O Rei Shelomô e dois jantares

Devemos aprender através da maneira de D’us agir que devemos fazer os outros se sentirem bem, sem envergonhá-los. Esta história nos conta como:

Certa vez D’us puniu o rei Shelomô, tirando-o de seu trono real e fazendo-o vagar em lugares distantes como mendigo. Finalmente, achou seu caminho de volta a Yerushaláyim. Um homem rico reconheceu o rei apesar das roupas esfarrapadas. Perguntou-lhe: “Posso convidá-lo para jantar em minha casa, Majestade?”

Shelomô aceitou e foi levado ao lindo salão de jantar do homem. Foi-lhe servida uma deliciosa refeição de carnes caras e saborosos acompanhamentos. Quando Shelomô estava a ponto de começar a comer, o homem rico iniciou uma conversa: “Lembra-se,” perguntou a Shelomô, “quando Sua Majestade convidou todos para uma refeição em seu palácio?”

Pensando sobre seu problema atual e comparando-o aos tempos em que as coisas tinham sido boas, Shelomô suspirou e pousou o garfo e a colher.

O homem pareceu não perceber como suas palavras fizeram Shelomô infeliz; apenas continuou falando.

“Jamais esquecerei o tempo em que fui visitá-lo em Yerushaláyim, quando o senhor estava julgando as pessoas,” disse ele. Começou a descrever o que tinha visto naquela ocasião. Durante toda a refeição, o homem falou sobre a antiga posição de Shelomô como rei. Não percebeu que o convidado perdera o apetite por causa de suas palavras sem consideração. Shelomô apenas suspirou e chorou ao pensar na magnificência que havia perdido. Ao final da refeição Shelomô levantou-se, sem nem ao menos haver tocado a comida.

No dia seguinte, Shelomô estava vagando pelas ruas de Yerushaláyim, quando um homem pobre o reconheceu.

“Posso convidá-lo a jantar comigo, Majestade?” – perguntou.

Shelomô queria recusar, pensando na sua infeliz experiência anterior, mas o homem insistiu.
“Por favor, deixe-me compartilhar minha refeição com o senhor,” implorou ele a Shelomô, até que o rei aceitou.

Como o anfitrião não podia se dar ao luxo de comprar carne, ofereceu ao rei apenas uns poucos legumes. Quando se sentaram para comer, o anfitrião começou a falar palavras encorajadoras a Shelomô. “Não se preocupe com sua infeliz situação atual, meu amo,” disse ele. “Mesmo que agora estejas pobre e sinta-se rebaixado, D’us com certeza deixará que sejas rei novamente. D’us prometeu a seu pai, o Rei David, que o reinado permaneceria sempre com sua família. Da mesma forma que um pai às vezes precisa punir o filho, D’us o está castigando porque o ama. Mas no final, D’us o perdoará.”

Quando Shelomô ouviu estas palavras, seu coração tornou-se leve e sentiu-se confortado. Comeu os vegetais em seu prato com grande prazer. Nem mesmo a refeição mais refinada teria lhe causado melhor sabor.

Mais tarde, quando Shelomô compôs o livro de Mishlê, escreveu: “É melhor servir apenas vegetais a um convidado e fazê-lo sentir-se bem do que oferecer-lhe um boi gordo e ao mesmo tempo fazê-lo sentir-se mal.”
fonte : site do Beit Chabad

Tenha um sábado de paz e uma semana feliz

Fernando Rizzolo

PF abre processo disciplinar contra Protógenes por participação em comício político

A Polícia Federal instaurou nesta sexta-feira processo disciplinar contra o delegado Protógenes Queiroz por ter participado de um comício político, em Minas Gerais, no qual teria feito um discurso em nome da instituição. O processo pode resultar na demissão do delegado se, ao final das investigações, ficar comprovado que ele infringiu as normas da PF ao falar pela instituição durante um comício político.

O processo tem prazo de duração de 30 dias, prorrogáveis por mais 30. Nesse período, a PF vai investigar a participação do delegado no comício, realizado no ano passado em Poços de Caldas (MG). Protógenes já responde a um segundo processo disciplinar na Polícia Federal por suspeitas de vazamento de informações da Operação Satiagraha.

O delegado nega que tenha falado em nome da instituição durante o comício e ameaça recorrer à Justiça caso seja demitido pela PF no final do processo. Protógenes disse que o processo é uma “indignação”, um ato que merece “uma reparação do Poder Judiciário”.

Ele disse acreditar, porém, que uma “minoria” de servidores dentro da PF defenda a sua demissão do cargo. “Há uma minoria bem insignificante dentro do Departamento da Polícia Federal que assim deseja, mas é o desejo da maioria o que vai prevalecer. Esse desejo da minoria não vai prevalecer”, afirmou.

O delegado disse que a “perseguição” dentro da PF aos seus trabalhos foi estabelecida desde que ele foi afastado do comando da Satiagraha. “Isso é uma forma que praticamente deixa clara a perseguição”, afirmou.

Protógenes criticou as investigações da Corregedoria da Polícia Federal, conduzidas pelo delegado Amaro Vieira, sobre o suposto vazamento de informações cometidos na Satiagraha. “Não foi um inquérito policial levado a sério. É um inquérito que teve o único objetivo de ser uma perseguição pessoal”, afirmou.

Amaro Vieira adiantou que vai indiciar criminalmente Protógenes por quebra de sigilo funcional e violação da lei de interceptações telefônicas. O relatório da Corregedoria deve ser entregue na próxima semana à direção-geral da PF.

Na opinião do delegado, há uma “inversão de papéis” pela Polícia Federal para prejudicar os trabalhos do juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal, que decretou as prisões da Satiagraha.

Candidatura

Apesar de se declarar perseguido dentro da PF, Protógenes disse que não pretende lançar-se candidato a cargos políticos caso seja afastado da instituição. O delegado admitiu, no entanto, que vem sofrendo pressão popular para ingressar na vida política.

“Eu permaneço como delegado da Polícia Federal para continuar meu trabalho de combate à corrupção, que hoje está difícil porque fui mudado de setor [após o afastamento da Satiagraha]. Todo mundo pede para eu ser candidato a governador, senador, presidente da República. O clamor público é o mais generoso e o mais sincero”, afirmou.

Folha on line
Rizzolo: Pessoalmente não acredito que o delegado tenha falado em nome da instituição. Agora se falou como cidadão, não há nenhum problema. Protogenes acabará na vida pública, e o maior cabo eleitoral do delegado, são as perseguições, segundo ele, promovidas pela própria polícia federal. O grande problema do Brasil é que a corrupção chegou a tal ponto, que um delegado no exercício de suas atribuições – e não entro no mérito dos excessos ou não acaba atraindo a simpatia popular. Hoje o Secretário da Fazenda paulista disse que 94 anos de prisão para Eliana Tranchesi é pouco. É o povo já está cansado de assistir a impunidade dos ricos, e a desgraça dos miseráveis, mofando nas fétidas cadeias deste Brasil.