CIDADE DE GAZA – O movimento islâmico palestino Hamas saudou nesta quarta-feira, 7, o que chamou de “valente” iniciativa do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de expulsar o embaixador israelense em Caracas para denunciar a “agressão sionista covarde” contra a Faixa de Gaza. O líder do Hezbollah também elogiou o presidente da Venezuela por expulsar o diplomata. Para Hassan Nasrallah, todos os países, incluindo os árabes, deveriam seguir o exemplo deste “grande líder latino-americano” para mostrar sua solidariedade com os palestinos.
“O governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu expulsar o embaixador de Israel e parte do pessoal da embaixada de Israel na Venezuela, reafirmando sua vocação para a paz e a exigência de respeito ao direito internacional”, diz uma nota divulgada pelo Ministério de Relações Exteriores venezuelano. Segundo a BBC, no documento, a Venezuela ainda acusa Israel de praticar “terrorismo de Estado” e de violar o direito internacional com a ofensiva em Gaza.
Israel estuda “medidas de reciprocidade” à expulsão de seu embaixador em Caracas, segundo afirmou a diretora para a América Latina do Ministério de Relações Exteriores israelense, Dorit Shavit. A responsável israelense não quis precisar de que tipo de medidas se trataria, e quando seriam adotadas por Israel. Em comunicado, após saber da decisão do governo de Caracas, o Ministério de Exteriores israelense acusou a Venezuela de manter “estreitos laços” com o Hamas e o Irã. “Israel continuará se defendendo de seus inimigos, entre eles o Hamas e o Irã, com os quais a Venezuela tem estreitos laços”, segundo a nota.
“A Venezuela deve escolher em que lado desta guerra está. Deve escolher entre os que lutam contra o terrorismo e os que o apoiam. Não é nenhuma surpresa que a Venezuela tenha esclarecido ao mundo novamente de que lado está”, acrescenta o comunicado.
A Venezuela é atualmente representada diplomaticamente em Israel apenas por um encarregado de negócios, Roland Betancourt, por isso a expulsão desse funcionário levaria ao fechamento da embaixada venezuelana em Tel Aviv.
agência estado
Rizzolo: Pela notícia acima, podemos inferir por quantas anda o movimento de esquerda na América Latina, e quem são seus admiradores. Já como referência a atitude anti-semita de Chavez, podemos também nos indignar com a postuta do PT em apoiar explicitamente regimes no oriente médio que jamais adotaram a democráticas e que são realmente inimigos da liberdade em todos os sentidos. Esses que expulsaram o embaixador israelense, os que acusam Israel, e os que defendem os regimes de exceção, são os mesmos que gritaram e repudiaram a reativação da Quarta Frota dos EUA ao mesmo tempo que aplaudiam as manobras russas no Caribe sob os auspícios de Chavez. Apenas dois lados da mesma moeda, o Chavismo e o Petismo. É uma pena.
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