EUA são a verdadeira ameaça mundial, diz Ahmadinejad

NAÇÕES UNIDAS – O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou hoje os Estados Unidos de cercarem o seu país e afirmou que Washington é a verdadeira ameaça à estabilidade mundial. Pouco antes de discursar na 63ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente do Irã defendeu sua postura de confronto com o Ocidente e com Israel. “Eu gostaria de perguntar a vocês: O (exército) iraniano que está ao redor do seu país, ou são as tropas americanas que estão ao nosso redor?”, disse em entrevista à Rádio Pública Nacional dos EUA.

“São as tropas americanas que estão ao redor das nossas fronteiras. Não são as nossas que estão ao redor das fronteiras americanas. Então, o que exatamente os americanos fazem lá?”, questionou Ahmadinejad. Ao se referir à crise financeira nos Estados Unidos, Ahmadinejad afirmou ao jornal Los Angeles Times que “a economia mundial não suporta mais o déficit orçamentário e as pressões financeiras (dos EUA)”.

Apesar de três rodadas de sanções do Conselho de Segurança (CS) da ONU contra o Irã, o governo de Teerã continua a desafiar os pedidos dos EUA e do Ocidente para suspender o seu programa de enriquecimento de urânio, que Israel e os EUA acusam de estar sendo usado para produzir no futuro armas nucleares. O Irã alega que tem apenas objetivos pacíficos.

Ahmadinejad culpa os EUA pelas tensões mundiais e descreveu o Estado de Israel como “um avião que perdeu a sua turbina”. Ahmadinejad, que no passado pediu a destruição de Israel, disse hoje que o país aliado aos EUA deveria ser transformado em um Estado unificado com judeus e palestinos, incluídos refugiados palestinos regressados, que superariam de longe em número a população judaica majoritária. As informações são da Dow Jones.
Agência Estado

Rizzolo: Esse cidadão de nome complicado, não cumpre as exigências do do Conselho de Segurança (CS) da ONU e ainda se acha no direito de afrontar os EUA, a maior potência militar democrática do Ocidente. É claro que por hora o exército iraniano não está por perto dos EUA, muito embora o maior de desejo de Mahmoud Ahmadinejad é um dia estar por perto não só dos EUA mas o pior: por perto de nós. Aliás se depender de Chavez, não só o Irã, mas a China, a Coréia do Norte e a Rússia estarão por aqui, e enfim aqueles que maldizem a Quarta Frota, gritarão em socorro por ela. Acreditar que o Irã tem fins pacíficos em seu programa de enriquecimento de urânio, é o mesmo que acreditar em Papai Noel.

Concordo com Bush quando afirma que o Irã apóia as milícias do Hisbolá que tentam enfraquecer o Governo democrático do Líbano, financia grupos terroristas como o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina, desestabiliza os territórios palestinos e envia armas aos talibãs no Afeganistão “que podem ser usadas para atacar americanos e as tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Ah! Mas o Rizzolo fala isso porque defende Israel. Olha, o Irã não é um problema real para Israel, um País armado, e aliado dos EUA, é sim um problema para outros desarmados como o nosso.

Obs. Leitores agora temos um domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Se aprovado pela Câmara Lula admite sancionar fim do fator previdenciário

Presidente Lula admite o fim do fator previdenciário e o reajuste dos benefícios pelo mesmo índice do salário mínimo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva indicou, nesta quarta-feira (17), que pode não vetar as mudanças previstas no projeto de lei que extingue o fator previdenciário e altera a forma de correção dos benefícios previdenciários.

O projeto, já aprovado pelo Senado está em discussão na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, torna obrigatória a vinculação de aumentos no valor de aposentadorias e pensões ao reajuste anual do salário mínimo.

A sinalização foi feita pelo presidente durante entrevista à TV Brasil, órgão do Governo federal. “Se for aprovado no Congresso o acordo entre os líderes, certamente que eu não vetarei”, afirmou.

Por outro lado, ele fez ponderações de que uma eventual aprovação da matéria terá efeito negativo nas contas públicas porque deverá aprofundar o desequilíbrio nas contas da Previdência. Lula disse que o Ministério da Fazenda está discutindo os efeitos do projeto na Câmara dos Deputados, na tentativa de evitar a aprovação das mudanças.

“O Governo não quer dar mais ou menos, o Governo quer fazer aquilo que é possível fazer. Se temos uma arrecadação para a Previdência e você aprova uma coisa que significa aumentar o custo, você tem que se perguntar sempre de onde vai sair o dinheiro para pagar. Essa é uma pergunta que todo mundo tem que fazer, os deputados, os senadores”, acrescentou.

Ao responder à questão, o presidente expôs a dificuldade em dizer não e barrar uma medida que irá beneficiar aposentados e pensionistas, mas que irá dificultar a gestão do orçamento. Neste ano, o déficit da Previdência é estimado em R$ 43 bilhões.

Rizzolo: Não é possível que um governo que se diz socialmente justo, compactue com esse fator que na realidade é um desrespeito ao trabalhador brasileiro. A previdência como já afirmei várias vezes, é um instrumento de distribuição de renda no Brasil, e não há como conceber que o governo petista vire as costas para os trabalhadores e conspire na contra mão dos interesses dessa minoria pobre.

Acredito que o presidente, ao contrário do que muitos afirmam, não mandará recado à Câmara, tampouco o vetará. Agora alegar que não tem dinheiro para os aposentados, é o mesmo que alegar que dinheiro não mais existe à Bolsa Família, até porque não há maior desrespeito de uma Nação ao negar a aposentaria ” ad integrum” àqueles que tantos anos contribuíram com seu suor.

O Fator previdenciário é extremamente perverso aos pobres. Imagine a seguinte situação: a pessoa é empregada doméstica e vai se aposentar aos 55 anos. Está trabalhando desde os 20 anos de idade. Se aposenta e perde 1/3 da aposentadoria, por que a expectativa de vida entra no cálculo da sua aposentadoria. Só que a expectativa de vida no País vem aumentando apenas aos mais ricos, aos que tem os famosos ” Planos de Sáude”, enquanto os pobres morrem nos corredores frios dos hospitais públicos. Espero que a Câmara tenha o bom senso e o presidente a devida sensibilidade com os que já deram seu quinhão à sociedade. Vamos nos mobilizar, divulgue o Blog do Rizzolo !

Obs. Leitores, agora temos domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

VEJAM HOJE DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2008 NO BLOG DO RIZZOLO SOBRE A NOVA SAFADEZA NA QUESTÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

Lula acusa ricos de ‘nacionalismo populista’

Enviado especial da BBC Brasil a Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os países ricos estão praticando um ”nacionalismo populista”, durante o seu discurso na abertura da Assembléia Geral da ONU, nesta terça-feira.

Os comentários do presidente foram uma menção às supostas exigências por parte dos países ricos para que as nações em desenvolvimento abram seus mercados, ao mesmo tempo em que dificultam o acesso dos emergentes aos seus próprios mercados e criam barreiras para a entrada de imigrantes de países pobres.

”Muitos dos que pregam a livre circulação de mercadorias e capitais são os mesmos que impedem a livre circulação de homens e mulheres, com argumentos nacionalistas – e até racistas – que nos fazem evocar – temerosos – tempos que pensávamos superados”, disse Lula.

O líder brasileiro voltou a lançar críticas contra os países ricos, ao falar da atual crise financeira que atinge os mercados globais.

”É inadmissível – dizia o grande economista Celso Furtado – que os lucros dos especuladores sejam sempre privatizados e suas perdas invariavelmente socializadas”, afirmou, acrescentando que o ”ônus da cobiça desenfreada de alguns não pode recair impunemente sobre os ombros de todos”.

Para Lula, ”a euforia dos especuladores transformou-se em angústia dos povos, após a sucessão de naufrágios financeiros que ameaçam a economia mundial”.

Ação da ONU

O líder brasileiro também clamou por uma ação mais efetiva da ONU para combater diferentes crises.

”Das Nações Unidas, máximo cenário multilateral, deve partir a convocação para uma resposta vigorosa às ameaças que pesam sobre nós”, afirmou.

”Mas há outras questões igualmente graves no mundo de hoje. É o caso da crise alimentar, que ameaça mais de 1 bilhão de seres humanos. Da crise energética, que se aprofunda a cada dia. Dos riscos para o comércio mundial, se não chegarmos a um acordo na Rodada de Doha. E da avassaladora degradação ambiental, que está na origem de tantas calamidades naturais, golpeando sobretudo os mais pobres.”

Ainda sobre o meio ambiente, Lula afirmou que o Brasil ”não tem fugido a suas responsabilidades. Nossa matriz energética é crescentemente limpa”, afirmando, em seguida, que ”a tentativa de associar a alta dos alimentos à difusão dos biocombustíveis não resiste à análise objetiva da realidade”.

Reforma

Como em pronunciamentos passados, o presidente também defendeu uma reforma da estrutura da ONU e lançou uma indireta contra a suposta postura unilateralista do governo americano em detrimento aos interesses da instituição.

”A força dos valores deve prevalecer sobre o valor da força. É preciso que haja instrumentos legítimos e eficazes de garantia de segurança coletiva. As Nações Unidas discutem há quinze anos a reforma do Conselho de Segurança.”

”A estrutura vigente, congelada há seis décadas, responde cada vez menos aos desafios do mundo contemporâneo. Sua representação distorcida é um obstáculo ao mundo multilateral que almejamos”, acrescentou.
BBC, Agência Estado

Rizzolo: Lula tem razão em todos os pontos abordados em seu discurso. Mas a realidade do mercado, dos interesses, nem sempre são tão viáveis de se conciliar com o ritmo da ética e do interesse de todos. Países desenvolvidos, até por uma questão de se manterem em pleno vigor suas economias pensam de forma unilateral no tocante a seus interesses. O protecionismo ainda existe em função das pressões internas, e da política de proteção à mão de obra local, como é o caso das restrições à entrada de imigrantes.

Quando falamos sobre o que justo e injusto, quer em termos macroeconômicos, posturas internacionais, ou justiça sociais, esbarramos sempre nos interesses dos atores principais da questão. Assim o é também no Brasil, na postura do governo em prevalecer a financeirização da economia ao consentir e chancelar os enormes lucros dos bancos.

Ora, todos sabem que existe no Brasil, a condição econômica que prestigia o lucro dos bancos, lucros esses maiores que bancos internacionais, e isso se dá num País pobre como o nosso. É um protecionismo interno do segmento financeiro do País, este tão ruim ou pior que os exercidos pelos países ricos em relação aos pobres; a analogia econômica procede a bem da reflexão, quando insistimos naquilo que é justo em termos de ricos e pobres, tema este preferido pelo presidente.

Obs: Leitores agora temos domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Quando diversificar significa minimizar

Uma das grandes mudanças que ocorreu no Brasil, foi sem dúvida a diversificação dos destinos de exportações. Foi na procura de novos mercados, e por fim não mais depender dos países desenvolvidos com seu protecionismo exacerbado, que o País decidiu ” ousar” novos orientes se dedicando na melhora das relações comerciais com os chamados emergentes, fazendo desta forma, o caminho contrário de países como o México, que dirige 90% das vendas externas para o mercado norte-americano.

O que não poderíamos imaginar, seria que os emergentes saltariam em consumo fazendo com que os nossos produtos primários contidos no escopo das commodities, alavancassem nossas exportações. Com efeito isso acabou induzindo o Brasil a exportar pouco pelo seu porte e faze-lo dependente em excesso de commodities, exportadas aos emergentes, o que de certa forma, por outro lado, minimizou os efeitos da crise no Brasil.

Na corrida a uma significativa diversificação de destinos das exportações, temos hoje um cenário em que apenas 15% se destinam aos EUA, enquanto 25% vão para a Europa, 20% para a América Latina e 15% para a Ásia, destacando os principais. Contudo, ingenuidade seria pensar que os países emergentes não sofreriam de alguma maneira o impacto da crise; e em conseqüência disso, podemos prever, que nossas exportações de produtos primários estariam também, de certa forma, comprometidas.

Outro componente a ser analisado, e importante a salientar, é que até para viabilizar a produção dos produtos primários consoantes das commodities, é necessário a viabilização de crédito no mercado interno, e externo. O que aos indicadores, isso será também alvo de forte restrições de oferta no mercado internacional. Ao se tornar o crédito mais escasso, as exportações serão afetadas pela queda da demanda e dos preços internacionais das commodities.

Nos restaria portanto, propagar uma política macroeconômica de aumento gradual compensatório do mercado interno, que logicamente não dispomos de instrumentos monetários desejáveis na sua aplicabilidade, face à política ortodoxa implantada pelo BC. A saída para a crise, na verdade, está também muito atrelada a nossa capacidade de revermos as questões internas como a das altas taxas de juros, bem como a da reforma fiscal; onde a coerência tributária precipitaria uma otimização da economia, facilitando também a viabilização dos investimentos, que não podem ser interrompidos.

Fernando Rizzolo

Obs: Leitores agora temos domínio próprio: http://www.blogdorizzolo.com.br

Charge do Novaes para o JB online