Lula visita Cuba e se reúne com Raúl Castro

HAVANA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na noite de quinta-feira com o presidente cubano, Raúl Castro. Lula está em Cuba para assinar um acordo que possibilitará à Petrobras explorar petróleo em águas costeiras da ilha.

Lula chegou a Cuba no final da tarde. Pouco depois de sua chegada, a televisão estatal cubana mostrou imagens do encontro oficial entre Lula, Raúl Castro e suas respectivas delegações.

“Durante a visita (de Lula), será firmado um contrato de participação na produção de hidrocarbonetos entre a Cubapetroleos e a filial da Petrobras, Petrobras Middle East B.v”, disse o jornal oficial Granma.

Esta é a terceira visita de Lula a Cuba. Ele já esteve na ilha em setembro de 2003 e janeiro deste ano, quando assinou vários acordos de cooperação bilateral.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e o ministro dos Esportes, Orlando Silva, acompanham Lula, que também vai comparecer à inauguração da sede local da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil, a Apex.

Na viagem de um dia, Lula convidará Raúl a participar da cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, nos dias 16 e 17 de dezembro no Brasil, disse uma fonte da delegação brasileira em Havana. Caso Raúl aceite o convite, será sua primeira viagem internacional desde que assumiu a Presidência, em fevereiro, substituindo o irmão doente, Fidel Castro.

A Petrobras já prospectou petróleo na ilha há cerca de 10 anos, mas não encontrou nada depois de investir 20 milhões de dólares na exploração.

A empresa brasileira deseja seguir os passos de outras seis petrolíferas, como a espanhola Repsol e a venezuelana PDVSA, que têm acordos de exploração com a estatal cubana para 28 dos 59 blocos disponíveis em águas profundas do setor cubano do Golfo do México.

Fontes brasileiras disseram que o acordo, que deve ser assinado na manhã desta sexta-feira, prevê a prospecção de petróleo em um bloco localizado próximo ao balneário de Varadero, a cerca de 140km a leste de Havana.

Cuba consome 150 mil barris diários de petróleo e derivados. Cerca de 92 mil são importados a preços preferenciais pela Venezuela, principal aliada política e econômica de Cuba.

O Brasil é o segundo maior sócio comercial da ilha, segundo dados oficiais. As trocas comerciais somaram 412 milhões de dólares em 2007, cerca de 10 por cento a mais que em 2006. O Brasil tem dito que quer se tornar o primeiro parceiro comercial de Cuba.

Durante a visita à ilha, Lula pode voltar a encontrar-se com Fidel Castro, que não aparece em público desde julho de 2006.
Agência Estado

Rizzolo: Pessoalmente não vejo problema algum na visita do presidente Lula à Cuba e seu encontro com Raul Castro. O encontro e a visita visam acordos comerciais, e isso não significa que o Brasil chancele a política retrógrada de Cuba em relação aos direitos humanos, e a conotação ditatorial do regime comunista na ilha. Agora, quando além das questões comerciais, se observa afagos, como o convite a Cuba participar da cúpula da América Latina e Caribe sobre Integração e Desenvolvimento, nos dias 16 e 17 de dezembro no Brasil, entendo que já é demais.

Integração e Desenvolvimento com um País que não respeita a democracia, os direitos humanos, é um absurdo; todos sabem da quantidade de presos políticos na ilha. O problema nessa seara diplomática, é a influência comunista petista que insiste na postura do presidente em afagar Chavez, Raul Castro, Morales, Correa e essa turma amantes de Mercedes Sosa.

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