BRASÍLIA – A Caixa Econômica Federal poderá comprar participação acionária em construtoras ou empresas de qualquer outro setor, segundo prevê o texto da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. A medida contava com forte oposição do setor privado. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) enviou carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o veto do artigo que abre essa possibilidade. Mesmo às vésperas do lançamento do pacote da habitação, o pedido não foi atendido.
A lei, proposta pelo governo no final do ano passado, quando a crise se agravou, tem como objetivo principal permitir que a Caixa e o Banco do Brasil comprem outras instituições financeiras em dificuldades. Originalmente, ela era a Medida Provisória 443, chamada “MP anticrise”.
“A Caixa, como tal, não poderá comprar construtoras. Mas, se ela estruturar uma empresa chamada Caixa Participações, prevista na lei, ela poderá entrar em qualquer empresa”, disse o deputado João Paulo (PT-SP), relator do texto.
As empresas do setor de construção querem ajuda do governo, mas com outro formato. Em vez de comprar participação nas empresas, como está na lei, elas propunham que a Caixa comprasse apenas cotas de empreendimentos. De fato, a nova lei abre essa possibilidade para o banco. Mas, ao mesmo tempo, permite a criação do braço investidor da Caixa – e, este sim, poderá comprar ações de qualquer companhia. O formato desejado pelo setor privado chegou a figurar no projeto de lei, quando este tramitou pelo Senado. Porém, ao chegar à Câmara, a redação foi modificada.
As empresas do ramo são contra a possibilidade de a Caixa comprar todo ou parte de construtoras, porque temem o surgimento de concorrentes desproporcionalmente mais fortes no mercado. Elas argumentam que o banco detém hoje domínio quase total sobre a aplicação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), uma das principais fontes de recursos do setor. Além disso, estão concentrados na Caixa 30% do dinheiro aplicado em cadernetas de poupança, que também financiam as construtoras.
Uma construtora ligada à Caixa poderia ter vantagem na obtenção desse dinheiro. Outro risco seria essa empresa ser privilegiada com o acesso a informações estratégicas de suas concorrentes que solicitassem financiamento ao banco.
Lula vetou apenas um artigo da lei, o 8º. Ele autorizava a criação de uma comissão mista, no Congresso Nacional, para o acompanhamento da crise financeira internacional. Esta semana, o Senado criou uma comissão exclusiva para tratar do assunto. Segundo informações do gabinete do senador Francisco Dornelles, (PP-RJ), que preside a comissão do Senado, a comissão mista, incluída pelos parlamentares na época da votação da MP 443, foi vetada porque era “estranha” à lei.
agência estado
Rizzolo: Vejo com muito bons olhos essa iniciativa do governo através da Lei 11.908, publicada no Diário Oficial. Com efeito a possibilidade da Caixa comprar construtoras desde que estruture a Caixa Participações, prevista na lei – que na verdade seria o braço investidor do banco -, oferece ao povo brasileiro maior garantia na aquisição de um imóvel. O que ocorre hoje, é que com a crise financeira, as construtoras muitas com problemas de caixa continuam sendo uma ” caixa preta”, ao mesmo tempo em que lançam empreendimentos imobiliários muitos dos quais não oferecem a devida segurança ao comprador.
A grande verdade é que o mercado imobiliário é ” vaidoso” e não gosta de dar a transparência real da crise no setor, tampouco sua dimensão, deixando o investidor retraído e procurando outros ativos mais seguros. Já é hora do Estado assumir a responsabilidade na condução de alguns segmentos da economia, tendo maior participação e regulação, e esta lei vem de encontro a isso. É claro que o empresariado do setor não gosta, querem na verdade o recurso público ” correndo por fora”, e isso nós todos já aprendemos que não funciona e não vem de encontro aos interesses do povo brasileiro.
A quantidade de armas em circulação nos EUA é tão grande, que surpresas podem acontecer. Devin Sullivan um pacato pescador enganchou sua linha linha em algo estranho que pensou ser uma tartaruga quando estava pescando com seu padrasto no lago da floresta de Craighead em Arkansas.
Mas quando Sullivan bobinou em sua linha, descobriu que tinha pescado um rifle Remington 870. Os dois homens levaram o rifle a uma delegacia de polícia de Jonesboro, o qual está motivo de investigação.
Na verdade o rifle poderia ser fruto de roubo, furto ou envolvido em um algum crime. Contudo o investigador sargento Todd Nelson tem uma outra explanação possível. Disse a um canal de televisão local (KAIT), que ele foi jogado talvez que no lago por alguém ” que não agüentava mais o cônjuge ” que provavelmente fosse viciado no esporte da caça.
Só nos EUA, mesmo ! Cada hipótese criminal… ( risos..)
Ex-presidente derrotou a senadora Ideli Salvatti (PT-SC).
Com menor bancada, PTB contou com apoio de PMDB e DEM.
O senador Fernando Collor (PTB-AL) foi eleito nesta quarta-feira (4) presidente da Comissão de Infraestrutura da Casa. Ele derrotou por 13 votos a 10 a senadora Ideli Salvatti (SC), indicada pelo PT. A vitória de Collor é resultado do acordo que permitiu a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa derrotando Tião Viana (PT-AC).
Dono da quarta maior bancada na Casa, com 13 senadores, o PT reivindicava a presidência da comissão de infraestrutura após PMDB, DEM e PSDB terem feito suas escolhas. O PTB, no entanto, contou com o apoio de PMDB e DEM e venceu apesar de ter apenas sete senadores.
Collor justificou sua candidatura dizendo que a regra da proporcionalidade não é estática e depende de acordo. “Se este parlamento decide suas questões pelo voto, se é pelo voto que se constrói e se consolida o sistema democrático, nada impede a disputa”.
A senadora Ideli protestou destacando que em todos os outros colegiados a proporcionalidade está sendo respeitada. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), reclamou da postura do PTB. “Apresentar uma candidatura em espaço que cabe legitimamente a nossa bancada não é bom caminho para o Senado”.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) justificou a disputa alfinetando o PT. “Quando se vai bater chapa para presidente tem que se ter consciência das consequências do ato”. O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), destacou que o apoio a Collor é resultado justamente das composições para a eleição de Sarney. “O PMDB assumiu compromissos com os quais não pode abrir”.
Mercadante rebateu os peemedebistas e criticou a forma como os aliados de Sarney conduziram o processo. “Não se pode fazer acordo no direito do outro. Poderia ter aberto espaço para o PTB no seu espaço”, disse o petista se dirigindo a Calheiros.
Saia justa
Durante seu discurso para justificar a candidatura, Collor passou por uma saia justa ao tecer elogios para a adversária Ideli. Qualificando a petista como uma pessoa conciliadora, o ex-presidente da República afirmou que Ideli era uma pessoa que “cisca para dentro”.
O uso da expressão provocou constrangimento. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), interveio e pediu que Collor retirasse a expressão. O senador do PTB afirmou que não havia qualquer ofensa a Ideli e que a expressão é comum no Nordeste. Por fim, Collor concordou com Mercadante e pediu que o termo fosse retirado das notas taquigráficas.
G1 Globo
Rizzolo: Sinceramente gostei do resultado. Apesar de seu passado, que em relação ao mensalão do PT não é nada, Collor amadureceu, e hoje temos a capacidade de quantificar um eventual exagero no seu impeachment, muito, é claro, produzido e manufaturado pelo PT na época. O líder do PT, Aloízio Mercadante (SP), não se conforma, não está acostumado mais a perder. A vitória de Collor é resultado do acordo que permitiu a eleição de José Sarney (PMDB-AP) para a presidência da Casa derrotando Tião Viana (PT-AC). A grande questão desta disputa é que o PT descobriu que também perde eleição. Bem feito!!
BRASÍLIA – Informado sobre resistências à Estratégia Nacional de Defesa na alta cúpula do Exército, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, telefonou ontem ao comandante da Força, general Enzo Martins Peri, que participava da reunião com generais, para saber da extensão das críticas e de seu alcance na caserna. Na conversa, Enzo tranquilizou Jobim e disse que os documentos com críticas apresentados por três generais de Exército, como revelou o Estado, são pessoais.
Segundo ele, as críticas são pontuais e foram apresentadas aos demais generais com objetivo de deixar registrados seus pontos de vista. Dois dos três generais que se manifestaram ontem sobre a Estratégia de Defesa, formulada pelo próprio Jobim, estão deixando o serviço ativo no dia 31. Algumas das críticas passam pelo que chamam de temor de politização das Forças Armadas. Eles protestam contra o fato de que os militares poderão ser ainda mais afastados dos círculos decisórios.
Nos documentos, deixam clara ainda a insatisfação com a parte que coube ao Exército no plano de Defesa, que evidencia uma desproporção no que tange aos objetivos das Forças Armadas. Para os generais, não está previsto para o Exército nenhum projeto de modernidade, ao contrário do que ocorre em relação à Marinha e à Força Aérea. Os militares condenam ainda o artigo do plano de Defesa que unifica as compras do ministério. Um dos documentos cita que essa centralização permite a introdução de idiossincrasias típicas da administração civil, como a corrupção e o tráfico de influência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Rizzolo: O Comandante do Exército general Enzo Martins Peri, ao que parece, falando em nome do Exército brasileiro, o qual é o Comandante, minimizou as críticas ao afirmar que eram pontos de vista ” pessoais”, e que de certa forma não devemos nos preocupar, porque ” dois deles já estão deixando o serviço ativo “.
Interpretações à parte, como cidadão brasileiro, advogado, patriota, também vou emitir minha opinão pessoal: entendo que nos dias de hoje, a intelectualidade militar tem que ser ouvida, sim, principalmente nos assuntos que dizem respeito à segurança nacional.
A estigmatização do papel dos militares no passado por alguns setores do governo, faz com que a mordaça seja imposta aos jovens militares, que como já disse, nem sequer tinham nascido na época da repressão. Na verdade, na minha concepção, entendo ser um desserviço à Nação, sermos obrigados a desprestigiarmos a cultura, a opinião, a experiência, a dedicação, o preparo profissional e o patriotismo daqueles que defendem o Brasil. É isso aí!