SÃO PAULO – Imersos em sucessivos conflitos internos, os petistas incorporaram à seara partidária uma nova ferida – a ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Quinze dias após o comando do PT divulgar nota condenando o terrorismo de Estado do governo de Israel, um grupo de 36 filiados divulgou uma carta em tom duro, alegando que o primeiro texto, entre outras falhas, distorce o fenômeno histórico do nazismo. A carta é dirigida a Ricardo Berzoini, presidente do partido e autor do primeiro texto, em parceria com Valter Pomar, secretário de Relações Internacionais.
As 29 linhas, pontuadas por críticas veementes e indignação, são subscritas por dois ministros – Tarso Genro, da Justiça, e Fernando Haddad, Educação -, pelo senador Aloizio Mercadante (SP) e personalidades. Gostaríamos de manifestar publicamente desacordo, dizem os petistas na carta, veiculada ontem no site do PT.
O grupo alega que Berzoini ignorou a posição histórica do partido de defender a coexistência pacífica dos povos, não registrou a necessária condenação ao terrorismo, ignorou o reconhecimento do direito de existência de Israel e se posicionou de modo a queimar, ao invés de construir?, pontes de entendimento.
Berzoini – que escreveu: A retaliação contra civis é uma prática típica do exército nazista – tentou esfriar o caso. São algumas pessoas que não concordaram com a primeira nota. O PT está sempre aberto ao debate. E manteve o tom: Os fatos mostraram que a nossa nota estava coberta de razão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Agência Estado
Rizzolo: O curioso nesta retratação, é que de todo o partido, apenas alguns – 36 filiados – se manifestaram contra Berzoini, muito poucos na verdade subscreveram e se indignaram. O problema é que o PT na sua grande maioria, se alinha com grupos anti Israel, e quando estão sem o devido ” patrulhamento” se empolgam e fazem uso do linguajar de grupos como o Hamas e outros. Não há dúvida que alguns petistas realmente se tornam indignados com a postura do partido, mas como minoria, não possuem correlação de forças internamente para ” controlar” o radicalismo. É uma pena a comunidade judaica brasileira e internacional, conviver com este constrangimento imposto pelo PT.
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