SÃO PAULO – O Ministério Público Eleitoral acusa 28 vereadores da Câmara Municipal de São Paulo de terem sido beneficiados com doações da Associação Imobiliária Brasileira (AIB) nas eleições de 2008. Ainda há investigação das contas de 19 vereadores e do prefeito Gilberto Kassab (DEM).
Em relação aos 28 vereadores, o entendimento do Ministério Público é de que eles deveriam saber ou se informar sobre a legalidade dos repasses feitos pela entidade. “Eles não têm como alegar que não sabiam da origem dos recursos”, disse o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes.
Os parlamentares condenados podem ficar inelegíveis por 4 anos e até ter os mandatos cassados. Segundo o presidente da AIB, o critério de escolha dos beneficiados com as contribuições seguiu interesses do setor imobiliário. “Privilegiamos quem historicamente conhece o assunto”, disse Sérgio Ferrador, presidente da AIB.
Veja a lista de vereadores investigados por irregularidades em campanha.
Abou Anni (PV), Adilson Amadeu (PTB), Antonio Carlos Rodrigues (PR)
Adolfo Quintas (PSDB), Arselino Tatto (PT), Floriano Pesaro (PSDB)
Carlos Alberto Bezerra Jr. (PSDB), Carlos Apolinario (DEM),Claudinho (PSDB), Dalton Silvano (PSDB), Domingos Dissei (DEM), Eliseu Gabriel (PSB), Gilson Barreto (PSDB), Ítalo Cardoso (PT), Jooji Hato (PMDB)
José Américo (PT), José Police Neto (PSDB), Juliana Cardoso (PT)
Mara Gabrilli (PSDB), Marta Costa (DEM), Natalini (PSDB), Noemi Nonato (PSB), Paulo Frange (PTB), Quito Formiga (PR), Ricardo Teixeira (PSDB), Toninho Paiva (PR), Ushitaro Kamia (DEM), Wadih Mutran (PP)
agência estado
Rizzolo: Tão importante quanto puni-los é saber quais foram os doadores, e aferir se as doações estão nas formas da Lei. Pode -se inferir que se salva muito pouco. Não é possível que no Brasil políticos façam uso de instituições duvidosas do ponto de vista legal, e recebam dinheiro de segmetos interessados em cooptá-los, oferecendo dinheiro para financiamento de suas campanhas tendo-os como guardiões de seus interesses. Como bem assinalou, o promotor Maurício Antônio Ribeiro Lopes ” eles deveriam saber ou se informar sobre a legalidade dos repasses feitos pela entidade. “Eles não têm como alegar que não sabiam da origem dos recursos”.