Bispo quer pressão internacional e questão indígena para barrar transposição do São Francisco

Depois de ficar meses em greve de fome em 2007 em protesto ao projeto governamental de transposição do rio São Francisco, dom Luiz Cappio agora quer usar a visibilidade do prêmio Kant – que vai receber em Friburgo (Alemanha) – para conseguir apoio internacional e, com ele, poder pressionar o Supremo Tribunal Federal para barrarem a intenção de construir um grande canal a partir do rio que atravessa o Nordeste.

“Vamos internacionalizar esse assunto e mostrar como ele, além de não beneficiar os povos tradicionais da região, como os índios e os quilombolas, só beneficia os grandes empreendimentos para a exportação”, disse em entrevista ao UOL Notícias em São Paulo, antes de embarcar para a Alemanha, onde recebe o prêmio de “Cidadão do Mundo” por seu trabalho humanitário no sertão baiano.

Prestes a receber seu segundo prêmio internacional, o bispo, juntamente com lideranças indígenas, pretende pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) a julgar ações pendentes contra o projeto de transposição, principalmente a que trata das terras dos índios. Devem ser apresentados relatórios, feitas várias mobilizações e uma petição popular.

Dom Cappio lançou nesta quarta-feira a campanha “Povos Indígenas em Favor do Rio São Francisco e Contra a Transposição”, em cerimônia que aconteceu no Convento São Francisco, centro da cidade.

Também faz parte das reivindicações a realização de audiências públicas democráticas, para garantir o direito de participação popular na formulação e implementação das políticas do governo federal na Bacia do São Francisco.

“A solução do governo é centralizadora, enquanto a população de 14 milhões de pessoas no interior nordestino estão dispersas. Elas carecem de projetos de pequeno porte para ter acesso à água”, afirmou o bispo.

Segundo a campanha, nove nações indígenas serão afetadas pelas obras. “Esse prêmio que vou receber é pela luta desse povo brasileiro. Isso vai ajudar a tornar o governo mais temerário diante de nosso movimento, que vai ganhar um novo ânimo”, disse dom Cappio.

Outro presente no ato foi Ruben Siqueira, do diretório baiano da Comissão Pastoral da Terra. “É mentira que a transposição resolve o problema da seca. Agora mesmo o Nordeste está inundado, e essa água vai embora. Essa transposição é uma obra interminável, afinal, ela vai parar com nossa pressão, mas o governo vai tentar recomeçá-la. E vai ser assim para sempre”, disse Siqueira.
Folha Online

Rizzolo: Sempre fui contra a transposição do Rio São Francisco, como já praticamente esgotei o debate do ponto de vista pessoal, transcrevo artigo meu publicado pela CNBB ( Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ), em 2008: ” Os pobres do semi-árido, perto de Deus e esquecidos por Lula”

Bilionário é criticado por se fantasiar de faxineiro para comercial de TV

O bilionário britânico Richard Branson, do grupo Virgin, foi criticado na Grã-Bretanha por ter se fantasiado de faxineiro em uma propaganda de TV da sua companhia de trens, a Virgin Trains.

O comercial, com o objetivo de promover as melhorias na linha da costa ocidental da Grã-Bretanha, traz Branson vestido com um colete cor de laranja fluorescente e botas, dirigindo um carrinho de lixo na Estação Central de Glasgow, na Escócia.

O bilionário aparece com os braços cobertos de tatuagens temporárias e um dente escurecido ao esvaziar os cestos de lixo da Estação.

“É paternalista ao extremo”, disse o secretário-geral do sindicato dos trabalhadores dos transportes, Bob Crow.

“Os dentes escurecidos e as tatuagens temporárias revelam muito sobre a atitude da Virgin Trains para com os nossos membros, que trabalham sob muita pressão para fazer os serviços funcionarem.”

O empresário insistiu, contudo, que o anúncio mostra o quanto ele está orgulhoso dos empregados da Virgin Trains.
BBC/ agência estado

Rizzolo: Bem, interpretações à parte, acredito que a postura do empresário nada tem no tocante à jocosidade pela qual o presidente do sindicato se refere. Entendo que ele quis ser popular, e de certa forma se identificar com os trabalhadores. O grande problema do sindicalismo populista é esse, desfigurar um ato, desclassificando-o para que depois possa auferir um ” ganho secundário. Podemos inferir pelo texto que o populismo ocorre também nos países desenvolvidos, com uma roupagem diferente, é claro.

Eduardo Suplicy cede cota aérea do Senado à namorada e diz que vai restituir valor

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) usou sua cota pessoal de passagens aéreas para custear viagens, em território nacional, de sua namorada, a jornalista Mônica Dallari, revela reportagem Andréa Michael, publicada na edição de hoje da Folha. Suplicy disse ontem à reportagem que devolveria R$ 5.521 referentes aos gastos, ocorridos entre 2007 e 2008.

De acordo com a reportagem, Suplicy também pagou, com a cota do Senado, uma viagem da namorada a Paris, em janeiro de 2007. Ele disse que já restituiu o valor, de R$ 15,1 mil, no mesmo ano. A passagem para Paris faria parte de uma viagem para a China, feita a convite do governo daquele país. O trecho Paris-Pequim foi pago pelos chineses.

Em abril, o Senado restringiu a utilização das passagens aéreas aos parlamentares. Ato aprovado pela Mesa Diretora da Casa proibiu os senadores de repassar bilhetes aéreos da sua cota pessoal para familiares ou terceiros.

Só estão autorizados a usar as passagens os assessores designados pelos parlamentares, com o aval da Mesa Diretora da Casa, em deslocamentos no território nacional –assim como os próprios senadores. Outra mudança impede que os senadores acumulem a sobra da cota de passagens para o ano seguinte –como ocorre no modelo atual.

Também foram extintas as cotas suplementares de passagens para os integrantes da Mesa Diretora e líderes partidários. Pela antiga resolução, um grupo de 54 congressistas –integrantes da Mesa, seus suplentes e os líderes partidários– tinham direito a um repasse adicional, que pode chegar a R$ 13 mil.

Rizzolo: Observem que o mito do político ” ingênuo”, “bonzinho”, “bem-intencionado” é tudo um folclore que tem como objetivo seduzir-nos eleitoralmente. Ora, o Senador Suplicy, conhecido como paladino da honestidade acabou sendo seduzido pela farra inescrupulosa do ponto de vista moral, que reina no Congresso. Se restava alguém bonzinho e íntegro, acabou com esta notícia; realmente a cada dia que passa mais decepcionados ficamos.

Será que nunca estes políticos questionaram a ética no uso destes recursos? Que vergonha, hein ! Se o mais “puro e ingênuo” do PT faz isso, imaginem os outros. Depois ainda falam da Marta… Pelo menos a Marta Suplicy, pelo que me consta até agora, nunca levou ninguém para passear pago com Erário Público. É como eu sempre digo, o PT é o PT, o Lula é o Lula, e a Marta é a Marta. Lula e Marta já se descolaram do partido. É o melhor que fazem.

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Charge do Duke para o O Tempo

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