Se procurarmos, ele estará entre nós

panoramageneralgr.gif

Como de costume, todo Sábado procuro não escrever textos que não estejam relacionados com o Shabbat e com o estudo da Tora. Sem ter a intenção de dar uma conotação pessoal religiosa ao que escrevo, permito dirigir me a você, que acompanha minhas reflexões diariamente, e compartilhar com o amigo(a), de uma forma humilde, esses momentos de introspecção dos meus estudos no Shabbat, que se iniciam todas às sextas-feiras, quando me recolho duas horas antes da primeira estrela surgir no céu, numa Sinagoga ortodoxa que freqüento em São Paulo.

Como já disse anteriormente, tenho profundo respeito por todas as crenças, religiões, e acima de tudo sou um brasileiro patriota, amo meu país e o povo brasileiro, e tenho sim, uma grande satisfação espiritual em ao estudar a Parashá (Porção da Tora semanal) relacioná-la ao que vivemos nos dias atuais. Shabbat é um dia de paz, descanso e harmonia. Devemos nos abster das tensões e às exigências da vida cotidiana.

Como é uma reflexão de estudo pessoal, baseada na introspecção bíblica, recomendo a todos que acompanhem no Antigo testamento (Torah ) os comentários aqui expostos, para que possamos ter uma semana de paz; e que através dos estudos judaicos, possamos compreender nossas vidas e encontrar formas de superar as adversidades na visão de Hashem (Deus). Isso nos dará energia e um “Idiche Kop” ( perspicácia particular), para que enfim tenhamos condições de construir um Brasil cada vez mais digno e com mais justiça social, que é a base do Judaísmo, do Cristianismo, do Islamismo, e de todas as religiões que levam a um mesmo Deus.

E lembre-se, Deus não quer apenas que você ore, mas que você aja com um parceiro dele aqui neste mundo, promovendo mudanças, estudando, se aperfeiçoando cada vez mais em sua área de atuação, e lendo, lendo muito. Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo . Nesses aspectos, Ele Hashem ( Deus), precisa mais de você do que você dele. Somos aqui nesse mundo, parceiros de alguém maior. E quando orares, siga um conselho do Rabi Menahem Kotzk que ouvindo o comentário, respondeu: ” Se alguém clama ” Pai, ó Pai ! ” várias vezes, Deus acaba se tornando realmente seu Pai “.

A parashat desta semana chama-se Terumá inicia uma série de quatro das cinco porções que discutem em detalhes a construção do Mishcan, o Tabernáculo móvel que servia de “local de repouso” para a presença de D’us entre o povo judeu.

A porção completa da semana relata a descrição de D’us a Moshê sobre como construir o Mishcan, começando com uma lista dos vários materiais preciosos a serem coletados pelo povo judeu para este projeto monumental.

D’us descreve a magnífica Arca de madeira e ouro que abrigaria as tábuas com os Dez Mandamentos, completa com sua cobertura deslumbrante representando dois querubins (anjos com rosto de crianças) um de frente para o outro. Em seguida, D’us entrega a Moshê as plantas do Shulchan (mesa sagrada) sobre a qual os Lechem Hapanim (Pães da Proposição) serão colocados a cada semana.

Seguindo-se à descrição da Menorá de ouro puro que deveria ser feita de um único pedaço grande de ouro, D’us descreve a estrutura do próprio Mishcan, detalhando a cobertura esplendidamente tecida e bordada, as cortinas, as divisões e as paredes externas móveis. A Porção da Torá conclui com as instruções para o altar de cobre e o grande pátio externo do Mishcan.

A Porção da Torá desta semana nos introduz ao sagrado Mishcan. A maior parte desta Porção contém descrições detalhadas dos muitos utensílios usados. Dessa maneira, D’us dedica vários versículos a cada componente, descrevendo suas medidas exatas e o aspecto, para que Moshê entendesse exatamente como construir cada utensílio. Tal Porção da Torá, que parece conter apenas uma lista dos diversos objetos, poderia ter uma aparência um tanto monótona. Entretanto, logo no início nos defrontamos com uma estranha discrepância.

No início da explicação da Arca Sagrada, D’us ordena a Moshê: “Eles construirão a Arca” (Shemot 25:10), usando a forma plural, como se falando a um grupo de pessoas que participarão na construção das várias partes do Mishcan. Certamente poder-se-ia esperar que a descrição de cada um dos numerosos itens seguisse uma estrutura gramatical semelhante. Entretanto, este não é o caso. Na verdade, a Arca é a única vez onde encontramos o uso da forma plural; todos os outros itens da descrição são precedidos pela ordem no singular “Tu construirás,” parecendo indicar que uma única pessoa estaria envolvida na edificação do Mishcan. Como resolver esta contradição? Quem era de fato responsável pela sua real construção?

Antes que tentemos resolver nosso problema, primeiro devemos preceder nossas observações com um importante princípio. Os comentaristas explicam que os muitos utensílios e as vestimentas dos Cohanim do Mishcan não eram escolhidos ao acaso. Ao contrário, cada um dos vários componentes representava uma faceta do Judaísmo e do povo judeu. Dessa maneira, cada utensílio e sua descrição continham numerosas mensagens e temas subjacentes para a nação judaica. A Arca Sagrada, explicaram os comentaristas mais tarde, corresponde à Torá e seu estudo; isso não é surpresa, pois a Arca continha o verdadeiro Rolo da Torá e as Tábuas dos Dez Mandamentos entregues diretamente a Moshê por D’us. Portanto, a descrição da Arca deveria nos fornecer alguma percepção sobre a natureza da Torá e seu estudo.

Neste estilo, o Ramban procura esclarecer a discrepância gramatical acima apresentada. A respeito de qualquer projeto ou empreendimento meritórios assumidos em nome do Judaísmo, a pessoa pode-se considerar um parceiro simplesmente por contribuir com dinheiro e outros recursos para ajudar outras pessoas a completarem o projeto. Por este motivo, a respeito de todos os outros utensílios do Mishcan, a Torá dirige sua ordem somente a Moshê, pois o povo judeu já fizera sua parte ao contribuir com a matéria prima para o fundo de construção. Agora Moshê deve continuar o trabalho realmente construindo os utensílios.

Podemos extrair uma lição inestimável de um versículo peculiar nesta porção semanal da Torá. “Eles farão para Mim um Santuário – para que eu habite entre eles” (Êxodus 25:8).

À primeira vista, alguém poderia pensar que a Torá se enganou. Deveria dizer: “…para que Eu possa morar nele,” querendo dizer que se o povo judeu construísse o Santuário, então D’us teria um local para repousar Sua presença. Se eles o construírem, Ele virá! Por que, então, D’us diz que habitará entre “eles” e não ‘nele”?

O comentarista esclarece esta dúvida declarando que D’us está Se referindo ao próprio povo judeu e não ao Tabernáculo. Se eles construírem o Tabernáculo, então D’us habitará entre eles! Se eles participarem na construção do Santuário, então Ele os recompensará habitando entre todos e cada um deles.

O Santuário é do tipo portátil. A Torá está tentando nos ensinar que não importa onde estamos – seja no coração de Jerusalém ou na tundra gelada do Polo Norte – Hashem pode estar e estará entre nós. Não devemos nos deixar desencorajar por aquilo que nos cerca. Desde que estejamos imersos nas palavras de Torá, desde que reservemos tempo para participar na construção do Santuário, D’us habitará entre nós. É esta atitude que será o catalisador de nossa sobrevivência no exílio.

Aliás uma das características do judaísmo, a meu ver, é essa capacidade de se conectar com Deus independentemente do lugar aonde o judeu se encontra. Poderíamos dizer, que o próprio conceito de um Deus invisível ” ambulante” que habita o interior de cada judeu se fortaleceu com o advento da diáspora, e talvez, explique a pouca assimilação judaica no decorrer dos anos.

Habitar entre eles, nos remete a um conceito de igualdade e parceria divina. Na verdade, Deus não habita no santuário, mas sim dentro de cada um de nós, e assim, o levamos pelos caminhos da nossa vida no nosso interior. Habitar ” entre eles” leva também, a uma reflexão da responsabilidade de saber que entre nós humanos, existe uma divindade que nos acompanha. Mais responsável e divino é estarmos com ele, do que pretensamente irmos aonde ” ele mora”, até porque como já disse a Torá ele mora entre nós.

De nada adianta irmos à Sinagoga, Igreja, Cultos, se dentro de nós ele não habita, e a partir da consciência dessa presença, a parceira com Deus se faz necessário, agindo, modificando o errado aqui na terra, através do estudo, do desenvolvimento científico, da igualdade social, e da ética, que tanto o nosso País precisa.

O problema do Brasil é que os políticos não sabem e jamais tiveram uma cultura de ética, de retidão, muitos são apenas aventureiros que começaram como líderes comunitários sem instrução, financiados por poderosos que mal sabem o que é Deus, ou pouco se importam com a ética pública.

Texto para reflexão

Deus desejou uma morada no mundo inferior

“Farão para Mim um Santuário, e habitarei no meio deles.”

D’us desejou uma morada no mundo inferior. (Midrash Tanchuma)

Sobre o Rio Neva

Durante seu aprisionamento pelo regime czarista, Rabi Schneur Zalman de Liadi ficou detido na Fortaleza de Pedro e Paulo, numa ilha no Rio Neva em S. Petersburgo. A investigação sobre seus ‘”crimes” estava sendo conduzida pela organização de inteligência do czar, que se localizava em um prédio em terra firme. Portanto, Rabi Schneur Zalman era freqüentemente levado de balsa para ser interrogado do outro lado do rio.

Certa noite, quando a pequena balsa cruzava o Rio Neva, o céu clareou e um quarto da lua iluminava os céus. Rabi Schneur Zalman, desejando a oportunidade de santificar a lua nova (Kidush Levaná), pediu ao oficial encarregado que parasse o barco, ao que este recusou.

De repente, a embarcação parou completamente. O barqueiro não conseguia fazê-lo avançar de forma alguma. O Rebe ficou de pé no barco e recitou os primeiros versículos do Salmo 148, que inicia a bênção da lua.

Mas Rabi Schneur Zalman recusou-se a cumprir a mitsvá tirando proveito de algo que não fossem os meios naturais. Por isso libertou o barco, permitindo que continuasse seu caminho. Uma vez mais, pediu ao oficial que parasse o barco. Somente após seu pedido ser atendido e o barco parado naturalmente, ele iniciou o cumprimento desta mitsvá, preceito.

Fontes: Beit Chabad

Tenha uma semana e um sábado de muita paz !

Fernando Rizzolo

Charge do Sponholz para o Jornal da Manhã (PR)

auto_sponholz1

Centro judaico sofre ataque em Caracas

Uma bomba foi atirada nesta quinta-feira contra uma organização comunitária judaica de Caracas, sem que fossem registrados feridos ou danos materiais, informou seu diretor, Abraham Garzón.

O atentado deixou apenas “danos espirituais”, disse o diretor do Centro Comunitário Judaico à emissora de TV Globovisión, com o argumento de que “parece que há no país pessoas que se dedicam a semear o terrorismo”.

“Não acho que seja algo casual, uma pessoa de boa fé não creio que se dedicaria a estas ações”, acrescentou.

O Ministério Público venezuelano ordenou “a investigação do ataque com uma suposta bomba contra o centro judaico”, informou em comunicado o organismo judicial.

No dia 31 de janeiro, uma sinagoga foi profanada em Caracas, gerando ampla reação internacional de repúdio e denúncias sobre a suposta postura “antissemita” do governo venezuelano, o que foi rechaçado pelo presidente Hugo Chávez. A investigação policial, ainda em desenvolvimento, afirma que se tratou de um ataque planejado, entre outros, pelo principal rabino da sinagoga.

folha online

Rizzolo: Existe uma onda de antissemitismo na Venezuela desde que Chavez apoiou o Hamas, e utilizando como argumento, expressões de cunho antissemita, de uma forma indireta incitou grupos radicais. Aqui no Brasil o PT apoiou o Hamas, condenou Israel, mas felizmente o apoio não incitou grupos radicais, até porque no Brasil o antissemitismo é menor . Chavez nega tal antissemitismo e atribui os feitos aos próprios judeus, incitando assim ainda mais os radicais, pois na sua defesa acusa a comunidade judaica de conspiradora. Uma vergonha, e muita preocupação com os judeus venezuelanos.

Governo não se pronuncia depois de críticas de Gilmar Mendes

BRASÍLIA – Criticado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, que classificou como “ilegal” o repasse de recursos públicos para movimentos sociais que ocupem terras, o governo preferiu o silêncio oficial. Mas assessores do Planalto consideram inadequado o comportamento de Gilmar Mendes, salientando que, agora, além de opinar fora dos autos, o presidente do Supremo sugere como as ações devem ser feitas e ainda cobra atuação do Ministério Público contra os invasores, o que consideram uma postura descabida.

Para o governo, não há nada de ilegal no repasse dos recursos para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra. Assessores palacianos lembraram ainda que, quando houve denúncia semelhante, anteriormente, todos os levantamentos realizados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) comprovaram que não houve nenhum repasse irregular ao movimento. O Ministério também optou pelo silêncio.

Apesar de tentar defender o MST, suas ações e os repasses de recursos aos invasores, há uma certa preocupação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o recrudescimentos das ações violentas pelo movimento. Há preocupação também do descontrole das lideranças do MST sobre seus integrantes que tem agido, muitas vezes, sem obedecer a uma orientação nacional. Mas, como o MST é um velho aliado do governo, o Planalto evita confrontar com seus líderes e tenta, quando há problemas, negociar com o grupo.

O fato de os integrantes do MST assumirem que estavam usando armas durante a invasão e terem matado seguranças das fazendas invadidas, em Pernambuco, serviu, na avaliação de setores que também habitam o Planalto e que não apoiam as ações do movimento, para mostrar a verdadeira face do movimentos, que sempre agem com violência.

As últimas ações serviram para mostrar, de acordo com esses assessores do Palácio, que o MST tem armas e muito dinheiro. Está sendo investigado, ainda, que outras ONGs estariam sendo criadas para receberem o dinheiro vindo do Ministério do Desenvolvimento Agrário já que o Tribunal de Contas da União havia vedado o repasse para muitas das hoje existentes.

agência estado

Rizzolo: Sinceramente entendo que o presidente do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes está coberto de razão. Do ponto de vista jurídico, moral, e ético, não podemos aceitar que o governo federal repasse verbas públicas para movimentos que praticam atos ilícitos. Como bem afirmou o ministro, o Poder Público pratica ato ilícito quando concorre para que a proposição desses atos se materializem. Não há dúvidas que sem argumentação à altura, o melhor mesmo é o governo não se pronunciar, até porque o MST sempre deu apoio político à Lula, e nesse País parece que isso é o que mais vale, ou seja, a caracterização da ilicitude dos atos fica para depois, não é?

Menina de três anos é criada por cachorros na Rússia

Uma garotinha de apenas três anos foi criada por cachorros desde que nasceu, conta o jornal britânico Daily Mail.

A pequena Madina vive em Ufa, na Rússia, sabe apenas duas palavras – sim e não – e rosna como um cachorro toda vez que se sente ameaçada. Sua mãe, Anna, de 23 anos, é alcoólatra e sempre a ignorou. A única preocupação que Anna sempre teve foi a de alimentar a filha.

Quando assistentes sociais visitaram a casa onde Madina vive, acharam a criança pelada, no chão, engatinhando e procurando abrigo nos pelos dos cachorros. “A criança é angelical, mas privada de amor e carinho”, disse uma assistente.

O pai de Madina a abandonou logo após seu nascimento. Sua mãe se tornou alcoólatra e nunca se importou.

Agora, a pequena será levada a um abrigo. Exames mostraram que apesar de todo o choque e tratamento, sua saúde física e mental está perfeita.

*Com informações do jornal Daily Mail
folha online

Rizzolo: Realmente é impressionante o relato. Fico a pensar até que ponto o álcool é capaz de levar o ser humano a esta degradação. Com certeza, os cães são animais que cada vez mais estão se humanizando, mas é triste verificar que o contrário também ocorre face à indiferença provocada pelas drogas. Com o fim da União Soviética, após o regime comunista, o País do ponto de vista moral deteriorou-se, e infelizmente notícias como esta nos impressionam. É bom lembrar que em certas circunstâncias, é melhor estar ao lados dos cães do que dos homens. Leia também: Um cão chamado Kalev, bem perto do coração

DIVULGUE O BLOG DO RIZZOLO NOSSA MÍDIA É VOCÊ !!

Evo Morales volta a apontar espionagem da CIA na Bolívia

LA PAZ – O presidente da Bolívia, Evo Morales, reiterou na quinta-feira que a CIA está infiltrada em seu país, um dia depois de a embaixada norte-americana negar veementemente a denúncia. Este é o mais recente de uma série de enfrentamentos entre os dois países.

Repetindo o que disse na terça-feira, Morales afirmou que a CIA (sigla em inglês para a Agência Central de Inteligência dos EUA) infiltrou um agente na petrolífera estatal YPFB, com o objetivo de fazer fracassar o processo de nacionalização do setor de hidrocarbonetos, iniciado em 2006.

“Graças a alguns policiais patriotas, detectamos uma infiltração da CIA norte-americana em nossa estrutura de Estado”, disse Morales em um evento para comemorar o 72o aniversário da criação da Academia Nacional de Polícias.

“Se algum funcionário da embaixada dos Estados Unidos disse que não há nenhuma infiltração, então me diga publicamente quem é Francisco Martínez, um mexicano que entra e sai da Bolívia”, desafiou Morales.

O presidente disse que a CIA treinou, durante vários anos, um policial boliviano chamado Rodrigo Carrasco, que trabalhou como agente norte-americano no Iraque e chegou ao posto de gerente de comercialização da YPFB.

“Fiquei surpreendido depois de fazer uma pequena investigação sobre um ex-oficial da Polícia Nacional Rodrigo Carrasco, que, menos de seis meses depois de começar a servir a polícia, recebeu 21 cursos de preparação financiados pela embaixada dos Estados Unidos”, detalhou Morales.

“Tenho certeza de que nenhum general tem 21 cursos de capacitação.”

O novo imbróglio vem cinco meses depois de Morales expulsar o embaixador norte-americano de La Paz.

“Que alguém negue que este ex-capitão da polícia não é da CIA, que não haja infiltração da CIA na estrutura do Estado, é faltar com a verdade”, acrescentou.

agência estado

Rizzolo: Imaginem se a CIA e a embaixada dos EUA iriam propiciar 21 cursos de só vez a um agente secreto. Ora, é muita ingenuidade de Morales entender que dessa forma é que CIA funciona. Se isso ocorreu, com certeza este não é o agente, aliás, esta história de “agente da CIA infiltrado” é coisa da esquerda da América Latina para justificar os problemas e criar um “ente conspirador”. Achar que um cidadão que entra e saí da Bolívia é um agente da CIA, temos então inúmeros agentes por aqui que entram e saem do Paraguai, são ” agentes sacoleiros ” risos…

‘Fome Zero made in USA’ dá US$ 6 por dia para 31 milhões

Uma notícia no diário argentino Clarín conta como vivem os 31 milhões de cidadãos americanos que recebem cupons de alimentação para viver. Um jornalista da Louisiana (o estado mais pobre do país) faz a experiência, tentando viver com US$ 6 (R$ 14) por dia. O plano de socorro de Barack Obama amplia em 13% os gastos com esses cupons, na previsão de que a crise e o desemprego aumentarão sua clientela. Veja a íntegra.

É o lado obscuro da vida em um dos países mais do mundo. Nos Estados Unidos, quem depende dos cupons de alimentação oferecidos pelo “Papai Estado” não recebe mais que um punhado de dólares. Mas a maior crise económica das últimas décadas faz o número necessitados aumentar rapidamente. Nunca houve tantos americanos vivendo desses cupons. E a tendência é aumentar.

Jornalista conta experiência em site

A lista de alimentos Sean Callebs assemelha-se à de uma dieta para emagracer. “Uma porção de cereal, uma banana, uma xícara de chá.. e faltam quatro longas horas até almoço”, ele lamenta.

Em uma experiência que tem tido grande impacto sobre a audiência, este jornalista da CNN resolveu experimentar na própria carne como se pode viver de cupons de alimentação. Ou não. Suas experiências são relatadas em um blog.

Faz um mês que ele tenta viver gastando até US$ 6 por dia. Já chegou quase no fim. Mas este repórter da Louisiana queixara-se em seu blog de permanentes ataques da fome. Poucas vezes você pode comprar frutas e legumes frescos, conta.

Fome à americana

Embora provisoriamente, Callebs experimenta a sina de um em cada dez americanos. Em setembro passado, 31 milhões de pessoas no país compravam alimentos com os cupons.

“Eles são os números mais elevados de todos os tempos”, disse Ellen Vollinger, diretor de Frac, uma organização de Washington de pressão contra a fome.

“Muitos americanos já não sabem onde arrumarão sua próxima refeição”, destaca ela. O aumento do desemprego faz com que a procura de cupons aumente constantemente, mas as carências não terminam aí: cada vez mais pessoas, mesmo tendo um emprego, dependem dos “Food Stamps”.

Muita gente tem até mais de um emprego, mas a renda não basta. “Muitas famílias pulam refeições para pagar o aluguel”, disse Ellen. “Pais deixam de comer para que fique alguma coisa para os filhos e às vezes até crianças passam fome, nos Estados Unidos. É uma vergonha.”

O estigma do cupom

Os cupons de alimentação começaram a ser distribuídos durante a 2ª Guerra Mundial. Hoje, o governo já não distribui cupons papel, mas por meio de um cartão eletrônico, que fornece em média US$ 100 por pessoa.

Desde 2008, o Ministério da Agricultura evita usar o termo cupom de alimentação. O título oficial agoora é “Programa de ajuda para suplementar a nutrição”.

Mas o plano ainda tem um estigma. “Aqueles que precisam muitas vezes se recusam a pedir ajuda”, diz a agente social Srindhi Vijaykumar, da organização DC Hunger Solutions, que promove os cupons nas ruas de Washington. É especialmente difícil chegar até os aposentados, imigrantes e famílias operárias, diz ela.

Quem usa os cupons é confrontado com algumas dificuldades no supermercado. O carentes têm em média US$ 3 por dia para fazer compras. Por isso muitas vezes são obrigados a fazer cortar alimentos.

“As pessoas só compram o que é barato, não é perecível e enche a barriga”, diz Vijaykumar. O crédito mensal normalmente é consumido em duas ou três semanas. “Muitas famílias vão então para os sopões”, disse Ellen Vollinger.

Obama aumenta verba do programa

Não poucos depositam as suas esperanças no novo governo de Barack Obama. O plano de socorro económico de US$ 787 bilhões, lançado na semana passada pelo chefe da Casa Branca, permitirá um aumento de 13% na verba para os cupons de alimentação.

No entanto, Ellen estima que a fome vai aumentar nos EUA. “Esta recessão certamente não será breve.”

A crise também atingiu duramente a classe média. De acordo com dados do Departamento do Comércio, o seu consumo caiu novamente em dezembro, pelo sexto mês consecutivo, enquanto a taxa de poupança subiu 2,9% no fim de 2008.

Annie Moncada, 63 anos, confessa que comprava coisas “desnecessárias”. Mas agora seu cupom está guardado. “Agora eu ponho na panela mais carne moída e menos bifes e também economizo mais eletricidade”, diz. Tal como ela, milhares de famílias cortam gastos, passeios, idas a restaurantes ou ao cabeleireiro. O fim da crise parece longe.

Fonte Clarin/Vermelho

Rizzolo: O início de tudo, que culminou com a crise financeira dos EUA, foi na realidade a falta de regulamentação do setor financeiro americano. A política liberal excessiva, fez dos EUA um País onde a irresponsabilidade republicana poderia ser responsabilizada pela sua omissão.

O surgimento do Estado nos momentos críticos da economia, poderia ser evitado, se na composição macroeconômica, houvesse o mínimo de intervenção do Estado e menos liberalismo ganancioso e descontrolado, expresso nos derivativos podres. Já passa de 5 milhões o número de americanos recebendo auxílio-desemprego. O número de pedidos iniciais do benefício subiu para 667 mil pessoas na última semana, o maior desde outubro de 1982, elevando o total para 5,1 milhões de pessoas. É a maior marca da série, que começou a ser contabilizada em 1967.

O problema do povo americano foi ter sido alvo durante anos dos ataques do liberalismo, contra as políticas sociais como o seguro saúde, e outros. Viver com US$ 6 por dia não é fácil, porém é o que o Estado neste momento oferece para se redimir de sua opção pelo abandono e pela ganância desenfreada. Sobrou para o Obama, que com seu discurso também alimenta a esperança.

Charge do Ique para o JB online

ique2

Publicado em Política. 1 Comment »

Lula pede ‘esforço’ da Embraer para ajudar demitidos

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pediu aos diretores da Embraer, na reunião de hoje, no Palácio do Planalto, que revejam a decisão de demitir 4.270 dos 21,3 mil funcionários, informou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, em entrevista, após participar do encontro. Lula, segundo o ministro, pediu que os dirigentes tomem medidas para minorar os problemas dos demitidos.

Na quinta-feira passada, Lula estava indignado com as demissões, segundo relato feito pelo presidente da CUT, Arthur Henrique, após encontro com ele. O sindicalista contou que Lula afirmara ser inadmissível uma empresa beneficiada com recursos públicos promover demissões ao primeiro sinal de problemas. O relato de Arthur Henrique não foi desmentido pelo Palácio do Planalto.

Hoje, de acordo com as informações de Miguel Jorge, Lula começou a reunião pedindo aos dirigentes da Embraer que explicassem os motivos dos cortes de pessoal. O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse a Lula, segundo o ministro, que a empresa teve cancelamentos e adiamentos de 30% das encomendas de aviões, que 93% das encomendas são do mercado externo e apenas 7% do interno e que a aviação executiva no Brasil reduziu em 60% suas compras.

“Ele (Lula) pediu que a empresa verifique o que é possível fazer para minimizar o problema das pessoas dispensadas”, relatou Miguel Jorge. Os diretores da empresa disseram ao presidente, ainda de acordo com o ministro, que avaliarão o que é possível fazer e informaram que os demitidos terão um ano de assistência de saúde pago. Segundo Miguel Jorge, Lula pediu “um esforço adicional”, com outras medidas para auxiliar as pessoas dispensadas.

O ministro do Desenvolvimento contou ainda que, na quinta-feira da semana passada), às 11 horas da manhã, informou a Lula que a Embraer faria as demissões. Em resposta a uma pergunta sobre notícia publicada em dezembro antecipando as demissões, Miguel Jorge disse que, na ocasião, telefonou para dirigentes da Embraer e que estes lhe asseguraram que não havia previsão de cortes de pessoal.

De acordo com outro participante do encontro de hoje, o presidente Lula, ao ouvir dos dirigentes da Embraer que a empresa, para fazer contratações de pessoal, depende de uma melhora nas condições do mercado, disse: “Vamos torcer para o mercado melhorar.”

A reunião com Lula no Planalto durou mais de duas horas. Participaram, além de Miguel Jorge, os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Dilma Rousseff (Casa Civil) e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Pela Embraer participaram seu presidente, Frederico Curado, o presidente do Conselho Administrativo, Maurício Botelho, o vice-presidente de Assuntos Corporativos, Horácio Forjaz, e o vice-presidente Financeiro, Luiz Carlos Siqueira.
agência estado

Rizzolo: Assim é fácil não é? ” Vamos esperar que o mercado melhore “. Só faltou dizer ” que pena”. As questões trabalhistas em que envolve demissões em massa, devem ser resolvidas via negociação. Infelizmente o presidente Lula na cadeira presidencial não raciocina do ponto de vista do trabalhador, assim o fazia quando dirigente sindical apenas, agora a atuação política o impede desta postura, que num momento deste, deveria abordar as questões dos grandes empréstimos do BNDES, sem nenhuma vinculação com o social dando no que deu. Que a Embraer se ” esforce” não é ?

Entidades movem ação para reverter demissões na Embraer

SÃO PAULO – A Força Sindical e a Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas) devem entrar até amanhã com uma ação judicial no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas (SP) na qual solicitarão a reintegração dos 4,2 mil funcionários demitidos pela fabricante brasileira de aeronaves Embraer na semana passada.

Os dirigentes das duas centrais serão recebidos amanhã pelo presidente do TRT de Campinas, desembargador federal do trabalho Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva. “Acreditamos que o TRT vai determinar a reintegração dos 4,2 mil funcionários demitidos, pois a dispensa ocorreu sem nenhuma negociação com os representantes dos trabalhadores”, comentou o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva, (PDT-SP).

Para Paulinho, é imoral que uma companhia que recebeu volumes expressivos de recursos públicos, via o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dispense de uma só vez 20% de sua mão de obra, quando diversas empresas pelo País estão encontrando soluções para enfrentar a crise. “A recessão mundial é séria, mas vai passar no curto prazo. Este é o motivo que já levou muitas companhias no Brasil a adotarem alternativas, como férias coletivas e redução temporária dos salários com diminuição de jornada”, afirmou.

De acordo com o coordenador nacional da Conlutas, José Maria de Almeida, as dispensas realizadas pela Embraer são ilegais, pois demissões em massa precisam ser comunicadas e negociadas antes com os sindicatos que representam os trabalhadores.

Segundo Almeida, desde dezembro do ano passado o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e região solicita reuniões com a direção da Embraer para esclarecer se procedem ou não os fortes boatos que surgiram na empresa sobre demissões que a direção da companhia estaria prestes a adotar. “Mas o sindicato nunca foi recebido. No entanto, na quinta-feira passada (dia 19), a direção da companhia mandou um ofício ao sindicato às 10h30, no qual negava que dispensaria empregados. Mas, às 14 horas do mesmo dia, a companhia começou a anunciar as dispensas em massa”, comentou. “Estas atitudes mostram que a direção da Embraer não age com seriedade e é preciso reestatizar a companhia, pois ela depende muito do dinheiro público e é mostra que é mal administrada pelo setor privado”, disse.

Almeida destacou ainda que a empresa bate recordes de produção e rentabilidade e não tem justificativas para demitir 20% dos funcionários. Segundo ele, a empresa fabricou 204 aeronaves em 2008 e deve produzir 242 aviões este ano. “Ou seja, a empresa vai aumentar a produtividade em excesso e desempregar 4,2 mil pessoas por pura ganância”, comentou.

Na avaliação de Paulo Pereira da Silva, a Embraer realizou as dispensas dos funcionários sem ao menos oferecer aos trabalhadores a chance de aderirem a um programa de demissões voluntárias. “Uma empresa que recebeu tanto dinheiro do governo desde 1997, uma quantia próxima a R$ 19 bilhões, não pode tratar seus funcionários dessa forma. A negociação é possível e acredito que podemos encontrar uma saída boa para todos os lados”, disse.

O presidente da Força Sindical afirmou que o Tribunal Regional do Trabalho de Campinas deve julgar improcedentes as demissões realizadas pela Embraer por carta, inclusive porque há um precedente ocorrido em São Paulo em dezembro. Segundo Paulinho, os juízes do TRT-SP suspenderam por unanimidade em dezembro as demissões de 600 metalúrgicos da Amsted Maxion, localizada em Osasco (SP), que fez as dispensas sem buscar uma solução com o sindicato dos metalúrgicos daquela cidade paulista. “O Tribunal reverteu a decisão da empresa e ordenou que a sua direção abrisse negociações com o sindicato. Diante desse caso, que é semelhante ao da Embraer, acreditamos que o TRT de Campinas vai determinar que os funcionários dispensados sejam reintegrados”, comentou.

agência Estado

Rizzolo: Não resta a menor dúvida da arbitrariedade da medida em se demitir uma quantidade tão grande de funcionários, sem discutir outras alternativas, como férias coletivas e redução temporária dos salários com diminuição de jornada. Com efeito, não houve sequer uma negociação com o sindicato, o pior nesta questão, é a participação do Estado no financiamento do desenvolvimento da empresa, no conceito de que com isso geraria mais emprego, e a insensibilidade dos dirigentes da companhia em demitir em massa não tendo sequer a visão social embutida nos empréstimos do BNDES . Lia também: Quando o governo financia o desemprego

Expulso da Argentina, bispo Williamson chega a Londres

Londres, 25 fev (EFE).- Chegou hoje a Londres o bispo britânico ultraconservador Richard Williamson, que foi obrigado a abandonar a Argentina após receber a ameaça de expulsão do Governo argentino por suas declarações negando o Holocausto de 6 milhões de judeus.

Em meio à grande expectativa da imprensa, o bispo chegou ao aeroporto londrino de Heathrow em um voo procedente de Buenos Aires, mas não quis fazer declarações.

Williamson, que negou que as câmaras de gás nazista tivessem sido utilizadas para exterminar milhões de judeus, foi escoltado por numerosos agentes da Polícia a um automóvel que o esperava.

Os bispos católicos da Inglaterra e Gales condenaram as afirmações de Williamson, que classificaram como de “totalmente inaceitáveis”.

Um porta-voz da Conferência de bispos católicos na Inglaterra e Gales disse hoje que “não tem ideia” sobre onde o religioso ficará no Reino Unido.

Entre as pessoas que o esperavam em Heathrow estava o inglês judeu Mayer Gruver, que perdeu sete de seus 11 parentes durante o Holocausto e classificou de “escandalosas” as opiniões do bispo sobre o Holocausto.

O bispo, de quem o papa Bento XVI retirou a excomunhão emo janeiro, negou que as câmaras de gás nazistas tivessem sido utilizadas para exterminar a judeus e disse que no Holocausto não morreram 6 milhões de pessoas mas entre 300 mil e 400 mil.

Essa afirmação estava contida em entrevista gravada na Alemanha em novembro e transmtida em 21 de janeiro pela TV estatal sueca “Svt”.

Folha online

Rizzolo: Mas esse bispo nunca teve vocação religiosa mesmo. É impressionante seu comportamento, nega o holocausto, dá afirmações de cunho racista, quase agride jornalista; realmente um bispo ultra reacionário. Não sei até quando algumas pessoas que se dizem religiosas, vão continuar a pregar o mal, a submeter as minorias incitando o racismo, e contar com o apoio institucional dos dirigentes da Igreja, no caso a católica. Bem fez o governo argentino, que numa medida nobre expulsou o “bispo” Williamson, agora ele é problema da Inglaterra.

Charge do Ique para o JB online

ique1

Nada que ninguém não soubesse

Uma das característica da política brasileira, é inovar um discurso com questões antigas, e já conhecidas. Assim o fez o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) quando num rompante de moralidade parlamentar acusou o PMBD – seu partido – de ser um grande negociador de cargos em troca de apoio político. Ainda não satisfeito, o senador subirá à tribuna do Senado, para sublinhar ainda mais sabidas práticas políticas.

Numa análise realista e até psicanalítica, poderíamos dizer que tal fato e tal postura partidária, já era sabida e estava, por sedimentada, enraizada no inconsciente coletivo do povo brasileiro.

O que não surgiu da denúncia, que aos olhos do povo seria o fato agregador, foi ter não dado “nome aos bois” como se diz no interior. Isso não foi feito nem será, o que nos faz pensar que o discurso tem um objetivo político apenas, e pouco eficaz do ponto de vista moral e instrumental no combate à corrupção.

Não há a menor dúvida, que tal postura nefasta ultrapassa as fronteiras do PMDB, o que a torna ainda mais distante a nobre consagração de forças na luta contra a desmoralização política partidária, e o saneamento da democracia brasileira.

A grande questão por traz deste inflamado discurso, é saber até que ponto pode-se ter um real efeito moralizador, ou se prestar apenas para servir de argumento a alguns que por desafeto as liberdades democráticas, irão beber da água de Jarbas para desqualificar a democracia brasileira, que por sinal vai mesmo de mal a pior.

Fernando Rizzolo

Retomada do crédito não chega ao consumo

SÃO PAULO – O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, tem dito que a oferta de crédito no Brasil já voltou aos níveis que antecederam o aprofundamento da crise global, em setembro do ano passado. No entanto, uma análise que vá além dos números agregados – divulgados pela instituição todos os meses – mostra uma realidade nada confortável em algumas faixas. Essa é uma da razões que têm levado empresários e analistas a projetar forte desaceleração das vendas do comércio em 2009.

No último trimestre do ano passado, as novas concessões de empréstimos para pessoas físicas caíram 4,9% em relação a igual período de 2007, no cálculo livre das influências sazonais. Para as pessoas jurídicas, o recuo foi de 2,5%, segundo o chefe do Departamento Econômico da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, que fez o levantamento.

As novas concessões revelam que não houve melhora, disse. O estoque, argumenta, é uma medida imprecisa porque tende a crescer por causa do juro embutido no financiamento. Nessa medição, o BC apontou alta de 2,9% em outubro, 2% em novembro e 0,9% em dezembro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: Os empresários ainda estão receiosos em relação as vendas do comécio em 2009. Na verdade, a concessão de crédito doméstico, de maneira geral, já se normalizou, porém alguns setores ainda enfrentam restrições, as empresas que tomavam crédito no exterior passaram a demandar crédito doméstico. Do ponto de vista realista, o crédito voltou, mas não como antes. Não vai ser como antes. O mundo está desacelerando e falta dinheiro. Duas medidas já adotadas pelo governo devem amenizar o problema. A primeira delas é o uso das reservas cambiais para financiar a rolagem da dívida privada externa, até um limite estimado em US$ 36 bilhões. A outra medida diz respeito à liberação de US$ 19,3 bilhões em linhas para exportação. A crise de crédito internacional atingiu todo o mundo, incluindo o Brasil. Mas a fase aguda se deu no mês de outubro.

Embraer: quando o governo financia o desemprego

Já havia uma suspeita, mas nada de concreto, nos corredores já se falava, mas ninguém confirmava absolutamente nada. De repente então, a Embraer anuncia cerca de 4.200 demissões, o equivalente a 20% de seu quadro de 21.362 funcionários. O argumento, é claro, foi dentre outros, o mau desempenho no terceiro trimestre do ano passado, quando a Embraer anunciou seu primeiro prejuízo trimestral (R$ 48 milhões) em 11 anos.

A grande questão é saber até que ponto, uma empresa como a Embraer, que conta as benesses do governo ao se destacar como sendo uma das empresas que mais recebe dinheiro público – US$ 7 bilhões desde a sua privatização – estes advindos de empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico ( BNDES), cujo capital, cerca de 40% são provenientes de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), pode de uma hora para outra demitir um número tão alto de funcionários, sem ao menos abrir uma discussão, tampouco não informando oficialmente o Sindicato dos Metalúrgicos sobre suas intenções.

O caso da Embraer nos leva a refletir o real papel do Estado e sua relação com a iniciativa privada, quando se posiciona como financiador do desenvolvimento através dos recursos públicos, e incorpora sua fragilidade na participação e na contenção das decisões da iniciativa privada que envolvem as demandas sociais.

Talvez a questão enseja o início de uma discussão do papel do BNDES, do governo e da iniciativa privada nessa cadeia pouco virtuosa, onde o trabalhador é surpreendido nas demissões no atacado, sob a legitimidade da crise, sendo que por parte do governo resta apenas a indignação, um débil instrumento diante da brutal realidade face ao número de demitidos.

O momento atual é decisivo para que o governo supra a lacuna entre a responsabilidade social empresarial e o desenvolvimento via recursos públicos, basta saber se diante disso, o ” garoto propaganda da Embraer “, como Lula se declarou em 2007, conseguirá reverter esta tragédia aérea, ao convocar o presidente da empresa para maiores explicações, que com certeza serão as do resultado da empresa.

Fernando Rizzolo

Publicado em Artigos de Fernando Rizzolo, últimas notícias, Bancos não emprestam dinheiro, Brasil, cotidiano, Crise, Crise Financeira, crise no Brasil, déficit comercial., demissões em massa, economia, Embraer demissões, emergentes, geral, greve na GM, Lula, LUla e a popularidade, News, notícias, Política, Principal, salário mínimo paulista. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . Leave a Comment »

Emprego formal perde mais de 100 mil vagas e tem pior janeiro em 10 anos

Como antecipado pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o corte de vagas com carteira assinada foi menor em janeiro que dezembro, mas ainda indica forte contração de empregos formais no país.

Segundo números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram cortadas 101.748 vagas no mês passado, ante 654.946 postos de trabalho em dezembro. Em relação a dezembro, janeiro deste ano teve uma queda de 0,32% no estoque de emprego.

Trata-se do pior resultado para janeiro desde 1996. Desde 1999, o Caged não havia registrado perda de vagas em janeiro.

No mês de janeiro, a maior parte das demissões ficou concentrada na indústria da transformação, que fechou 55.130 postos. Outro setor afetado foi o de comércio, com 50.781 demissões. Na agricultura, houve uma redução de 12.101 empregos formais, e na construção civil, houve contratação de 11.324. Por Estado, São Paulo foi o que fechou mais vagas (38.676 mil) no mês.

Segundo Carlos Lupi, o mercado de trabalho deverá reagir a partir de março. Ele afirmou hoje que o mês de fevereiro deverá ter um desempenho fraco, mas ainda assim será melhor do que janeiro.

“O resultado de 102 mil negativos não é bom para o país, mas há demonstrações inequívocas da melhora da economia nacional. Fevereiro já será um resultado diferente desse de janeiro impulsionado por construção civil e serviços”, afirmou.

O ministro admitiu rever a previsão de criação de 1,5 milhão de empregos no fim do ano. Segundo Lupi, ele mantém a expectativa alta, mas fará uma revisão do número após o resultado do Caged de março.

Os números do Caged consideram o saldo registrado no mercado formal, ou seja, o número de contratações menos o número de demissões.

folha online

Rizzolo: Os números do Caged nos mostram o efeito da crise e sua dimensão. Desde janeiro de 1999, isso não ocorria, e 99 foi um ano de crise no Brasil. Em dezembro, já houve fechamento de 650 mil postos. Amanhã o IBGE divulga a taxa de desemprego, que mede as pessoas que estão procurando trabalho. A taxa deverá também subir. São os efeitos da marolinha, do contraponto entre o entusiasmo do presidente Lula e do pessimismo dos empresários. O grande problema, é que estes números podem influir na popularidade de Lula, eu disse podem, contudo acho difícil, até porque o povo sabe que a crise vem de fora, e se há demissões os empresários já foram identificados como os culpados, assim como os assustados por conveniência, é claro.

Brasil quer importar mais energia da Venezuela, diz Lobão

BRASÍLIA – O ministro de Minas e Energia, , Edison Lobão, disse nesta quinta-feira, 19, que o Brasil pretende ampliar a capacidade de importação de energia elétrica da Venezuela. Para isso, será preciso ampliar a malha de transmissão entre o país vizinho e a Região Norte do Brasil. A ideia é ampliar a capacidade de intercâmbio entre os dois países dos atuais 250 megawatts (MW) para algo entre 3 e 4 mil MW. “Começaremos quando os linhões (de transmissão de energia) forem construídos. Hoje há somente uma pequena linha, que não suportaria carga tão intensa. Teremos de construir essa linha em território brasileiro e a Venezuela faria o investimento em seu território”, disse Lobão, sem citar o valor dos investimentos necessários.

Lobão explicou que a ideia seria “trocar” energia com a Venezuela, a exemplo do que já é feito com a Argentina. Atualmente, o Brasil manda megawatts para a Argentina na época do inverno e recebe depois a mesma quantidade de energia de volta.

Jirau

O ministro de Minas e Energia também defendeu o empréstimo de R$ 7,2 bilhões liberado ontem pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (RO). “O empréstimo foi negociado diretamente pelo banco com o consórcio, é uma operação segura para o BNDES, não vejo nada de anormal”, disse.

A usina, de 3,3 mil MW será construída pela empresa Energia Sustentável do Brasil, que tem como sócios o grupo Suez (50,1%), Camargo Corrêa (9,9%) e as estatais Eletrosul e Chesf, cada uma com 20%.

Geladeiras

Lobão disse também que o programa de incentivo à troca de geladeiras, estudado pelo governo federal, poderá, quando implementado, gerar uma economia no consumo de energia equivalente a uma usina de 550 megawatts (MW). “E uma usina desse porte exigiria investimentos de R$ 2 bilhões”, disse.

Lobão reiterou que o plano do governo é viabilizar a troca de 10 milhões de refrigeradores em todo o País em 10 anos. Os equipamentos antigos, que consomem mais energia, seriam trocados por novos, mais econômicos. O plano foi discutido no início do mês em reunião no Palácio do Planalto. Segundo Lobão, uma nova reunião deverá ocorrer depois do carnaval para concluir os detalhes do programa.

Em palestra, hoje, para integrantes do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), Lobão reconheceu que já pensou em por em prática um plano amplo para incentivar o consumo mais racional de energia. Mas, segundo ele, desistiu da ideia, pelo menos por enquanto, por temer que o plano fosse interpretado como um sinal de que o País pudesse correr algum risco de falta de energia. Edison Lobão.

Agência Estado

Rizzolo: Aí existem duas questões, primeiramente a do aumento da demanda de energia que é uma realidade; não há que se falar em desenvolvimento sem energia, e para isso é necessário ampliar a malha de transmissão entre o país vizinho e a Região Norte do Brasil. Aumentar o intercâmbio para algo entre 3 e 4 mil MW, é um desafio.

Outra questão de suma importância, é a integração da Venezuela com os demais países do Mercosul; mesmo aqueles mais refratários ao ingresso da Venezuela no Mercosul, sabem que a questão econômica se sobrepõe à política.

Argumentar e fundamentar o não ingresso da Venezuela no mercado da América Latina face às questões políticas, é uma tolice sem tamanho, o ingresso é algo natural e economicamente interessante. Em relação ao projeto da troca de geladeiras realmente vai promover impacto no consumo de energia, contudo isso é a longo prazo.

Extinção do Ipesp atingirá 37 mil advogados

O Instituto de Previdência do Estado de São Paulo (IPESP) será extinto de acordo com a Lei Complementar 1.010/07, que criou a São Paulo Previdência (SPPREV), sem fixar o destino da Carteira de Previdência dos Advogados, que conta com 37 mil participantes, sendo que 3,3.mil são aposentados e pensionistas. A Carteira que foi instituída por lei estadual desde 1959, reorganizada em 1970, é administrada pelo IPESP.

Dentre as associações que lutam por uma solução destaca-se a Associação em Defesa dos Direitos Previdenciários dos Advogados (ADDPA), sem fins lucrativos, criada para defender direitos, interesses e prerrogativas dos advogados inscritos na Carteira de Previdência dos Advogados.

No dia 17 de fevereiro, na Assembléia Legislativa de São Paulo, houve um encontro dos advogados da ADDPA no gabinete do deputado Carlos Giannazi (PSOL), para fazer uma reunião com os líderes de todos os partidos na Assembléia Legislativa junto com a frente parlamentar com o intuito de sensibilizar os deputados em defesa da Carteira Previdenciária dos Advogados.

Um dos assuntos em pauta é o Projeto de Lei Complementar 50/2008, de autoria do deputado Carlos Giannazi, que tem por fim recuperar a responsabilidade do Governo do estado de São Paulo, propondo a manutenção do IPESP como gerenciador das carteiras previdências criadas por lei, a ele agregadas desde sua criação.

A Assembléia Legislativa aprovou em novembro de 2008 o parecer do deputado André Soares (DEM), que concluiu favoravelmente ao PLC 50/2008. O parecer foi aprovado por cinco votos a dois. Os deputados Fernando Capez (PSDB), Ana Perugini (PT), Baleia Rossi (PMDB) e Rui Falcão (PT) acompanharam o voto do deputado André Soares, contra os deputados Davi Zaia (PPS) e Roque Barbieri (PTB), que votaram contra o projeto.

Ainda neste mês de fevereiro, no dia 19, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), acontece o encontro com do presidente do Tribunal com a ADDPA e a frente parlamentar, para levar a questão em defesa dos 37 mil advogados ao Poder Judiciário.

Os 37 mil advogados que atualmente são membros da Carteira estão correndo um sério risco de não receber sua aposentadoria ou pensão, pois o Governo do estado vem tratando a questão com descaso já há alguns anos. Estão querendo dar calote nos advogados, aposentados e pensionistas. Querem que engrossemos a fila dos credores de precatórios alimentares. A fila do IPESP está atrasada 10 anos.

Conjur
por Priscila Aureliano

Rizzolo: Bem, é inacreditável a postura do Governo do Estado no descaso com os 37.000 Advogados inscritos na Carteira do Ipesp, carteira esta que foi instituída por lei estadual desde 1959, reorganizada em 1970, sendo administrada pelo IPESP. Não podemos aceitar que esse número tão alto de advogados seja lesado pelo Poder Público. Realmente ainda não entendi o porquê do descaso do governo do Estado em relação a essa questão; preocupante isso, se uma classe representativa como a dos Advogados, é tratada dessa forma, imaginem aquelas que carecem de representação. É uma coisa para se pensar, 2010 está aí hein!