Mantega nega desoneração de IPI para construção civil

BRASÍLIA – Apesar da pressão do setor produtivo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, descartou a adoção de medidas de corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no pacote habitacional de incentivo à construção civil, que será divulgado na próxima semana. Segundo o ministro, o pacote terá outras desonerações com o objetivo de direcionar recursos para subsidiar o comprador final de imóveis.

Mais cedo, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que o desempenho da construção civil havia surpreendido de forma negativa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro, que entregou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre a Lula nesta terça, logo cedo, o presidente perguntou o que aconteceu com a construção civil no último trimestre de 2008. O ministro contou que Lula achava que o setor estava crescendo a taxas maiores.

De acordo com o Bernardo, Lula pediu para que se redobrasse os esforços para que as medidas adotadas pelo governo tenham resultado mais acelerado e pediu mais agilidade nas decisões. O ministro acredita que o resultado do quarto trimestre é um dos fatores que vai acelerar o anuncio do pacote habitacional. De acordo com o ministro, as medidas estão prontas e o anúncio deve ocorrer depois do retorno do presidente de sua viagem aos EUA.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, avalia que o Plano Nacional da Habitação ajudará no combate à crise. Ela disse que o primeiro impacto da crise foi violento, referindo-se ao resultado do PIB no quarto trimestre de 2008. Ela disse que conclui hoje a rodada de encontros com governadores para discutir o Plano. Também conversou com a maioria dos setores envolvidos no processo e afirmou que falta ainda se reunir com bancos privados.

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Rizzolo: A divulgação do resultado do PIB dará a medida do desastre. A economia brasileira, que havia crescido 6,8% no terceiro trimestre, caiu fortemente no último. As previsões oscilam de -2% a -4%. Na minha modesta opinião, o PIB brasileiro em 2009 vai crescer 0,5% e este será com certeza um ano perdido. No tocante ao mercado imobiliário e em especial ao da construção civil, a adoção de medidas de corte do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no pacote habitacional de incentivo à construção civil foi descartado.

O mais interessante é que o presidente Lula desconhecia os números, achava o presidente ” que os setor estava crescendo”, aliás como já afirmei em outros comentários, o segmento faz de tudo para esconder a crise por que passa, é um segmento vaidoso que tenta “cobrir o sol com a peneira”, na esperança que o povo brasileiro não se aperceba da crise que abala o setor. Disfarçam bem, não é ? Nem o presidente sabia…Guarde seu dinheiro e durma tranquilo, a crise é para valer.

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‘Sou uma mulher dura cercada de homens meigos’, diz Dilma

BRASÍLIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, reclamou, em tom de desabafo, dos preconceitos sofridos pelas mulheres em cargos de chefia. Candidata do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão em 2010, ela arrancou aplausos em seminário sobre mulheres ao defender maior participação feminina em órgãos públicos e empresas, e chegou a comentar sua experiência no poder. “Em condições de poder, a mulher deixa de ser vista como objeto frágil e isso é imperdoável”, afirmou. “Aí começa a história da mulher dura. É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos”.

Pacote habitacional vai priorizar mulheres, diz Dilma Rousseff

Em discurso, a ministra disse que as mulheres que alcançam o poder não podem cometer os mesmo erros que às vezes os homens cometem. “Eles mandam e desmandam. E são suaves e meigos.” Dilma avaliou que o problema do preconceito na vida pública é sofrido menos por mulheres que estão à frente de programas da área social, como saúde, meio ambiente e educação, funções que segundo ela sempre são consideradas pela sociedade como relevantes e estratégicas.

O preconceito é maior, na sua avaliação, no caso de mulheres que comandam outras áreas. “Nós também somos mulheres capazes de atuar em áreas restritas, até agora, a homens. Eu sempre estive em áreas restritas a homens. Eu fui secretária de Fazenda, secretária e ministra de Minas e Energia e, agora, chefe da Casa Civil. Sempre fui a primeira e tenho certeza de que não serei a última”.

No discurso, a ministra afirmou que, daqui para frente, vai bater forte numa tecla que o presidente sempre bateu: a luta contra o preconceito. “O presidente sempre diz que não pode errar, pois fica difícil um outro trabalhador concorrer à Presidência. E nós, mulheres, também não podemos errar. É muito importante que tenhamos mulheres em áreas que só têm homem”. A ministra citou a escritora francesa Simone de Beauvoir: “ela dizia que a gente não nasce mulher; a gente se torna mulher. É uma construção histórica e cultural. E, no Brasil, a mulher tem uma forma generosa, mas sobretudo responsável e ética. Eu não quero cair numa situação fácil de dizer que a mulher é mais sensível e terna”.

Dilma disse que diariamente lida com problemas de preconceito e discriminação. Citou o caso da Petrobras, onde, segundo ela, só em 2007 foi nomeada a primeira diretora. A ministra ressaltou a importância de uma maior participação das mulheres na política. “Nós devemos participar de todo um processo de atuação política, sobretudo em conjunto, com as mulheres colocando a cabeça para fora para se eleger prefeitas, vereadoras, se tornar secretárias e governadoras.” Fez ainda uma menção a uma colega de luta armada, Eleni Guariba, morta durante o regime militar, ao lembrar que a violência, naquela época, não discriminou homens e mulheres. “A violência que bateu em Pedro também bateu em Maria”, comentou.

‘Ditabranda’

Ela criticou ainda avaliações feitas por setores da imprensa que classificaram o regime militar como uma “ditabranda” – a ministra se referia a editorial publicado no dia 17 de fevereiro pela “Folha de S.Paulo”, que citava a expressão. “Muitos ainda chamam a ditadura de ditabranda, numa inversão absurda de um processo de prisões, tortura e morte.” Segundo ela, “é um absurdo dizer que um regime de exceção foi menos violento que outro.” “Não interessa se são dez, cem ou mil que morreram. E no Brasil não morreu apenas um punhado de gente”.

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Rizzolo: Muito do que a ministra Dilma se refere é a realidade feminina. Agora, verdade seja dita, Dilma sempre foi dura, e não é porque está às voltas de homens meigos que se tornou como tal. Também é verdade que não é qualquer mulher que se dispõe a pegar em armas contra um regime de exceção; o passado diz muito sobre a personalidade. O fato de priorizar a mulher é essencial e Dilma está corretíssima, quer do ponto de vista da participação política, quer na moradia.

A candidata Dilma Roussef se antecipa em sua campanha e tenta cooptar o voto feminino, discursando sobre o preconceito, e já antevendo os argumentos de seus adversários. Afinal isto para mim já é campanha, ou não é? PSDB é que está atrasado. Ou gritar sobre a postura da candidata Dilma em seus preceitos eleitorais também será preconceito?

Educação, Corrupção e Democracia

Durante a ditadura militar, um dos argumentos dos conservadores era de que no Brasil “os pobres, o povo brasileiro, não estava preparado para votar”. Argumentava-se que não havia racionalidade ao outorgar o direito ao voto àqueles que mal sabiam ler ou escrever. Com efeito, após a abertura política e vencidos na sua proposta original, os apregoadores desta teoria silenciaram; até porque, a esquerda os sentenciavam se por ventura esse perjúrio, viesse à baila das discussões democráticas.

Os tempos mudaram e hoje, no universo democrático que vivemos, ninguém mais questiona o voto daqueles que pouca cultura obtiveram; questiona-se sim os efeitos das liberdades democráticas nos moldes em que foi concebida, expressa nos horrores corruptórios que permeiam nossas atuais instituições políticas. Jarbas Vasconcelos denunciando a corrupção partidária, Protógenes na berlinda tentando legitimar o papel da Polícia Federal – muitos o enxergando como uma ameaça -, Gilmar Mendes estrelando o bom senso nas suas críticas ao MST, todos de uma forma ou de outra, questionam e denunciam a má qualidade da democracia que foi instituída no País.

Não resta a menor dúvida que a educação tem seu valor não só no desenvolvimento pessoal, mas como também no produto final do exercício democrático. Alegar que os pobres, os incultos, os que mal sabem ler, não são de forma alguma manipulados, quer pelo assistencialismo, quer pelo populismo, é atentar contra a sinceridade política, dando lugar a um vácuo ideológico esquerdista a serviço daqueles com propósitos autoritários e antidemocráticos.

O brasileiro está aprendo a exercitar a democracia, mas só através da educação e da cultura, poderemos um dia nos curar da indução populista que muitas vezes alimenta a formação de maus políticos, que não hesitam er lançam mão dos pobres incautos iletrados, lhes prometendo assistencialismo em troca daquilo que mais nobre existe nas relações democráticas: o voto.

A corrupção no Brasil que permeia o cenário político, nada mais é do que o extrato do pobre exercício democrático, onde a distinção entre o ético e o amoral se turva pelo pouco discernimento, produto da miséria e da escassez cultural. Fato determinante na predisposição a exploração daqueles que sonham por uma vida melhor, golpeando os pobres que ainda aprendem o difícil exercício da democracia, muito embora com a pouca cultura que dispõem.

Fernando Rizzolo

Construção civil ainda continua pessimista

Passados seis meses desde o estouro da crise financeira internacional, os empresários da construção civil ainda estão pessimistas. Sondagem realizada em fevereiro pelo Sindicato da Construção (Sinduscon-SP) e FGV Projetos com 214 empresários do setor revela maior preocupação quanto ao desempenho das empresas e ao crescimento da economia do País. Em relação ao mesmo mês do ano passado, a nota foi 30% mais baixa no primeiro caso e quase 60% no segundo.

A construção civil é uma das áreas mais sensíveis às mudanças de humor na economia. Quando a crise se aprofundou, em setembro do ano passado, esse foi um dos primeiros setores a demitir, mesmo após dois anos de crescimento forte. O que chama a atenção nessa sondagem é uma melhora – ainda que tímida – na forma como as empresas enxergam suas dificuldades financeiras. Há pessimismo, mas a tendência é de alívio, segundo o Sinduscon. Isso porque as margens de lucro melhoraram – graças à queda nos preços de insumos básicos, como o aço – e ao efeito das medidas de expansão do crédito, adotadas pelo governo desde o ano passado.

As avaliações foram feitas antes do anúncio do pacote habitacional do governo federal, que prometeu a entrega de 1 milhão de moradias até 2010 e a redução no valor das prestações do financiamento. As medidas devem servir como um alento para o mercado imobiliário.

No último trimestre, o setor – que havia esgotado boa parte do seu caixa com uma compra desmedida de terrenos – praticamente parou. Foram lançados 14.505 unidades na região metropolitana de São Paulo, o maior mercado do País, segundo levantamento do Sinduscon-SP. Isso é metade do mesmo período do ano anterior. Em janeiro, sem perspectivas de melhora, as empresas colocaram na praça apenas 456 lançamentos, quase duas vezes e meia menos que no mesmo mês de 2008.

É esperado que o drama se repita em fevereiro. “Houve um choque de expectativas com a falta de crédito, que criou um ambiente de paralisação geral”, afirma o vice-presidente imobiliário do Sinduscon, Odair Senra. “Esse pacote vai trazer perspectiva, que é o que está faltando no mercado.”

Boa parte das empresas colocou o pé no freio não apenas por falta de compradores, mas também por falta de caixa. Elas preferiram reservar o capital para terminar projetos já iniciados. Algumas, sem alternativa, foram obrigadas a se desfazer de terrenos para levantar mais dinheiro.

Em dezembro, na tentativa de evitar o pânico no setor, o governo lançou uma linha de R$ 3 bilhões para capital de giro. Até o fim de fevereiro, a Caixa Econômica Federal havia analisado pedidos de financiamento num volume de R$ 2,6 bilhões. Mas até agora nada foi liberado, segundo o Sinduscon. “Vontade de emprestar eles têm. Mas há muito rigor e burocracia na liberação”, diz Senra.
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Rizzolo: O grande problema do setor imobiliário é o da confiabilidade. De nada adianta enormes informes publicitários no lançamento de imóveis, se todos sabem que, se as grandes construtoras enfrentam dificuldades financeiras, imaginem as médias e pequenas. O investidor informado, sabe que não é hora de se investir em imóvel, até porque se os empresários do setor estão pessimistas, temerosos, imaginem o comprador, aquele que poderá com certeza enfrentar um possível ” efeito Incol”. Hoje o que observamos é o desespero de algumas corretoras e construtoras em demonstrar uma falsa realidade: a “de que está tudo bem”, num segmento abalado. Como já afirmei em alguns comentários, nessa época de crise, por hora, o melhor que se faz é guardar seu dinheiro e dormir tranquilo, o resto é perfumaria…

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