Juiz impugna 13 candidatos reprovados em teste de português em Minas

Doze candidatos a vereador e um a vice-prefeito de um município do sul de Minas Gerais tiveram suas candidaturas indeferidas após serem reprovados em um exame de língua portuguesa realizadas pelo juiz eleitoral local.

Os 13 candidatos são de Poço Fundo e todos, juntamente com os outros 47 candidatos, fizeram a prova, que não era obrigatória, após receber o convite do juiz Válter José Vieira.

As provas se resumiram a dois ditados. No primeiro, os candidatos tiveram que escrever:

“O ministro Gilmar Mendes soltou pela segunda vez Daniel Dantas”. Nesta, 21 não foram bem. O juiz eleitoral resolveu, então, dar uma segunda chance. No novo ditado, os candidatos tiveram que escrever: “A realização de qualquer ato de propaganda partidária ou eleitoral”. Treze deles, porém, foram reprovados.

— Muito simples, um ditadozinho só. Não fiz nem matemática. Simplesmente não sabiam escrever — afirmou Vieira ao jornal “Regional 2ª Edição” da EPTV.

O juiz afirmou que o exame é permitido pelo Tribunal Superior Eleitoral desde que sejam feito individual e reservadamente com cada candidato. Pela lei, um analfabeto pode votar, mas não pode ser eleito.

O único vice-prefeito reprovado foi Francisco Souza, de 56 anos, do Partido Verde. Pedreiro, ele estudou até a quarta série do ensino fundamental.

— Aplicação na obra é muito mais difícil do que isto. Ser vice-prefeito será mais fácil — disse ele.

— Dois candidatos nossos foram impugnados, mas eles são semi-alfabetizados. Talvez por força de um nervosismo muito grande perante o juiz e promotora não conseguiram o desempenho. O partido vai até onde a Justiça nos permite — disse Irajá de Alencar, presidente do PSL.

Os demais candidatos e partidos também podem recorrer da decisão. No total, segundo a EPTV, foram quatro candidatos do PV, dois do PMDB, PT, PTN e PSL e um do DEM.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Poço Fundo tem 15.350 habitantes, conta com 12.143 eleitores, segundo o TSE, e fica a cerca de 400 km de Belo Horizonte. O município faz divisas com Machado, Campestre, Caldas, Ipuiúna, Espírito Santo do Dourado, São João da Mata, Silvianópolis e Carvalhópolis.

As informações são do site G1

Rizzolo: É impressionante, mas é a realidade do Brasil; pior que a ignorância é a falta de ética e a propensão à corrupção. Precisamos lavar a bandeira brasileira e honra-la, elegendo candidatos de nível intelectual bom e de boa formação moral. Vou mais adiante, este teste deveria se aplicado em todos os municípios do País aos demais candidatos a cargos eletivos. Radical? Não, apenas bom senso e respeito ao povo brasileiro. Deveria haver inclusive cursos de formação para quem não tivesse o nível intelectual adequado, afinal não são todos que tem a inteligência e perspicácia do nosso presidente.

Jobim deve visitar unidades militares nos EUA

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, a viajar aos Estados Unidos a partir de amanhã para realizar visitas até o fim do mês a instalações militares. No Estado de Nevada, Jobim conhecerá a Base Aérea de Nellis e, no Estado da Flórida, visitará o Comando Sul (SOUTHCOM), o Comando de Operações Especiais e a Joint Inter-Agency Task-Force.

O despacho presidencial autorizando o afastamento de Jobim do País está na edição de hoje do “Diário Oficial da União”. O jornal publica também autorização de Lula para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, tirar férias até o próximo dia 26. Costa embarcou ontem para a Argentina e deverá retornar ao trabalho na segunda-feira.

O início das férias do ministro das Comunicações estava previsto para o sábado passado, mas, nesse dia, ele teve que participar, como mediador, de reunião entre dirigentes da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) e representantes dos funcionários, na qual a paralisação foi encerrada.
Agência Estado

Rizzolo: Se analisarmos o cenário internacional na América Latina, podemos inferir que a Venezuela está investindo de forma maciça em armamento. Para que eu não sei. Ameaça dos EUA, hoje não existe, é uma bobagem em termos de realidade. A verdade é que o Brasil face ao seu território precisa reequipar suas Forças Armadas, e essa visita é de bom alvitre.

Estamos chegando a um ponto em que não nos resta outra saída a não ser nos aproximarmos dos EUA, até porque a Rússia, China e a Coréia do Norte, estão de “mãos dadas com Chavez”, e não vai ser com ” tapinha nas costas” que manteremos nossa soberania e respeito em relação aos nossos vizinhos; não que a Venezuela tenha aspirações imperialistas, mas sinceramente entendo a Venezuela de Chavez como um regime atualmente instável e não confiável, face aos documentos relacionados entre o governo da Venezuela e as Farc.

Alem disso, uma notícia preocupante, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que a cooperação militar entre Caracas e Moscou continuará e deu a entender que a Rússia deveria estabelecer uma base militar em solo venezuelano, informou a mídia russa. E nós como ficamos ?

Israel é um ‘milagre’ que precisa de ajuda, diz Obama

JERUSALÉM – O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na quarta-feira um sólido apoio a Israel, cuja existência ele qualificou como “milagre”. No mesmo dia, o senador teve discretos encontros com líderes palestinos.

A visita a Israel tem um alvo claro, o eleitorado judeu dos EUA.

“Estou aqui nesta viagem para reafirmar a relação especial entre Israel e os EUA, ao manter o compromisso com sua segurança, e a minha esperança de que eu possa servir como um parceiro efetivo, seja como senador ou presidente, para trazer uma paz mais duradoura à região”, afirmou.

Em encontro com o presidente de Israel, Shimon Peres, Obama disse que Israel é “um milagre que floresceu” desde sua criação, há 60 anos. Mais tarde, usando um solidéu, ele depositou flores brancas no memorial do Holocausto Yad Vashem.

“Que nossos filhos venham aqui e conheçam esta história, para que possam somar suas vozes aos que proclamam ‘nunca mais”‘, escreveu Obama no livro de visitantes do museu.

Ele também esteve com o ministro da Defesa, Ehud Barak, e com o líder oposicionista Benjamin Netanyahu. Mais tarde, ainda iria se reunir com a chanceler Tzipi Livni e com o primeiro-ministro Ehud Olmert.

Obama também foi a Ramallah, na Cisjordânia, onde passou uma hora com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, e com seu primeiro-ministro, Salam Fayyad.

Mas, para não desagradar o eleitorado judeu dos EUA, ele evitou dar muito destaque ao fato e não fez declarações posteriores — assessores disseram que ele iria divulgar mais tarde uma nota a respeito.

Centenas de policiais palestinos, armados com rifles automáticos, patrulhavam as ruas de Ramallah quando a comitiva de Obama chegou. No caminho desde Jerusalém, o candidato passou pelo muro que separa a Cisjordânia de Israel e também por assentamentos judaicos, dois itens espinhosos no processo de paz da região.

Antes da visita, o negociador palestino Saeb Erekat disse torcer por um acordo com Israel ainda durante o mandato do presidente George W. Bush nos EUA, que vai até janeiro. Caso isso não seja possível, acrescentou, ele espera que o novo presidente norte-americano “mantenha o rumo” e busque a paz de forma “séria e expedita”.

Em junho, Obama desagradou os palestinos ao dizer, num evento judaico, que Jerusalém deveria ser a capital “não-dividida” de Israel.

Os palestinos reivindicam como capital de seu futuro Estado a parte oriental de Jerusalém, que foi anexada por Israel sem reconhecimento internacional. Israel diz que Jerusalém é sua capital “eterna e indivisível”.

Posteriormente, Obama disse que se expressou mal em seus comentários.

Agência Estado

Rizzolo: É óbvio que Obama quer atrair o eleitorado judaico. Não há outra forma de se resolver o problema na região a não ser o entendimento. O problema são os grupos extremistas, que de certa forma inviabilizam a paz; a situação é delicada e requer diplomacia. Na realidade faltou a Obama afirmações de apoio à Israel no decorrer da campanha, nada mais natural do que agora tentar sublinhar sua intenção de apoio à Israel para a manutenção da paz.

Ainda acredito no entendimento entre os povos, e os EUA como mediador exercem um papel fundamental nesse cenário. Cabe aos dois lados restringir a atuação dos extremistas. No tocante a Jerusalem, o candidato democrata à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou hoje sua posição de que será a capital de Israel. “Eu continuo dizendo que Jerusalém será a capital de Israel. Eu disse isso antes e torno a dizer, mas eu também observei que isso é uma questão a ser decidida por meio de negociações”, declarou Obama. O comentário foi feito em Sderot, uma cidade do sul de Israel próxima da fronteira com a Faixa de Gaza. Será que ele quer realmente isto, ou apenas o voto judaico ?

Charge do Novaes para o Gazeta Mercantil