Um terço das indústrias pretende demitir

Pressionada por estoques elevados e queda nas vendas, quase um terço da indústria brasileira pretende reduzir o número de empregados até o mês que vem. O índice de empresas que planejam demitir é o maior dos últimos dez anos.No mês passado, 32,5% de 1.086 indústrias que, juntas, têm perto de 1,3 milhão de trabalhadores, informaram à Fundação Getúlio Vargas (FGV) que pretendem demitir até fevereiro.

Esse índice é superior à média de 15 anos de empresas que planejam cortar pessoal, que foi de 19,5%. O pico mais recente de demissões na indústria ocorreu em janeiro de 1999, quando houve a mudança do câmbio fixo para flutuante e 32,7% das companhias informaram que iriam cortar o emprego.

“A situação é mais preocupante hoje do que dez anos atrás: a crise é global e não tem para onde correr”, diz o coordenador técnico da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação da FGV, Jorge Ferreira Braga. Além disso, a situação se deteriorou rapidamente por causa da crise. Há apenas seis meses, a tendência era exatamente inversa. Isto é, 35,7% dos empresários consultados previam contratações nos próximos três meses. Os dados da pesquisa são livres das influências típicas de cada época do ano.

A perspectiva de demissão crescente na indústria faz soar o sinal de alerta porque o nível de emprego nas fábricas tem efeito multiplicador no número de postos de trabalho nos demais setores, apesar de comércio e serviços ocuparem mais da metade (64,4%) das vagas formais abertas em 12 meses até novembro de 2008, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Para cada vaga aberta nas fábricas são criados três empregos diretos ou indiretos no setor de serviços, calcula o sócio diretor da RC Consultores, Fabio Silveira. “Uma trava na indústria puxa o freio no emprego em outros setores.”

O professor de Economia da Unicamp, Julio Gomes de Almeida, acrescenta que o desemprego industrial tem impacto maior na economia porque o salário é maior que nos demais setores. Além disso, as vagas são formais, o que abre as portas para o trabalhador comprar a prazo.

A pesquisa da FGV revela que os setores da indústria de transformação com maior intenção de demitir entre dezembro e fevereiro são aqueles cujas vendas dependem do crédito, como automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos; e ligados aos planos de investimentos, como máquinas e equipamentos; e relacionados à exportação, como celulose e siderurgia.

Quem lidera o ranking dos cortes é a indústria mecânica, com 68,3% das empresas planejando demissões, mais que o dobro de novembro (32,5%). Na vice-liderança está a indústria de material de transporte, com 62,9% das empresas decididas a demitir, seguida pelos segmentos de matérias plásticas (39,4%), metalurgia (35,8%) e celulose (35,8%).

Agência Estado

Rizzolo: O pior neste contexto, é a passividade do governo, houve nas últimas semanas uma total falta de iniciativas com intuito de dar continuidade ao combate à recessão que se apresenta e é confirmada pelos índices de desemprego. A paralisia é total e inexplicável, mesmo vendo que as demissões se avultam dia a dia, provocadas pela queda da produção industrial, aliás a maior dos últimos 13 anos. Vivemos uma crise de confiança e que com certeza atinge mais determinados segmentos como o automotivo e o imobiliário. Convém lembrar o último pronunciamento de Obama ele afirma que ” só o governo pode quebrar o círculo vicioso que paralisa a economia “. Isso ainda não chegou por aqui.

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