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A China aprovou um pacote de estímulo à economia de 4 trilhões de yuans, o equivalente a US$ 586 bilhões, para ser usado até 2010 para impulsionar a demanda doméstica, segundo informações da agência oficial de notícias Xinhua veiculadas neste domingo (9).
Como estava previsto, os investimentos serão concentrados em infra-estrutura e bem-estar social. A agência não informou como o gasto extra será financiado. O pacote também inclui aumento no financiamento a pequenas e médias empresas.
Segundo a Xinhua, a China investirá 100 bilhões de yuans em construção nacional neste trimestre e 20 bilhões de yuans no ano que vem para a reconstrução em áreas atingidas por desastres naturais.
Neste sábado, em São Paulo, onde participa da reunião do G20 financeiro, o presidente do banco central da China, Zhou Xiaochuan, disse que o país quer manter sua taxa de expansão econômica, que deve ficar entre 8% a 9% em 2009.
Preocupada com a desaceleração de sua economia e com a crise global, a China anunciou no fim de outubro o segundo corte da taxa de juros no mês, de 0,27 ponto percentual na taxa de juros –a taxa de empréstimos para um ano caiu, assim, de 6,93% para 6,66%.
O PIB chinês cresceu 9,9% entre janeiro e setembro deste ano em relação ao ano passado, 2,3 pontos percentuais a menos que no mesmo período de 2007.
Assim, o pacote de medidas destinadas a estimular a economia abrangerá até 2010 dez programas de impulso à vida da população, como casas para pessoas de baixa renda, infra-estruturas rurais, rede de transporte, ambiente, inovação tecnológica e reconstrução posterior aos desastres naturais.
O teto creditício dos bancos comerciais também será suprimido, a fim de canalizar mais empréstimos para projetos prioritários, no interior do país, em pequenas e médias empresas, fusões e aquisições.
Taiwan
Em Taiwan, o banco central do país, inesperadamente, reduziu a taxa básica de juro em 0,25 ponto percentual neste domingo, para 2,75% ao ano, quarto corte em pouco mais de um mês.
A decisão do BC de Taiwan ocorre depois que as exportações do país registraram, em outubro, a primeira queda na comparação anual em três anos e meio, e a inflação desacelerou para o menor nível em um ano.
Folha online
Rizzolo: O governo chinês com este pacote pretende se resguardar dos efeito da crise. A economia chinesa não tem a característica do consumo, portanto com a diminuição das exportações a canalização dos produtos ao mercado interno é de certo modo mais complicado, o conceito de poupança na China está enraizado. Com este pacote, o governo pretende estimular o mercado interno .
É uma boa notícia. Observa-se que os emergentes não aceitam uma diminuição do crescimento econômico, e de tudo fazem para estimula-lo, mas as perdas já são enormes, e o tamanho da crise ainda ninguem sabe, como afirmou o presidente do Banco Mundial, Zoellick, a crise financeira iniciada em setembro chegou definitivamente aos países em desenvolvimento, nos quais agora está tendo um efeito “dramático”. “Há um sentimento muito forte de que o mundo em desenvolvimento está sendo atingido significativamente pela desaceleração”.
Por aqui o frio continua intenso, principalmente à noite. Já nos jornais deste domingo, aqui na França, o que mais se fala é sobre a crise e o País em relação aos demais países da europa. O Le Journal des Finances dedicou um artigo enorme neste domingo, sobre Obama e seus desafios na economia americana. Todos preocupados, hein !
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que nenhum país está a salvo da crise global, avaliou que o sistema financeiro “ruiu como um castelo de cartas” e pediu novas regras para o setor.
Ele fez as declarações ao inaugurar em São Paulo a reunião de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 – grupo formado por países desenvolvidos e emergentes.
“As políticas de cada país não podem transferir riscos injustos a outros países. Cada país deve assumir suas responsabilidades”, disse Lula, que reconheceu que “nenhum país está a salvo da crise financeira”.
Lula fez um apelo por uma revisão do sistema financeiro global que “ruiu como um castelo de cartas” na crise de crédito, e defendeu que os países emergentes precisam ter mais voz nas decisões-chave.
Na abertura da reunião de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais do G20, Lula criticou a “fé dogmática na não-intervenção” nos mercados adotada por Estados Unidos e outros países.
“É amplamente reconhecido que o G7 sozinho não vai conseguir resolver os problemas do mundo”, disse Lula.
“Precisamos de uma nova governança mais participativa. O Brasil está pronto para assumir suas responsabilidades… É hora de um pacto entre os governos para construir uma nova arquitetura financeira mundial.”
Autoridades do G20 estão reunidas em São Paulo para definir maneiras de lidar com a crise financeira global e preparar a cúpula do próximo final de semana em Washington, que contará com chefes de Estado do grupo que inclui os 19 países mais industrializados do mundo e a União Européia.
Lula reforçou posição já apresentada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, na véspera, de que “os países devem evitar a tentação de usar protecionismo” para enfrentar a crise.
Os acontecimentos de 1929 devem servir de lição, segundo o presidente. “Medidas unilaterais só prolongaram o problema e aumentarm a desconfiança”, lembrou.
Para ele, este é o momento ideal para se finalizar as negociações da Rodada de Doha.
“A conclusão da Rodada de Doha deixou de ser uma oportunidade e passou a ser uma necessidade.”
(Com informações de Efe e Reuters)
Rizzolo: Todas as críticas do presidente Lula são válidas, contudo o mundo tornou-se de tal forma globalizado, que as crises se contaminam face à conecxão e a inter relação econômica que existe em todos os países. Que houve falta de regulamentação todos sabem , mas a grande questão é a complexidade das operações financeiras e as sua eventuais características ” toxicas “. As vezes tenho a impressão que Lula ” sindicaliza” sua argumentações, age como um líder sindical na defesa de suas argumenta, pode ser válido, mas como disse de pouco adianta num mundo globalizado economicamente. Temos é que ser rápidos nas decisões e não ficar apenas politizando. Aqui em Paris está muito frio e chuvoso, escrevo este comentário de um bistrô, em Marais, e como estamos 3 horas na frente o shabat aqui já acabou.