Serra faz promessa para educação em nome de Kassab

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que já foi prefeito da capital, fez hoje uma promessa em nome do atual chefe do Executivo municipal, Gilberto Kassab (DEM). Diante de uma plateia de cerca de 200 pessoas, no pátio de uma escola estadual da zona sul de São Paulo, Serra firmou o compromisso de criar escolas técnicas (Etecs) em cada um dos 44 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da Prefeitura. Os centros oferecem desde educação infantil até ensino fundamental, além de Ensino de Jovens e Adultos (EJA).

O evento selou um acordo entre governo estadual e prefeituras de 55 cidades paulistas para oferecer ensino técnico em escolas municipais. Foram abertas 6.520 vagas para o segundo semestre deste ano e 2.145 para o primeiro semestre de 2010. Serra aproveitou o palanque e anunciou, sob aplausos: “Esperamos que, até o final da gestão do prefeito Kassab, todos os CEUs tenham dentro de si uma escola técnica. É um compromisso que eu estou assumindo por ele.” O governador ofereceu então ao prefeito, que o acompanhava no palco, o microfone. “Vai confirmar ou não?”, perguntou Serra, ao que Kassab respondeu de pronto: “Alguém tem dúvida?”

Como virou praxe em eventos de governo, secretários e parlamentares desfiaram um rosário de elogios a José Serra. O tucano é um provável candidato do PSDB à Presidência da República em 2010. O secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSDB), disse que o governador lançava o “maior programa de ampliação de vagas do ensino técnico de todo o País”.

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Rizzolo: Um dos grandes problemas do Brasil é a falta de profissionais de nível médio com formação técnica. Na Europa esses cursos são tão importantes quanto os superiores, mas no Brasil, país com vestígios da época colonial, ter um curso superior é sinônimo de ascensão social. O projeto das escolas técnicas é excelente e o governador Serra ao prometer em nome de kassab, empresta confiabilidade à execução do projeto da Etcs. Escola técnica profissionalizante é o que jovem brasileiro precisa e o empresariado também. Sou um entusiasta da formação técnica, num Brasil cada vez mais desenvolvido a absorção pelo mercado desses profissionais será uma das grandes saídas para a real geração de emprego.

WEG cancela acordo de redução salarial assinado com o sindicato

A WEG, fabricante nacional de motores elétricos para eletrodomésticos, anunciou sexta-feira (22), o cancelamento do acordo assinado com o Sindicato dos Metalúrgicos de Jaraguá do Sul e Região (SC) para redução de jornada de trabalho e salários. O acordo cancelado, que previa redução de 25% da jornada e 20% dos salários por 90 dias, até 20 de julho próximo, atingia aproximadamente 7 mil trabalhadores.

Segundo a empresa, o ritmo de produção de motores para lavadoras de roupas se recuperou após a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e está acima do observado em 2008. “No atual cenário, precisamos aproveitar todas as oportunidades de negócios, atendendo os clientes com rapidez”, declarou o diretor-presidente da WEG, Harry Schmelzer Junior.

A redução da jornada e salários foi adotada em abril passado.
Hora do Povo

Rizzolo: E uma boa notícia, a Weg é uma empresa nacional, situada em Jaraguá do Sul (SC). Nos anos 60 os empresários começaram numa oficina. A Weg serve como paradigma na comprovação da capacidade do empresário brasileiro diante das adversidades da economia brasileira e internacional. É o exemplo da nossa luta na defesa das empresas nacionais.

Lula brinca com Chávez: ‘Com Dilma vou comandar a Petrobras’

SALVADOR – Sem saber que estavam sendo ouvidos pela imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu colega venezuelano Hugo Chávez discutiram nesta terça-feira o projeto de uma refinaria em Pernambuco, cujo modelo de construção conjunta ainda carece de acordo.

“Se eu conseguir eleger a Dilma (Rousseff, ministra da Casa Civil), vou ser o presidente da Petrobras e você (José Sérgio) Gabrielli vai ser meu assessor”, disse Lula, referindo-se ao atual presidente da estatal brasileira.

Apesar de frustrado com a falta de acerto entre a Petrobras e a estatal venezuelana de petróleo PDVSA em torno da refinaria de Abreu Lima (PE), Chávez ainda dizia que “esse acordo vai sair”.

Os dois presidentes estavam reunidos junto com ministros e assessores em um hotel de Salvador (BA) quando o som do sistema de tradução simultânea chegou até a área onde estavam os jornalistas. Pouco depois, o som foi corrigido.

As discussões sobre a refinaria foram prorrogadas por mais 90 dias.

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Rizzolo: E vocês acham que isso pode não acontecer ? É claro que foi uma brincadeira, com um bom fundo de verdade. Ademais se não há possibilidade de um terceiro mandato, existe coisa melhor: a Petrobrás. Acredito também que esse acordo vai sair, e muitos outros acordos sairão também até 2010.

Em meio à crise, Chávez vem ao País discutir crédito e Mercosul

BRASÍLIA – Afetado pela queda do preço do petróleo e pela escassez de crédito internacional, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, chega nesta terça-feira à cidade de Salvador (BA) para discutir maior acesso aos financiamentos do BNDES, além de reafirmar compromissos para a entrada do país no Mercosul.

O encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz parte da série de reuniões trimestrais entre os dois líderes, que começou em 2007. Lula e Chávez deverão avançar nas discussões sobre a ampliação do crédito à Venezuela, via BNDES.

A proposta, que já vem sendo costurada pelos dois países, prevê financiamento a obras de infraestrutura realizadas por empresas brasileiras naquele país, com potencial de chegar, a princípio, em US$ 4 bilhões. Uma fonte do governo venezuelano ouvida pela BBC Brasil, no entanto, afirmou que o valor da linha de crédito do BNDES poderia girar entre US$ 5 bilhões e US$ 10 bilhões.

Alguns projetos já foram prospectados pelo banco brasileiro, entre eles, a ampliação da rede de metrô em Caracas, no valor de US$ 730 milhões. No ano passado, o Brasil enfrentou problemas com o financiamento a uma hidrelétrica no Equador, que alegou deficiências tanto no contrato como na prestação do serviço, a cargo da empresa Odebrecht. Apesar dos atritos diplomáticos, o governo equatoriano aceitou pagar a dívida, no valor de U$ 200 milhões.

A avaliação do governo brasileiro é de que não há motivos para “presumir” que a Venezuela adotará a mesma postura. “Eles têm pago os financiamentos em dia”, diz uma fonte diplomática.O governo da Venezuela anunciou recentemente que suas receitas com o petróleo caíram pela metade este ano, como reflexo da crise financeira internacional.

Segundo previsão do Fundo Monetário Internacional, o PIB do país deverá cair 2,2% este ano. Mercosul, outro assunto que deve ocupar grande parte da agenda nesta terça-feira são os preparativos para a entrada da Venezuela no Mercosul. O assunto está nas mãos do Senado brasileiro, que recentemente pediu novas informações sobre o processo de adesão.

Os senadores querem detalhes sobre como a Venezuela pretende se adequar às regras do grupo antes de decidir se levam ou não o assunto a plenário.A expectativa é de que o presidente da Venezuela apresente, durante o encontro, uma proposta mais específica de adesão à Tarifa Externa Comum (TEC). Prazos e percentuais já foram definidos, mas os produtos “de exceção” ainda não.”Existem diversos pontos que precisam ser esclarecidos. Há registros, por exemplo, de atraso no pagamento pelos produtos brasileiros exportados para a Venezuela”, diz o senador Eduardo Azeredo, presidente da Comissão de Relações Exteriores.

O presidente da Federação das Câmaras de Indústria e Comércio Venezuela-Brasil, José Francisco Marcondes Neto, diz que os venezuelanos estão “empenhados” para chegar à reunião desta terça com um cronograma mais detalhado, mas que a aprovação do assunto pelo Senado “não depende disso”.”A aprovação pelo Senado não depende desses detalhes. Brasil e Argentina até hoje discutem quais produtos devem fazer parte da lista de exceções”, diz.

Estados UnidosAlém das conversas sobre financiamento do BNDES e Mercosul, a pauta do encontro entre Lula e Chávez inclui ainda a relação com o governo americano.O assessor para assuntos internacionais do Palácio do Planalto, Marco Aurélio Garcia, diz que os dois presidentes vão discutir “os avanços” na relação entre Chávez e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.”Estamos muito satisfeitos com o progresso das relações entre os dois países”, disse Garcia.

Segundo ele, a Venezuela “deu passos positivos” para uma maior aproximação com os Estados Unidos, como a indicação de um diplomata “de altíssimo nível” para representar a Venezuela em Washington.De acordo com Garcia, Lula e Chávez deverão ainda repassar toda a agenda bilateral, que inclui acordos de cooperação nos setores bancário, agrícola e industrial.
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Rizzolo: O presidente Chavez sempre causa histeria nos setores mais conservadores no Brasil. Na verdade é uma postura infantil de alguns políticos. O próprio governo americano já não leva tão a sério as bravatas de Chavez. Obama conduz uma política cordial com a Venezuela, e a aproximação é cada vez maior. Falo isso com muita tranquilidade, todos sabem das minha restrições a Chavez.

Apesar de tudo, aqui no Brasil, ainda há existem setores que não entenderam que as relações comerciais podem existir sim, independentemente das bravatas do passado. Observem que Chavez é bem mais light do que o presidente do Irã; diríamos, até dotado de um “comedimento politicamente correto” se compararmos com o antissemita Mahmoud Ahmadinejad, que vocifera seu racismo na ONU.

A verdade é que Chavez um dia passará e a Venezuela fica. O mais interessante, é o fato de que o Irã cujo presidente seria recebido com toda pompa e circunstância no país, uma pessoa mal vista internacionalmente, ninguém cobra ou cobrou nada dele. Silêncio total. É o puro silêncio do inocentes. Vamos avançar e se preocupar com quem realmente é perigoso. Já que o governo aprecia mesmo relações perigosas, optem pelo menos ruim.

Dálcio no Diário do Povo (Campinas)

dalcio

China diz não ter influência sobre governo da Coreia do Norte

O governo chinês afirmou nesta terça-feira não ter influência sobre outros países em suas relações diplomáticas, uma referência à pressão que recebeu para forçar a Coreia do Norte a desistir do programa nuclear após realizar um segundo teste nuclear e lançar cinco mísseis de curto alcance.

China é a principal aliada da Coreia do Norte e, junto aos outros países membros do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), condenou o teste nuclear e prepara uma nova resolução contra Pyongyang.

“Não acredito que a palavra “influência” exista na diplomacia chinesa”, disse nesta terça-feira o porta-voz da Chancelaria chinesa, Ma Zhaoxu, ao ser perguntado em entrevista coletiva sobre se o teste nuclear demonstra que Pequim não tem influência sobre Pyongyang.

O regime chinês é o principal fornecedor e defensor internacional do isolado regime do ditador Kim Jong-il, ao qual fornece alimentos, armas e a maior parte do combustível que consome.

O porta-voz também comentou sobre a possibilidade de a China apoiar novas sanções contra Pyongyang no Conselho de Segurança. “Depois do teste norte-coreano, a China expressou diretamente sua postura à Coreia do Norte. O regime norte-coreano realizou um novo teste nuclear ignorando a oposição da comunidade internacional. O governo chinês se opõe firmemente a esse ato”, ressaltou.

Além disso, afirmou que a China “pede de forma contundente que a Coreia do Norte cumpra seus compromissos de desnuclearização, que detenha qualquer ato que possa deteriorar ainda mais a situação e que retorne às conversas de seis lados”.

O diálogo multilateral, no qual participam as duas Coreias, Estados Unidos, Rússia, Japão e China, começou em 2003. Em 2007, um ano depois do primeiro teste nuclear norte-coreano, conseguiu o compromisso de Pyongyang de desmantelar seus reatores em troca de reconhecimento diplomático e combustível.

No entanto, desde o ano passado –coincidindo com rumores de uma doença do líder Kim e a mudança de governo nos EUA–, a Coreia do Norte decidiu retomar seu programa nuclear e retroceder todo o avanço diplomático.

Folha online

Rizzolo: O regime chinês de forma velada auxilia no fornecimento de alimentos e apoia a Coréia de Norte. Na verdade a China tem interesses em ter um aliado político na região. Contudo face aos interesses comerciais com o Ocidente, o governo chinês condena de forma branda as incursões belicistas da Coréia do Norte.

O grande problema atualmente é que os EUA com Obama na presidência, tem pulso fraco e predispõe estes regimes incluindo o Irã a aumentar sua capacidade bélica nuclear, apostando na bondade e docilidade de Obama. Um país como os EUA, se quiser manter sua hegemonia deve ter outro discurso, não este de Obama. O resultado é isso que observamos na esfera internacional, regimes autoritários construindo armas de destruição em massa.

Suásticas em festa de empresa no Rio causam polêmica

SÃO PAULO – Uma festa da empresa alemã Adidas numa mansão no Alto da Gávea, zona sul do Rio, terminou em polêmica, na madrugada de sábado, quando convidados viram elementos nazistas na decoração. Um grupo de 15 pessoas deixou a casa – entre eles uma das curadoras da festa, a atriz e cantora Thalma de Freitas. As fotos que seriam de suásticas desenhadas na borda da piscina e de um quadro de um oficial nazista foram postadas ainda na madrugada nos blogs do ator e escritor Michel Melamed e do escritor João Paulo Cuenca.

Melamed conta que estava na festa havia uma hora quando ouviu comentários sobre as suásticas na piscina. Ainda ficamos meia hora discutindo se os desenhos seriam de alguma forma geométrica, apenas uma coincidência desagradável, mas a dúvida se dissipou quando vimos o quadro no camarim dos músicos, e um cartaz da Marinha nazista no bar. Havia uma memorabilia nazista naquela casa e nos retiramos.

Em comunicado, a Adidas informou que desconhecia que a casa tinha adereços que pudessem ser relacionados ao nazismo. E que, se soubesse, solicitaria a pronta retirada dos mesmos ou a mudança do local do evento. A nota diz que os adereços fotografados por Melamed e Cuenca não foram notados pela organização da festa.

A casa pertence ao advogado Luiz Fernando Penna e é alugada para eventos – serviu de locação, por exemplo, para o filme Meu Nome Não é Johnny. Penna, que é colecionador de obras de arte, não foi localizado ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Em entrevista ao jornal O Globo, disse que comprou as peças há cerca de 15 anos, de um ex-combatente da 2ª Guerra, e negou que os símbolos na piscina façam referência ao nazismo. Aquilo é um friso, uma espécie de grega, decoração muito usada na Grécia e na China. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Rizzolo: É preocupante saber que nos dias de hoje ainda existem pessoas que fazem a apologia do regime nazista. Se proposital ou não, o importante é que isso seja combatido com denúncias como consta no texto. O regime nazista deixou marcas na humanidade que jamais serão esquecidas, não é saudável vincularmos objetos de uma época tão cruel e triste para a humanidade.

Agora convenhamos, é inadmissível que uma empresa deste porte não tenha o controle sobre os objetos que servem como adereços numa festa patrocinada por ela. O antissemitismo cresce no Brasil, e a postura do governo em prestigiar antissemitas internacionais como o egípcio Farouk Osni, acaba colaborando para isso.