McCain anuncia visita da esposa à Geórgia

SACRAMENTO – O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, John McCain, disse hoje a uma multidão, durante um evento para arrecadação de verbas de campanha, que sua esposa, Cindy McCain, já partiu para a Geórgia, país do Cáucaso que está em crise com a Rússia. O anúncio ocorreu algumas horas antes do discurso da esposa do seu rival político Barack Obama, Michelle Obama, na abertura da convenção nacional do Partido Democrata.

“Cindy não está aqui hoje e eu peço desculpas a vocês. Ela está a caminho do pequeno país da Geórgia”, afirmou McCain. O candidato republicano é um dos mais resolutos partidários da Geórgia, país que em 7 de agosto atacou a sua província separatista da Ossétia do Sul, provocando uma forte reação militar da Rússia. “A Geórgia foi uma das primeiras nações cristãs”, disse McCain.

“No século III d.C., o rei da Geórgia converteu-se ao cristianismo. Existem lá igrejas que datam do século IV d.C.”, afirmou. Segundo o republicano, é importante apoiar a Geórgia porque a nação é uma democracia e também porque um importante oleoduto atravessa o país.
Agência Estado

Rizzolo: Uma das características de MacCain é sua autenticidade. Admite com tranqüilidade aquilo que para os “bonzinhos é feio falar”, ou seja, apoiar claramente a Geórgia Quando MacCain fala que sua esposa vai à Geórgia, os ‘conservadores democráticos’ que são muitos, gostam desse “atrevimento”. Já disse várias vezes que todo norte-americano no fundo é um republicano, um conservador. A verdade é que ser uma potência militar, econômica tem seu preço. A Rússia sabe disso e quer recuperar no estilo dos EUA, atuando em áreas que antes sempre foram de domínio dos EUA, como a América Latina. Para isso conta com seus representantes esquerdistas como Chavez e outros.

No início da campanha americana me entusiasmei com Obama, o novo, o negro, o discurso inflamado; mas uma potência tem seu preço, e acima de tudo precisa de um líder experiente e isso o filho de muçulmano não tem. Então no mais alto estilo mudei. Mudo mesmo. “Ah! Mas o Rizzolo segue o voto judaico ortodoxo. Quando percebeu que o Brooklyn e os rabinos mudaram para MacCain mudou também”. Olha, sempre ouvi meus rabinos, e eles sempre influenciaram minha vida, mas como uma influência boa, humana, ética. Repito, não confio em Obama, falem o que quiser, expresso meu pensamento à vontade, neste espaço com meus 1.200 amigos leitores que frequentam este blog por dia, a maioria não judeus; são estudantes, intelectuais, de direita, de esquerda, anarquistas, fascistas, sionistas, malandros, prostitutas, órfãos, militares, políticos, enfim o povo brasileiro, a massa. E mais, não tenho e não quero apoio de ninguem. Sou livre, eu e minhas reflexões. Não tenho a vergonha de mudar de idéia . Só aos mortos não é dado o direito de mudar de opinião. A política é dinâmica, e eu também, desta vez voto em MacCain !!

Garibaldi critica omissão do Congresso e diz que Judiciário está legislando

O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), criticou nesta segunda-feira a omissão do Congresso Nacional e afirmou que o Judiciário está legislando o país.

“O Legislativo vive uma situação tensa, que merece providências, atitudes. O Judiciário, aqui e acolá, diante da omissão do Legislativo, está realmente legislando [o país], é a questão do vácuo. Em política não pode haver vácuo.”

Garibaldi defendeu um Legislativo mais ativo e um pacto com o Judiciário, já que, segundo ele, o diálogo com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, é “muito bom”.

O peemedebista ressaltou que o Senado está parado devido ao excesso de MPs (medidas provisórias). “É uma situação não apenas tensa como inaceitável, estamos, com isso, ferindo nossa Constituição, a representação popular, a casa do povo.”

O presidente do Senado afirmou que espera a partir de amanhã destravar a pauta da Casa. “Vai ser possível destravar as seis MPs a partir de amanhã. Além das MPs, temos as eleições. Temos que aproveitar, os líderes prometeram quórum alto para amanhã.”

Questionado sobre o que gostaria de fazer antes de deixar o comando do Senado, Garibaldi citou, entre outras coisas, votar os vetos presidenciais, resolver as questões da MPs, que, segundo ele, só deveriam ser votadas quando necessárias e urgentes, e que o Congresso vote celeremente. “O que eu queria fazer se resume em duas palavras: Parlamento independente.”

Reforma política

O peemedebista defendeu uma reforma política que faça com que os partidos deixem de ser “partidos de aluguel”, que, segundo ele, se juntam para ter mais tempo de propaganda na TV. “Precisamos acabar com esse faz de conta.”

Entre os pontos da reforma política, Garibaldi defendeu a reforma partidária, o financiamento público de campanha “com muita cautela” e a fidelidade partidária.

O presidente do Senado participou hoje de um almoço-debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em São Paulo.

Folha online

Rizzolo: O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN), é um mestre na política, critica o Congresso, insinuando que é inoperante, agrada assim os conservadores. Mestre na arte se coloca como que dizendo ” a culpa não é minha “, o problema é da índole parlamentar; aproveita o discurso e culpa também Lula sobre as MPs, e como que ainda não satisfeito, culpa o Judiciário. Portanto, entendo que na visão do senador está tudo errado, não? A solução seria fechar o congresso? Nada serve?

É bem verdade que problemas existem, mas temos que tomar o devido cuidado para que os discursos justificativos, não desqualifiquem a democracia. Não podemos permitir que as pequenas fendas fragilizadas do sistema, sirvam de esteio para que radicais desqualifiquem tudo e a todos, e com um sorriso no rosto digam ” Bom era na época da ditadura “. Sei que não é a intenção do senador, mas as raposas espreitam sempre o momento frágil das democracias para golpeá-las, e impor o autoritarismo. Quanto ao Judiciário, se provocado, o provimento jurisdicional tem que se manifestar; nada mais , nada de errado. Agora se colocar como o “grande crítico” agrada a um público restrito, principalmente aqueles que cansam logo da democracia.

Enganou-se quem esperava um negro submisso no STF, diz Joaquim Barbosa

“Enganaram-se os que pensavam que o STF (Supremo Tribunal Federal) iria ter um negro submisso, subserviente”, afirmou o ministro Joaquim Barbosa, ao comentar os desentendimentos com alguns de seus pares, como Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Eros Grau, informa nesta segunda-feira reportagem de Frederico Vasconcelos, publicada pela Folha (a íntegra da reportagem está disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Em entrevista à Folha, Barbosa ainda atribui os atritos à defesa que faz de “princípios caros à sociedade”, como o combate à corrupção. Ele entrou em choque com ministros tidos como “liberais” em julgamentos da Operação Anaconda e ficou conhecido popularmente como relator do inquérito do mensalão e recentemente discutiu com Eros Grau sobre a liberação de um preso da Operação Satiagraha, da Polícia Federal.

Barbosa nega ser “encrenqueiro” e diz não se sentir isolado no tribunal, onde “não costuma silenciar quando presencia algo errado”. Ele critica, por exemplo, os advogados de “certas elites” que monopolizam a agenda do Judiciário, inclusive no Supremo, marcando audiências para pedir que seus processos sejam julgados com prioridade, na frente de outros que entraram na Corte há mais tempo.

Folha online

Rizzolo: O ministro Joaquim Barbosa faz uma defesa de sua atuação no Supremo com muita propriedade. Não compreendo o porquê, de tanta indignação por parte de determinada corrente jurista ao observar as causas que o ministro negro abraça com seu devido fervor. Não há absolutamente nada que o ministro Joaquim Barbosa diga que não é a verdade, principalmente no tocante à observação em relação a advogados de “certas elites” que monopolizam a agenda do Judiciário, inclusive no Supremo, como afirma do nobre ministro. O ministro Joaquim Barbosa além de ser um grande jurista ocupa um cargo emblemático que representa o espírito de dignidade dos negros que pouca voz ativa tivera no decorrer da nossa história.

Charge do Novaes para o JB online

Aumento da classe média no País atrai companhias

SÃO PAULO – Até 2010, cem milhões de pessoas terão migrado para a classe média no mundo. A estatística faz parte de um estudo encomendado pelo conglomerado industrial americano General Eletric (GE) com o objetivo de entender de onde veio e virá o crescimento no mundo a partir de 2002. “Até agora, 65 milhões já mudaram de patamar. Um terço deles no Brasil”, afirma o vice-presidente de marketing para a Até 2010, cem milhões de pessoas terão migrado para a classe média.

Na sede da GE, nos Estados Unidos, poucos poderiam imaginar essa mudança rápida em pouco tempo. O País era relegado a segundo plano na gestão de Jack Welch. No primeiro trimestre, o faturamento da operação local aumentou 87% e, no segundo, 41%. “Para a GE, a América Latina é maior do que a China e Índia juntas”, diz Ferreira. Entre este e o próximo ano, a companhia vai instalar três fábricas no Brasil. A de locomotivas foi inaugurada em maio. Uma de equipamentos para a área de saúde deve começar a funcionar em 2009. A terceira fábrica produz máquinas de purificação de água.

Os números nem sempre falam por si. Os brasileiros da GE começaram a estimular visitas de executivos estrangeiros ao País para fazer com que a matriz reconheça o potencial local. “O americano, quando conhece o Brasil, leva um choque cultural?, diz Ferreira. O País nunca recebeu tantas visitas de presidentes mundiais e executivos de alto escalão de empresas estrangeiras. Com um discurso invariavelmente igual, eles vêm para reafirmar o interesse pelo mercado. Virou clichê dizer que o Brasil é estratégico para as mais diversas companhias, desde a fabricante de alimentos Pepsi até a grife de luxo de jeans Diesel.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: O conceito de classe média mudou um pouco no Brasil em relação ao que constituía uma classe média nos anos 70. Houve uma maior acessibilidade a bens que anteriormente eram inatingíveis, contudo ainda há muito a se fazer para dar uma equidade econômica, expressa em capacidade de renda na aquisição de outros bens. Uma observação interessante, inclusive que serviu de análise no Le Monde, é que no Brasil as empresas estão se reestruturando para atender uma nova classe média que tem componentes ainda vivos da classe C.

A estrutura de marketing dessas empresas, a visão de produtos, a estratégia de público, sempre foi voltada originalmente para a classe A. Atualmente todos esses conceitos deverão ser revistos em função dessa nova classe emergente, com costumes e gostos que ainda não foram devidamente identificados. A natureza conceitual do produto do ponto de vista material deve ser revisto. Agora uma coisa é certa; o pobre de ontem, e o de classe média de hoje é mais exigente e politicamente mais crítico, para desespero do Congresso Nacional que sempre se beneficiou da ignorância do povo brasileiro. Aliás a ignorância ainda é a maior multinacional que existe.