Obama critica plano de socorro financeiro a custo “assombroso”

O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Barack Obama, criticou neste domingo o plano “assombroso” de socorro do sistema financeiro americano, durante um comício em Charlotte, na Carolina do Norte.

Em sua primeira reação ao plano anunciado neste final de semana pelo governo de George W. Bush, que prevê destinar US$ 700 bilhões para a compra de créditos podres das instituições financeiras. Obama também acusou seu adversário republicano, John McCain, de defender um projeto que, segundo ele, levará a economia americana à falência.

Para Obama, o governo de Bush “apenas propôs um conceito a um custo assombroso, mas não é plano”. “Inclusive se o Tesouro americano recuperar com o tempo alguns ou a maioria destes créditos, o desembolso inicial de mais de US$ 700 bilhões é algo preocupante”.

“Em troca deste apoio, o povo americano precisa ter a segurança de que o acordo reflete os princípios básicos de transparência, justiça e reforma”.

Pacote eleva dívida

O pacote de ajuda ao setor financeiro que o governo americano tenta aprovar no Congresso, de US$ 700 bilhões, prevê um aumento do limite de endividamento público do país de US$ 10,6 trilhões para US$ 11,3 trilhões, informa Sérgio Dávila em reportagem da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL).

Espera-se que o projeto entre em discussão já no fim-de-semana, diz o texto. “A intenção do governo é que ele seja votado antes do recesso eleitoral do Congresso, previsto para começar na sexta-feira.”

O valor da dívida hoje é de US$ 9,6 trilhões, com um limite estabelecido em US$ 10,6 trilhões. “O documento, de duas páginas e meia, foi enviado aos líderes dos comitês financeiros do Congresso na noite de sexta. Nele, o Tesouro norte-americano pede que seja autorizado a comprar papéis relacionados a hipotecas que tenham sido emitidos até 18 de setembro de 2008 de toda instituição financeira que tenha sede nos EUA.”

O presidente Bush, declarou ontem que o plano de seu governo para pôr fim à crise financeira é “grande porque o problema é grande”. “Direi a nossos cidadãos e continuarei lembrando a eles que o risco de não fazer nada é muito maior que o risco do pacote”, acrescentou Bush.

Folha online

Rizzolo: Bem para ousar resolver um problema deste monte é preciso algo que Obama não tem: coragem. Obama todos sabem é um candidato fraco, que tem muito discurso e pouco conteúdo. Se estivesse Obama em lugar de Bush, faria sim um longo discurso sobre o problema e não teria a magnitude política de agir a contento. Todos sabem das minhas restrições a Bush e aos republicanos, mas desta vez não tem jeito; entre um Obama democrata e fraco, prefiro um MacCain que já demonstrou patriotismo, determinação e capacidade. É lógico que os petistas do mal não gostam destas minhas afirmativas, mas pouco me importa; para quem tem Chavez como herói, é bem compreensível a pouca capacidade de discernimento político e senso de democracia. Agora ” assombroso” é ter como plataforma um bom discurso populista sem conteúdo, vazio, que apenas influencia o emocional. Eu prefiro a realidade, e a determinação em agir nos grandes problemas como essa crise financeira.

Garoa na praia#

Existe às vezes, uma moldura diferente na vista da praia de cima do prédio. A chuva fina molha a praia vazia, e talvez por estar vazia nos remete às lembranças passadas. A chuva molhando a praia em dia nublado, cheira a whisky, cachaça, bossa nova, e lembra aquele amor. Tem cheiro de saudade, cheiro de mar, de olhos nos olhos.. E caminhar então, quem não caminhou ao lado de alguém que um dia amou, ama, ou ainda vai amar.

Olhar a praia do alto prédio, não é para qualquer um. Se chovendo então, prepare uma boa bebida; a chuva caindo é o tempero do som da bossa nova, e a melhor companheira no passeio pela calçada da saudade, na lembrança das caminhadas, dos pés molhados pela água fria dos desencontros. O mais engraçado: as praias combinam o enredo. A moldura na praia chuvosa é sempre a mesma, pode ser Copacabana, Ipanema, Pitangueiras, e outras tão belas; aquele ar de tristeza, uma musica de Cayme, alguém que se foi para nunca mais voltar.

Cuidado nos dias chuvosos ao abrir a janela e dares de cara com a praia. Se notares o tempo chuvoso, a moldura do mar poderá te jogar no sofá da saudade, e então terás a lembrança de tudo que vivenciastes na areia, principalmente ao som dos Desafinados, envolto ao cheiro de mar e ao gosto do scotch. Se coragem tiveres por fim, terás então a oportunidade de descobrir, através de um olhar longínquo, que muitas coisas na vida nascem, e outras morrem na praia; se desfazem no vento, ou se perdem nas ondas que não voltam jamais. Cuidado, garoa na praia provoca sempre uma pneumonia de saudade, prepares então uma boa bebida…

Fernando Rizzolo

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Charge do Sponholz para o Jornal da Manhã

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