Brasil é “potência” e “grande jogador mundial”, diz Obama

SÃO PAULO (Reuters) – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que o Brasil “é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional” e que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva devem ser “parceiros”.

As declarações foram feitas em entrevista à rede de TV CNN en Español transmitida nesta quinta-feira.

Perguntado sobre o sentimento antiamericano em alguns países da América Latina, Obama respondeu que “os tempos mudaram” e destacou o papel exercido pelo Brasil no cenário internacional.

“Estamos no século 21 agora. Os tempos mudaram. Um país como o Brasil é uma potência econômica e grande jogador no cenário internacional”, disse Obama.

O presidente norte-americano afirmou ainda que ele e Lula deveriam ser parceiros. “Minha relação com o presidente Lula é a de dois líderes que têm grandes países, que estão tentando resolver os problemas e criar oportunidades para nossos povos, e devemos ser parceiros.”

Obama concedeu a entrevista antes de sua primeira visita oficial à América Latina. O presidente norte-americano desembarcou no México nesta quinta-feira e participa da Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago, que começa na sexta-feira.

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Rizzolo: Obama tem razão. O Brasil deveria se aproximar cada vez mais dos EUA ao invés de fazer coro com líderes da América Latina como Chavez, Morales e outros como o Irã. Mas a esquerda permite? Não, não permite, não gosta e não acredita em Obama. No início a esquerda mundial achava que poderiam induzir Obama a ter um comportamento esquerdista, mas não conseguiram. Nunca gostei do Obama, todos sabem, é um populista. Mas foi eleito. Gostando ou não, não podemos ficar em cima do muro, aproveitando as oportunidades para apenas fazer discurso de acordo com a platéia. O Brasil está hoje dia diante de um cenário internacional propício para uma maior parceria com os EUA, tudo conspira a favor, agora seria o momento de negociar e sermos o maior aliado dos EUA. Mas não, não é ? O que os ” companheiros” vão achar?

Senado debate inclusão da Venezuela no Mercosul

BRASÍLIA – O embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima foi o único a se manifestar “francamente favorável” ao ingresso da Venezuela no Mercosul, entre os quatro convidados para audiência pública realizada na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Outros dois embaixadores, Rubens Barbosa e Sérgio Amaral, e o representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), José Augusto Coelho Fernandes, usaram mais argumentos técnicos do que políticos para criticar a adesão imediata daquele país.

Entre os senadores, o debate foi político e os que rejeitam a inclusão da Venezuela insistiram nos ataques ao presidente Hugo Chávez. O argumento de Flecha de Lima foi repetido por vários senadores favoráveis à inclusão. “Não podemos nos deixar levar pelo componente passional. Eu não gostaria que Hugo Chávez fosse presidente do Brasil, mas (ele) é passageiro, não é eterno. Os interesses concretos são muito relevantes”, sustentou Flecha de Lima. O diplomata considerou as críticas de Chávez feitas ao Congresso brasileiro, quando protestou pela demora na decisão sobre a adesão ao Mercosul, um “lapso lamentável, altamente reprovável”, mas disse que poderia ser resolvido com um pedido de desculpas do presidente venezuelano.

Rubens Barbosa e Sérgio Amaral insistiram na necessidade de se cumprirem requisitos básicos para o avanço das negociações, como concluir cronogramas de negociações e os termos da Tarifa Externa Comum (TEC). Os dois diplomatas recomendaram que o Senado cobre do Itamaraty informações objetivas sobre o andamento dos trabalhos do grupo encarregado de negociar os detalhes da adesão com a Venezuela.

O representante da CNI disse que a entidade recebeu ontem do Itamaraty uma carta informando que “as negociações com Brasil e Venezuela estão em fase final” e que os cronogramas de negociações estão definidos. O relator do projeto de decreto legislativo que aprova a adesão da Venezuela, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), apresentou requerimento pedindo informações ao Ministério das Relações Exteriores. “Não temos condições de relatar enquanto não recebermos informações”, disse Tasso.

O ex-presidente e senador Fernando Collor de Melo (PTB-AL) foi o mais contundente ao criticar o ingresso da Venezuela no Mercosul. Disse que Hugo Chávez tem comportamento “belicoso, provocativo, divisivo e um projeto de poder que não coaduna com os interesses brasileiros”.

Em defesa da adesão, o senador Renato Casagrande (PSB-ES) disse que, como país líder da América Latina, o Brasil deve defender a integração. “Não sou apaixonado pelo presidente Chávez, mas não estamos avaliando se gostamos ou não dele. O Brasil não pode defender a integração lá fora e o isolamento aqui dentro (do continente)”, afirmou Casagrande.
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Rizzolo: Bem, parece que Chavez não se emenda, quer agora colocar um governador biônico em Caracas, como mostra a Folha de S. Paulo. Ou seja, quer nomear alguém que mande mais que o governo da oposição, eleito pelo voto. Outra coisa que preocupa muito por lá é a pressão que a imprensa vem sofrendo. Agora, especificamente no tocante ao Mercosul, as argumentações de que a Venezuela há que concluir cronogramas de negociações e os termos da Tarifa Externa Comum (TEC), é pura tergiversação por parte daqueles que ainda não entenderam que muito embora Chavez seja um falastrão, autoritário, e tudo mais, a Venezuela não pode ficar de fora do Mercosul.

É uma questão econômica, não política. Gostando ou não do Sr. Chavez temos que avançar na integração, até porque a integração fica, se desenvolve, e Chavez um dia – se Deus quiser – vai embora. Empacar a inclusão sai caro, vamos pensar no comércio bilateral, ” minha gente “. Não é ex presidente Collor ?

Eletrobrás também quer ser excluída da meta de superávit

SÃO PAULO – O diretor-administrativo da Eletrobrás, Miguel Colasuonno, disse hoje que a estatal de energia também deseja ser excluída da meta de superávit primário do governo federal, a exemplo do que foi feito com a Petrobras, conforme anunciado ontem pelo governo. Segundo o executivo, a demanda já foi apresentada ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O objetivo do pleito seria utilizar os recursos a serem contingenciados na expansão do sistema elétrico brasileiro.

“A reversão imediata desses recursos em investimentos no sistema geraria um excedente de energia e o barateamento das tarifas nos próximos anos”, disse o diretor da Eletrobrás, durante reunião de empresários para o lançamento do “Plano de Ação Contra a Crise”, coordenado pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis Velloso, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A proposta da estatal é produzir energia barata com vistas a garantir o desenvolvimento econômico do País, beneficiando segmentos da economia como o agronegócio e as indústrias.

Ontem, ao anunciar a redução da meta do superávit primário do setor público, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que defende que outras empresas estatais também sejam retiradas do cálculo do superávit primário. Mas ele ressalvou que isso não deve ocorrer imediatamente, porque isso tem de estar vinculado ao cumprimento de uma série de princípios de governança corporativa, que atualmente só são atendidos pela Petrobras.

Para este ano, a meta de superávit da Eletrobrás é de R$ 1,6 bilhão. No início deste mês, o diretor-financeiro e de Relações com Investidores, Astrogildo Quental, disse à Agência Estado que a flexibilização do superávit primário já estava em discussão no Ministério da Fazenda. Além de ampliar a disponibilidade de recursos para investimentos, a redução da meta também visa facilitar o pagamento dos dividendos retidos da década de 1970 e de 1980 aos acionistas. O passivo ultrapassa a casa de R$ 9 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão se referem à divida com os minoritários. A ideia da estatal é pagar essa parte dos dividendos retidos em dinheiro.

Essa semana, o governo federal reduziu a meta de superávit primário de 2009 de 3,8% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2,5%. Somente a exclusão da Petrobras representou uma redução de 0,5% no esforço do superávit. Com essa decisão, a meta de economia das estatais caiu de 0,70% para 0,20%. A meta do governo central caiu de 2,15% para 1,40%. A contribuição de Estados e municípios caiu de 0,95% para 0,90%.

Entre 2010 e 2012, a meta do superávit primário será de 3,3% do PIB, sendo que a economia do governo federal será de 2,15%, a de Estados e municípios, 0,95%, e de estatais, 0,20%. A exclusão da Petrobras permanece no cálculo do superávit neste período.
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Rizzolo: Bem agora todo mundo quer ser “excluídos da meta”. A grande questão para isso, é a exigência de práticas de boa governança, sabemos por hora que apenas a Petrobras tem essa condição, mesmo assim … Agora, a Eletrobras (PMDB) querer embarcar também nessa onda, acho um tanto prematuro e temerário.

A questão é: digamos que o governo comece a abrir mão em não considerar os investimentos de várias empresas estatais do cálculo do superávit primário, quem vai controlar os custos destas estatais? Ah! Isso aí vai virar uma farra. Acho por bem irmos bem devagar. Estamos no Brasil da gastança, e isso pode ser uma abertura a investimentos propriamente ditos e a ” coisas esquisitas”. Todo cuidado é pouco.

PIB chinês no 1º trimestre tem menor expansão desde 1992

PEQUIM, 16 de abril (Reuters) – A China iniciou 2009 com o mais fraco crescimento já registrado, mas uma recuperação em março sugere que a terceira maior economia do mundo pode ver tempos melhores à frente, afirmam analistas.

Um salto no empréstimo e no gasto público contrabalançou o colapso das exportações. A expansão do PIB foi de 6,1% no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, abaixo da leitura de 6,8% registrada nos três meses anteriores.

O dado também ficou abaixo da previsão de analistas de 6,3% de crescimento e foi o menor da série iniciada em 1992.

Por outro lado, o governo não divulga o dado do Produto Interno Bruto (PIB) na comparação com o trimestre imediatamente anterior, mas economistas calculam que no primeiro trimestre esse crescimento ficou entre 5,3% e 6,2%, acima da alta de 0,9 a 2,5% calculada para o quarto trimestre do ano passado.

“A economia nacional em geral mostrou mudanças positivas, com uma performance melhor que a esperada”, disse Li Xiaochao, porta-voz da agência nacional de estatísticas, em entrevista coletiva.

Ele ressaltou, no entanto, que a queda das exportações está abatendo os lucros corporativos, reduzindo a receita do governo e atrapalhando a criação de empregos.

“A economia nacional está sendo confrontada pela pressão de uma desaceleração.”

Muitos economistas dizem que a retomada no fim do trimestre dá crédito às promessas do governo de que a China pode sobreviver à crise mundial e crescer 8% neste ano, um patamar visto como mínimo para gerar empregos no país.

Os dados abertos do PIB também forneceram otimismo aos analistas.

O crescimento na comparação anual do investimento em capital fixo saltou inesperados 28,6%, enquanto a produção industrial cresceu 8,3% em março, recuperando-se do recorde de baixa de 3,8% apurado entre janeiro e fevereiro.

“A economia começou a se beneficiar do fim do processo de desestocagem, assim como do pacote de estímulo do governo”, afirmou Mingchun Sun, do Nomura Global Economics em Hong Kong.

“Empréstimos bancários muito mais fortes que o esperado e o crescimento dos investimentos no primeiro trimestre sugerem que o crescimento será muito forte no segundo trimestre.”

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Rizzolo: O que observamos, é uma retomada da economia chinesa no final do trimestre, e isso nos leva a pensar que a China poderá sobreviver à crise mundial e ainda crescer 8% neste ano. Se isso se confirmar, estaremos num patamar mínimo de crescimento da China, mas aceitável. O governo chinês anunciou em novembro um plano de estímulo econômica de cerca de US$ 585 bilhões, com medidas fiscais e, sobretudo, grandes investimentos, principalmente em infraestruturas.

A economia brasileira depende bem mais do mercado chinês do que do próprio mercado dos EUA, e muito da relação do aumento dos preços das commodities está interligado ao crescimento da economia chinesa. O pacote de ajuda do governo ao Agronegócio vem em boa hora, precisamos estar atentos a uma eventual maior demanda por commmodities pelo mercado chinês.

Charge do Sinfrônio para o Diário do Nordeste

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