Charge do Zé Dassilva para o Diário Catarinense

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Tenho certeza que vou fazer meu sucessor, diz Lula

COLINAS, Tocantins – Ao fechar um evento em que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já havia sido elogiada até pelo ex-presidente José Sarney, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou: “tenho certeza que vou fazer a minha sucessão”. Lula fez essa categórica previsão dirigindo-se a Sarney que, pouco antes, havia dito que desejava que Lula fizesse seu sucessor. “Queremos a continuidade da sua obra e que o senhor faça o seu sucessor; que ele pense como Vossa Excelência, que trabalhe como Vossa Excelência e que ande como Vossa Excelência”, disse Sarney em discurso antes de Lula.

Sarney, que foi o presidente idealizador da ferrovia Norte-Sul, participou nesta terça-feira, 9, junto com Lula e Dilma Rousseff, de cerimônia, em Colinas (TO), da inauguração de mais um trecho da obra. Ele fez diversos elogios a Dilma, tida nos bastidores como a favorita de Lula para sucedê-lo. “Ela é uma sacerdotisa do serviço público”, disse ele ao acrescentar: “Estive em praticamente todos os cargos da República e poucas vezes vi alguém tão dedicado à causa pública, tão estudioso dos problemas do Brasil quanto Dilma. Ela tem prestado bons serviços e vai prestar muitos mais”.

Na última segunda, pesquisa Datafolha apontou o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), como líder nas intenções de voto para a sucessão presidencial de 2010. Os porcentuais variam de 36% a 47%, de acordo com o cenário. Em outubro, o tucano apoiou o prefeito reeleito Gilberto Kassab (DEM) nas eleições municipais da capital paulista. Já a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, subiu cinco pontos porcentuais na comparação com a outra pesquisa e varia de 7% a 12%.

Agência Estado

Rizzolo: Bem a certeza que o presidente Lula tem, muito se deve a experiência ao apoiar Marta Suplicy, ao que parece, o presidente ainda acredita nessa ilusão. A verdade é que na hora do voto é outra coisa. Sarney tenta se aproximar de Dilma e já se posiciona politicamente em relação a 2010. Não acredito que Lula faça seu sucessor; já está mais que provado que ele não transfere votos, e Dilma não tem dnsidade eleitoral. O resto é perfumaria, e discurso. Por falar nisso, pode ser impressão minha, mas sinto que o povo já não se empolga com tanta gesticulação e o modo Lula de discursar, parece que esta forma de discurso já está um pouco desgastada. Pode ser impressão minha, mas o povo vibrava mais, inclusive eu.

Mantega admite que crise já mexe com arrecadação do governo

Rizzolo: É para quem incentiva os gastos, e não tem o devido controle com os gastos públicos, agora está chegando a vez de repensar sua próprias contas. Nada melhor do que a falta de dinheiro para disciplinar a turma da gastança. Agora achar que a alta dólar da forma em que se deu foi boa, é demais, hein! ! Leia mais na Agência Estado.

Brasil tenta novamente comprar notebook educacional

Rizzolo: O Brasil precisa fazer a inclusão digital de forma a proporcionar o acesso a todos os estudantes. Se não promovermos agora a inclusão dos pobres ao acesso à Internet, teremos milhões de ” analfabetos digitais” daqui alguns anos . Leia mais na Agência Estado

Alencar apela a empresários para que não demitam

SÃO PAULO – O vice-presidente da República, José Alencar, fez ontem um apelo para que os empresários façam um esforço para atravessar a crise financeira internacional sem que haja necessidade de demitir funcionários. ?A crise se revela mais cruel no desemprego. O apelo que faço é de que vamos nos ajustar, vamos fazer tudo o que pudermos fazer, sacrificar preços, sem colocar na rua um pai de família?, solicitou, durante discurso na cerimônia de premiação pela revista IstoÉ.

Para o vice-presidente, é possível que o Brasil não passe por uma crise de fato, já que ela tem se revelado mais um problema de falta de confiança. ? Confiança no sistema bancário, nos Estados Unidos, que acabaram abusando e realizando um trabalho que acabou levando o mundo inteiro a esta situação de desconfiança?, avaliou. Isso fez, de acordo com ele, com que a liquidez afetasse também o Brasil.

Alencar se referiu ao movimento das grandes empresas, que deixaram de se financiar no exterior e se voltaram para o mercado interno, que não estava preparado de pronto para atender a todos. Alencar disse que o governo está disposto a fortalecer os estabelecimentos de financiamento de setor público e ajudar também os bancos do setor privado e citou a redução da alíquota do recolhimento compulsório. ?Todo esse trabalho, ao lado da disposição dos empresários, antes de mandar para rua qualquer pai de família, será para que a crise dure pouco entre nós?, disse.

Agência Estado

Rizzolo: O apelo de Alencar, está diretamente ligado à popularidade do presidente Lula. Fora a questão moral do desemprego, o problema é que as demissões poderão manchar a imagem de Lula e com isso haverá um desgaste no PT. Nada mais lógico do que apelar aos empresários para que segurem as demissões, até porque o governo continuará gastando e mantendo o nível com pessoal nas alturas, não é?

Economia brasileira cresce 1,8% no 3o tri, acima do esperado

RIO DE JANEIRO – A economia brasileira cresceu mais que o esperado no terceiro trimestre, período que antecedeu a piora da crise financeira global.

O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,8 por cento no terceiro trimestre em relação ao segundo e 6,8 por cento ante igual período do ano passado, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Economistas consultados pela Reuters previam expansão de 1,2 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) na leitura trimestral e alta de 5,6 por cento na comparação anual.

O consumo das famílias cresceu 2,8 por cento no terceiro trimestre ante o segundo. A formação bruta de capital fixo –uma medida dos investimentos– avançou 6,7 por cento.

A indústria cresceu 2,6 por cento sobre o segundo trimestre; o setor agropecuário expandiu-se 1,5 por cento e o setor de serviços teve alta de 1,4 por cento.

Agência Estado

Rizzolo: Não há dúvida que o Brasil vinha num ritmo de crescimento acelerado até setembro, período anterior ao agravamento da crise financeira mundial, que começou a impactar aqui em outubro. Resta saber como essa base de comparação mais alta vai influenciar as expectativas para o PIB do 4º trimestre deste ano e do 1º tri do ano que vem. Os dados ainda constam de uma época em que a economia brasileira vivia a possibilidade de uma ” marolinha”.