Gabrielli fala em ajustes em plano 2009-2013 se faltar dinheiro

LONDRES (Reuters) – A Petrobras está preparada para cortar seu plano de investimentos ou buscar recursos de fontes que antes julgava pouco atrativas se tiver dificuldade para atender suas necessidades de caixa no ano que vem e nos próximos anos.

O presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, disse que a companhia ainda necessita assegurar 8,9 bilhões de dólares para os investimentos programados para 2010. E que também precisa refinanciar um empréstimo ponte de 5 bilhões de dólares no período de dois anos.

“Acreditamos que podemos financiar 2010 e achamos que há possibilidade de reduzir custos… se não for possível, se não formos bem-sucedidos, então teremos que fazer ajustes”, disse Gabrielli a jornalistas em Londres.

Segundo ele, 35 por cento do plano de investimentos de 174 bilhões de dólares para o período de 2009 a 2013, anunciado há pouco mais de uma semana, poderia ser cortado sem impactar projetos que já estão em construção.

A petroleira acredita que a queda nos preços de serviços e equipamentos no setor de petróleo e um valor maior esperado para a commodity poderiam compensar a falta de recursos.

No entanto, Gabrielli afirmou que a companhia poderia recorrer ao mercado internacional de bônus, mesmo considerando caras as condições atuais, para refinanciar o empréstimo ponte e para levantar o dinheiro que falta do total de 8,9 bilhões necessários para 2010.

Outra alternativa, segundo o presidente da companhia brasileira, seria securitizar vendas futuras de petróleo para levantar recursos, além de contar com linhas de financiamento de organismos de fomento nos países que podem fornecer equipamentos e serviços à Petrobras.

Gabrielli não quis fornecer uma estimativa de prazo sobre até quando a empresa manteria inalterado o seu plano de investimentos, tampouco forneceu uma previsão para lançar mão dos outros instrumentos financeiros.

Um pouco antes do presidente da Petrobras falar com os jornalistas, o diretor financeiro, Almir Barbassa, disse em um encontro com analistas que a estatal poderia vender reservas para levantar recursos, apesar de salientar que isso ainda não estava sendo proposto.

“Estamos confiantes de que conseguiremos financiar e implementar o plano de investimentos”, afirmou Barbassa.

O plano de investimentos de 174 bilhões de dólares anunciado com estardalhaço pela estatal ficou 55 por cento acima do volume de recursos previsto no período anterior (2008 a 2012), mesmo em meio à crise que dificulta a obtenção de crédito.

Reuters

Rizzolo: Demorou mas a Petrobras finalmente reconheceu a crise batendo suas portas. Há tempos muitos já afirmavam a crise financeira rondando a empresa. Já se fala em tudo, até na venda de reservas para levantar recursos. Gabrielli declarou que a empresa tem de assegurar US$ 8,9 bilhões para atender aos planos de capex (capital expenditure) em 2010 e ainda necessita refinanciar US$ 5 bilhões em empréstimos-ponte nos próximos dois anos. Segundo o presidente da Petrobras, 35% do plano poderia ser cortado sem impactar projetos que já estão em andamento.

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As palavras do Presidente e o aumento dos Spreads

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Foi num momento em que o otimismo deveria contaminar o povo brasileiro, principalmente às vésperas do Natal, que o presidente Lula conclamou a todos a consumir, a comprar, minimizando as possíveis causas da crise que abala o mercado internacional, deixando projetar em suas palavras, um eventual aumento no número de inadimplentes num futuro próximo.

Os dados econômicos a partir de setembro, desde que a crise se aprofundou, já demonstravam a desaceleração da economia, e o empresariado bem como os demais setores da sociedade, exigiam uma nova postura do governo, como a redução do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e dos depósitos compulsórios, assim como a queda da taxa básica de juros ( Selic ).

O grande problema é que a crise financeira, e as perspectivas negativas para o Brasil, atrelada ao receio de de se verem diante de um “mar de inadimplentes” – até em função do apregoamento do consumo – fez com que a alta do spread bancário essencialmente nas operações de pessoa física disparassem. Em novembro, o indicador estava em 43,1 pontos e, em dezembro, fechou em 45, 1 pontos , na verdade o mais alto desde setembro de 2004.

Na verdade todos sabem que os spreads, tem uma estrita relação com o nível de inadimplência, e os dados da Serasa não mentem apontando uma tendência preocupante. Contudo em momentos de crise, é imperiosa a necessidade de se ter em conta que as instituições financeiras necessitam de maior rigor na realização de empréstimos para as pessoas físicas, realmente constatando se elas tem efetivamente condição de honrar seus compromissos. Através desta seletividade poderiam os bancos se absterem de cobrir a inadimplência por spreads elevados, e entrarem num compasso mais harmonioso com as medidas já adotadas pelo governo.

As palavras do presidente exortando ao consumo, o cenário ruim, e os dados da Serasa, fazem com que os bancos encontrem as justificativas legitimadas para que seus lucros cresçam ainda, mais fazendo com que as palavras do presidente encontrem guarida naqueles que apregoam uma maior intervenção do Estado no setor, com o uso dos bancos públicos. Podemos concluir que o discurso político está mais sintonizado com a viabilidade do crédito do que com a preservação dos interesses do setor financeiro, que nos últimos anos foi agraciado com lucros nunca antes auferidos.

Fernando Rizzolo

artigo de Fernando Rizzolo publicado pela Agência Estado em Conjuntura Econômica no dia 02 de fevereiro de 2009

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Após 8 anos, balança comercial fecha o mês com saldo negativo

SÃO PAULO – A balança comercial fechou o mês de janeiro com saldo negativo de US$ 518 milhões. O resultado vem de exportações de US$ 9,788 bilhões e importações de US$ 10,306 bilhões. Trata-se do primeiro resultado negativo mensal após uma série 93 meses de superávits consecutivos – desde março de 2001, quando a balança foi deficitária em US$ 274 milhões. Em 12 meses, o saldo acumulado na balança comercial continua positivo em US$ 23,305 bilhões.

Em janeiro de 2008, a balança registrou um superávit de US$ 922 milhões. Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, dia 2, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pelo critério da média diária, o déficit registrado no primeiro mês deste ano (média diária de -US$ 24,7 milhões) representa um desempenho 158,9% menor que a média diária registrada em janeiro de 2008 (US$ 41,9 milhões).

A média diária exportada no mês (US$ 466,1 milhões) representou uma queda de 22,8% em relação ao desempenho médio diário registrado em janeiro de 2008 (US$ 603,5 milhões). Já as importações fecharam o mês com média diária de US$ 490,8 milhões, com queda de 12,6% na comparação com janeiro do ano passado (US$ 561,6 milhões).

Em relação a dezembro passado, a média diária exportada registrou queda de 25,8% e a média das importações foi 6,3% inferior.

O ministério ainda não estabeleceu uma meta para as exportações deste ano por causa dos efeitos imprevisíveis da crise, principalmente no primeiro trimestre. Por isso, o governo desenhou cinco cenários.

No melhor deles, as exportações vão atingir US$ 202 bilhões e no pior cenário, US$ 158 bilhões. O alento é que as importações também devem cair por causa da queda na atividade doméstica, afirmou na semana passada o economista-chefe da Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), Fernando Ribeiro. O que garante o superávit anual.

Agência Estado

Rizzolo: O motivo para isso foi o pequeno superávit de US$ 127 milhões na última semana do mês, face a desastrosa medida de exigir a licença prévia de importação para cerca de 60% dos produtos que o país compra lá de fora. O resultado foi claramente influência da medida. Basta ver as médias da última semana do mês para as outras. Na realidade, temos um trimestre negro pela frente, o resultado só deve começar a mudar, se mudar, a partir de março, com o embarque da soja precoce, no Rio Grande do Sul.

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Charge do Samuca para o Diário de Pernambuco

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