Siderúrgicas dos EUA pedem manutenção do protecionismo

NOVA YORK – Os congressistas norte-americanos deveriam trabalhar para manter, no texto do pacote de estímulo econômico de mais de US$ 800 bilhões, a ênfase na proposta “Buy American” (compre produto norte-americano), segundo pedido feito em carta que várias associações de siderúrgicas dos Estados Unidos enviaram à comissão do Congresso encarregada de analisar o plano.

“Um pacote de recuperação econômica com fortes cláusulas ”Buy American” para projetos de investimento em infraestrutura fortalecerá a infraestrutura do nosso país, devolverá o emprego de milhões de trabalhadores norte-americanos e ajudará a revitalizar o setor industrial doméstico – em total cumprimento com nossos acordos de comércio internacional”, diz a carta, assinada pelo Instituto Americano do Minério de Ferro e do Aço e por outras três associações representativas da indústria siderúrgica.

O documento foi remetido à liderança do Congresso e aos membros da comissão encarregada de conciliar as versões do pacote aprovadas na Câmara dos Representantes e no Senado dos EUA. A carta lembra que a cláusula “Buy American” já fazia parte da legislação desde 1982 e exige apenas que projetos de transporte financiados pelo governo federal utilizem minério de ferro dos EUA e aço fabricado por trabalhadores dos EUA, desde que haja disponibilidade desses insumos.

As entidades dizem que essa exigência nunca resultou em guerra comercial. “Permitir que as matérias-primas (commodities) sejam fornecidas de fora dos EUA frustrará o efeito econômico multiplicador que está na base de qualquer forma de estímulo monetário”, acrescenta a carta. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado

Rizzolo: Olha, sinceramente essa questão do protecionismo é controversa. Fica patente que em situações onde o comércio internacional elabora relações comerciais abertas, livres, o protecionismo não faz sentido, e até vem contra princípios do livre comérico. Agora quando o mundo faz uma viagem ao passado, os países se fecham, os discursos nacionalistas comerciais se acirram, de nada adianta nós nos debatermos, gritarmos, e deixarmos nosso mercado aberto quando todo mundo se protege.

É um ” nonsense”. É claro que o protecionismo é um ” veneno”, como muitos afirmam, mas pior veneno é ficar numa situação contemplativa, passiva , sem defender nosso mercado quando a tendência é resguardar alguns setores, ou produtos sensíveis.

A Argentina já o fez, os EUA também , outros de forma disfarçada. Não podemos deixar de nos resguardar na dose certa, sem exageros. Entendo que além disso é primordial, promovermos as exportações, diminuir os entraves, investir na otimização dos meios para uma melhor viabilidade das nossas exportações, contudo isso só não basta, numa época como esta.

Não há tempo para isso, se todos se fecham, temos também que nos resguardar na medida certa para não saírmos prejudicados nesta corrida e volta ao passado. Agora isso deve ser analisado , discutido, e não feito da forma em que o governo apresentou, da noite para dia, de forma burocrática. Protecionismo na dose certa, faz bem para o Brasil, principalmente quando há consenso.

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