ORENBURG, RÚSSIA – Os presidentes da Rússia, Dmitry Medvedev, e da Venezuela, Hugo Chávez, decidiram nesta sexta-feira preparar um acordo energético que vai aproximar Moscou do maior adversário atual dos EUA na América Latina.
O anti-EUA Chávez recentemente recebeu uma visita de aviões bombardeiros russos, e em novembro deve ocorrer no Caribe um exercício naval conjunto, primeira incursão marítima russa nas Américas desde o fim da Guerra Fria.
A aproximação entre os dois países acontece num momento em que os russos também vêm tendo atritos com os EUA, especialmente depois de invadirem a Geórgia, em agosto, o que provocou duras críticas de Washington.
Nesta semana, Moscou anunciou um empréstimo de 1 bilhão de dólares a Caracas para a compra de armas e equipamentos militares russos.
Sob o olhar de Medvedev e Chávez, representantes das estatais de gás e petróleo Gazprom e PDVSA firmaram um memorando de entendimento, enquanto os respectivos ministros de Energia formalizaram o início da preparação de um pacto de cooperação energética.
“Estimado presidente, querido Hugo, estou feliz por cumprimentar a delegação da nossa amiga Venezuela”, disse Medvedev, sorridente, ao abrir o encontro em Orenburg, no sul dos montes Urais.
“Esta dinâmica em nosso relacionamento aponta para a sólida fundação de nossos laços”, acrescentou. “Nossa cooperação é multifacetada e inclui laços econômicos e militares.”
Chávez manifestou “apoio total, modesto, embora firme” à intervenção militar da Rússia na Geórgia. Apesar disso, Caracas não seguiu o exemplo de Moscou em reconhecer a independência das repúblicas separatistas pró-russas da Abkházia e Ossétia do Sul, pivô da guerra de agosto, iniciada quando a Geórgia tentou reconquistar a segunda região à força.
“Sabemos como os pacíficos residentes da Ossétia do Sul foram atacados”, acrescentou o presidente venezuelano, que na noite de quinta-feira se encontrou com o influente primeiro-ministro Vladimir Putin e recebeu um aceno de ajuda russa para o desenvolvimento de usinas nucleares.
Chávez aproveitou o cenário de um exercício militar conjunto entre Rússia e Cazaquistão para se encontrar com Medvedev, a quem se dirigiu como “presidente e amigo”.
Ele agradeceu o dirigente por enviar neste mês dois bombardeiros TU-160, e não perdeu a chance de cutucar Washington. “Embora alguém no norte do nosso continente tenha dito que esses eram aviões obsoletos, ficamos satisfeitos com esses aparelhos”, disse Chávez.
A Rússia negou que tenha enviado aviões e navios para provocar os EUA, mas o fato é que tais decisões foram anunciadas logo depois de Medvedev se queixar da presença de embarcações dos EUA no mar Negro, tradicional “quintal” naval russo.
Agência Estado
Rizzolo: É lógico que a Rússia quer se vingar dos EUA por sua interferência na Geórgia fazendo uso de Hugo Chavez, mas não é apenas uma vingança, é uma estratégia visando sua influência na América Latina. Por trás da Rússia está o Irã, a China e a Coréia do Norte que a reboque querem instalar bases físicas e ideológicas no continente latino-americano. Fico extremamente preocupado com o Brasil, pela sua condição militar, política, e ideológica. O que observamos no governo petista é uma postura conivente com os países alinhados com essa turma. Observem a postura do governo em relação a Rafael Correa. Lula se considera um ” irmão mais velho”, a esquerda aplaude o enfrentamento dos EUA com a Rússia bombardeando aqui a Quarta Frota, e o pior tudo chancelado por Lula, que até outro dia queria ” explicações do governo americano”, mas em relação às manobras russas fica bem calado, como se com eles, ” tudo bem”.
Todas estas questões, é claro, não passam pelo povo pobre do Brasil, que nem sequer lê jornais, e tampouco sabem das questões internacionais e suas implicações. O Brasil precisa de uma vez por todas, abandonar esse discurso anti americano alinhado pela Venezuela, até porque num conflito desarmado estamos, face ao sucateamento das nossas Forças Armadas, e teríamos sim que nos socorrer ao nosso velho aliado. É uma pena eu ser por minhas opiniões, ” escorraçado” pela esquerda, e pelos petistas do mal, só eu sei os emails que recebo. Mas o que me anima é que muitos mas muitos brasileiros, compartilham das minhas idéias e do meu ponto de vista, que passam pelo bom senso, equilíbrio, e patriotismo. Sou apenas um advogado que amo a democracia.
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