Bons hábitos geram boas ações

O que parece ser uma afirmação simples, costumeiramente usada desde a nossa infância, torna-se complicada e trabalhosa quando decidimos colocá-las em prática no nosso dia-a-dia. Seguir uma rotina diária, constituindo uma trajetória de hábitos novos que nos elevam espiritualmente, para muitos, no início, é um processo penoso.Na própria Bíblia, o relato e a indicação do povo judeu recebendo o maná do céu, e a imposição de Deus às suas normas, fez a multidão se lembrar do antigo Egito como algo não tão ruim.

Lá, em Mizraim (Egito em hebraico), não havia regrasnem compromisso e a lassitude da condição de escravos os levava a uma rotina pobre e sem rumo, porém, cômoda. Vencer a comodidade impondo a si próprio uma vida mais regrada no cumprimento das leis de Deus, nos faz mais disciplinados, atentos e preparados para a nossa jornada semanal.

Pouco importa a religião, a origem ou a crença, mas, estabelecer uma rotina diária que inclua orações pela manhã logo após o banho, orações à noite ao se deitar, não comer determinados alimentos, não se ater a filmes ou programas de conteúdo violento, visitar sites e blogs saudáveis, ler livros sagrados – como salmos – nos leva a dormir melhor, a ter uma saúde mais equilibrada e acima de tudo, a ficarmos espiritualmente menos vulneráveis às depressões, ansiedades e tensões em geral.

Hoje, profissionais de todo gênero sabem que um executivo disciplinado e com bons hábitos produz mais e seu nível de eficiência é maior. Um conjunto de hábitos saudáveis forma um conteúdo de cunho pessoal de extrema importância.

Que tal começar seu dia orando após o seu banho pela manhã? No começo pode soar estranho, mas, para os judeus, budistas, muçulmanos e seguidores de outras religiões, orar três vezes por dia constitui um bom hábito e com certeza, gera boas ações. Vale tentar: oxigenar a rotina pobre e sem sentido fará de você uma pessoa mais disposta, mais tolerante, e acima de tudo, mais próxima de Deus.

Fernando Rizzolo

Senadores utilizaram mais de 500 atos secretos

Os atos secretos, o mais novo escândalo do Senado brasileiro, estão prestes a se tornar um abuso de proporções muito maiores que se pensava. A comissão instalada para investigar o caso havia identificado o uso de cerca de 300 documentos sigilosos. O número de papéis do tipo, porém, pode ultrapassar 500. Instituído pelo ex-diretor geral da Casa Agaciel Maia há quase 10 anos, o mecanismo permitiu ao comando administrativo do Senado agir como uma instituição privada e engordar as contas bancárias de funcionários da Casa sem fazer alarde.

Uma reportagem do jornal O Globo revela que o relatório da comissão, que deveria ser revelado nesta sexta-feira, só vai ser apresentado na semana que vem. Isso porque o Senado achou melhor ter cautela para definir como fazer a divulgação dos documentos.

A comissão foi constituída pelo primeiro-secretário da Casa Heráclito Fortes (DEM-PI). No começa das investigações, ele chegou a dizer que pelo menos 280 desses atos permanecem secretos. Por meio desses documentos, foram nomeados amigos e parentes de senadores. O ato sucinto, de seis linhas, desprovido de numeração, não é publicado no boletim do Senado e nem no Diário Oficial da União. Foi dessa forma que, em outubro de 2008, a Casa autorizou todos os servidores efetivos dos gabinetes de senadores – cerca de 800 – a fazer hora extra, acabando com limites antes estabelecidos.

O Ministério Público Federal já adiantou que vai pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) a anulação de todos os atos e a devolução do dinheiro que teria sido pago indevidamente. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM) disse na quinta-feira que vai pedir a demissão de Agaciel Maia dos quadros do senado por improbidade administrativa. Durante uma audiência no dia 2 de junho, Maia mentiu para a Mesa Diretora da Casa ao negar a existência dos atos.

Veja

Rizzolo: É lamentável a postura dos parlamentares neste país. Mal acaba um escândalo, surge outro. Como sempre tenho afirmado, só uma renovação por completa do Congresso, elegendo novos parlamentares e punindo no voto estes maus políticos é que se resolverá a questão. De nada adianta a argumentação de que não sabiam, desconheciam, e outras balelas. Os atos secretos são na verdade atos vergonhosos para o país.