Mais de 13 milhões de brasileiros subiram de faixa social na década, diz Ipea

Estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgada nesta segunda-feira indica que 13,8 milhões de brasileiros subiram de faixa social entre 2001 e 2007. Os dados foram definidos a partir dos números da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2007, divulgada na semana passada.

Desse total, 74%, ou 10,2 milhões, saíram da classe de renda baixa (até R$ 545,66 de renda familiar), e 3,6 milhões de pessoas passaram da classe intermediária (de R$ 545,66 a R$ 1.350,82) para a classe de renda mais alta (renda familiar superior a R$ 1.350.82).

Pesquisador do Ipea, Ricardo Amorim considera que a população emergente que estava na classe mais baixa tem baixa escolaridade –57,1% têm até a 4ª série do ensino fundamental e 1% têm nível superior– e está concentrada nas regiões Nordeste e Sudeste. Moram em centros urbanos 82% dessa população, sendo que 62,5% dos emergentes da classe mais baixa para a intermediária são considerados não brancos (pretos, pardos, indígenas e amarelos).

“O que mais chamou a atenção foi a movimentação de pessoas do nível mais baixo para estratos mais elevados. A movimentação deles superou o crescimento da economia e passou a ter mobilidade social ascendente que não se via desde os anos 80”, afirmou.

Amorim explicou que o crescimento da economia e os programas de transferência de renda fomentaram a emersão das pessoas das classes mais baixas, Ele ressaltou, no entanto, que isso indica uma “qualidade mais baixa” no crescimento de nível econômico dessa parcela da população.

Já entre os emergentes da classe intermediária, a escolaridade foi um pouco superior –39% têm até a 4ª série do ensino fundamental e 4% têm nível superior. Quase a totalidade — 90% — dos brasileiros que passaram para a classe considerada mais alta moram em centros urbanos, e 56% dessa população é branca.

“Para o bloco mais alto, a qualidade é melhor. O crescimento econômico do mercado de trabalho os alcançou e eles estão conseguindo se inserir de maneira produtiva e duradoura. Ou seja, se esse crescimento econômico for mantido, esse pessoal não volta mais para a situação anterior”, observou.

A classe mais baixa passou a representar 27,4% da população, ou 49,7 milhões de brasileiros. No chamado grupo intermediário, estão 66,5 milhões, e a chamada classe de renda mais alta soma 64,9 milhões de pessoas.

No Nordeste, as pessoas com renda familiar de até R$ 545,66 representam 49,2% da população. Em 2001, significavam 57,3% dos habitantes.

No Sul e no Sudeste, a parcela com renda mais baixa representava 21,4% da população em 2001. Seis anos depois, significavam 15% no Sul e 16,9% no Sudeste.

Ainda no Sudeste, a população com renda familiar superior a R$ 1.350,82 era correspondente a 43,8% do total em 2001, e pelos dados atuais, já chegam a 45,5%. Já no Nordeste, os que estão enquadrados na classe mais alta representam 16,7% do total. Em 2001, respondiam por 14,5.

Folha online

Rizzolo: Realmente a condição social ascendeu para a maioria das classes, muito em face à melhora da economia no cenário internacional, e claro aos programas de transferência de renda no que diz respeito as classes mais baixas. Contudo a melhora se deve em maior parte aos recursos advindos das exportações, dos produtos primários referentes a commodities. Em verdade a Ásia é a responsável pela demanda dos produtos primários elencados nas commodities, e que com a crise das ” subprimes”, poderá sim comprometer a nossa economia afetando esses resultados no futuro. Não há dúvida que nas faixas mais elevadas, onde a melhora social se deu em função à oferta de emprego ao setor de mão-de-obra especializada, será sim menos vulnerável às crises. Precisamos investir na formação da mão-de-obra especializada, para que com isso se cristalize a renda social, e que de qualquer forma o trabalhador especializado manterá seu lugar no mercado de trabalho.

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Apesar de aprovação recorde, Lula não transfere votos a Dilma

SÃO PAULO – A aprovação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva disparou quase dez pontos, segundo a pesquisa CNT/Sensus, divulgada nesta segunda-feira, 22. Lula passou de 69,3% para 77,7%, e voltou ao patamar do primeiro ano de governo, em 2003. A avaliação do governo também subiu de 57,5% para 68,8%. Esse é o melhor resultado da série histórica da Sensus, iniciada em julho de 1998. Mesmo batendo recordes de popularidade, Lula não consegue transferir votos para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, a favorita para sucedê-lo, nem para outros candidatos do PT, que aparecem em último lugar em simulações na disputa de 2010, revela levantamento.

Em todas as simulações para as eleições presidenciais em 2010, os candidatos do PT estão em último lugar. Na primeira simulação, na disputa com o governador de São Paulo, o tucano José Serra, Dilma Rousseff teria 8,4% dos votos, contra 38,1% de Serra. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) ficaria em segundo lugar, com 17,4% e Heloísa Helena, presidente do PSOL, com 9,9%. Embora em último lugar, Dilma mostrou uma ligeira melhora em relação à pesquisa de abril, quando ficou com 6,2% dos votos na disputa com esses três candidatos.

Numa segunda simulação, na qual Serra é substituído pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves, do PSDB, Ciro Gomes lideraria o primeiro turno, com 24,9%, seguido por Aécio, com 18,2%. Heloisa Helena teria 13,4% e Dilma, 8,6%.

Num outro cenário, no qual o candidato do PT seria a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, José Serra lideraria com 37,9%, Ciro Gomes viria em segundo lugar, com 18,9% e Marta ficaria com 5,9%. Numa quarta simulação, o candidato do PT seria o ministro de Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, que ficaria com 2,7% dos votos. Nesse cenário, Serra teria 38,5%, Ciro Gomes, 19,6% e Heloisa Helena, 10,6%.

Segundo turno

A CNT/Sensus mostra que nas simulações para o segundo turno das eleições presidenciais em 2010 os candidatos tucanos sairiam vitoriosos. Em um cenário em que a disputa seria entre José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Serra venceria com 51,4% dos votos, enquanto Dilma teria 15,7%. Embora continue muito atrás, Dilma apresentou uma melhora em relação à pesquisa de abril, quando Serra teria 53,2% dos votos e ela, 13,6% dos votos.

Numa segunda simulação, em que a disputa seria por Aécio Nevers (PSDB), Dilma ficaria com 18,4% dos votos e o candidato tucano venceria com 34%. Num terceiro cenário, no qual disputariam José Serra e Patrus Ananias (PT), o tucano venceria com 55,1% dos votos e o candidato do PT teria 7,7%. Num último cenário, no qual Serra disputaria com Ciro Gomes (PSB), Serra venceria com 47,1% dos votos e Ciro Gomes ficaria com 22,5% dos votos. A pesquisa CNT/Sensus foi realizada de 15 a 19 de setembro e ouviu duas mil pessoas em 24 Estados. A margem de erro é de 3 pontos, para baixo ou para cima.

O diretor da Sensus, Ricardo Guedes, avaliou que ainda não há transferência de votos do presidente Lula para os candidatos do PT, mas lembrou que a ministra Dilma Rousseff, tem subido paulatinamente nas pesquisas e que, por não serem nomes que estão no cenário político, os candidatos do PT ainda têm chances de crescer com o início da campanha eleitoral. “São nomes mais recentes, que precisam ser feitos”, disse Guedes.

Segundo ele, nomes que deixaram de participar do cenário político, como os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci, por serem mais conhecidos da população, teriam mais chances de melhor colocação nesse momento nas pesquisas. Guedes lembrou que, em Minas Gerais, o candidato a prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda, apoiado por Aécio Neves, do PSDB e por Fernando Pimentel, do PT, começou a campanha com 3% dos votos e deve chegar ao segundo turno.

Qualidade de vida e Lula

A avaliação regular do governo caiu de 29,6% para 23,2%, enquanto que a avaliação negativa teve uma redução de 11,3% para 6,8%. A desaprovação do presidente Lula caiu de 26,1% em abril para 16,6% em setembro.

A pesquisa revela ainda que 61,5% dos entrevistados acham que a qualidade de vida melhorou nos últimos quatro anos, enquanto que 11,6% consideram que houve uma piora, e 25,8% acham que está igual. Segundo o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, a avaliação sobre a qualidade de vida é um bom referencial sobre a possibilidade de o presidente Lula fazer seu sucessor. Segundo ele, esse indicador é utilizado nas eleições dos EUA e mostra que candidatos com índice acima de 50% tendem a fazer seu sucessor.
Agência Estado

Rizzolo: A pesquisa demonstra, o quase todo mundo já desconfiava. Os votos de Lula são de cunho personalíssimo, ademais o presidente já há tempos se desvinculou do PT, dos partidos, dos amigos, sendo então figura única popular e incapaz de transferir votos. O que o povo demonstra com isso ? Demonstra que a população quer é Lula, pode lá talvez a pedido dele transferir alguns votos, mas a massa quer Lula. É o mesmo que um grande cantor de música sertaneja pedir para que a população goste de outro cantor amigo dele. Não vão gostar, ainda mais se for de saia e se chamar Roussef.

Nada contra a ministra Dilma, mas venhamos, falta muito, viu. Alem disso, o passado não ajuda. Dilma não teve um passado de política e sim de agitadora, por mais que ela queira demonstrar ” ternura” é de caráter marrudo, e o povo não gosta disso. E mais, tem mais chance a Marta em ser popular do que Dilma. Já disse isso em várias ocasiões, e acreditem é uma opinião pessoal, imparcial, de bom senso. Entre o PT do bem e PT do mal sempre fico com os primeiros, com todo o respeito a ministra Dilma Roussef. Olha, sinceramente para mim acho uma boa notícia, nada de transferência; não adianta; o povo quer o cantor principal. Canta Lula, canta….

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Marinha tem como meta obter submarino nuclear

RIO – Mais do que dobrar a atual frota de 27 navios-patrulha, a prioridade da Marinha para alcançar condições efetivas de segurança nas áreas de prospecção de petróleo na costa brasileira, como as recém-descobertas reservas na camada pré-sal, é a construção de pelo menos quatro novos submarinos até 2018. A meta principal é o aguardado submarino nuclear, que colocaria o controle da costa em outro patamar. No entanto, os oficiais não contam com ele antes de 2020.

O diferencial da estratégia submarina protagonizou na semana passada os primeiros movimentos da Operação Atlântico. Em ação no litoral do Rio, São Paulo e Espírito Santo há dez dias, 10.215 homens da Marinha, Exército e Aeronáutica medem, até dia 26, os desafios para manter o controle da imensidão formada pelo mar territorial e a zona exclusiva de exploração econômica, a Amazônia Azul. A área abriga a maior riqueza natural do País e se estende a mais de 390 quilômetros do continente. O pré-sal está nesse limites.

Embora a Marinha trate a reativação da Quarta Frota dos Estados Unidos – divisão responsável por operações no Atlântico Sul, criada em 1943, desmobilizada em 1950 e restabelecida em abril – como mera reorganização, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se disse incomodado. “Os homens já estão aí com a Quarta Frota quase em cima do pré-sal”, afirmou, no batismo da plataforma P-53, no Rio Grande do Sul, na semana passada. Os EUA dizem reforçar o combate ao narcotráfico e treinamentos bilaterais.

A Operação Atlântico é uma resposta discreta à iniciativa americana, com a exibição de alguma capacidade de mobilização militar, ainda que limitada. Na filosofia militar da dissuasão em tempos de paz, o objetivo não é investir em uma máquina de guerra imbatível – o que seria muito difícil diante da capacidade de intervenção americana -, mas fazer potenciais inimigos ou grupos terroristas pensarem duas vezes antes de se aventurar em uma área estratégica para o Brasil.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: No vai e vem das declarações, o presidente Lula ora tem um posicionamento, e em determinado momento outro. Assim foi com Chavez, concordava com tudo, abraçava-o, unia-se num ideal de América Latina unida, agora é contra e se sente irritado com as manobras russas e as intenções militares chavistas E o faz com muita razão. No tocante a Quarta Frota é o mesmo, ao se irritar com as manobras russas, agrada e vai de encontro à política dos EUA que rechaça a Rússia e Chavez em conluio militar no Caribe; mas já num discurso no batismo da plataforma P-53 afirma que ” os homens já estão aí”. Ora já esta mais do que provado que a Quarta Frota esta mais preocupada com aquilo que ” irrita ” Lula, ou seja, as manobras Russas.

Não é política dos EUA açambarcar à força reservas de petróleo, haja vista, inúmeros países dentre eles a Arabia Saudita. Da onde veio essa idéia? Ah! Da esquerda, dos petistas do mal, dos amigos de Chavez, daqueles que discutem política ao som de Mercedes Sosa. Na verdade, o submarino nuclear é essencial para a defesa da nossa costa, face a sua autonomia. Temos que desenvolver a área nuclear no Brasil, até porque temos a sexta maior reserva de urânio, e este enriquecimento tem sim que ser feito aqui, não no Canadá. Só para concluir os EUA participam com as Forças Armadas brasileiras de manobras, alem disso os militares não enxergam a Quarta Frota uma ameaça, agora perguntem em relação a Rússia e a Venezuela.

Sempre defendi essa lógica da presença da Quarta Frota não com uma visão intervencionista, mas de preocupação dos EUA com a atuação na América Latina dessa turma, Irã, Rússia, China, e muito antes de Chavez aparecer atuando em manobras com esses “seus aliados”. Se um dia a Rússia e seus aliados tentarem se aproximar do Pré Sal quem vai nos defender? Fala aí? Me responde? Nossas Forças Armadas sucateadas? Não, teremos enfim que chamar os ” homens que estão quase em cima no Pré Sal “, que já participam de manobras com a nossas Forças Armadas para dar nos uma mãozinha, não é? Olha, o Brasil ainda tem um anti americanismo muito bobo. E eu já falei para o pessoal da esquerda, que ninguém é obrigado a ler minhas idéias ou adentrar neste Blog. Entram porque querem e acabam ficando ” irritados”. Ora, não entrem..aqui é um espaço para quem pensa não para quem obedece “cartilhas”.

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