que à frente da Fiesp vem condenando a elevação da taxa selic pelo BC, destacou a importância da iniciativa da central, afirmando que a sociedade precisa se envolver nas questões monetárias do país. “O objetivo é ver o que é melhor para o Brasil de uma forma desarmada, harmônica e construtiva. A visita foi muito proveitosa, formamos um grupo de trabalho que começa a agir imediatamente e dentro de uns 15 dias avaliaremos os próximos passos”, declarou Paulo Skaf.

No documento, a CUT alerta que a elevação da taxa de juros pelo Banco Central “deverá ter efeitos diretos na redução dos níveis de consumo, investimento, produção e emprego”. “Trata-se de um círculo vicioso que, como já conhecemos das experiências de décadas anteriores, não resulta na redução da aceleração inflacionária, embora seus efeitos sobre os níveis de atividade econômica podem ser drásticos”, diz a nota.

Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para definir a taxa selic, atualmente em 12,25%, após duas altas consecutivas de 5 pontos percentuais, em abril e junho.

Hora do Povo

Rizzolo: Muito boa iniciativa das duas organizações, na verdade a alta das taxas de juros não interessa a ninguém a não ser aos especuladores. Conheço Paulo Skaf e sei da sua luta no sentido de criticar essa perversa política econômica, que visa estagnar a produção prejudicando a criação de milhares de empregos. A formação de um grupo de trabalho para traçar ações em defesa dos interesses nacionais, é de suma importância; todos sabemos, que a elevação das taxas de juros tem feitos diretos na redução dos níveis de consumo, investimento, produção e emprego. Parabéns pela iniciativa.

Rússia pode posicionar bombardeiros em Cuba, diz jornal

SÃO PAULO – Bombardeiros russos com capacidade para levar armas nucleares pode ser posicionados em Cuba em resposta ao plano dos Estados Unidos de construir um sistema de defesa antimísseis no Leste Europeu, segundo afirmou o jornal russo Izvestia, citando fontes militares do país. Em resposta, um alto funcionário da Força Aérea americana, o general Norton Schwartz, afirmou nesta terça-feira, 22, que Moscou estaria cruzando “uma linha vermelha” se usar a ilha cubana para abastecimento de combustível de seus aviões.

Segundo o jornal americano The Washington Post, a reportagem relembra a crise do mísseis de Cuba em 1962, que quase desencadeou um conflito nuclear entre os Estados Unidos e a ex-União Soviética. Segundo a BBC, o incidente teve início quando aviões de espionagem americanos descobriram bases de mísseis soviéticos em Cuba, a pouca distância dos Estados Unidos. A decisão do governo soviético de enviar os mísseis a Cuba foi, na época, vista como uma resposta à expansão dos mísseis americanos na Europa.

Oficiais do Ministério da Defesa russo tentaram jogar água fria na notícia, afirmando que a história foi escrita por sob um nome falso e cita uma fonte em uma organização que não existe. O Izvestia, segundo aponta o Post, costuma ser usado como fórum para vazar estratégias do Kremlin. “Enquanto eles estão posicionando o escudo antimísseis na Polônia e na República Checa, nossos bombardeiros estratégicos estarão aterrissando em Cuba”, diz a fonte anônima citada pelo jornal.

O general Schwartz, cujo nome é considerado para ocupar o cargo mais alto da Força Aérea americana, afirmou ao Comitê de Armas do Senado que se a Rússia chegar a concretizar a instalação em Cuba, o país deve estar forte e indicar que isso é algo que cruza um ponto inicial, a linha vermelha dos EUA”. Ainda não está claro, segundo o Post, se a fonte sugeriu que a Rússia poderia reabrir a base em Cuba ou usar o espaço aéreo para escalas de seus bombardeios Tu-160 e Tu-95, que são capazes de atingir os EUA a partir de bases da Rússia.

A Rússia é contra a instalação do sistema de defesa americano no Leste Europeu, afirmando que este plano é uma ameaça à sua segurança. Recentemente, a Rússia disse que usará meios militares contra a instalação do escudo antimísseis perto de suas fronteiras. A chancelaria russa disse que o Kremlin seria forçado a usar “métodostécnico-militares”. O primeiro-ministro Vladimir Putin disse em 2007, quando era presidente, que o país poderia voltar seus mísseis contra países europeus caso o sistema fosse instalado.
Agência Estado

Rizzolo: É como eu sempre digo, existe sim uma mobilização da Rússia e da China no território da América Latina, nada é por acaso. Essa ” união” de Chavez com a Rússia, esse ” embalo” em não ser tão enérgico com as Farc, esse Conselho de Defesa Sul-Americano, essas fronteiras brasileiras abertas; para tudo isso existe um único contraponto real, firmes, em nome da democracia que podemos confiar, que é a Quarta Frota americana. Ah! Mas o Rizzolo agora entende que os EUA “são bonzinhos”, antes era um simpatizante de Chavez. Sim, antes, mas “antes de tudo” sou um democrata que sabe pular da barca na hora certa.

Não há dúvida que a democracia está em perigo na América Latina, só não vê quem não quer. Chavez se armando até os dentes- 4 bilhões de dólares em equipamento russo -, a possibilidade da Rússia posicionar bombardeiros em Cuba, a aquiescência dos governos de esquerda na América Latina em relação a Chavez e as Farc, tudo isso nos leva a um só caminho, darmos boas vindas à Fourth Fleet, e nos armarmos também. Ou estou errado?

Charge do Mangabeira para Charge online

Diante de Chávez, Medvedev defende cooperação entre Moscou e Caracas

O presidente russo, Dmitri Medvedev, afirmou nesta terça-feira a seu colega venezuelano, Hugo Chávez, que a ativa cooperação entre Moscou e Caracas “se transformou em um dos fatores fundamentais da segurança regional” na América Latina.

“Nos últimos tempos nossos contatos e relações adquiriram um caráter não apenas estável, mas muito dinâmico”, afirmou Medvedev ao receber Chávez –que realiza sua sexta visita à Rússia– na residência campestre de Meindorf, nos arredores de Moscou.

Ele acrescentou que prova disto é o rápido crescimento do comércio bilateral, cujo valor no ano passado foi duplicado em comparação a 2006, apesar de defender a otimização da cooperação, cuja maior parte corresponde às compras de armas russas por Caracas.

Já Chávez deu os parabéns a Medvedev pela sua posse, em maio passado, e se mostrou convencido de que a eleição do novo chefe do Kremlin será uma “garantia de segurança e estabilidade” dos dois países e “do mundo inteiro”, informa a agência oficial russa RIA Novosti.

Além disto, Chávez transmitiu a Medvedev uma saudação de parte do líder cubano Fidel Castro e afirmou que compartilha plenamente os princípios da política externa do Kremlin em defesa de um mundo “multipolar”.

Já na chegada a Moscou nesta manhã, Chávez expressou sua “grande esperança” de que a visita permita continuar com a construção de uma “aliança estratégica” entre Rússia e Venezuela.

Segundo o dirigente venezuelano, os acordos assinados nos últimos anos com a Rússia, sobretudo para a compra de armas, “garantirão a soberania da Venezuela, que é ameaçada pelos Estados Unidos”.

Após a reunião a sós entre Medvedev e Chávez, as negociações continuarão com a participação de executivos de grandes companhias dos setores de armas, energia e metalurgia, após a qual está prevista a ratificação de acordos.

Segundo fontes do complexo industrial militar russo, ambos os países poderiam assinar vários contratos de armamento pesado no valor de US$ 1 bilhão, informou a agência russa Interfax.

Caracas está interessada na compra de cerca de dez a vinte sistemas antiaéreos Tor-M1, os mesmos que o Irã adquiriu no final de 2005. Também poderia ser fechada a compra de três submarinos da classe Varshavianka, projeto 636.

A exportadora estatal russa de armamento Rosoboronexport anunciou nesta segunda-feira que durante a visita de Chávez é esperado o estabelecimento de um acordo para o fornecimento de material bélico.

Folha online

Rizzolo: O que a América Latina deve se perguntar é o porquê de tanto armamento. Sabe-se que não há um conflito armado na América Latina que justifique esse comportamento belicista, sabe-se também, que o único movimento armado são as Farc, que de certa forma, muito embora Chavez e outros lideres aleguem que são contra, enxergam os guerrilheiros com olhos de ” revolucionários”, o que na verdade jamais os foram. Por outro lado, a alegação de que a reestruturação militar, em função a um eventual ataque dos EUA, serve apenas para justificar as compras, até porque os EUA na condição atual, não estaria disposto a um conflito na América Latina.

Do nosso lado, temos sim que nos preocupar com nossas fronteiras, com a política errada indigenista, reaparelhar nossas Forças Armadas, investir no nosso submarino nuclear. Não vejo mais ninguém falar em investimentos na área militar no Brasil; infelizmente tudo por aqui começa com entusiasmo e perde-se a determinação inicial com o tempo. Temos que pensar nas nossas Forças Armadas, e com certeza não por razões do imperialismo americano, mas sim na obscuridade das intenções dos nossos vizinhos.