Crise do crédito deverá reduzir ritmo da construção em 2009

A forte queda da Bolsa e a paralisação do crédito atingiram as construtoras brasileiras, e o número de empreendimentos lançados deve sofrer forte redução nos próximos meses. A previsão foi feita pelo presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe.

Embora o sistema de financiamento da compra de imóveis (poupança e FGTS) esteja fora da crise, as construtoras estão sendo obrigadas a financiar a execução da obra num cenário pouco amistoso para a tomada de crédito.

“A busca de recursos pela via do mercado de ações está completamente descartada agora. O BNDES também não tem uma linha para financiamento imobiliário. As empresas então têm de buscar recursos num mercado praticamente parado”, diz.

Salvo casos excepcionais, Watanabe não acredita na paralisação geral das obras em andamento devido à restrição de crédito corporativo, mas a indústria da construção vai reduzir muito os novos lançamentos.

É a forma de não ficarem expostas a um mercado adverso, afirma. Devido aos projetos lançados, a previsão de crescimento de 10% em 2008 não deverá ser atingida, mas as expectativas para 2009 não são muito favoráveis.

Melvyn David Fox, presidente da Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção), afirmou ontem que a previsão inicial de crescimento em 2009 também pode ser revista para baixo.

Folha online / Dinheiro

Rizzolo: A crise financeira mundial que se iniciou com os “derivativos tóxicos”, ” subprimes ” no setor imobiliário americano, espalhou-se pelos mercados. No Brasil a crise se acentua em função da escassez de crédito, alta do dólar, e um sinal forte de recessão, como outros setores, o setor imobiliário no Brasil enfrenta dificuldades na captação de crédito, o que por sua vez, provocará uma redução no ritmo da construção em 2009. Como já afirmei em outros comentários, o investimento em imóveis em épocas de crise deve ser evitado, a crise de crédito no mercado internacional obriga o setor de construção e os compradores a refazerem os cálculos e adaptarem os projetos à nova realidade do sistema financeiro.

Na essência do problema, está a incerteza generalizada quanto aos rumos e a duração da crise. Desconfiados, bancos reduziram a oferta de crédito às construtoras, que usavam o dinheiro para tocar obras. Também encareceram os financiamentos. Por outro lado, a velocidade das vendas vem diminuindo, devido à desconfiança dos compradores em relação aos impactos do caos estrangeiro sobre a economia brasileira.

Obter o recurso emprestado ficou mais difícil e caro. Como diz o presidente do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo), Sérgio Watanabe, a busca de recursos pela via do mercado de ações, está completamente descartada agora, e o BNDES também não tem uma linha para financiamento imobiliário. As empresas então têm de buscar recursos num mercado praticamente parado”. Assim sendo, entendo o investimento em imóveis no momento, uma aplicação inapropriada, e vc sabe, quando as construtoras andam mal, o final da história nem preciso contar.

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