Rússia ameaça responder contra presença de navios da Otan

MOSCOU – A Rússia irá responder a crescente presença de navios da Organização do Tratado de Atlântico Norte (Otan) no Mar Negro com calma e sem histeria, declarou nesta terça-feira, 2, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin. Segundo um oficial do Ministério do Exterior, Andrei Nesterenko, há dois navios americanos, um espanhol, um alemão e outro polonês na região. Moscou já expressou várias vezes sua preocupação pela presença das embarcações.

As autoridades americanas alegam que seus navios – do Exército e da Guarda Costeira – trazem apenas ajuda humanitária para a Geórgia, cuja infra-estrutura foi duramente afetada depois do confronto com as tropas russas em agosto. Putin afirmou que a reação virá com “calma, sem nenhuma histeria”, de acordo com a agência russa Interfax. “Mas, claro, haverá uma resposta”, continuou.

Quando perguntado quais medidas a Rússia poderá tomar, o premiê respondeu: “Vocês verão”. Ele falou com repórteres durante uma visita ao Uzbequistão. Oficiais da Rússia acusam os Estados Unidos de enviarem armas para a Geórgia sob o disfarce de ajuda humanitária. Na semana passada, um alto general russo disse que a presença naval americana no Mar Negro é “diabólica.”

“Se estamos falando de ajuda humanitária, isso deveria ser enviado à vítima da agressão, isto é, para Ossétia do Sul”, declarou Putin. “Nós não entendemos o que os navios americanos estão fazendo na costa da Geórgia, mas isso é uma decisão dos nossos colegas americanos”. “A questão é por quê o auxílio está sendo enviado em navios equipados com os mais novos sistemas de foguetes”, questiona.
Agência Estado

Rizzolo: É sempre a mesma história dos navios equipados, é sempre a teoria conspiratória alegando que os EUA estão ” enviando armas”. Putin ainda está no tempo do ” envio das armas”, se os EUA tivessem um confronto com a Rússia, ou se “patrocinassem ” a Geórgia não enviariam via navios, ou em navios equipados com foguetes como adoram falar. Aliás aqui na América Latina os esquerdistas também implicam com os navios americanos de ajuda humanitária, na visão deles, se é humanitária deveriam vir de cor de rosa, apenas com religiosos.

Ora, os EUA são uma potência militar e uma potência militar tem que estar resguardada em qualquer ponto do planeta do ponto de vista bélico, ou seja, mesmo que estejam em missão humanitária, ninguém garante que os inimigos dos EUA que não são poucos os ataquem. Não é que os EUA usarão o navio como camuflagem para atacar. Isso é infantilidade, Russa, Chavista, Petista radicais ( porque também tem os petistas do bem, lights, são poucos mas existem). Agora, dêem espaço para a Rússia, para ver o que acontece, por isso apoio MacCain, mudei, e daí? Os Obanistas não gostaram, problema deles. Quero dormir tranquilo.

FHC cobra postura externa mais ousada do Brasil

RIO – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu hoje que o Brasil assuma posições mais ousadas na política exterior com ambições além de uma potencia regional. No seminário “Os desafios da Política Externa Brasileira”, comemorativo dos 10 anos do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), Fernando Henrique disse que o Brasil precisa deixar de lado “as calças curtas” e se preparar para atuar como adulto nas relações internacionais.

“O Brasil não pode ter medo de assumir posições por causa da solidariedade com outros países”, afirmou o ex-presidente. Um dos campos em que o País deve ser mais ambicioso, segundo Fernando Henrique Cardoso, é o do meio ambiente. No evento, o ex-presidente se recusou a dar declarações sobre a política interna brasileira.
Agência Estado

Rizzolo: Bem quem acompanha este Blog sabe que tenho dito há muito tempo com insistência, que essa política de ” solidariedade latino americana ” está custando caro ao Brasil. Não podemos nos assemelhar aos discursos Chavistas, apoiando inconteste a esquerda latino americana. O que ocorre hoje é que o Brasil, capitaneado por segmentos da esquerda petista e outras esquerdas retrógradas, amarram o Brasil. Fazem com que a política externa se torne tímida, policiada, até porque, na visão deles, ” não podemos magoar Chavez “. Imaginem, o que o socialismo bolivariano, as esquerdas pensariam de nós.

O que FHC diz, quando se refere ao ” medo de assumir posições por causa da solidariedade com outros países” é exatamente isso. A ousadia na postura externa é termos desenvoltura, firmeza,
coragem na defesa dos nossos interesses. Agora se você diz isso a alguns segmentos da esquerda, você é um ” serviçal do império”, ou você tem “contradições”, ou um “judeu imperialista”, é aquela coisa antiga, dos anos 50, meio Che Guevara, ao som de Chico.

A última agora é cumprimentar mal, estive num evento outro dia, num sindicato, – não vou citar qual e aonde – e dois representantes famosos, mas muito famosos, de um segmento da esquerda petista brasileira, me cumprimentaram mal, meio que dizendo. Ah! É você o Rizzolo é? Só não gostaram quando a pessoa mais importante do evento, citou minha presença na tribuna, alto e em bom som. Problema deles, pelo menos ela é educada, fina, e um dia ainda pode vir a ser Presidente da República.

Dilma cita nazismo em crítica a excesso de grampos

VITÓRIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, parafraseou ontem um poema do teólogo alemão e militante antinazista Martin Niemöller para criticar a proliferação no Brasil dos grampos telefônicos. “É aquela história sobre o nazismo. Primeiro, foram os judeus; depois, os opositores ao regime; na sucessão, o povo inteiro”, disse Dilma. A ministra, porém, afirmou que o Brasil ainda não chegou a atingir o grau de Estado policialesco, como se referiu o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, alvo de supostas escutas clandestinas.

Para Dilma, é necessário aperfeiçoar os mecanismos que regem as interceptações telefônicas. “É necessário regulamentar as condições em que a Justiça define a possibilidade de se fazer as escutas e ao mesmo tempo as condições em que elas são divulgadas”, disse a ministra. Dilma ressaltou que é importante evitar excessos, invasões de privacidade e ofensas às instituições da República. “Foi o caso desse absurdo grampo do STF, que deve ser repudiado em todas as dimensões. Não há desculpas, não há justificativas”, disse.

Integrante da comitiva presidencial que acompanhará a primeira extração de petróleo da área do pré-sal, na costa do Espírito Santo, Dilma esteve ontem em Vitória, depois de participar da reunião da coordenação política no Planalto. Questionada sobre a suspeita de que ela própria teria sido grampeada, Dilma afirmou que não tem conhecimento, mas ressaltou: “as coisas que eu falo ao telefone são absolutamente passíveis de serem escutadas”. Ela disse, porém, que se deve condenar não só os grampos nas autoridades, “mas sobretudo no cidadão comum”.
Agência Estado

Rizzolo: Niemöller a quem a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff se refere, é o autor de uma das mais célebres frases sobre o significado do Nazismo na Alemanha: “Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”.

Na realidade o que vivemos no Brasil, e concordo com a ministra, ainda não é um Estado policialesco, mas talvez o pior: ainda não conseguimos identificar os autores. Se é o Estado que tem este caráter, temos que combate-lo, contudo se é através do Estado, de seus órgãos, e não logramos êxito na identificação a condição se agrava, vez que a operação é instrumentalizada pelo aparato Estatal, mas não legitimada pelo Estado, corre o ilícito nas entranhas do Estado.

A segurança jurídica pode ser ameaçada de várias formas, falta de liberdade de expressão, escutas clandestinas, discursos perigosos direcionados as minorias, enfim de diferentes maneiras. No Brasil felizmente o Estado de Direito não está abalado, apenas ameaçado. Temos a liberdade de expressão, não existe ameaças as minorias, porém as condições políticas ideológicas e as instituições estão sendo turbadas, desde a elaboração de dossiês, às escutas clandestinas.

Charge do Frank para A Notícia