Inadimplência dos consumidores atinge maior nível desde 2003

BRASÍLIA – A inadimplência dos consumidores chegou a 7,8% em novembro, o maior nível desde agosto de 2003, segundo dados do Banco Central divulgados nesta terça-feira, 23. A taxa entre as pessoas jurídicas foi de 1,7% no mesmo período, resultando em uma inadimplência total do crédito livre estável em 4,2% no mês.

Em entrevista para comentar os dados, o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, ressaltou a importância da inadimplência para pessoas físicas. “Este é um dado que tem que se observar porque vem aumentando”, afirmou. Em 12 meses, a inadimplência teve recuo de 0,3 ponto porcentual.

Cenário para 2009

O aumento da taxa de inadimplência prevista para 2009 não preocupa a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo o economista-chefe da entidade, Rubens Sardenberg, a manutenção do crescimento da economia brasileira no próximo ano, mesmo que em proporção menor do que a registrada em anos anterior, fará com que o indicador apresente expansão menos abrupta do que poderia ocorrer em cenários de forte queda na atividade industrial. A Febraban prevê que a taxa de inadimplência em 2009 atingirá 4,88%, acima da marca de 4,2% registrada este ano.

“Haverá um salto, mas é importante destacar que essa variação levará o indicador para nível próximo do visto em 2007, de 4,71%”, afirmou o executivo, durante apresentação realizada na sede da entidade, em São Paulo.

Para Sardenberg, o cenário para 2009 pode ser considerado positivo. “O número (de inadimplência) está dentro da expectativa e acho que não compromete a saúde do sistema”, destaca.

Na visão da Febraban, o aumento da taxa de inadimplência deverá refletir os prazos menores das operações de créditos disponíveis no mercado. Outro fator determinante para esse indicador, segundo Sardenberg, é o cenário de emprego e renda no País.

Agência Estado

Rizzolo: O pior nesse cenário de aumento na inadimplência, é o apregoamento por parte do governo no consumo. Com isso poderemos criar um contingente de inadimplentes no próximo ano. Acredito que a cautela nesse cenário crítico da economia, é primordial; incitar a população a consumir mais, à primeira vista, pode parecer bom, mas se capacidade de renda cai com o desemprego, nos veremos numa inadimplência terrível. Entendo esta política um pouco perigosa face ao processo econômico em que passamos. Enfim tudo em nome da popularidade, não é ?

Alta do gás vai provocar demissões, afirma Fiesp

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) afirma que o reajuste extraordinário de até 19,55% do preço do gás canalizado no Estado vai provocar demissões e inflação de preços em setores dependentes desse insumo para o processo de produção, como a indústria cerâmica, do vidro, de fertilizantes e têxtil.

Conforme a Folha antecipou no domingo, a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo) anunciou ontem reajuste no preço do gás natural canalizado distribuído pela Gás Natural São Paulo Sul e pela Comgás, a maior distribuidora do país.

Os reajustes passaram a vigorar desde o dia 20. As companhias alegavam desequilíbrio econômico-financeiro do contrato devido à disparada do dólar e ao custo de aquisição do gás natural junto à Petrobras.

A Fiesp agora cobra compensações: “Com a queda no preço do barril de petróleo de US$ 150 para menos de US$ 40, deveria haver boa vontade da Petrobrás, criando condições que evitassem a necessidade de aumento neste momento tão inoportuno. É lamentável. Agora precisamos de medidas compensatórias”, disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Segundo Antônio Carlos Cavalcante, diretor de infra-estrutura da federação, a Fiesp quer agora medidas compensatórias para os setores atingidos pelo aumento, como linhas de crédito em condições diferenciadas da Nossa Caixa (enquanto não for repassada ao Banco do Brasil), alongamento de prazo para o pagamento do ICMS e uma ampla negociação para indústrias com problemas de pagamento do gás.

‘Esse ainda não é um problema generalizado, mas já existem, mesmo antes do reajuste, indústrias com dificuldades para pagar a conta do gás. Imagine o que poderá acontecer agora com esse aumento’, disse Cavalcante. Ele explicou que esses pedidos já foram apresentados verbalmente ao governo de São Paulo.

A idéia, disse ele, é que isso seja feito formalmente no início de janeiro. Ele voltou a dizer que o reajuste poderia ter sido evitado se houvesse uma postura menos intransigente da Petrobras. Procurada pela Folha, a direção de gás e energia da estatal preferiu não comentar a acusação.

O aumento

Os mercados mais afetado pela decisão da Arsesp foram o industrial, o comercial e o veicular. A agência informou, em nota, que o aumento atingirá 10 mil consumidores comerciais e mais 1,3 mil indústrias abastecidos pelas duas concessionárias. A Arsesp afirmou que os consumidores residenciais foram poupados da medida devido à pouca participação no desequilíbrio do contrato das concessionárias, motivo do repasse extraordinário.

Os clientes industriais da Comgás receberão repasses de 10,25% a 17,56%, dependendo do volume consumido. Entre os consumidores comerciais, a alta irá variar entre 6,29% a 7,76%. O repasse aos postos de GNV será de 22,17%, o que deve representar aumento de 14% a 15% na bomba.

Na região atendida pela Gás Natural São Paulo Sul, a indústria pagará entre 11,36% a 19,55% de reajuste, conforme o consumo. O gás para o mercado comercial sofrerá alta de 7,35% e 8,42%. O aumento para os postos de GNV será de 24,8%, o que deve significar alta de 16% a 17% na bomba.

Folha online

Rizzolo: Realmente é um absurdo numa época de contenção, a Petrobras aumentar substancialmente o preço do gás. Essa medida atingirá 10 mil consumidores comerciais e mais 1,3 mil indústrias abastecidos pelas duas concessionárias. É impressionante a falta de sensibilidade da empresa. Justa é a crítica de Paulo Skaf em relação a essa questão, e procedente é pedido de medidas compensatórias.

Lula aposta em crescimento de 4% do PIB para 2009

Apesar da crise econômica mundial, o governo vai trabalhar para que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 4% em 2009, disse nesta segunda-feira (22) no Rio de Janeiro o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso para empresários europeus e brasileiros, durante o Seminário Empresarial Parcerias Brasil-União Européia: Desafios e Oportunidades para os Próximos Anos.

Ele voltou a cobrar regras que limitem a especulação no sistema financeiro mundial e reafirmou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise. “O país não vai entrar em recessão e vai continuar crescendo. Certamente, não crescerá os 6% ou 7% que gostaria que crescesse, mas poderá crescer 4% e vamos trabalhar por isso”, disse Lula. “Apesar de gente dizer que o Brasil vai crescer 2,8% ou 3%, quero que os empresários saibam que no governo e na equipe econômica vamos trabalhar com a perspectiva de 4% [de crescimento econômico]. Não haverá um único projeto do governo que será paralisado por conta da crise”, acrescentou.

Lula defendeu uma ampla reforma do sistema financeiro internacional para evitar que novas crises ocorram e disse que os atuais problemas econômicos são resultado de uma “especulação financeira desavergonhada”.

“Precisamos reforçar os mecanismos de controle, a transparência e representatividade de decisões que afetam toda a humanidade. Muitos não podem continuar pagando pela irresponsabilidade de poucos”.

De acordo com o presidente, a resposta do país à crise tem sido “apostar no investimento, na expansão do consumo, na defesa dos empregos e no apoio às indústrias”.

De improviso, voltou a afirmar que continua otimista e que apenas com a manutenção do consumo o país poderá reverter os efeitos negativos da crise econômica. “Sou o maior estimulador da retomada do crescimento. Vou para a televisão todo dia pedir para comprar, exportar e importar porque isso é que roda a roda da economia”.

Fonte: Agência Brasil

Rizzolo: A grande diferença será a necessidade do aumento do mercado interno para vencer os aspectos negativos da crise. Para tanto precisamos rever as taxas de juros, e coloca-las num patamar aceitável para que o crédito possa fluir e minimizar os efeitos da desaceleração da economia. O Brasil tem uma economia vigorosa, muito embora dependente também da economia chinesa, até mais do que a dos EUA, e a economia chinesa entra em declive. A recessão americana, principalmente, está reduzindo os pedidos de importação da China. E como as indústrias chinesas vinham num ritmo muito forte, elas estavam bastante estocadas. Agora precisam reduzir fortemente a produção para se adequarem à nova realidade. Para se ter uma idéia do tamanho da freada, já há projeções de que o crescimento chinês no primeiro semestre de 2009 ficará em torno de 5%. Menos da metade do crescimento de 11,9% registrado no mesmo período de 2007. As projeções de Lula poderão se concretizar caso o fator juros venha a contribuir.

Lula quer melhorar Exército para defender Amazônia e petróleo

SÃO PAULO – A indústria de defesa no Brasil está totalmente desmontada, afirmou nesta segunda-feira, 22, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o programa semanal de rádio Café com o Presidente. Lula destacou a necessidade de reorganizar e reestruturar as Forças Armadas, além do próprio Ministério da Defesa. “Um país que tem a dimensão que tem o Brasil, que acaba de descobrir reservas imensas de petróleo em águas profundas, que tem a Amazônia para defender, tem que montar uma estratégia de defesa, não pensando em guerra, mas pensando em garantir o seu patrimônio”, avaliou.

Na semana passada, Lula anunciou o plano de Estratégia Nacional de Defesa, desenvolvido pelos ministros Nelson Jobim (Defesa) e Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), com o objetivo é definir de forma mais clara o papel das Forças Armadas. O presidente também elogiou a aproximação entre os representantes dos 33 países que participaram da Primeira Cúpula da América Latina, que ocorreu na semana passada na Costa do Sauípe, Bahia. “Nessa crise econômica, as pessoas perceberam que nós não podemos ficar dependendo de um ou de outro”, disse.

Nesta segunda-feira, o presidente Lula encontrará o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que está em sua última viagem oficial como líder da União Européia. O francês terá no Brasil uma agenda repleta de anúncios positivos, mas precisará lidar com alguns assuntos delicados na relação bilateral, como a imigração. Do lado positivo da agenda, o destaque são os acordos na área de defesa. Um deles prevê a construção, no Brasil, de 50 helicópteros com tecnologia francesa que serão usados pela Força Aérea Brasileira.

Chico Mendes

Lula comentou ainda a importância histórica do líder ambientalista Chico Mendes, que conheceu na década de 80 e com quem, segundo o presidente, teve uma relação política muito forte. “Quando o Chico Mendes foi assassinado é que o Brasil tomou consciência de que tinha uma liderança extremamente importante. Eu acho que aos poucos nós estamos conseguindo que a sociedade brasileira compreenda a valorização do tipo de gente como o Chico Mendes”, comentou. Hoje completam-se 20 anos da morte do líder dos seringueiros do Acre.

Agência Estado

Rizzolo: O presidente Lula tem razão quando aponta que precisamos ter nossa indústria de defesa reconstruída. Na realidade não podemos conceber um País como o Brasil, com a nossa dimensão territorial, sem termos uma Força Armada equipada, e acima de tudo com um indústria nacional bélica capaz de supri-la em boa parte. A defesa da Amazônia é essencial, assim como nossas reservas minerais.

Pesquisa traz hospitais mais citados por especialistas

O Hospital Israelita Albert Einstein foi considerado a instituição brasileira que se destaca no maior número de especialidades médicas diferentes – 44, no total. As posições seguintes do ranking também foram ocupadas por instituições paulistanas: o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (com destaque em 43 especialidades) e os Hospitais Oswaldo Cruz e Sírio-Libanês (ambos com 42).

Veja a lista dos hospitais e médicos mais citados

O levantamento foi realizado pela Análise Editorial e será apresentado no anuário Análise Saúde 2009, publicação com os perfis dos médicos e hospitais mais respeitados do País. Foram entrevistados 1.553 profissionais de reconhecido prestígio na área de saúde. Eles escolheram quem merecia aparecer no anuário.

A lista apresenta 2.349 nomes de médicos e 214 hospitais admirados de todo o País. Cerca de 53% dos profissionais selecionados trabalham na cidade de São Paulo. No Estado, são quase 63%.

O presidente do Einstein, Claudio Luiz Lottenberg, afirma que a instituição investe não só nos médicos, mas na criação de uma atmosfera integrada de atenção aos pacientes. Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da USP, destaca o papel da universidade na formação dos profissionais que trabalham na cidade.

Agência Estado

Rizzolo: A lista é uma ótima referência, e destaca os melhores especialistas em cada área, segundos dados, foi elaborada por médicos apontaram os médicos a quem recorreriam caso necessitassem de atendimento para eles próprios ou para seus familiares, em uma lista de especialidades determinada pela editora e, também, os hospitais em que mais confiam . Contudo, é claro, isto não significa, que médicos não constantes na lista, não sejam bons profissionais. De qualquer forma é importante destacar que o Hospital Israelita Albert Einstein em São Paulo, continua sendo a melhor referência em todas especialidades.

O antídoto para o ódio

A respeito de julgar ou condenar os erros e falhas aparentes dos outros, nossos Sábios disseram: “Não julgue seu próximo até que você se coloque em seu lugar” (Ética dos Pais 2:4).

A Chassidut explica que, como jamais alguém pode realmente se colocar no “lugar” de outro, jamais entendendo por completo as motivações por trás de seu comportamento, é incapaz de julgá-lo (Sefat Emet).

Todavia, “até que você tenha se colocado no lugar dele” implica que deve-se tentar entender o próximo da melhor maneira que puder, chegar tão perto quanto possível do “lugar” do próximo, procurando entendê-lo (tanto intelectual quanto emocionalmente) com a maior e mais profunda expressão de amor.

Conforme a pessoa se aproxima de alguém, sua perspectiva para com ele principia a mudar. Começa a vê-lo sob uma luz mais favorável, e até mesmo a reconhecer que as aparentes falhas que observou nele são na verdade reflexo das falhas, idênticas porém menos aparentes, de si mesmo. Ele é agora capaz de realizar o ditado complementar de nossos Sábios “Julgue todos os homens favoravelmente” (Ética dos Pais 1:6), e a aplicar o ensinamento do Báal Shem Tov no versículo: “Você certamente admoestará seu próximo.” Primeiro alguém deve repreender a si mesmo (a respeito da mesma falha que enxerga no próximo), e somente então será capaz de admoestar construtivamente outra pessoa.

O ensinamento do Báal Shem Tov prossegue e confere uma percepção adicional ao conselho dado por Resh Lakish: “Primeiro retifique a si mesmo, e então retifique os outros” (Talmud, Bava Batra 60b). A palavra utilizada aqui para “retificar” (keshot) literalmente significa “adornar.” Como “adornar” alude ao relacionamento de marido e mulher, deduzimos que o ensinamento geral, “Primeiro retifique a si mesmo e depois retifique os outros” aplica-se mais especificamente aos parceiros do casamento.

Quando a pessoa percebe que a retificação de outro depende da retificação de si mesmo, aprende a ser paciente com os outros. A paciência é o antídoto para a raiva. Somente quando se dirige à própria má inclinação da pessoa a raiva é justificada, como ensinam nossos Sábios: “A pessoa deve sempre provocar a fúria de sua boa inclinação contra sua má inclinação” (Talmud, Berachot 5a). A respeito dos outros em geral, e do próprio cônjuge em particular, a pessoa deve se esforçar para assumir o atributo Divino da “infinita paciência.”

A infinita paciência é a consciência – o espaço infinitamente grande da mente – que favorece a capacidade da pessoa de esperar para que o conflito se resolva por si mesmo, de suspender o julgamento, de conferir continuamente e controlar sua tendência inata de relacionar-se impulsivamente com os outros. Esta é a chave para evitar o dano que a pessoa inflige sobre si mesma e sobre os outros, quando é incapaz de controlar as reações de sua “natureza primária” às situações da vida. Todos os grandes pecados, arquetípicos da Torá, resultaram de uma básica falta de paciência.

O pecado primordial foi comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se Adão e Eva tivessem esperado umas meras três horas até o início do Shabat antes de comerem o fruto, teriam herdado as bênção do Éden para toda a eternidade. Foi a falta de paciência que provocou a queda daquela sublime realidade inicial, a sentença de morte para a humanidade e o prolongado exílio do paraíso para o homem.

Ao receber a Torá no Monte Sinai, o povo de Israel como um todo retornou ao estado Edênico, livres do Anjo da Morte. Eles perderam este estado com o pecado do bezerro de ouro, o ídolo que visava substituir seu líder, Moshê, por terem eles deixado de esperar para que ele descesse a montanha. Nossos Sábios referem-se a este pecado como o pecado público arquetípico (Talmud, Avodá Zará 4b).

David e Batsheva estavam destinados um para o outro, desde o início dos tempos. Eles deveriam ser a retificação consumada do casal primordial, Adão e Eva. David tomou Batsheva prematuramente (Talmud, San’hedrin 107a; Zôhar 3:78b; Talmud, Shabat 55b), nas palavras de nossos Sábios: “Ele tomou dela antes que ela amadurecesse.” Esta impaciência impulsiva foi a essência do “pecado”.

Com a paciência, vem a capacidade de transcender o caráter mortal inato da pessoa, e cumprir o mandamento de imitar a D’us: “Assim como Ele é misericordioso, seja também misericordioso… Assim como Ele é infinitamente paciente, seja também infinitamente paciente” (Talmud, Shabat 133b; Mishnê Torá, Deot 1:6). Assim era o temperamento de Moshê, como foi dito: “E o homem Moshê era muito humilde” (Bamidbar 12:3), que Rashi explica como “humilde e paciente.”

Os parceiros do casamento precisam estar sempre vigilantes no cultivo da paciência. A paciência depende de fé e confiança em D’us: se queremos algo e não recebemos, é porque ainda não o merecemos. Quando os cônjuges percebem isso, tornam-se muito mais pacientes um com o outro. Ao invés de exigir que seu parceiro seja mais perfeito que si mesmo, concentram-se em retificar primeiro seu próprio caráter, com a ajuda de D’us.

Rabino Yitzchak Ginsburgh é um renomado cabalista, autor e compositor. É o fundador do Instituto Gal Einai em Israel.
Fonte: site do Beit Chabad

Tenha um sábado de muita paz !
Fernando Rizzolo

Lula diz que ‘não se deixa seduzir’ por popularidade

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje, durante café da manhã com jornalistas, que é “sensível”, mas que “não se deixa seduzir” pelos índices de popularidade que conquistou, segundo recentes pesquisas de opinião pública, que demonstram aprovação popular de mais de 70% ao seu governo. “Sou uma pessoa sensível, mas não me deixo seduzir, porque quem sobe pode cair. Como não posso passar de 100%, a tendência será de cair. Mas eu não deixo o ego subir. Porque se eu deixar subir, quando cair pode bater o desespero”, disse.

Questionado sobre em quem jogaria os sapatos, numa referência ao episódio em que um jornalista iraquiano atirou seus sapatos contra o presidente norte-americano, George W. Bush, Lula disse que “não daria sapatada em ninguém.” Ele acredita, porém, que a partir de agora haverá mais dificuldades para os repórteres, com a possível colocação de vidros entre os jornalistas e os entrevistados. Os seguranças, brincou, deverão exigir também sapatos mais “cheirosos e leves”, para não machucar ninguém. Lula brincou também ao dizer que acha que os entrevistados “têm direito de dar sapatada, também, em quem fizer pergunta tola.”

Obama

Lula afirmou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, deve agir em três frentes rapidamente, “para não ser engolido pela máquina.” A primeira delas seria ajudar os países da América Latina, porque “se eles crescerem haverá mais emprego e com isso diminuirá a migração para os Estados Unidos.” Outra frente seria mudar a política com o Oriente Médio. Para o presidente, “do jeito que está, nunca haverá paz”. Isto porque, segundo ele, “o Hamas não senta na mesa de negociações, e por isso nunca vai obedecer o que for acordado.” A terceira frente seria apoiar o crescimento no mundo. Para Lula, os Estados Unidos deveriam ajudar todos a crescerem, “porque assim diminuirá a pressão contra eles.”

Agência Estado

Rizzolo: O presidente Lula como sempre afirmei, é um grande estadista. Tenho lá minhas críticas muito mais ao PT do que a ele, mas na realidade a vivência de vida fez do presidente Lula um homem sensível que deixará lembranças após o término de seu mandato. Não se deixar seduzir pela popularidade, é na verdade uma visão judaica de vida. “Quando estamos lá em cima, devemos ao subir, tratar bem e respeitar aos que superamos, porque quando cairmos eles nos apoiarão e nos sustentarão na queda”. Parabéns ao presidente! Ah! Vão dizer, o Rizzolo focou louco, é um post de sabath. Não é apenas a sinceridade em reconhecer uma atitude nobre.

A Costa do Sauípe a as manobras no Caribe

Na Cúpula da América Latina e do Caribe, onde os líderes ali estiveram para discutir os caminhos do nosso continente. Ouviu-se de tudo. Desde os ditames de como Barack Obama deve se comportar para que o grupo diminua seu rancor aos EUA, até a impossibilidade de alguém atirar sapatos em função do calor, o que poderia gerar ” chulé”, como assim disse aos jornalistas o presidente Lula, num tom de brincadeira.

Chavez que ainda não resolveu fazer uma ponte, digo dentária, com sua camisa vermelha ressaltou que o Brasil não é o único país a exercer “uma liderança importante na América Latina”, e que um conjunto de lideranças seria o ideal. Talvez, sob o ponto de vista de Chavez, as lideranças na América Latina, num discurso uníssono, poderiam em conjunto dar um “pito maior”, e com mais eficiência em Obama, se por ventura este não se adequasse às exigências da turma vermelha do continente, que insistem em ser contra o imperialismo, mas adoram e aplaudem as manobras russas do Caribe.

Aplaudem também o grupo de forma velada, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um homem tão complicado quanto seu nome, e que tem entre seus projetos humanitários “varrer Israel do mapa”, e enfrentar o capitalismo americano com suas armas, que segundo ele, são ” de uso pacífico”. A verdade é que todos esperam saber quem é Barack Obama, e já delineiam como o mesmo deve se comportar. Afinal como um presidente negro, na visão da esquerda retrógrada, deveria ele alinhar-se à turma do continente, e se tornar bonzinho e dócil.

Contudo, Obama já mostra seu perfil de estadista, de homem realmente comprometido com o papel dos EUA no mundo. Com efeito, não podemos aceitar um presidente de uma potência mundial conivente com países de pouca envergadura democrática. Há poucos dias, para desespero da turma vermelha, Barack Obama confirmou sua intenção de defender Israel e de manter a política externa americana nos moldes anteriores, porém com mais suavidade política.

Já em relação à turma vermelha do continente americano, e nessa turma, não incluo o presidente Lula, que é mais vítima do PT e de Amorim do que das circunstâncias políticas em si, estes continuarão eternamente a vociferar contra o imperialismo e o capitalismo, coisas que estão mais para a esquerda de Ipanema, regada a vodca e Mercedes Sosa. Aliás, ao que parece, a Costa do Sauípe tornou-se um imenso Ipanema, onde de tudo se pode falar menos sobre o Irã, sobre Cuba e sobre as manobras russas do Caribe, em nome da Garota do Caribe.

Fernando Rizzolo

BC já usou US$ 53,4 bilhões para segurar alta do dólar em três meses

O Banco Central já fez atuações no mercado de câmbio no valor de US$ 53,4 bilhões entre os dias 19 de setembro e 16 de dezembro para segurar a disparada do dólar.

Os dados foram apresentados nesta quinta-feira pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.

O BC já vendeu US$ 9,8 bilhões em dólares das reservas internacionais, que hoje somam US$ 206 bilhões. Também foram “emprestados” US$ 10,8 bilhões em leilões de dólares de linhas externas e outros US$ 2,4 bilhões nos leilões de moeda direcionados ao comércio exterior.

Também entra na conta do BC mais US$ 28,9 bilhões em contratos de swap cambial, instrumento que fornece proteção contra a alta do dólar e ajuda a segurar a cotação da moeda. Por fim, o BC tirou do mercado contratos de swap cambial reverso (instrumento que pressiona a alta da moeda) no valor de US$ 1,5 bilhão, que venceram e não foram renovados.

Compulsórios

Na apresentação, a instituição também divulgou um novo balanço da liberação de depósitos compulsórios, que já soma R$ 98 bilhões. O compulsório é o dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC.

Parte desse dinheiro foi liberado para que os bancos tivessem mais recursos para emprestar aos seus clientes. Antes da liberação, os compulsórios somavam R$ 272 bilhões.

O BC também reafirmou a previsão de que a alta do dólar deve ajudar a reduzir o principal indicador que meda a dívida líquida do setor público (relação dívida/PIB, Produto Interno Bruto) de 36,6% em outubro para 35,7% em novembro.

Agência Estado

Rizzolo: O que temos para analisar em relação a este fato, é política cambial em si. Até que ponto a flexibilidade do dólar é saudável para a economia quando envolve queima de reservas ? O pior neste caso, são os leilões à vista quando o dinheiro das reservas se esvai. Desde o início da disparada do dólar, em razão da crise, o Banco Central vem tomando medidas para conter a cotação da moeda norte-americana.

Essas medidas incluem a venda direta de dólares no mercado, utilizando recursos das reservas internacionais do País. Com isso, as reservas caíram US$ 1,222 bilhão na terça-feira, dia 14, para US$ 203,973 bilhões no conceito de liquidez internacional, um fato que deve ser analisado e questionarmos,como já disse, é até que ponto vale a pena utilizarmos desta política cambial.

Imóveis têm pior outubro desde janeiro de 1999 em SP

SÃO PAULO – Outubro foi o pior mês do setor imobiliário na cidade de São Paulo desde janeiro de 1999, quando ocorreu a maxidesvalorização do real. No mês, o índice vendas sobre a oferta (VSO) foi de 4,9%, considerado baixo para o setor. A média mensal de janeiro a outubro foi de 14,9%. ?Foi como se os vendedores não quisessem vender e os compradores não quisessem comprar?, afirmou Celso Petrucci, diretor-executivo do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), entidade que representa o setor.

Em 2007, ano do boom desse mercado, o indicador chegou a alcançar 16,2%. De janeiro a outubro deste ano, os lançamentos na capital paulista chegaram a 29 mil unidades, uma expansão de 5,1% ante o mesmo período do ano passado. Segundo Petrucci, nos próximos meses as empresas serão mais seletivas nos lançamentos, uma vez que desde outubro houve redução de até 50% nas visitas aos estandes de vendas.

Dois movimentos que tendem a se manter são a venda de imóveis de até R$ 350 mil, que podem ser financiados com recursos da poupança e do FGTS, e os imóveis de altíssimo padrão, a partir de R$ 1 milhão. ?Muitos dos investidores do mercado financeiro estão migrando para imóveis?, diz Petrucci. Na cidade de São Paulo, está previsto o lançamento de 35 mil unidades este ano, 10% menos que as 39 mil unidades lançadas em 2007. Para 2009, a expectativa é que sejam lançadas de 26 mil a 28 mil unidades. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Agência Estado

Rizzolo: Há tempos este Blog já tem alertado para o perigo de se investir no setor imobiliário nesta época de crise. Esta crise em especial, atinge o fator confiabilidade, o que é primordial na compra de um imóvel. Ademais o segmento sofreu um forte impacto quando as construtoras se tornaram vulneráveis. O fato das grandes construtoras estarem encontrando dificuldade, nos leva a imaginar o que estará ocorrendo com as pequenas.

Alguns empreendimentos já foram alvo de manifestações dos trabalhadores da área, existe escassez de crédito às cosntrutoras, e isso afasta o investidor bem informado. Agora, realmente não acredito que investidores do mercado financeiro migrarão para imóveis como afirma o texto. Da forma em que o mercado está, a opção imóvel é a última escolha. Outra notícia nada boa, cerca de 9 mil dos 13 mil funcionários de empresas metalúrgicas de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo, estão em férias coletivas até o início de janeiro em virtude dos primeiros impactos da crise do setor, de acordo com o sindicato da categoria. “Pelo menos 70% da força de trabalho do setor na cidade está parada e não sabemos ainda como será a situação quando os trabalhadores voltarem das férias”, disse Rosalino de Jesus de Barros, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de São Carlos e Ibaté. Minha sugestão: Guarde seu dinheiro e durma tranquilo.

Publicado em últimas notícias, Brasil, construtoras dão notebook, construtoras dão notebook e som, construtoras e o " efeito Incol", construtoras em crise, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise imobiliária no Brasil, crise no Brasil, crise nos bancos brasileiros, economia, empreedimento Parque Cidade Jardim, FHC: crise vai crescer de forma exponencial, geral, imóveis, mercado imobiliário em crise, News, Nossa Caixa Desenvolvimento, notícias, Parque Cidade Jardim, Política, Principal, residencial Parque Cidade Jardim. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Após meses de recorde, arrecadação cai 16,74% em novembro

SÃO PAULO – Após meses com recordes sucessivos de arrecadação, a Receita Federal informou nesta terça-feira, 16, que a arrecadação de novembro apresentou uma queda real de 16,74% sobre o total de outubro. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a queda foi de 1,85%. Uma das principais perdas é verificada junto às empresas. De acordo com a Receita, a queda na arrecadação de pessoas jurídicas chega a 49,47% sobre o volume arrecadado em outubro. Sobre o mesmo mês do ano passado é de 28,05%. Em outubro, o Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica crescia a uma taxa de 26,76% sobre o mesmo mês de 2007 e de 66,94% sobre setembro deste ano.

O resultado da arrecadação de novembro ficou dentro do intervalo estimado pelos especialistas consultados pelo AE Projeções (de R$ 53,500 bilhões a R$ 60,000 bilhões). No acumulado de janeiro a novembro, a arrecadação totaliza R$ 619,447 bilhões, o que representa um aumento real de 9,16% em relação ao mesmo período de 2007.

A arrecadação da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) também apresentou queda em novembro, de 9,70% na comparação com o mesmo mês de 2007 e de 41,83% em relação a outubro deste ano. Em outubro, a CSLL apresentava crescimento de 61,07% sobre setembro deste ano e de 20,77% sobre outubro de 2007.

A Cofins, que incide sobre o faturamento das empresas, e é considerado um imposto “termômetro” do ritmo de atividade econômica, apresentou uma queda real de 4,96% em novembro ante outubro deste ano. Em relação a novembro do ano passado, a Cofins continua crescendo, embora em ritmo menor, de 3,77%, de acordo com dados do fisco brasileiro.

O IPI para automóveis também apresentou queda real de 27,64% em novembro ante outubro. A Receita Federal atribuiu essa queda à redução no volume de vendas. Em relação a novembro do ano passado, o IPI automóveis registra uma alta real de 5,11%.

Perfil

A receita previdenciária totalizou R$ 15,051 bilhões em novembro, um crescimento real de 0,74% em relação a outubro de 2008 e de 9,28% na comparação com novembro de 2007. No acumulado de janeiro a novembro, a receita previdenciária totaliza R$ 156,470 bilhões – um aumento real de 11,13% na comparação com o mesmo período de 2007.

Já as receitas administradas pela Receita Federal (que exclui contribuições administradas por outros órgãos) totalizaram em novembro R$ 53,619 bilhões, o que significa uma queda real de 11,68% na comparação com outubro e de 2,13% em relação a novembro de 2007. No acumulado dos 11 meses, os tributos administrados pela Receita somaram R$ 594,882 bilhões, um crescimento real de 8,19% em relação ao mesmo período de 2007.

Receita vai apertar fiscalização

A queda da arrecadação em novembro já era esperada. Por conta disso, a secretária da Receita Federal, Lina Maria Vieira, determinou uma blitz nas grandes empresas para “identificar” e “combater com firmeza” a “inadimplência junto aos grandes contribuintes”, segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo no sábado. A decisão foi repassada a todos os superintendentes da Receita por um e-mail. A Receita confirma que, de imediato, 400 empresas receberão a visita dos fiscais.

No e-mail, Lina diz que a crise afeta o caixa da União e já provocou redução de R$ 3,2 bilhões na arrecadação prevista para novembro. A secretária orienta os superintendentes a “redirecionar parte do trabalho de fiscalização” às diligências contra a inadimplência nas empresas selecionadas. Determina, também, a abertura de mandados de procedimento fiscal para identificar “anomalias” no recolhimento de tributos.

Lina pede que os fiscais, para “evitar a ampliação dos efeitos da crise”, informem mensalmente as providências adotadas nessas diligências à Coordenação Especial de Acompanhamento dos Maiores Contribuintes (Comac) – órgão criado há cinco anos para acompanhar as atividades dessas empresas em “tempo real”.

O presidente Lula já foi alertado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que a queda da arrecadação é provocada em parte pela inadimplência de empresas que estão atrasando impostos para fazer caixa neste momento de crise, restrição e encarecimento do crédito. Para as empresas, é mais barato bancar a multa e o débito, que é corrigido pela Selic (atualmente de 13,75% ao ano) do que pegar empréstimos nos bancos.

A informação que chegou ao ministro da Fazenda e foi transmitida ao presidente Lula é que escritórios de advocacia estariam orientando seus clientes a adotar esse procedimento. O alerta mostrado pela arrecadação de novembro foi uma das razões para o presidente chamar os 30 grandes empresários para uma “conversa franca”, na semana passada, no Planalto.

Responsável pela área fiscalização, o subsecretário da Receita, Henrique Freitas, explicou que o e-mail da secretária teve como objetivo reforçar uma ação do Fisco no acompanhamento de grandes empresas. Segundo ele, as ações de combate à sonegação não serão prejudicadas. A Receita, disse Freitas, está se antecipando aos problemas na arrecadação, decorrentes do desaquecimento da economia.

Agência Estado

Rizzolo: Bem acho que agora o governo deve fazer sua parte, adequando os gastos públicos com um nível menor de arrecadação. Contudo como a máquina estatal está ” inchada”, e a política petista é de inflá-la ainda mais, volta à tona a caça às bruxas ou “as diligências contra a inadimplência nas empresas selecionadas”. Até agora não vi nehuma medida no contrôle dos gastos públicos. Absolutamente nada. Deve-se fiscalizar, mas racionalizar os gastos. E se um dia não houvesse mais recursos para o Bolsa Família ? A popularidade continuaria ? Ou o povo aceitaria calado ? É a ” marolinha” chegando no planalto.

Negros são maioria dos que recebem Bolsa Família, diz pesquisa

Quase 70% dos domicílios que recebem Bolsa Família são chefiados por negros, afirma pesquisa lançada nesta terça-feira (16) pela SPM (Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres), Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e Unifem (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher). O levantamento foi realizado com dados de 1996 a 2007.

Conforme a pesquisa, o número apenas confirma que os negros são grande maioria entre os mais pobres, estão nas posições mais precárias do mercado de trabalho e possuem os menores índices de educação formal. Assim, os institutos defendem respostas imediatas à discriminação e a adoção de medidas que visem à valorização e promoção de igualdade racial nas ações públicas.

Segundo o estudo, 69% dos domicílios que recebem Bolsa Família, 60% dos que recebem Benefício de Prestação Continuada e 68% do que participam do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil são chefiados por negros.

Com relação às condições dos lares brasileiros, a pesquisa afirma que a proporção de domicílios localizados em favelas praticamente não se alterou, passando de 3,2% para 3,6%. A maioria, porém, ainda pertence a famílias chefiadas por negros. São 40,1% das famílias com chefes homens e negros, 26% chefiados por mulheres negras, 21,3% por homens brancos e 11,7% por mulheres brancas.

O acesso a bens como fogão, máquina de lavar e geladeira também demonstra desigualdade entre brancos e negros. Enquanto 0,6% dos domicílios chefiados por brancos não possuía fogão em 2007, o percentual era mais de duas vezes superior entre os negros, 1,4%. Já com relação à geladeira, chega a 38% a porcentagem de negros sem o utensílio, contra uma média nacional de 9,2%.

Negros estão ainda em maior proporção abaixo da linha da pobreza, 41,7% contra 20% da população branca. Três vezes mais negros recebem menos de ¼ de salário mínimo, o que representa 9,5 milhões de indigentes negros a mais do que de brancos.

Folha online

Rizzolo: Os negros sempre foram esquecidos pela nação brasileira, quem conhece este Blog sabe da minha luta incansável na defesa dos programas de inclusão da população negra, dos jovens, e das mulheres. O Brasil tem uma dívida para com os negros, e a maior prova disso é o resultado desta pesquisa. À medida que os cargos se tornam mais qualificados, os negros perdem espaço para a população não negra; uma prova disso é o papel do negro no judiciário que ainda é muito pequeno, há muito poucos juízes negros no Brasil. O governo brasileiro deve continuar atuando para que os negros sejam cada vez mais incluídos, implementando programas específicos nesse sentido.

A verdade é que há poucos médicos negros, poucos juízes negros, poucos ministros negros. Por outro lado o Brasil possui uma população negra imensa. Fui dos poucos na área jurídica a ressaltar o fato de que o negro ainda tem pouco papel no Judiciário brasileiro, também sempre afirmei que poucos são os médicos negros no Brasil. Precisamos reverter esse quadro e dar mais oportunidade à população negra, não apenas o Bolsa Família, mas muito mais.

Fiesp: indústria de SP demite 34 mil em novembro

SÃO PAULO – O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,19% em novembro ante outubro, com ajustes sazonais, segundo dados divulgados hoje pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem ajuste, o indicador registrou queda de 1,46%, o segundo pior para meses de outubro desde 2003. No mês passado, a indústria paulista dispensou 34 mil trabalhadores, ante uma redução de 10 mil vagas em outubro.

Na comparação com novembro de 2007, o emprego teve alta de 2,16%, com a criação de 47 mil novas vagas. No acumulado do ano de janeiro a novembro, o indicador acumula expansão de 5,66%, o que significa a criação de 123 mil postos de trabalho.

Setores

Dos 21 setores que compõem o levantamento da indústria, 14 demitiram, cinco contrataram e dois mantiveram seus quadros estáveis. O setor que mais demitiu foi o de calçados e couro, seguido por borracha e plástico e produtos de metal.

Máquinas de escritório e equipamentos de informática; produtos químicos; indústria do álcool; papel e celulose e o segmento nomeado “outros equipamentos de transporte” contrataram no mês passado.

Pessimismo

As expectativas dos empresários paulistas nunca estiveram tão deterioradas como na primeira quinzena de dezembro. O sensor Fiesp ficou em 34,2 pontos nos primeiros quinze dias deste mês, o pior resultado da série histórica da pesquisa iniciada em junho de 2006. Foi também a primeira vez que o sensor ficou abaixo dos 40 pontos – o indicador varia de 0 a 100 pontos, sendo que números acima de 50 indicam otimismo e notas abaixo desse nível demonstram expectativas negativas.

Todos os itens que compõem o sensor apresentaram reduções. O nível relacionado às expectativas em relação ao mercado em que as empresas atuam ficou em 33 pontos. Em relação às expectativas para os estoques, o nível estava em 34,5 pontos. Investimentos ficaram com 32,6 pontos. O melhor resultado entre os itens ficou com o emprego, com 41,4, e o pior, com vendas, com 29,6 pontos.

Crédito

A Fiesp perguntou também aos empresários como avaliavam o acesso ao crédito no período. Para 64%, ele ficou mais difícil; para 9%, muito mais difícil e para 27%, igual. O custo do crédito subiu para 82% dos consultados; para 14%, ficou muito mais caro e para 5% permaneceu igual.

Na primeira quinzena de novembro, 50% responderam que o acesso ao crédito estava mais difícil, enquanto para 56%, o custo esta mais elevado.
Agência Estado

Rizzolo: Muito embora a popularidade do presidente esteja em alta, os efeitos corrosivos do desemprego já mostram o que teremos pela frente. Não basta o presidente apregoar que comprem, pois de nada resolve comprar se depois o consumidor por perder o emprego não terá condições de cumprir seus compromissos. Teremos então um mar de inadimplentes, e este é o grande perigo da investida do governo. Os dados são preocupantes, mas como a crise ainda não atingiu seu patamar mais alto a população ainda não sente seus efeitos na pele.

Charge do P. Caruso para o JB online

pcaruso

Divulgue o Blog do Rizzolo, nossa mídia é você: http://www.blogdorizzolo.com.br

Desemprego pode contaminar popularidade de Lula, diz analista

SÃO PAULO – O recorde de popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva registrado nas pesquisas CNI/Ibope e CNT/Sensus passa a idéia de uma imunidade da imagem do presidente a todas as questões e temas polêmicos em discussão, mas este quadro pode se reverter caso a crise financeira mundial chegue com força no País. “Até agora sim (imune). Num futuro, só se essa crise vier acompanhada de um cenário muito ruim, de recessão, desemprego generalizado. Essa seria a única chance dessa crise contaminar o presidente”, disse ao estadao.com.br o cientista político da UnB, Leonardo Barreto.

Barreto disse que os índices de aprovação são, na verdade, voto de confiança do eleitor sobre a postura do presidente frente aos efeitos da crise. “Primeiro ele negou a crise, e depois quando a crise apertou de fato, ele disse, vamos sair dessa, na medida em que todo mundo comprar a gente vai saindo. Ele tomou medidas para manter o nível de consumo. Não é só questão da imagem, carisma esta ligada a crença de que aquela pessoa ali tem capacidade de superar as dificuldades, isso que faz o líder.”

O cientista político da UnB explica que as pessoas se identificam com presidente Lula porque ele é o projeto do homem brasileiro. E vai além: “Estamos diante de um fenômeno que está no patamar do Getúlio Vargas, Juscelino Kubistchek. Daqui a vinte anos vamos falar dele, vai até virar minissérie.”

Para Aldo Fornazieri, cientista político e diretor acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, o maior segredo de Lula é a liderança carismática associada ao bom desempenho da economia e às políticas na área social, com programas como o Bolsa-Família. O cientista não acredita que a crise afetará a popularidade do presidente. “Teremos um primeiro semestre complicado, mas a partir do segundo semestre teremos um processo de recuperação econômica e, em 2010, o Brasil deve crescer de 4% a 5%. Se houver desgaste ou perda de popularidade no próximo ano, País vai se recuperar em 2009”, avaliou.

Fornazieri diz ainda que o Brasil tem uma carta na manga, a taxa de juros. “Temos a taxa mais alta do mundo e, por isso, ela pode se tornar um trunfo na medida em que a inflação está controlada. Aí o BC pode começar uma escala descendente da taxa de juros, potencializando e beneficiando a economia, o que possibilitará uma saída para a crise no Brasil mais rápida que em outros países”, afirmou.

Sobre Dilma

O cientista político discorda que seja um problema para o PT e para a sucessão de Lula o fato de quase metade dos entrevistados da pesquisa CNT/Sensus não conhecerem Dilma. Para ele, o problema para o presidente e a base governista é outro: “A oposição tem um candidato muito consolidado que é o Serra (José Serra, governador de São Paulo). Esse é um problema”. Serra aparece liderando as preferências do eleitorado em 2010, segundo levantamento. Outro ponto ressaltado por Fornazieri é que Dilma só exerceu cargos técnicos e nunca políticos.

Agência Estado

Rizzolo: Tenho sempre dito desde o início deste Blog, quando ainda concordava com a maioria das questões e tomadas de posição do governo petista, que Lula sempre foi um grande líder. A partir deste ano, minhas divergências políticas se acentuaram, mas no tocante à pessoa do presidente Lula, seu carisma, e sua notável capacidade de se descolar do petismo nas horas certas, faz dele uma pessoa realmente especial. E não digo de hoje, quem acompanha este Blog sabe. É claro que Lula perdeu muito ao se afinar com o campo majoritário do PT, mas isso é um problema que o presidente tem que enfrentar ele deverá ser hábil em fazer. Já no tocante ao encaminhamento da crise, o presidente tem sido um otimista, e isso funciona, é claro, até quando o desemprego não bater na porta da maioria. Essa é a realidade.

Vendas no varejo caem 0,3% após 7 meses consecutivos de alta

RIO – As vendas do comércio varejista caíram 0,3% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, a primeira queda em oito meses, comprovando a opinião da maioria dos analistas de que os efeitos da crise financeira no País começariam a aparecer nos dados do quarto trimestre. Mas, apesar de ter registrado queda no período, o resultado superou a mediana das previsões de analistas, de -0,65%. Além disso, a variação não mexeu muito com o resultado do varejo no ano, de alta de 10,4% até outubro, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com setembro, as dez atividades pesquisadas, somente três registraram crescimento: livros, jornais, revistas e papelaria (3,6%); equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,2%).

Os desempenhos foram negativos, ainda ante setembro, nas atividades de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,1%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); móveis e eletrodomésticos (-0,9%); combustíveis e lubrificantes (-1,1%); material de construção (-1,9%); tecidos, vestuário e calçados (-4,4%); e veículos e motos, partes e peças (-19,9%).

Comparação anual

Na comparação com outubro de 2007, as vendas aumentaram 10,1%. O aumento mostra uma pequena aceleração em relação ao resultado apurado em setembro na mesma base de comparação (9,3%). Entre as atividades pesquisadas pelo IBGE, a maior alta nessa base de comparação ficou com equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (44,1%).

Por outro lado, por causa do forte peso na pesquisa (cerca de 30%), a atividade de hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que registrou alta de 7,4% nessa base de comparação, deu a maior contribuição porcentual (3,6 ponto, ou 36% do crescimento) para o crescimento das vendas totais do varejo no mês.

As demais atividades pesquisadas mostraram os seguintes resultados em outubro ante igual mês do ano passado: móveis e eletrodomésticos (15,8%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,9%); combustíveis e lubrificantes (10,5%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (19,8%) e tecidos, vestuário e calçados (0,3%).

Agência Estado

Rizzolo: A economia está em desaceleração, e a inflação também está em queda. A FGV divulgou agora pela manhã o IGP-10 de dezembro, que desabou na comparação com o mês de novembro: caiu de 0,73% para 0,03%. Essa redução explique que as quedas nas commodities, estão tendo maior impacto do que a alta do dólar. Com certeza teremos um quadro recessivo no primeiro trimestre de 2009, segundo o que os dados apontam. É uma notícia nada boa, porém sinaliza inflação baixa, o que por conseqüência poderá implicar numa eventual queda das taxas de juros. Vamos ver.

Vizinhos ‘têm receio de liderança de Lula, diz ‘La Nacion’

O presidente Luís Inácio Lula da Silva enfrenta receio de seus colegas sul-americanos quanto à busca do Brasil pela liderança regional, segundo reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal argentino La Nacion, por ocasião da cúpula presidencial em Salvador.

O encontro vai reunir 29 presidentes latino-americanos. “Alguns analistas avaliam que o país anfitrião vai mostrar sua liderança regional nesta cúpula quádrupla – a do Mercosul, da Unasul, a primeira da América Latina e do Caribe e a do Grupo do Rio – mas outros analistas advertem que nem todos os líderes estão contentes com o presidente Luís Inácio Lula da Silva, inclusive a Argentina”, diz o jornal.

“Há mal estar da Argentina, Equador, Bolívia e Paraguai com o Brasil”, diz o jornal, que diz que estes países “questionam a orientação que (o Brasil) quer impor na economia”.

Segundo o La Nacion, as diferenças começaram durante as negociações da Rodada Doha de comércio global em julho, em Genebra, quando o Brasil, que negociava em nome dos países em desenvolvimento, aceitou a proposta dos países ricos apesar da oposição argentina.

“O Brasil usa os países em desenvolvimento para se posicionar como jogador global e depois faz com eles o mesmo que os países desenvolvidos”, disseram analistas do governo de Cristina Kirchner ao jornal. Segundo esses analistas, a Índia e a África do Sul também teriam ficado descontentes com a mudança de posição brasileira em Doha.

Já o Equador, segundo o jornal, está envolvido em duas disputas com o Brasil, um por conta da expulsão da Odebrecht por conta de uma represa e outra por um empréstimo do BNDES para a construção dessa empresa.

“Os países reunidos no bloco Alternativa Bolivariana para a América (ALBA), liderados pela Venezuela de Hugo Chávez, se solidarizaram com o Equador neste caso. Diferentemente da petro-diplomacia de Chávez, Lula não saiu pela região apoiando candidatos presidenciais nem assegurando o abastecimento energético.”

O La Nacion afirma que Bolívia e Paraguai também mantêm tensas negociações com o Brasil, a Bolívia por conta do preço do gás vendido ao vizinho, e o Paraguai por conta do preço da eletricidade gerada por Itaipu.

Em editorial sobre as cúpulas paralelas em Salvador, o La Nacion afirma que no encontro, os presidentes Lula e Chávez vão continuar disputando dissimuladamente a liderança regional, mas que, provavelmente, será difícil que os líderes regionais cheguem a um acordo sobre uma política comum e como colocá-la em prática. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Agência estado

Rizzolo:Muito embora a política internacional brasileira tem sido desastrosa em muitas questões, realmente pode-se observar um mal-estar entre os vizinhos na medida em que o governo brasileiro não chancela todas as posições adotados pela maioria dos países da América Latina.

E isso o faz com muito bom senso, vez que a contaminação ideológica nas tomadas de decisões desses países, atrapalham o desenrolar e os avanços com os demais países como os EUA e a Europa. A visão ainda antiamericana desses países, é retrógrada e o Brasil jamais deve compactuar com esses ideais bobos. Lula muito embora alguns não concordem, é um grande estadista, e acredito que a melhor forma de manter-se nos limites de sua popularidade atual, é se afastar daqueles que internamente bradam o grito petista de radicalismo.

Aliás, a nova pesquisa sobre a avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu a 80,3% em dezembro e bateu novo recorde, segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada nesta segunda-feira, 15. Em setembro, a aprovação pessoal do presidente estava em 77,7%.

Hugo Chávez se diz disposto a trabalhar com governo Obama

CARACAS – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reiterou neste domingo, 14, que poderia colaborar com a Agência Antidrogas americana (DEA) se as “relações de respeito” entre Caracas e Washington forem restabelecidas quando o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, assumir o cargo, em 20 de janeiro, informou a agência France Presse.

“Podemos retomar um acordo respeitoso da Venezuela com a DEA, sempre respeitando a soberania do país”, afirmou Chávez em uma entrevista ao canal local Televen. O presidente venezuelano suspendeu em agosto de 2006 um acordo com a agência americana. Desde então, a Casa Branca alega que a Venezuela “falha” no combate ao narcotráfico.

Hugo Chávez também se mostrou aberto para receber funcionários de Washington para debater outros temas, como energia. “Estou disposto a avaliar tudo isso, como o tema energético, a luta contra o terrorismo, e disposto a trabalhar com o novo governo dos Estados Unidos”, continuou.

O presidente venezuelano, que manteve relações tensas com a administração George W. Bush “tanto no pessoal quanto no político”, crê que as relações entre EUA e Venezuela “vão melhorar” com Obama. “Sinto que há ventos de mudança. Temos que olhar com paciência, bom ânimo e fé”, concluiu.

Agência Estado

Rizzolo: Bem, sempre há tempo de um melhor entendimento. Não há outra saída a Chavez a não ser parar de vez com as suas infantis posturas anti americanas, que por sinal não fazem mais sentido. Obama que desde o início representou o “novo” a “mudança” demonstrou que de novo não há nada, se staff é tão conservador quanto o de Bush, tudo conversa para se eleger. Por outro lado está tendo umas posturas que já preocupa os radicais, como o Irã, e outros. Se Chavez se entender com Obama será um grande avanço para a Venezuela.