‘Aura invencível’ dos principais emergentes evaporou, diz ‘FT’

LONDRES – A crise financeira está levantando questionamentos sobre a administração de recursos baseada no conceito dos Brics, grupo que inclui Brasil, Rússia, Índia e China, aponta o FT.com. As grandes diferenças existentes entre esses quatro países agora começam a ser colocadas em xeque por gestores no momento da elaboração de carteiras.

Conforme o site do Financial Times, desde o início do ano a “aura invencível” que envolvia os quatro maiores emergentes do mundo evaporou, pois seus mercados de ações combinados tiveram desvalorização próxima a 65%. “O colapso nesses mercados, que estavam subindo dramaticamente desde que foram agrupados pela primeira vez como Brics, em 2001, pelo Goldman Sachs, fez crescer os questionamentos sobre o mérito de combinar esses países como um portfólio de investimentos”, diz o site.

Para especialistas, a queda do preço das commodities e a contração global sugerem que ficou menos útil colocar todos eles na mesma cesta. “Eu sempre achei o conceito dos Brics, apesar do ótimo marketing e de uma marca valiosa, um pouco artificial – e por uma razão óbvia: os quatro países são muito diferentes e só têm em comum a sua escala geográfica continental e o fato de serem economias grandes”, afirmou ao FT.com o chefe de mercados emergentes do Dresdner Kleinwort, Arnab Das. Segundo ele, as diferenças ficaram mais aparentes com o agravamento da crise.

Entre os quatro, a Rússia é o país que mais está sofrendo com a turbulência global. O mercado de ações passou a desabar desde meados do ano a partir do conflito com a Geórgia. Depois vieram as preocupações com a saúde do sistema bancário e a forte queda das commodities.

O Brasil, que também é produtor de matéria-prima, está vendo uma expressiva desvalorização da moeda, já que os investidores estão buscando ativos menos arriscados pelo globo, como os títulos do Tesouro norte-americano.

No caso da China e da Índia, os mercados de ações também registraram quedas fortes, mas as moedas não sofreram tanto porque passam por maior controle.

O chefe de mercados emergentes do Deutsche Bank, Dalinc Ariburnu, concorda que os Brics são “animais diferentes”. Ele acredita que os dois produtores de commodities, Brasil e Rússia, verão taxas de crescimento muito menores no próximo ano na comparação com China e Índia.

O especialista prevê que o PIB brasileiro deve crescer 2,9% em 2009, enquanto o da Rússia terá alta de 3,5%. Já para China e Índia as estimativas são de alta de crescimento de 7,6% e 6%, respectivamente.

Alexander Tarver, especialista de emergentes do HSBC Global Asset Management, acredita que os investidores devem ter uma avaliação diferente para cada país em razão da volatilidade. “Se você recuar e pensar em quatro mercados separadamente, você não pensará necessariamente em Brics.”

Já o criador da sigla, o economista do Goldman Sachs Jim O’Neill, acredita que o grupo é tão relevante agora como em novembro de 2001, quando a expressão Brics foi usada pela primeira vez. “Os Brics não possuem a mesma economia, mas eles dividem a similaridade de terem grandes populações, que estão mudando de comportamento e estilo de vida”, diz O’Neill ao FT.com. “Eles são o futuro do mundo.”

Agência Estado

Rizzolo: A economia brasileira, na verdade, está muito relacionada com o desempenho da China, o que observamos atualmente é a crise batendo de forma implacável em países que outrora pensávamos pouco afetados. A indústria chinesa de manufaturados sofre com a diminuição das exportações, de tal forma que já existe uma crise em ” cascata” nas economias emergentes que se relacionam entre si. A constatação de que o impacto da crise era nos emergentes já está se concretizando a cada dia, leva o investidor aos papéis como como os títulos do Tesouro norte-americano. É a “marolinha” se transformando numa imensa onda. Aos ingênuos que acreditam na solidez da Petrobras serve o artigo para uma reflexão.

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Pioram previsões para 2009: PIB desacelera, inflação e juros sobem

A previsão sobre o cenário da economia brasileira para o ano que vem está piorando em todas as áreas, segundo pesquisa semanal do Banco Central com analistas de mercado. Para eles, o país vai crescer menos, ter inflação mais alta e mais juros.

A economia do Brasil deve crescer menos de 3% no próximo ano, segundo o levantamento do BC. Dados da pesquisa Focus mostram que os especialistas consultados reduziram a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2009 de 3% para 2,8%.

Para 2008, os analistas mantiveram a previsão de crescimento de 5,24%.

Quanto à inflação oficial, medida pelo IPCA, os analistas elevaram a previsão de 5,20% para 5,25%.

O mercado também aumentou a expectativa para os juros no ano que vem. Antes os especialistas previam que a taxa básica de juros (a Selic) iria terminar 2009 a 13,31%. Agora, subiram para 13,5%.

No Boletim Focus apresentado nesta segunda-feira, consta ainda dólar a R$ 2,20 no fechamento deste calendário e a R$ 2,15 no término do ano que vem. As taxas superam aquelas apresentadas no relatório passado, de R$ 2,10 para ambos períodos.

Em dezembro, o dólar deve ficar em R$ 2,20, superior aos R$ 2,10 projetados antes.

Para a balança comercial, os analistas mantiveram a expectativa de saldo positivo de US$ 23,6 bilhões em 2008, mas revisaram para baixo o prognóstico para o ano seguinte, de superávit de US$ 13,71 bilhões para US$ 13,66 bilhões.

Sobre a conta corrente, os agentes repetiram a projeção contemplada no documento passado, de déficit de US$ 30 bilhões em 2008. Quanto os 12 meses à frente, prevêem resultado negativo de US$ 30 bilhões e não de US$ 30,03 bilhões.

Foi conservada mais uma vez a expectativa de ingresso de US$ 35 bilhões em investimento estrangeiro direto neste ano e de US$ 25 bilhões em 2009.

Para a produção industrial, a previsão é de ampliação de 5,76% neste calendário e de 3,10% nos 12 meses seguintes.
Folha online

Rizzolo: Bem até aí nada de novo, a perspectiva para 2009 em relação à economia brasileira, acompanha o cenário internacional. O interessante a observar, é que no início da crise, acreditava-se que os emergentes estariam imunes à uma recessão, alguns diziam até em ” marolinha”. Agora com uma visão econômica mais realista, acredita-se que os efeitos da crise na economia real irão se aprofundar no próximo ano. O pior para o Brasil, é que precisamos criar 5 milhões de empregos por ano, para absorver a mão-de-obra disponível, e num cenário como este é difícil concretizarmos esta meta. Hoje no Brasil, o mais importante é o governo reduzir os gastos públicos, ter uma visão da crise real sem se preocupar com os aspectos políticos que dela poderão surgir, e isso o PT não sabe fazer.

Cachorro encontra recém-nascido dentro de lixeira no Guarujá

Animal chamou a atenção de moradores, que levaram a criança ao hospital.
Bebê segue internado e ficará sob os cuidados do Conselho Tutelar

Um bebê recém-nascido foi encontrado em uma lixeira no Guarujá, a 86 km de São Paulo, na manhã deste domingo (30). O cachorro encontrou a criança e chamou a atenção dos moradores da região.

O bebê tinha o cordão umbilical amarrado com um fio dental. Ele estava dentro de uma mochila. Após acharem a criança, os moradores a levaram para o hospital.

O recém-nascido pesa 4,5 kg e está internado no Hospital Santo Amaro. Ele deve ficar sob os cuidados do Conselho Tutelar até que os responsáveis sejam localizados.

globo online

Rizzolo: Fico indignado com notícias como esta. Por outro lado fico emocionado quando vejo que mais uma vez um pequeno cão participou do destino de uma criança. A humanidade deve muito aos animais, principalmente aos cães. Nunca despreze o amor de um cão. Que Deus dê muita saúde a esta pobre criança. Leiam artigo meu :” Um cão chamado Kalev, bem perto do coração

Lula diz que conta da crise financeira será “muito alta”, segundo o “El País”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em um artigo publicado neste domingo na Espanha que a ‘conta (da crise financeira) a ser paga (…) por causa do descontrole especulativo é muito alta’ e que os ‘trabalhos de reconstrução serão árduos’.

Em texto em um suplemento especial da revista “El País Semanal”, que todos os domingos acompanha o jornal espanhol “El País”, Lula diz que “as respostas aos desafios atuais não podem vir dos ‘especialistas’ que durante três décadas aplicaram as receitas que nos levaram ao atual colapso da economia mundial”.

“Precisamos são de outros ‘conselhos’, com homens e mulheres com sensibilidade social, preocupados com a produção, com o emprego e com uma ordem global mais equilibrada e democrática”, escreveu o presidente.

O suplemento para o qual Lula escreveu, intitulado “100 personalidades do mundo ibero-americano”, traz uma seleção de artigos assinados por jornalistas, pesquisadores, políticos, empresários, executivos, artistas, atletas e até cidadãos anônimos.

Entre os 100 citados, há outros dois brasileiros além de Lula: a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o arquiteto Oscar Niemeyer, tema do artigo escrito por seu colega britânico Norman Foster.

Folha online

Rizzolo: O presidente Lula está coberto de razão, a conta a ser paga pela crise será, com certeza, muito alta. Não resta a menor dúvida; há de se encontrar novas fórmulas para que a dinâmica financeira se torne mais segura. Muito falam em maior regulação, em maior intervenção do Estado, o que concordo plenamente, contudo os novos produtos financeiros com potencial efeito ” tóxicos” como os derivativos, merecem uma atenção especial da comunidade econômica mundial, a aí se trata de profundos estudos econômicos, o que poderíamos dizer em termos comparativos, como constituir um “FDA” econômico, na aprovação e na análise até que ponto estes novos produtos, são potencialmente perigosos para a economia ou não. Além disso devemos repensar como deve ser a relação entre do setor financeiro com o produtivo, fazer dos bancos estatais, um verdadeiro agente financeiro das pequenas e médias empresas, o que geralmente isso ocorre apenas no discurso.