Sem pedir desculpas a Darwin, Vaticano aceita Evolução

O Vaticano disse nesta terça-feira (16) que a Teoria da Evolução das Espécies é compatível com a Bíblia, mas não planeja um pedido de desculpas póstumo a Charles Darwin pela fria recepção dada a ele há 150 anos.

A notícia foi dada nesta terça-feira (16) pela manhã na sala de imprensa da Santa Sé, durante a apresentação do Congresso Internacional sobre os 150 anos da “Evolução das Espécies”, de Charles Darwin.

O arcebispo Gianfranco Ravasi, o ministro da Cultura do Vaticano, deu a declaração durante o anúncio da conferência de cientistas, teólogos e filósofos.

A 150 anos da publicação da Origem das Espécies, de Charles Darwin, cientistas de várias disciplinas e filósofos — que professam um credo religioso e agnósticos — chamados do mundo inteiro, juntamente com teólogos, farão uma avaliação das teorias evolucionistas, “limpando o campo de um equívoco que poderia prejudicar os trabalhos”, como destacou Ravasi.

“Gostaria de reiterar a não incompatibilidade a priori entre as teorias da evolução com a mensagem da Bíblia e da teologia. Darwin, como se sabe, nunca foi condenado. A Origem das Espécies não foi colocada no “Índice dos Livros Proibidos” e, acima de tudo, existem pronunciamentos muito significativos do próprio magistério eclesial sobre a evolução”, afirmou.

Mais cedo nesta semana, um importante membro da Igreja anglicana, Malcom Brown, disse que a instituição devia desculpas a Darwin pela maneira na qual suas idéias foram recebidas na Inglaterra.

O papa Pio 12 descreveu a evolução como uma abordagem válida do desenvolvimento humano em 1950 e o papa João Paulo segundo reiterou o fato em 1996. Mas Ravasi disse que o Vaticano não tinha a intenção de se desculpar por sua visão negativa anterior.

“Talvez devêssemos abandonar a idéia de emitir pedidos de desculpas como se a história fosse um tribunal que está eternamente em sessão”, disse, acrescentando que as teorias de Darwin “nunca foram condenadas pela Igreja Católica e nem seu livro havia sido banido”.

O criacionismo é a crença de que Deus teria criado o mundo em seis dias, como é descrito na Bíblia. A Igreja Católica interpreta a acepção do Genesis literalmente, dizendo que ela é uma alegoria para a maneira na qual Deus criou o mundo.

Alguns outros cristãos, na maioria protestantes nos Estados Unidos, lêem o Genesis literalmente e protestam contra o fato de a evolução ser ensinada em aulas de biologia em colégios públicos.

Site do PC do B

Rizzolo: Antes de mais nada, precisamos declarar que a teoria da evolução não aparece na narrativa da Torá ( Bíblia) sobre a criação. Mesmo que esta teoria fosse substanciada e a mutação das espécies ficasse provada em testes de laboratório, mesmo assim isso não iria contradizer a possibilidade de o mundo ter sido criado conforme o relato da Torá, em vez de pelo processo evolutivo.

E ainda mais, como toda esta teoria é altamente especulativa e, embora durante os anos de pesquisa e investigação desde que a teoria foi primeiro apresentada, tenha sido possível observar certas espécies de animais e plantas com um curto período de vida no decorrer de milhares de gerações, mesmo assim jamais foi possível estabelecer uma transmutação de uma espécie para outra, muito menos transformar uma planta em animal. Tal teoria não pode ter lugar no arsenal da ciência empírica.

A ciência formula e lida com teorias e hipóteses, ao passo que a Torá lida com verdades absolutas. Estas são duas disciplinas diferentes e uma “conciliação” é absolutamente impossível. A Torá está no âmbito da verdade do absoluto. Aquilo que a Torá diz é verdadeiro não porque foi provado cientificamente, ao contrário, é verdadeiro porque foi revelado por D’us. A ciência não lida com absolutos, e sim com fenômenos observáveis e produz princípios baseados em suas observações. No futuro o caminho será convergir e não divergir. Muitos dirão mas o Rizzolo está louco. Como pode-se conversar sobre um assunto de economia, direito, política com uma pessoa que de repende fala em Adão e Eva ? Que não acredita na evolução ? Olha a ciência no futuro irá convergir com a religião até porque só Deus é a maior explicação para tudo. Na verdade a ciência caminha para explicar a grandeza do Grande Arquiteto do Universo. Sou religioso, acredito em algo maior, acredito na Justiça Divina, tenho temor a Deus, faço jejum completo no Dia do Perdão, algumas vezes cheguei a desmaiar em pedir sempre para ser inscrito no Livro da Vida.

Obs. Leitores, agora temos o domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Lula minimiza crise financeira e diz que Brasil está livre de reflexos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva procurou minimizar o temor com a crise financeira vivida pelos mercados, especialmente nos Estados Unidos, e buscou afastar os efeitos negativos da economia brasileira.

Questionado sobre a crise, Lula disse que os jornalistas deviam “perguntar ao [George] Bush” e sobre os reflexos, limitou a dizer que, “até agora” não atingiu o Brasil. O presidente participou nesta terça-feira da cerimônia de recepção ao primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg.

Diferente da percepção do presidente, a Bovespa chegou a registrar 4% de queda na abertura desta terça após despencar 7,59% ontem, quando as Bolsas registraram seu pior dia do mercado desde o 11 de Setembro, derrubadas pela quebra do Lehman Brothers, o quarto maior banco de investimento norte-americano.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, recomendou aos investidores e correntistas brasileiros que evitem tomar decisões precipitadas diante do agravamento da crise financeira mundial e da conseqüente queda na Bolsa de Valores brasileira.

Segundo Mantega, “o Brasil é um porto seguro” em meio à crise internacional, já que está com sua economia fortalecida.Ele reafirmou as previsões de crescimento para 2008 e 2009, de 5,5% e 4,5%, respectivamente.

“O Brasil será uma das economias que será fortalecida a partir dessa crise, enquanto outros países serão enfraquecidos”, afirmou.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, também afirmou ontem que o Brasil está preparado para enfrentar a crise financeira nos Estados Unidos. Segundo ele, o país vai enfrentar o colapso nos mercados internacionais com serenidade e seriedade.

Folha online

Rizzolo: Por hora, de forma incisiva, a crise ainda não deixou marcas expressivas na economia brasileira. Mas um fato relevante que se deve levar em consideração, é a necessária determinação brasileira em fortalecer o mercado interno. Não existe forma melhor de blindagem do que termos a economia interna aquecida, e não é com essa política perversa de altas taxas de juros que vamos nos preparar para esta e outras turbulências. Ao contrário do Brasil, os EUA estimulam em época de crise o mercado interno, injetando recursos para vascularizar a economia, já aqui exercitamos a exegese da retração, isso tudo a favor da especulação e especuladores, que nessas horas são por demais prejudiciais ao País.

Impacto da crise na China é chave para Brasil, diz economista

De Nova York para a BBC Brasil – Economistas ouvidos pela BBC Brasil são quase unânimes em afirmar que a crise americana deve chegar amortecida ao Brasil e que o principal impacto no no país deve ser uma redução do crescimento econômico.

O país cresceria menos, mas ainda assim continuaria a crescer.

O tamanho da desaceleração, porém, dependeria de um fator por enquanto desconhecido: o impacto desse mesma crise na China.

“Enquanto a China continuar crescendo de forma acelerada, os impactos no Brasil serão limitados. Se a China desacelerar muito, o Brasil vai sentir o tranco”, diz economista Ricardo Amorim, diretor executivo para mercados emergentes do WestLB.

1929

Na opinião de Amorim, os Estados Unidos não vêem pior crise desde 1929.

“Independentemente da definição técnica, na prática, a economia americana já está em recessão. A dúvida é apenas quanto tempo a recessão vai durar e quão profunda ela será.”

O brasilianista Thomas Skidmore concorda que os impactos da crise no Brasil serão menores do que seriam no passado.

“O Brasil teve um período de boom extremamente bem sucedido com as exportações para a Ásia e Europa e por isso há relativamente pouca razão para se preocupar com a crise de Wall Street.”

Segundo o professor, o sistema financeiro está muito sólido no Brasil, “muito mais sólido que nos EUA”.

“Posição confortável”

Para Riordan Roett, membro do Conselho de Relações Internacionais de Nova York e professor da John Hopkins University de Washington, ainda é muito cedo para determinar o impacto da crise a longo prazo no Brasil, mas diz que o país está numa “posição confortável”.

“Em dois dias teremos uma noção melhor do que vem pela frente e se a crise vai afetar o Brasil”, diz.

O analista acredita que os países emergentes estão melhor preparados desta vez porque obteviram excedentes fiscais, cresceram mais do que o esperado e seus governos têm sido cautelosos mantendo as taxas de juro e evitando a inflação.

“O Brasil não terá problemas em acessar o mercado internacional e, neste momento, o país não precisa acessar esses mercados”, diz.

Por outro lado, Roett diz que, se o mercado se deteriorar de forma dramática, a crise vai ter impactos não somente o Brasil mas também na Ásia e em todos os mercados emergentes
BBC Brasil / Agência Estado

Rizzolo: É bem verdade que a economia brasileira sofrerá um maior impacto se as economias emergentes, principalmente a China, se desestabilizar. Quando se fala em China, podemos relacionar com as exportações de commodities, das quais o Brasil é grande exportador. É bem provável que a crise chegue de forma amortecida por aqui, contudo ainda é prematuro para se avaliar. O grande problema é que com as exportações de commodities, de certa forma, estamos fortalecendo o nosso mercado interno, quer por projetos de transferência de renda, quer pelos investimentos, e isso poderá ser revisto, com uma crise. Portanto, nossa vulnerabilidade, está mais relacionada com o impacto da crise na China e nos países emergentes, do que em relação aos países desenvolvidos. Agora sair ileso vai ser difícil.

Charge do Amarildo para o Gazeta on line