Comércio esperava queda de pelo menos dois pontos na taxa Selic

O presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, considerou que o Copom deveria ter sido “mais ousado” no corte da taxa Selic. “A redução foi insuficiente. O cenário internacional está pior do que o BC tinha por hipótese meses atrás. Outros Bancos Centrais já reduziram suas taxas para algo próximo de zero. Nós ainda estamos em dois dígitos”, afirmou.

Szajman disse que esperava queda de pelo menos dois pontos percentuais da Selic. “A despeito da retração econômica no quarto trimestre de 2008, apontada pelo IBGE, o Brasil tem amplas condições para superar no curto prazo esta crise. Mas o Banco Central precisa entender que a hora é agora. Não podemos deixar o País entrar em recessão. Se isso ocorrer, a autoridade monetária será duramente criticada pela sociedade por ter retardado o processo de redução da Selic”, destacou.

Para o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Alencar Burti, a redução foi “tímida” a decisão do Copom, “pois os dados relativos ao desempenho da economia indicam a necessidade de medidas mais profundas para evitar que a economia brasileira entre em recessão”.

Hora do Povo

Rizzolo: As críticas generalizadas em relação ao tímido corte nas taxas de juros ecoam por toda a parte. O presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, em quase em tom de desabafo, nos dá uma idéia clara da dimensão do que poderíamos chamar de ” indução a uma maior estagnação ” face à timidez da medida adotada pelo Banco Central.

Com a escassez de crédito e a crise, São Paulo perdeu 38,6 mil empregos, ante 65,1 mil vagas criadas no mesmo mês em 2008, aponta o Observatório do Emprego e do Trabalho. Na verdade o comércio extinguiu mais de 12 mil postos de trabalho, um número altíssimo que denota a proporção e efeitos de um pré recessão.

Comandante deixa cargo no Rio e exalta golpe militar

O general Luiz Cesário da Silveira Filho despediu-se do Comando Militar do Leste no Rio de Janeiro com um discurso que exaltou o golpe militar de 1964 que, segundo ele, foi um “memorável acontecimento” e uma “revolução democrática”. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O comandante do Exército, Enzo Peri, afirmou que Cesário “manifestou a participação dele como cadete”. Cesário ainda narrou a sua participação no golpe. “Participei ativamente da revolução democrática de 31 de março de 64, ocupando posição de combate no Vale do Paraíba”, disse. O general completou ainda ao afirmar que atuou sob “a incontestável liderança do general-de-brigada Emílio Garrastazu Médici, de patriótica atuação posteriormente na Presidência”.

Segundo o general, o golpe militar, que chamou de “revolução democrática”, impediu um golpe preparado pelo próprio governo contra as instituições democráticas.

Rizzolo: A exaltação do golpe militar de 1964 não é algo preconizável nos dias de hoje, mesmo porque remete a uma época triste em que o Brasil foi entregue a um regime de exceção. É bem verdade que muitos entendem que essa democracia que aí está, corrupta, politiqueira, onde grande parte dos membros do cenário político estão mais interessados em proveitos próprios, carece do patriotismo que de certa forma permeava o regime militar.

Alegar que não houve avanços no regime militar, é ascender ao plano tacanho ideológico tão nefasto quanto o regime de exceção. Entendo que os jovens militares querem se ver livre deste passado triste, querem participar da democracia, querem dar sua contribuição ao Brasil, e exaltações como está, sublinham o estereótipo do militar autoritário, e acabam servindo aqueles que querem a opinião militar amordaçada e circunscrita à caserna.

Indianos comemoram com mistura de leite e maconha festa da Holi

Nova Délhi, 12 mar (EFE).- Os indianos comemoraram nesta quarta-feira o festival mais divertido no país, um dia em que a rígida sociedade da Índia se torna um pouco mais relaxada e se pinta de todas as cores ou bebe uma curiosa mistura de leite com maconha.

Balões e pistolas de água colorida ou simplesmente tintas em pó servem para comemorar este “festival das cores”, que lembra a chegada da primavera no país.

“Os jovens adoram este festival, já que podem se reunir e sair juntos para comemorar a Holi”, contou à Agência Efe Durgesh Nainwal, um morador de Nova Délhi de 24 anos.

Em uma sociedade de costumes rígidos e marcada pelos choques constantes entre as diferentes confissões religiosas, classes sociais ou castas, a Holi é uma festa que une todos os indianos.

Neste dia, no qual os jovens saem às ruas com roupas velhas, todos pintam e se deixam pintar em cores vivas, o que simboliza a eliminação de qualquer forma de discriminação, seja de idade, religião, sexo ou nível social.

Nos bairros, mesclam-se os gritos infantis de adultos embriagados com os tambores festivos, enquanto uma cidade como Nova Délhi recebe várias festas diurnas em áreas de lazer, algumas delas com proposta “ecológica”, para evitar o uso de corantes tóxicos e as visitas ao dermatologista no dia seguinte.

A festa tem suas raízes nas comemorações promovidas pelo deus Krishna, o primeiro ao qual as castas baixas puderam rezar graças ao fato de ter nascido em uma família rural.

Encarnado em um príncipe que ganhava os corações de todos com suas brincadeiras leves e amáveis, Krishna projetou este costume para eliminar as distinções sociais e aproveitou para paquerar todas as meninas do povoado, de acordo com a mitologia hindu.

“Na Holi, os casais têm a oportunidade de se tornar mais carinhosos”, explicou Nainwal, que destacou que é o dia perfeito para encontrar um par, já que todos podem se aproximar e tocar outros jovens com o pretexto de pintá-los sem que eles se sintam ofendidos.

Durante esta festa, as mulheres têm inclusive a possibilidade de beber o popular “bhang”, uma bebida de leite com folhas de maconha que exalta as emoções e contribui para deixar mais soltos os jovens.

Muitos aproveitam a ocasião do Holi para misturar o “bhang” nas bebidas de amigos ou idosos com quem querem brincar.

Ao cair a tarde, quando a maioria volta para casa para tomar banho e tirar as cores que ficam presas a suas peles, cabelos e unhas, pelas ruas e parques é possível ver gente rindo ou chorando sem parar sob o efeito do “bhang”.

No entanto, como explicou o jovem Nainwal, a festa não é só um dia para as brincadeiras, mas também ocasião para esquecer velhas rixas.

“Todos visitamos parentes e vizinhos para pintá-los. É o melhor dia para esquecer rancores e se reconciliar, no espírito da festa”, disse.

As famílias recebem dezenas de convidados e oferecem a eles doces preparados em casa especialmente para a Holi.

“É o festival das cores e comemora a vitória do bem sobre o mal”, observou Nainwal, porque também lembra a morte da demônio Holika, que tentou queimar vivo seu sobrinho Prahlad, mas se queimou no processo, como simbolizam as fogueiras públicas da noite que antecede a Holi.

Só um povo de toda a Índia não comemora a ocasião: os habitantes de Durgapur, no estado de Jharkhand, norte do país, creem que, se fizerem isso, serão punidos com uma crise de fome.

“Quando a Holi é comemorada, o gado morria e as colheitas não cresciam durante três anos consecutivos”, afirmou à agência “Ians” Maghi Mahto, um aldeão de 85 anos que calcula que, há 150 anos, o festival foi abolido no povo.

“Os que querem comemorar a Holi vão para outros povoados, a casa de amigos ou parentes”, explicou.

Este ano, o líder do opositor BJP, L.K.Advani, anunciou que também não faria festa em sinal de luto pelas vítimas do atentado de novembro em Mumbai. EFE

Globo

Rizzolo: A festa da Holi é uma tradição na Índia, ainda me lembro quando fui diretor da Câmara de Comércio Brasil – Índia em São Paulo, o destaque que os indianos davam a esta festa alegre e tradicional. Agora essa tal mistura de “leite com maconha”, o tal bhang”, realmente desconhecia, além disso, segundo a notícia afirma, que esse tal “leite amaconhado” é distribuído à população, ás mulheres, aos idosos; um verdadeiro absurdo no meu entender. Se fosse no Brasil a mistura seria chamada de “cachaseado”, mistura de cachaça com o ” baseado”. Realmente não dá, concorda comigo ? Problema de saúde pública. Ou não é verdade, ou falta polícia viu…

Dálcio, hoje no Diário do Povo (Campinas)

dalcio

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Corte de 1,5 ponto da Selic frustra a sociedade, diz CNI

SÃO PAULO – A Confederação Nacional da Indústria (CNI) avaliou que decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic em 1,5 ponto porcentual, para 11,25% ao ano, foi contida e “frustra a sociedade, os agentes produtivos e a indústria brasileira”. “Esse movimento de aceleração no corte dos juros, ainda que na direção correta, não tem a intensidade necessária ao momento”, afirmou o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, em nota enviada à imprensa.

Para a CNI, o corte de 1,5 ponto “ainda mostra descompasso com o esforço de evitar a recessão e suas consequências danosas ao País, às empresas e ao emprego”. “Entendemos que é urgente a adoção de uma postura mais agressiva, com redução de juros compatível com as exigências do momento”, defendeu Monteiro Neto, que pediu que a taxa Selic caia para o nível de um dígito “com tempestividade”.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) também divulgou nota comentando a decisão do Copom. A Firjan expressa aprovação ao corte de 1,5 pp na taxa Selic, mas pede avanço nas reformas estruturais para garantir maior competitividade à indústria brasileiras. “A intensificação dos impactos da crise internacional sobre a economia brasileira, somada à trajetória confortável dos índices de inflação, justifica o corte mais acentuado da taxa Selic”, diz o texto que, no entanto, “chama atenção para a necessidade de medidas complementares”. Além das reformas, em especial a tributária, a entidade lista entre as medidas o aumento do investimento público, principalmente na área de infraestrutura.

Decisão

O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic, a taxa básica de juros da economia, em 1,5 ponto porcentual. Com isso, o juro básico foi para 11,25% ao ano, o menor patamar da história, ainda que já tenha sido verificado em setembro de 2007. É primeira queda dessa magnitude desde 19 de novembro de 2003, quando a Selic caiu de 19% para 17,5% ao ano.

A decisão dos membros do Comitê foi unânime e não inclui viés – mudança de juro antes da próxima reunião do Copom. De acordo com comunicado divulgado ao final da reunião, o Copom “acompanhará as perspectivas para a inflação até a próxima reunião em abril”. A ata desta reunião será divulgada no dia 19 de março. A próxima reunião do Copom será em 28 e 29 de abril.

“Avaliando o cenário macroeconômico, o Copom decidiu neste momento reduzir a taxa Selic para 11,25% ao ano, sem viés, por unanimidade. O Comitê acompanhará a evolução da trajetória prospectiva para a inflação até a sua próxima reunião, levando em conta a magnitude e a rapidez do ajuste da taxa básica de juros já implementado e seus efeitos cumulativos, para então definir os próximos passos na sua estratégia de política monetária”, diz o comunicado divulgado após a reunião.

(Com Nicola Pamplona, da Agência Estado)

Rizzolo: Infelizmente a decisão do corte de 1,5 ponto da Selic não significa um avanço no sentido de conter a recessão que se a vista. Até porque a pressão sobre a inflação está menor, haveria espaço para uma queda maior, sem pressão política para isso, vez que a inflação está em queda. Na última reunião do Copom, no dia 21 de janeiro, o corte da taxa de juros foi de 1 ponto percentual. Em duas runiões, a Selic passou de 13,75% ao ano para 11,25%, na verdade muito pouco para impulsionar a economia num patamar de crescimento razoável. A taxa continua sendo uma das maiores do mundo.

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