SÃO PAULO – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), defendeu hoje a educação como a melhor forma de promover justiça social. “Num país dividido entre poucos ricos e muitos pobres, a forma de promover justiça social não pode ser apenas o assistencialismo”, discursou, numa referência velada a programas sociais do governo federal como o Bolsa Família. “O acesso à educação e à cultura é uma forma de dar enriquecimento real às populações marginalizadas, que passam a ter acesso ao conhecimento, ao mercado de trabalho e à riqueza.”
Em evento de inauguração do Catavento Espaço Cultural da Ciência, instalado no Palácio das Indústrias, centro de São Paulo, o governador chamou o lugar de “escola das escolas” e propôs que outros Estados sigam o modelo. O espaço é interativo e apresenta atrações de várias áreas do conhecimento – biologia e física, principalmente. Serra experimentou a maioria dos brinquedos educativos. Chegou a sentar em uma cadeira que gira de acordo com os movimentos do corpo e abraçou alunos da rede estadual que participaram da inauguração.
Marcou presença na inauguração a primeira-dama do Estado, Mônica Serra, figura rara em eventos oficiais. O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), também participou da cerimônia e foi saudado por Serra como um “grande amigo”. No discurso, Serra abandonou as folhas de papel e utilizou um teleprompter, seguindo à risca o texto, sem improvisações. Na coletiva, o governador de São Paulo encerrou a entrevista ao ser questionado sobre o envolvimento do PSDB na Operação Castelo de Areia da Polícia Federal.
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Rizzolo: Eu ainda completaria a afirmação do governador Serra, apenas com a educação daremos uma qualidade na nossa democracia, pois através dela faremos com que o eleitor saiba a diferença entre um discurso populista e o sério. Agora se serviu a afirmação para de forma velada criticar o Bolsa Família, não concordo. Com efeito, os pobres que estão abaixo da linha da pobreza precisam sim numa primeira fase do assistencialismo do Estado, precisam comer antes de tudo, e criticar o programa por criticar não é saudável. Precisamos sim criar emprego para fazer com que aqueles que estejam sendo atendidos possam partir para um emprego. É isso aí.
Eliane Tranchesi foi detida em sua residência, segundo a PF.
Prisão é por suspeita de crime financeiro
A empresária Eliane Tranchesi, uma das proprietárias da Daslu, loja de artigos de luxo em São Paulo, foi presa na manhã desta quinta-feira (26) pela Polícia Federal suspeita de cometer crimes financeiros. De acordo com a PF, Eliane foi detida por conta dos desdobramentos da Operação Narciso, iniciada em 2005 e que visa combater suspeitas de sonegação fiscal. É a segunda prisão da empresária na mesma ação da PF.
De acordo com a PF, a empresária foi detida em sua residência na capital paulista e levada provisoriamente para a penitenciária feminina do Carandiru, na Zona Norte.
Ainda, segundo a PF, a prisão de Eliane foi baseada na edido emitido pela 2ª Vara Criminal de Guarulhos, na Grande São Paulo. Ela está provisoriamente na penitenciária feminina do Carandiru. Não há informações se a empresária será levada para a sede da PF, na Lapa, Zona Oeste, onde geralmente os suspeitos são interrogados e presos. A PF não soube explicar o motivo de Eliane estar detida no Carandiru.
O G1 procurou a assessoria de imprensa da Daslu e os advogados de Eliane para comentar o assunto e aguarda resposta de ambos.
Eliane já havia sido detida em julho de 2005 durante a chamada “Operação Narciso”, contra sonegação fiscal. Na ocasião, o irão dela também ficou detido. A dona da Daslu passou foi levada na época para a sede da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo, e acabou liberada depois de algumas horas após prestar depoimento.
Glogo G1
Rizzolo: Ainda pouco se sabe sobre a prisão da empresária Eliane Tranchesi, uma das proprietárias da Daslu. Mas provavelemente é em função dos desdobramentos da Operação Narciso, iniciada em 2005 . Toda fraude e sua investigações, possuem desdobramentos que se o Judiciário assim entender, poderá promover uma nova prisão fundamentada nos termos do Código de Processo Penal.
A operação envolveu 240 policiais federais nos 4 estados e 80 auditores fiscais da Receita Federal. Todo material recolhido será encaminhado à Polícia Federal, logo após sendo remetido à Receita Federal. Os mandados foram emitidos pela 2ª Vara Federal da Justiça Federal de Guarulhos.
É claro que ainda há muito a esclarecer em relação a esta Operação Narciso, iniciada em 2005, e, provavelmente, a prisão deveu-se a novos fatos relacionados a mesma. A empresária e seu irmão Antonio Carlos Piva de Albuquerque, que também foi detido, são acusados pelos crimes de descaminho e sonegação fiscal. Como todo crime tributário, o elenco de novas pessoas que surgem, envolvidas nos delitos é grande.