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SÃO PAULO – Preocupada com os efeitos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira, a indústria paulista antecipou um movimento esperado só para os meses de novembro e dezembro: começou a diminuir os turnos de produção e a dispensar empregados contratados de forma temporária.
A percepção dos empresários é a de que a produção direcionada para atender as vendas de fim de ano já se esgotou, e como a expectativa é a de que 2009 será um ano de demanda mais fraca e crescimento econômico menor que o deste ano, é preciso se adaptar a uma produção menor, que exigirá, portanto, menos trabalhadores.
Em outubro, a queda do nível de emprego na indústria paulista foi de 0,41% em relação a setembro, sem ajuste sazonal, e de 0,13% com ajuste sazonal, segundo dados divulgados esta manhã pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Foi a primeira queda do indicador para um mês de outubro desde 2003, quando o emprego caiu 0,63%. Dos 21 segmentos que compõem a indústria paulista, dez, praticamente metade, registraram demissões em outubro, número que só costuma aparecer nos dois últimos meses do ano, quando se encerra a safra da indústria sucroalcooleira.
Embora os números não sejam considerados trágicos, eles traduzem uma tendência que preocupa a indústria paulista, que é a redução do emprego de forma disseminada. “O emprego em outubro não foi bom como nos meses anteriores nem terrível como alguns analistas esperavam”, disse o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. “Mais do que o valor numérico, a importância do resultado fica realmente na alteração do padrão do comportamento do emprego. Temos agora uma tendência de queda no nível de emprego, uma inflexão na curva”, acrescentou.
Francini explicou que ainda não é possível prever em que padrão a produção industrial vai se estabilizar, mas a demissão de trabalhadores desde já traduz o início de uma fase de transição “conturbada”, que inclui reprogramação de produção e administração de estoques. O último resultado do Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, de setembro, não apresentou redução, e a prévia de outubro indica estabilidade.
Dólar
Nem mesmo a desvalorização do real ante o dólar nos últimos dois meses justificou a manutenção dos empregos da indústria no Estado. A Fiesp admitiu que a indústria será beneficiada por um câmbio mais competitivo, mas a volatilidade cambial permanece, o que dificulta o planejamento dos empresários. Além disso, o real desvalorizado não alivia a expectativa de um ano com menor demanda.
Agência Estado
Rizzolo: As notícias que circulam na Europa em relação aos emergentes, e aos empregos não são nada boas. Podemos já inferir os efeitos na indústria paulista, e a tendência é piorar em 2009. Não há como o Brasil ficar imune a uma crise de cunho internacional, a demanda externa e interna irá diminuir e os empresários terão forçosamente de promover demissões.
O crédito está cada vez mais escasso e mais caro, segundo pesquisa da Fundação Procon de São Paulo (Procon-SP) divulgada hoje a taxa de juros registrada em novembro é a mais elevada desde 2003. Com isso, o órgão, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado, recomenda ao consumidor cautela ao contratar empréstimos. A taxa de juros mais alta para empréstimo pessoal foi registrada no Banco Real, de 8,15% mensais. A mais baixa, na Caixa, de 4,49%. No cheque especial, os juros mais altos, de 12,30% ao mês, estão no Safra e os mais baixos, de 7,98%, também na Caixa.
Quem apostava na ” marolinha” já está vendo os efeitos desse vendaval. Como não estou no momento no Brasil, não tenho a noção exata do que está ocorrendo nos bastidores da economia, porem amigos me afirmam que coisa por aí está ficando preta, informam que o Banco Central voltou ao mercado de câmbio e operou, com diferentes instrumentos, em quatro oportunidades. No fechamento da quarta-feira (12), o dólar estava cotado em R$ 2,29 – que já era a maior taxa dos últimos 20 dias. Um absurdo, hein !!
GENEBRA – São quase 10 mil novas demissões a cada dia. Essa é a realidade que vive a Europa hoje, uma economia que pena para dar sinais de competitividade e que acumula problemas. A crise financeira se transformou em uma crise na economia real e políticos já alertam para a terceira fase: a crise social. Dados dos diversos governos deixam claro que a situação é a pior em mais de uma década.
Entre os mais afetados estão os imigrantes, muitos deles brasileiros. Na Espanha, 46% dos imigrantes está desempregado.
As cifras mais recentes são do Reino Unido, que divulgou nesta semana o pior aumento do desemprego em 16 anos e uma recessão. Hoje, o governo inglês é obrigado a pagar pensões a 980 mil pessoas. 1,8 milhão perderam seu trabalho em 2008. E o pior é que a crise ainda não revelou toda sua dimensão. “Não estamos ainda no fundo do poço”, afirmou o ministro do Trabalho inglês Tony McNulty.
No Reino Unido, foram 1,5 mil novos desempregados por dia entre agosto e outubro. Ontem, a British Telecom anunciou que demitiria 10 mil pessoas até o final do ano. Em termos percentuais, a taxa de desemprego chega a 5,8% no Reino Unido, contra 7,5% na zona do euro, taxa que deve aumentar para quase 9% em 2009. Para a HBOS, a taxa de desemprego pode chegar a 3 milhões até 2010.
Na França, o governo estima que são mais de 1,2 mil o número de pessoas que recebe cartas de demissões por dia. Na Espanha, apenas o mês de outubro registrou 192 mil novos desempregados e o número de pessoas sem trabalho já chega a 2,8 milhões. 6,7 mil por dia.
“O custo humano da crise será maior do que se esperava”, afirmou John Cridland, vice-diretor da Confederação da Indústria Britânica. Numa estimativa publicada há duas semanas, a Organização Internacional do TRabalho alerta que a crise atingirá 20 milhões de pessoas até o final de 2009.
Imigrantes
Um dos primeiros efeitos está sendo sentido na população de imigrantes. Na Espanha, quase metade dos estrangeiros vivendo legalmente no país estão desempregados, cerca de 350 mil. Em outubro, 36 mil estrangeiros perderam seus trabalhos.
A Inglaterra, para 2009, resolveu diminuir o número de vagas abertas para trabalhadores estrangeiros. No total, serão 800 mil vagas destinadas a estrangeiros, incluindo de outros países europeus. O número é 20% inferior ao volume de 2008. 1 milhão de poloneses se mudaram para a Inglaterra nos últimos quatro anos em busca de trabalho. Agora, poderão ser obrigados a voltar para casa.
Em um recente seminário, o presidente da BP, Peter Sutherland, e representante especial da ONU para Migrações, alertou sobre o impacto da crise. “Será inevitável que a queda do crescimento global tenha um efeito sobre os imigrantes. Ou eles serão incentivados a voltar para casa ou serão os primeiros a perder seus empregos”, alertou.
Bela Galgoczi, pesquisadora do European Trade Union Institute, estima que 2 milhões de poloneses migraram para a Europa Ocidental em busca de trabalho nos últimos anos. Mas o problema não pára por ai. Jakob von Weizsaecker, pesquisador da entidade Bruegel, alerta que a crise em países como a Ucrânia pode gerar um novo fluxo de migrações, agravando ainda mais o problema na Europa.
Agência Estado
Rizzolo: É claro que a crise que atinge a Europa tem características diferentes da crise que assola a América Latina. Existe uma série de mecanismos que de uma forma ou de outra, protege os trabalhadores europeus. Evidentemente, os imigrantes, principalmente os ilegais sofrerão um impacto maior. Na verdade o País que mais poderá sofrer com a crise é a Inglaterra, até porque possui e recebe uma quantidade maior de mão de obra européia e imigrantes de toda parte.
O interessante em momentos de crise, é que os aproveitadores de toda sorte lançam mão das mais diversas armadilhas políticas, assim com faz Dmitri Medvedev, o chefe do Estado Russo. Ao perceber a fragilidade econômica dos EUA e a ” docilidade” de Obama em seus discursos, faz duros ataques à política internacional americana. Hoje no jornal ” Le Figaro”, Dmitri Medvedev em entrevista ao jornal francês, dita o tom da política internacional americana.
Faz ele referências aos antimísseis americanos na Europa, e como todos os opositores ao regime americano, esperam que o ” bonzinho” Obama entregue os EUA a todos os seus desafetos com políticas “dóceis”. Só podia se esperar isso mesmo; Obama elaborou um discurso ” afrouxando” a política americana, e isso para uma potência tem seus efeitos negativos, haja vista a esperança dos aproveitadores, nos uníssonos discursos desde Chavez à Dmitri Medvedev. Todo mundo quer o “dasmantelamento” da potência com pedidos que chegar a ser infantis.
Já no que diz respeito à Sarkozy e as suas afirmações de que o dólar ” já era”, insinuando que daqui pra frente a moeda ideal seria o Euro, é uma tremenda balela, mais uma do Sarkozy que de tudo faz para aparecer. Os EUA são uma potência militar e econômica, e não vai ser essa crise que vai tornar o dólar uma moeda de segunda classe. Quanto populismo existe na face da terra, não ? De nada adianta atravessar o Atlântico !