Bush condena ‘brutal violência’ russa na Geórgia

WASHINGTON – O líder americano George W. Bush denunciou nesta segunda-feira, 11, o que ele chama de dramática e brutal escalada da violência russa na Geórgia. O presidente dos Estados Unidos pressionou Moscou para aceitar um cessar-fogo imediato e retirar suas tropas da região.

Ao retornar dos Jogos Olímpicos de Pequim, Bush colocou a crise no Cáucaso no topo de sua agenda. Para o chefe de Estado americano, o conflito parece ser uma tentativa da Rússia de tirar do poder o presidente georgiano, Mikhail Saakashvili, aliado dos EUA.

“A Rússia invadiu um país soberano e ameaçou um vizinho. Isso é inaceitável no século 21”, declarou Bush em um discurso em Washington. Ele advertiu que se o governo russo continuar com a ofensiva, afetará “substancialmente” suas relações com os EUA e outros países.

“Tive uma reunião com a equipe de segurança nacional para discutir a situação na Geórgia. Estou profundamente preocupado com relatos de que as tropas russas se moveram para além da zona do conflito, atacando a cidade georgiana de Gori, e agora ameaçam a capital Tbilisi”, continuou o líder americano.

“Há evidências de que as forças russas podem começar a bombardear o aeroporto civil na capital. Se essas informações estiverem certas, tais ações representariam uma escalada dramática e brutal no conflito na Geórgia”, acrescentou o presidente, antes de voltar à China.

Bush indicou que o governo georgiano já teria aceitado o esboço de um acordo de paz que também seria aceito pela Rússia. Os termos incluiriam “um imediato cessar-fogo, a retirada das tropas da zona do conflito, o retorno ao status militar anterior ao confronto e o comprometimento em refutar o uso da força.

O chefe de Estado destacou que os líderes europeus e oficiais americanos estariam pressionando Moscou para aceitar o plano de paz. “O governo russo tem que respeitar a integridade territorial e a soberania da Geórgia”. “As ações da Rússia nesta semana levantaram sérias questões sobre suas intenções na Geórgia e região”, concluiu Bush.

Nos últimos dias, o governo russo tem ignorado os pedidos ocidentais para o fim da operação na Geórgia – considerada legítima por Moscou – e respondido com força ao contra-ataque de Tbilisi.

A Rússia iniciou a ação militar na sexta-feira, alegando que agia em defesa dos cidadãos russos na província separatista de Ossétia do Sul, que estava sendo bombardeada pelo governo georgiano.
Agência Estado

Rizzolo: A Rússia está demonstrando a sua vocação expansionista fazendo uso de uma verdadeira violência militar contra a Georgia. A desculpa russa, é que a Geórgia é de certa forma fora instigada pelos EUA, o presidente da Comissão de Segurança da Duma do Estado, Vladimir Vasilyev, acredita que o atual conflito na Ossétia do Sul lembra muito as guerras no Iraque e no Kosovo.

É a velho discurso russo conspiratório que serve para chancelar as atrocidades russas na região. Os EUA por sua vez não tem a intenção de se aprofundarem na crise, apenas condenam a brutal violência. Agora apenas uma observação sobre a postura da esquerda brasileira, vejam o profundo silêncio dos esquerdistas.

A esquerda brasileira e da América latina em geral, tem como o imperialista os EUA, agora os russos, esses não. Imagem, Putin o “democrata”, Chavez o ” libertador” . Ora, porque os comunistas não não ” malham a Rússia? Ah! Mas a Rússia pode. EUA no Iraque não. Israel se defender, não. Ah! Mas a Rússia de Putin esses sim, esses tem ” legitimidade ” para atacar a Geórgia.

Olha, sinceramente, acredito apenas em influências regionais; toda super potência militar possui regiões de influência, o problema é que a Rússia, o Irã e a China estão tentando ter influência na América Latina, “quintal” dos EUA e isso para nós, um País desarmado é perigoso. Chavez é o representante maior no sentido de promover uma verdadeira abertura na América Latina de bases militares para esses países, face a sua influência militar e financeira na nossa região. Louco eu? Não, louco aqueles que ainda não perceberam isso, e dormem tranquilos.

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Commodities caem e País deve rever estratégia comercial

GENEBRA – A queda nos preços das commodities pode obrigar o Brasil a rever sua estratégia para manter um superávit em sua balança comercial. Dados coletados pela Organização Mundial do Comércio (OMC) sugerem que a queda nos preços dos bens agrícolas pode reduzir “de forma substancial” o superávit brasileiro.

Para deixar a situação dos exportadores brasileiros ainda mais difícil, a Europa acaba de anunciar que terá uma safra que pode bater recordes em 2008, o que deve fazer com que os preços caiam ainda mais.

“O que estamos vivendo é uma correção nos preços das commodities, que estavam altos”, explicou Michael Finger, chefe da divisão de estatísticas da OMC.

“Com a alta de preços, muitos consumidores deixaram de comprar nos volumes que estavam acostumados, principalmente nos países ricos onde a desaceleração da economia é clara. O resultado é que o mercado se auto-regulou e os preços voltaram a cair”, explicou Finger.

Segundo a análise da OMC, mais da metade da alta registrada nas exportações nacionais nos últimos meses ocorreu graças aos preços, e não ao volume exportado.

O mesmo já havia ocorrido em 2007. No ano passado, o País registrou um crescimento das exportações de 17% em valor, com US$ 161 bilhões. Em volume, porém, o Brasil teve uma alta de suas vendas de apenas 6,9% em 2007.

Commodities salvaram as exportações

Nos primeiros quatro meses do ano, a alta nos preços das commodities salvou as exportações brasileiras e permitiu que o País tenha uma taxa de crescimento em 2008 acima dos índices da China, pela primeira vez em décadas. Em janeiro, as exportações tiveram alta de 20,9%, contra 26,4% em fevereiro. Na China, a alta foi de 21% nos dois primeiros meses.

Mesmo com essa expansão, o superávit já vinha caindo diante do crescimento das importações, uma das maiores entre as principais economias do mundo nos últimos seis meses.

Agora, sem o fator preço, o cenário promete ser bem diferente. “A expansão das exportações brasileiras pode não ocorrer nas mesmas taxas. O pico nos preços das commodities pode ter passado”, afirmou Finger.

Safra

Outro fator que deve atrapalhar as exportações brasileiras deve ser a retomada da boa safra na Europa em 2008. “Os produtos, incentivados pelos preços, plantaram mais e as perspectivas de safra na Europa são muito boas neste ano”, disse Finger.

Segundo dados da União Européia (UE), a safra de alimentos neste ano será 16% superior à de 2007. No ano passado, o clima pouco propício foi um dos motivos que levou à alta nos preços dos alimentos. Mas a previsão de 2008 está ainda bem acima da média de crescimento da safra nos últimos cinco anos. Em comparação à média da década, a alta é de 9%.

No setor de trigo, a safra deve ser 10,4% superior em 2008 em comparação a 2007. Em relação aos últimos cinco anos, a alta é de 6,1%. A produção de milho será 20,1% maior neste ano em comparação a 2007. O açúcar de beterraba deve sofrer um incremento de produção de 19% em relação aos últimos cinco anos, principalmente na Alemanha e França. “O resultado desse novo cenário pode ser uma queda substancial no superávit brasileiro”, disse Michael Finger.

Representando apenas 1,2% do comércio mundial, o Brasil precisaria se concentrar em garantir uma maior competitividade de seus setores produtivos para não depender os preços dos produtos de base. “A bonanza nos preços das commodities não duraria mesmo para sempre”, disse Finger.

O alerta se refere principalmente os impactos do real valorizado para as exportações dos produtos fora do setor agrícola. Para a OMC, o Brasil precisa tomar medidas para garantir maior competitividade, melhor infra-estrutura e produtividade para compensar o câmbio.

Ranking

O resultado, por enquanto, é que o País continua patinando no ranking dos maiores exportadores do mundo. Mesmo que tenha subido uma posição – ocupa hoje a de número 23 – e incrementado sua fatia no comércio internacional em 0,1% em um ano, a participação de 1,2% no mercado mundial é inferior às taxas apresentadas pelo País em décadas passadas. Países relativamente pequenos como Áustria, Suécia e Suíça continuam com maior participação no comércio mundial que a economia brasileira.

Agência Estado

Rizzolo: O fato do preço das commodities cair, é extremamente preocupante, haja vista o fato de que com o dólar valorizado, não temos competitividade nas exportações a não ser face à demanda dos produtos elencados nas commodities. Depender exclusivamente ou em grande parte as exportações nas commodities, é algo preocupante que este Blog já há tempos vem comentando.

A perversa política de alta dos juros impede a competitividade da indústria de manufaturados no Brasil, e transforma o País num imenso Cassino. Agora, com a inflação caindo, esses juros na estratosfera, e os preços das commodities em queda, a situação fica do ponto de vista econômico perigosa terá forte impcto no superávit brasileiro.

Aviões russos Sukhoi 25 bombardeiam floresta na Georgia

Uma vergonha !! Russos não poupam nem florestas !

Mendes rebate Tarso e quer fim do debate sobre Lei da Anistia

SÃO PAULO – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, defendeu nesta segunda-feira, 11, que o debate sobre a revisão da Lei da Anistia seja encerrado, alegando que isso poderá produzir instabilidade política. “Esta é uma questão que tem que ser realmente examinada com muito cuidado. Eu tenho a impressão de que é muito difícil fazer-se uma revisão unilateral da Lei de Anistia”, disse, após participar de evento na Universidade Paulista (Unip). E reiterou: “Esse é um tema que realmente precisa ser encerrado”.

A opinião é um contraponto à defesa que foi feita pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, há cerca de dez dias, e que gerou muita polêmica no meio militar, de criação de uma alternativa jurídica para que a Lei da Anistia (1979) não impeça a punição de agentes que tenham cometido crimes de tortura e assassinato na ditadura militar. Apesar de avaliar a tortura como um “crime abominável”, Mendes ponderou que essa questão deve ser tratada “com cautela”.

Para o presidente do STF, a inspiração no exemplo de países vizinhos da América Latina que optaram por reavaliar a anistia concedida a torturadores durante o regime militar “não é a melhor”. E avaliou: “Tanto é que eles não produziram estabilidade institucional. Pelo contrário, eles têm produzido, ao longo dos tempos, bastante instabilidade institucional. O desenvolvimento institucional brasileiro histórico tem sido diferente.”

Outro ponto destacado por Mendes é que essa discussão envolve crimes cometidos há, no mínimo, trinta anos, durante a ditadura militar. Apesar de reconhecer que os tratados internacionais consideram que os crimes de tortura e terrorismo são imprescritíveis, ele afirmou: “Nós estamos falando de fatos que ocorreram há mais de trinta anos. Qualquer homicídio, no Brasil, em princípio, prescreve em 20 anos”.
Agência Estado

Rizzolo: Sem querer analisar a questão do ponto de vista prescricional jurídico, que muito bem colocou o ministro Gilmar Mendes, o debate sobre uma revisão na Lei da Anistia, é extremamente inapropriado, indevido, e acredito que o Brasil tem muitas outras questão de maior relevância, do que vingança, ou revanchismo de alguns grupos que já estão devidamente indenizados pelo Esto brasileiro.

A proposta original da Lei de Anistia sempre foi a reciprocidade; o problema no Brasil da era Lula, é que grupos extremistas sedentos de vingança, querem de qualquer forma ” mandar para cadeia” ou ” tirar de circulação” aqueles que outrora combateram integrantes do primeiro escalão do governo Lula. Tarso Genro o porta-voz desse grupo de tudo faz para acirrar esse debate.

Precisamos pensar no Brasil, gerar emprego, desenvolvimento, ter uma política econômica não recessiva, diminuir as taxas de juros, uma política cambial que favoreça as exportações. Agora perder tempo, “lambendo as feridas do passado” é uma perda de energia sem fim. O que precisamos ver é o presidente Lula abertamente se posicionar sobre essa questão, de forma clara, sem rodeios, e mais, sem jogar a discussão como quer ele, para debate jurídico, como brasileiros temos o direito de saber a opinião do presidente. Será que a esquerda aprova isso?