Políticos dão máscaras de Dilma em ensaio de carnaval

RIO – Cabos eleitorais assumidos de Dilma Rousseff para 2010, o prefeito de Nova Iguaçu (PT-RJ), Lindberg Farias, e o deputado federal Carlos Santana (PT-RJ) distribuíram hoje máscaras da ministra-chefe da Casa Civil no ensaio de um bloco carnavalesco da zona oeste do Rio. Decididos a aproveitar a folia para ajudar a popularizar Dilma, os dois dizem ter dividido a conta da encomenda de 2 mil máscaras numa fábrica de São Gonçalo (Grande Rio), ao custo de R$ 2 cada. Hoje, pelo menos 600 delas foram distribuídas no ensaio do bloco “Tamo Junto”, em Padre Miguel, patrocinado por Santana e frequentado por petistas.

“Se é antes ou depois da plástica eu não sei”, brincou Lindberg sobre a máscara de material emborrachado que retrata a ministra com maquiagem forte, incluindo batom reforçado. “É depois da plástica porque não tem óculos”, definiu Santana. Conscientes de que serão acusados pela oposição de campanha antecipada, eles invocam a tradicional mistura de política com carnaval. “Não é campanha, é algo espontâneo de militante. Eles podem fazer a máscara do (José) Serra também. Não vou entrar nessa discussão”, disse Santana.

“É só uma homenagem à mãe do PAC com a licença poética do carnaval. Não tem lei eleitoral proibindo máscara no bloco”, disse Lindberg, reconhecendo seu empenho em promover a ministra desde já. Embora o prefeito tenha interpretado a boa aceitação das máscaras como um termômetro do potencial eleitoral de Dilma, muitos foliões não sabiam de quem elas se tratavam.

Agência Estado

Rizzolo: É uma forma de divulgar a imagem de Dilma, aliás é uma boa ” sacada”, Dilma Roussef sempre teve um rosto ligado a luta armada, uma coisa feia, que o povo reprova. Essa suavizada em em seu rosto , foi boa, tornou-a mais ” meiga”, menos briguenta, mas falta muito ainda. A verdade, é que o povo quer mesmo é Lula, leia : Lula um cantor pronto para cantar um bis

Chávez diz que referendo definirá seu ‘futuro político’

De Caracas para a BBC Brasil – O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a afirmar que seu futuro político será decido nas urnas deste domingo, quando os venezuelanos participam de um referendo em que deverão aprovar, ou não, o fim do limite à reeleição para os cargos públicos.

“Venho consciente de que aqui hoje, entre outras coisas importantes, hoje se está decidindo meu destino político e para mim como soldado desta luta, para mim é algo importante”, afirmou Chávez, logo depois de votar, acompanhado das filhas e dos netos no bairro periférico de 23 de Enero, bastião chavista no oeste de Caracas.

O líder venezuelano, que neste mês completou uma década no poder, disse que reconhecerá o resultado “seja ele qual for”.

“Independentemente dos resultados, é a voz da nação que está se expressando”, acrescentou Chávez.

O mandatário venezuelano ressaltou que essa é a primeira vez na história do país que se modifica a Constituição a partir de uma consulta popular.

“Aqui antes, foram feiras emendas, reformas (constitucionais) nas costas da opinião pública, nas costas do povo”, afirmou.

“Isso se acabou aqui na Venezuela (…) aqui não se pode mudar nem um ponto ou uma vírgula se não se aprova em referendo”, acrescentou.

Trata-se da 15 eleição em que os venezuelanos participam desde que Chávez assumiu o poder.

Chávez voltou a chamar seus opositores a reconhecerem os resultados das urnas e advertiu que seu governo está “pronto” para “neutralizar” atos de violência. “Será pior para quem tentar”, afirmou.

Questionado se abriria “pontes” de diálogo com os dirigentes opositores a partir de agora, o presidente venezuelano disse ser um “lança-pontes”, mas condicionou o diálogo ao respeito à Constituição e ” a vontade do povo”.

De acordo com o governo, até o meio-dia, 40% dos eleitores inscritos já haviam votado.

Tanto oficialistas como opositores têm reiterado o pedido para que os mais de 16 milhões de venezuelanos inscritos no registro eleitoral participem da consulta popular.

As últimas pesquisas de intenção de voto apontam que a emenda poderia ser aprovada por uma margem estreita de votos. O principal desafio neste pleito, tanto para o governo, como para a oposição, será diminuir o percentual de abstenções.

A disputa tende a ser apertada. De acordo com o instituto de pesquisa Datanalisis, cerca de 10% do eleitorado se declarou indeciso nas vésperas do referendo, uma tendência imprevisível, mas que pode definir o resultado final.

Do lado de fora, minutos antes da chegada de Chávez, o ex-prefeito chavista da grande Caracas, Juan Barreto, apareceu no centro de votação e foi duramente criticado pelo eleitores simpatizantes ao governo. “Fora ladrão, aqui não é seu lugar, você não fez o trabalho”, gritou um homem. Em coro as pessoas gritavam “Sem vergonha, sem vergonha”.

Governistas apontam que a má administração de Barreto quando prefeito, aliado a denúncias de corrupção durante seu governo, teriam ocasionado a derrota do chavismo na capital, um dos polos mais importantes do país, permitindo a ascensão do político opositor Antonio Ledezma nas eleições regionais do ano passado.

Durante a semana, Josefina Hernandez, uma ativista oficialista responsável por mobilizar os eleitores neste domingo, afirmou que Barreto deveria ir à prisão. “Por gente como este senhor que a revolução não avança, os danos que ele causou ao processo foram piores do que de um opositor”, afirmou Josefina à BBC Brasil.

De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral, 1,6 mil observadores nacionais e 98 internacionais, provenientes de 25 países, acompanham o pleito deste domingo.

O primeiro boletim com resultados “irreversíveis” será divulgado pelo CNE três horas depois do fechamento das urnas, previsto para ocorrer às 18h (hora local, 19h30 em Brasília). BBC Brasil – Todos os direitos reservados.

Agência Estado

Rizzolo: Realmente, não podemos considerar a forma com que Chavez conduz o referendo de antidemocrático. É claro que dentro de espectro de sua atuação, o governo tenta miniminar os efeitos da oposição que conta com toda a mídia. Cada um no seu papel, é o jogo democrático, a oposição com seus aliados poderosos, e o governo disputando os votos do eleitor, com o que tem em mãos. Nada de errado.

Não gosto da forma como Chavez se porta como presidente, é autoritário, incita a população contra minorias, manipula as pessoas, mas no tocante à consulta popular, como esta que ocorre neste domingo, não vejo nada de errado, acho até saudável. É como sempre eu digo quem decide é povo, e se fosse aqui todos teriam que respeitar tal atitude. Os incomodados que se debatam. Pelo menos tenho a coragem de dizer, se o povo quisesse Lula, e se houvesse um referendo de uma emenda constitucional, todos teriam que aceitar. Só para terminar, o problema não são os chavistas de lá, são os daqui, acreditem..