CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira, 31, que pretende nacionalizar o Banco da Venezuela, que pertence ao grupo espanhol Santander. Em discurso em cadeia nacional, Chávez disse que soube que os “donos espanhóis” do banco queriam vendê-lo e que o governo venezuelano quer “recuperá-lo” para colocar a instituição “a serviço” dos venezuelanos. “Vamos nacionalizar o banco da Venezuela”, afirmou.
“Eles queriam vender o banco a um banqueiro venezuelano, o qual pediu permissão e autorização, porque assim está nas leis, e eu como chefe de Estado, digo não”, ressaltou Chávez. “Agora vendam ao governo, ao Estado (venezuelano)… então agora os donos dizem não, não queremos vender. E eu digo, não, eu compro, quanto vale?”, perguntou.
“Vamos recuperar o Banco da Venezuela para colocá-lo a serviço dos venezuelanos, de toda a economia venezuelana. Faz muita falta ao país um banco dessa magnitude”, disse, após pedir aos proprietários para “negociar”. “Estavam desesperados em vender o banco, inclusive tentando me pressionar, eu não aceito pressões”, destacou o presidente venezuelano.
Chávez ressaltou que “a partir deste mesmo momento vai começar a guerra midiática” contra si. “Não faltarão manchetes da imprensa na Espanha que (dirão que) Chávez atenta contra a Espanha para tentar prejudicar as relações, que endireitamos outra vez com minha visita (na última sexta-feira), aceitando o convite do rei Don Juan Carlos e do presidente do governo espanhol (José Luis Rodríguez Zapatero)”, disse.
Agência estado
Rizzolo: Observem, ” está nas leis e ele diz não “. Chavez não perde a oportunidade de sempre sublinhar que é um Estaticista, aproveita situações de mercado para fazer de uma forma ou de outra um “marketing socialista”, e aqui a esquerda aplaude. Quando estive na Venezuela, a visita, não entendia por que a classe média tinha tantas restrições a Chavez, mas a partir do momento em que percebi seu “modus político operanti” até certo ponto perigoso, caí na realidade e reconheço que errei na minha visão política. Compreender Chavez amparado em teses socialistas não é difícil, haja vista suas alianças com o Irã, Rússia, Coréia do Norte, o difícil é visualiza-lo num contexto democrático, aí fica bem mais difícil, pois a democracia é mascarada com a maquiagem populista. Ah! Mas o Rizzolo foi convidado a conhecer a Venezuela e agora fala mal! Bom senso meu amigo, apenas amor à democracia e bom senso.
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