Ao menos 1 morre em confrontos em protesto no Irã

TEERÃ – A televisão estatal iraniana informou que houve disparos de tiros durante um grande protesto nesta segunda-feira, 15, em apoio ao candidato derrotado à presidência Mir Hussein Mousavi em Teerã. Testemunhas afirmam que uma pessoa morreu e várias foram feridas em estado grave.

Nesta segunda-feira, milhares de pessoas saíram às ruas de Teerã para protestar contra a vitória de Ahmadinejad, desafiando uma proibição do Ministério do Interior. Mousavi esteve no protesto, em sua primeira aparição pública desde o resultado eleitoral. Apesar da proibição, as forças de segurança não tomaram nenhuma atitude contra os manifestantes.

Enquanto caminhavam pelas ruas de Teerã com cartazes com os dizeres “onde está o meu voto?” e gritando “morte ao ditador”, em referência a Ahmadinejad, os opositores encontraram dezenas de simpatizantes do governo. Vários membros da milícia basij, subordinados a Khamenei e vinculados a Ahmadinejad, abriram fogo contra os manifestantes. Várias pessoas ficaram feridas nos confrontos.
agência estado

Rizzolo: Esta é a democracia de Ahmadinejad, e esta democracia que é aplaudida pelo governo brasileiro. Fiquei indignado com as afirmações de Lula a favor de Ahmadinejad. Quando o mundo preconiza distância deste cidadão, quando os EUA na figura de Barack Obama diz que o Irã é um perigo ao mundo, quando o Huamn Rights condena o Brasil, o governo brasileiro entende que lá existe democracia, que está tudo bem, e que vai visitá-lo em breve. Preocupante.

Lula diz que não há prova de fraude no Irã e pretende visitar o país

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira em Genebra que “não há provas” de que tenha havido fraude nas eleições iranianas e afirmou que pretende definir uma data para visitar o país no ano que vem.

“Veja, o presidente (iraniano Mahmoud Ahmadinejad) teve uma votaçao de 61, 62%. É uma votação muito grande para a gente imaginar que possa ter havido fraude”, disse Lula em entrevista coletiva.

“Eu não conheço ninguém, a não ser a oposição, que tenha discordado da eleição do Irã. Não tem número, não tem prova. Por enquanto, é apenas, sabe, uma coisa entre flamenguistas e vascaínos”, afirmou o presidente.

Lula afirmou ainda que a polêmica em torno da reeleição de Ahmadinejad não muda os planos de visitas entre representantes dos dois países. Ahmadinejad cancelou uma visita ao Brasil marcada para maio deste ano, afirmando que queria esperar o fim do processo eleitoral no seu país.

“Ele viria, pediu para esperar o processo eleitoral, mas pode vir na hora que quiser, eu recebo do mesmo jeito”, disse Lula.

Questionado se pretende ir ao Irã, o presidente também foi assertivo.

“Eu pretendo ir ao Irã. Eu pretendo arrumar uma data para o ano que vem e fazer uma visita ao Irã porque nós temos interesses em construir parcerias com o Irã, em trocas comerciais com o Irã”, afirmou.

“O Brasil vai fazer todas as incursões que precisarem ser feitas para estabelecer as melhores relações com todos os países do mundo, e o Irã é um deles.”
BBC

Rizzolo: É uma pena que o presidente Lula e o governo ainda não se deram conta que o regime do Irã é perigoso. A intolerância, os discursos que lembrar Hitler, a reprovação da comunidade internacional, o perigo das armas de destruição em massa, o desrespeito aos Direitos Humanos, nada disso conta para o governo brasileiro.

O único país confiável, um exemplo de democracia que é os EUA, já deram suficientes sinais de que o Irã é perigoso. Temos que nos relacionarmos com países democráticos do ponto de vista humano, digno, que nos leva à construção de um país tolerante e com preceitos de paz. Mas o Brasil optou pelo pior, e mais, sem demonstrar ao Brasil e ao mundo nenhum constrangimento, afirma ainda o presidente, que quer visita-lo. Preocupante isso, hein !

Polícia investiga responsável por bomba que deixou feridos após a Parada Gay

21 pessoas foram atendidas com ferimentos causados por estilhaços.
Incidente ocorreu na noite de domingo, no Largo do Arouche, Centro de SP.

A polícia de São Paulo investiga quem foi o responsável por detonar uma bomba caseira no Largo do Arouche, Centro de São Paulo, na noite de domingo (14). O incidente ocorreu após a Parada Gay. Muitos participantes do evento estavam no local, esticando a festa que começou na Avenida Paulista.

Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que estavam no local por causa da Parada Gay atenderam 21 pessoas feridas, que foram levadas para hospitais. A maior parte das vítimas teve lesões leves.

“A gente sabe que [a bomba] veio do prédio, segundo uma vítima informou, mas saber quem foi que arremessou, a pessoa em si, não temos certeza”, afirmou o tenente da Polícia Militar Fábio Nóbrega.

Durante a madrugada, alguns feridos foram até o 3º Distrito Policial, em Campos Elíseos, para prestar depoimento. “A pessoa que arremessou não sabe quem estava ali, se era gay ou não. Somos todos pessoas”, afirmou o operador de telemarketing Márcio Lima Santos.

O Largo do Arouche é um dos pontos da capital que costuma ser frequentado por gays. Horas antes da explosão no local, a Parada do Orgulho LGBT se encerrou na Praça Roosevelt, também no Centro e a algumas centenas de metros do Largo do Arouche.

Outros incidentes

Também durante a Parada Gay, um adolescente de 17 anos foi agredido por um grupo de homens na esquina das ruas Frei Caneca e Dona Antonia de Queiroz. Inicialmente, foi informado que o rapaz teve traumatismo craniano. Entretanto, segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, ele não teve traumatismo, está internado em observação e deve ter alta ainda nesta segunda-feira (15).

Na Praça Roosevelt, no Centro, outro jovem foi agredido e roubado por um grupo de skatistas. E ainda no Largo do Arouche outro rapaz foi esfaqueado na perna.

Globo
Rizzolo: É muito triste constatar ainda nos dias de hoje, quando as minorias se esforçam para manter sua dignidade, seu respeito, através de manifestações democráticas como a parada Gay, que grupos extremistas, façam uso de instrumentos de intimidação. Pouco democrático é a demonstração daqueles que se opõem aos direitos das minorias como os homossexuais.

É lamentável o fato que exige o rigor da apuração. A parada gay deve ser encarada como uma manifestação de tolerância, de democracia, e de livre expressão, podemos até não concordar, mas jamais proibir, ou desrespeitar o direito daqueles que como minoria fazem parte do povo brasileiro.

ONGs criticam apoio do Brasil a violadores dos direitos humanos

Genebra, 15 jun (EFE).- As ONGs Human Rights Watch (HRW) e Conectas Direitos Humanos lamentaram hoje o fato de o Brasil apoiar países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

“O apoio do Brasil a Governos abusivos está enfraquecendo o trabalho do Conselho. Em vez de falar pelas vítimas, o Brasil frequentemente argumenta que os Governos precisam de uma chance e que a soberania das nações é mais importante que os direitos humanos”, afirmou Julie de Rivero, diretora da HRW em Genebra.

“O fracasso do Brasil em se opor ao desvio dos objetivos do Conselho e, às vezes, sua própria cumplicidade no processo são alarmantes”, disse, por sua vez, a ONG brasileira Conectas Direitos Humanos.

Esses comentários são parte dos comunicados que as duas ONGs distribuíram hoje por ocasião da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Conselho.

“A posição do Brasil no Conselho está marcada por ambiguidades, particularmente em relação a casos graves e persistentes de abusos em países específicos”, acrescentou a Conectas.

Ambas as ONGs lembraram que o Brasil se absteve nas resoluções sobre a Coreia do Norte, que condenavam as violações dos direitos humanos no país, e na da República Democrática do Congo (RDC), que buscava o reforço do papel dos investigadores das Nações Unidas e condenava o uso da violência sexual e o recrutamento infantil.

“Durante a sessão especial sobre a situação no Sri Lanka, o Brasil foi copromotor de uma resolução que afirma o desacreditado princípio da não ingerência em assuntos internos. Essa resolução ignorou as afirmações da própria alta comissária dos Direitos Humanos, Navi Pillay, de que no conflito cingalês tinham sido cometidos crimes de guerra”, lamentou a HRW.

“Com sua posição, o Brasil retrocedeu seis anos ao enaltecer o princípio de não interferência”, acrescentou a Conectas.

A ONG brasileira lembrou que, nesta semana, o Conselho deve decidir se renova ou não o mandato do especialista independente da ONU para supervisionar a situação dos direitos humanos no Sudão.

“Em outras ocasiões, o Governo brasileiro, alegando a cooperação e o apoio regional, apoiou resoluções frágeis que não se comprometiam com as vítimas do Sudão. Esta semana, o Brasil terá a oportunidade de mudar esta tendência e demonstrar uma liderança real com as milhares de vítimas, sem levar em conta outros interesses”, afirmou a Conectas em sua nota. EFE
globo

Rizzolo: Há tempos que este Blog vem afirmando que o governo brasileiro trabalha na contramão dos conceitos de Direitos Humanos apoiando países que sistematicamente cometem abusos no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Não é possível o Brasil se solidarizar com o presidente do Irã, de se calar frente às loucuras da Coréia do Norte, de dar abrigo as idéias de grupos extremistas islâmicos como o fez no caso da Faixa de Gaza, provocando uma indignação na comunidade judaica mundial.

Esse esquerdismo fora de moda, que aplaude discursos populistas como os de Mahmoud Ahmadinejad que silencia frente à esquizofrenia de Kim Jong-il é lamentável, dá nisso aí, repúdio internacional em relação aos Direitos Humanos. Segundo a Human Rights, “o Brasil alega solidariedade mas essa solidariedade acaba sendo com governos que cometem abusos, e não com as vítimas”. Em linguagem simples, ” isso está pegando muito mal ao Brasil”.