Classe média já é mais de metade da população ativa do País

RIO – A classe média brasileira está mais confiante, compra mais e aumentou sua participação na População Economicamente Ativa (PEA) do País. É o que mostra o levantamento A Nova Classe Média, divulgado nesta terça-feira, 5, pelo pesquisador Marcelo Neri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). O economista usou dados da Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para traçar um cenário mais aprofundado da atual classe média e seu desenvolvimento nos últimos seis anos.

De acordo com Neri, a participação da classe média no total da PEA nas seis principais regiões metropolitanas do País aumentou de 44,19% para 51,89%.

O pesquisador delimitou as rendas domiciliares totais das classes sociais pesquisadas no levantamento. De acordo com ele, a classe E analisada na pesquisa leva em conta renda domiciliar total entre zero e R$ 768 . Já a classe D, os chamados “remediados”, tem renda domiciliar entre R$ 768 e R$ 1.064.

Já a classe C, a chamada classe média, tem renda domiciliar total entre R$ 1.064 e R$ 4.591, enquanto a chamada elite, ou classes A e B, tem renda acima de R$ 4.591.

De acordo com o pesquisador, um dos principais fatores que contribuíram para o aumento da classe média no total da PEA é a expansão nos empregos com carteira assinada. “A carteira assinada é o grande símbolo da classe média”, disse.

Outro ponto destacado pelo economista foi uma clara redução nos índices de pobreza e de miséria no período entre 2002 e 2008, já informada pelos institutos de pesquisa como o próprio IBGE. “Estamos tendo uma boa safra de indicadores sociais nunca antes vista”, disse.

Ainda segundo a pesquisa, há maior probabilidade de alguém pertencente à classe média ascender para camadas mais altas, atualmente, do que há seis anos. Neri comentou, porém, que um dos pontos fracos também delimitados pela pesquisa é a ausência de mão-de-obra qualificada para cargos com maiores salários. “Se antes nós tínhamos uma crise de desemprego, hoje nós temos um apagão de mão-de-obra, onde não há profissionais qualificados”, disse.

Para Neri, o aumento na participação da classe média na PEA não se deve a programas assistenciais como o Bolsa Família, por exemplo, e sim à iniciativa privada e à própria vontade das pessoas e seu esforço em conquistar emprego de carteira assinada. “Na verdade, a nova classe média é aquele segmento do meio que cresceu muito nos últimos anos, é aquele grupo emergente que cresceu a partir do próprio trabalho”, afirmou.
Agência Estado

Rizzolo: Isso é ótima notícia, fruto sem dúvida nenhuma da expansão nos empregos com carteira assinada. Observem a força da economia brasileira, que tem ainda um componente de restrição ao crescimento que são as altas taxas de juros. Na verdade não fosse essa política retrógrada do BC, poderíamos estar muita à frente nessa questão da inclusão e do aumento da classe média. De qualquer forma um dos motores do desenvolvimento do País é sem dúvida os preços das commodities que está relacionada com um aumento de consumo dos países asiáticos.

Uma resposta to “Classe média já é mais de metade da população ativa do País”

  1. Mario Freitas Says:

    Bom dia
    Estou realizando um trabalho de Mobilidade urbana e estou tendo dificuldades de levantar dados sobre a PEA quanto ao fator Renda dos municípios de Guarulhos, São Bernardo do Campo , Rio de Janeiro e Goiânia para o ano de 2005. Agradeço se poder me auxiliar quanto a isso.
    Respeitosamente
    Mário Freitas


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