‘A crise não é minha, é do Senado’, diz Sarney em sua defesa

BRASÍLIA – “A crise não é minha, é do Senado”, afirmou o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), ao se defender no plenário nesta terça-feira, 16, sobre as denúncias dos atos secretos da Casa revelados em reportagens de O Estado de S. Paulo. Ele disse que recorre à História para iniciar suas palavras. “Visconde de Rio Branco, quando no Senado Federal, veio se defender das questões do Prata, disse: ‘Defender-se não é fraqueza’. Joaquim Nabuco também. quando ele foi defender o ministério João Alfredo da abolição também teve a mesma expressão.

“Há um mês, mais de um mês, eu tive na faculdade FMU em São Paulo com mais de 3 mil estudantes falando sobre o Senado, sobre o que representava o Senado e sua história desde o seu nome e tempos antigos até o Senado brasileiro. Este Senado que tem uma importância extraordinária na História do Brasil. Não é a primeira vez que digo isso. A instituição é maior que todos nós somados. Recebemos assim e temos de transmitir isso. Somos todos transitórios”, afirmou em discurso.

Sarney é acusado de autorizar atos secretos na Mesa Diretora do Senado para uma série de contratações. Sarney, segundo nova reportagem publicada nesta terça no Estado, pretende “sacrificar” o atual diretor-geral da Casa, Alexandre Gazineo, para garantir sua sobrevivência no cargo.

Um pouco antes, o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), pediu que o discurso de Sarney fizesse com que o Senado “voltasse à decência” e que houvesse um rumo.
agência estado

Rizzolo: De nada adianta Sarney fazer alusão a figuras do passado para justificar sua defesa, alegando que ” nada tem com a crise”. É lógico que, se em todos os casos de improbidade as notícias trazem seu nome a reboque, discursos prolixos, defesas indefensáveis, não acodem quem como ele permanece no centro das atenções.

A grande verdade deste país é que a classe política se porta de forma indecente. A grande maioria é desprovida do dever cívico, e lá estão no Congresso, atendendo aos interesses daqueles que financiaram sim suas campanhas, ou seja, grandes empresas, grandes lobbies, grandes corporações.

Já o pobre povo brasileiro, os negros, os pobres, os aposentados, os desvalidos, órfãos na sua representatividade parlamentar, vêem seus interesses desaparecerem nas mãos sórdidas daqueles que não saciam sua sede de poder, visando sempre seus próprios interesses.

Vendas brasileiras caem por 2º mês consecutivo

Rio de Janeiro, 16 jun (EFE).- O volume de vendas no comércio brasileiro caiu 0,2% em abril, comparado ao mês anterior, em dois meses consecutivos de resultados negativos, informou hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas já tinham caído 0,5% em março comparado a fevereiro, seu primeiro resultado negativo em vários meses.

Apesar do volume de vendas em abril ter sido 6,9% superior ao do mesmo mês do ano passado, o IBGE reconheceu que o setor comercial, que até agora tinha se mantido imune, finalmente começou a sentir os efeitos da crise econômica global.

As vendas acumuladas nos primeiros quatro meses do ano aumentaram 4,5%, muito abaixo dos 11% registrados no mesmo período do ano passado.

O volume de vendas acumulado nos últimos doze meses, até abril, aumentou em 7,1%. Até setembro do ano passado, quando crise começou a se agravar, o comércio brasileiro acumulava um aumento anual das vendas de 10,3%.

De acordo com o IBGE, seis dos oito setores comerciais analisados registraram, em abril, uma redução em suas vendas, em comparação com março.

Os mais afetados pela queda das vendas foram o setor de livros, jornais e revistas (-2,7%), móveis e eletrodomésticos (-2,0%) e o setor têxtil, de confecções e de calçados (-1,7%).

As vendas de alimentos, bebidas e supermercado quase não aumentaram (+0,8%). Materiais para escritório e informática tiveram um aumento de 8,9%.

De acordo com o instituto, os setores mais afetados pela queda das vendas são os que dependem em maior proporção do crédito, como os de automóveis, móveis, eletrodomésticos e confecções.

As vendas de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, acumularam nos últimos doze meses um crescimento de 8,3%, metade do registrado em setembro do ano passado (16,9%).

O setor de automóveis e motocicletas, que, até setembro de 2008 aumentava suas vendas a um ritmo anual de 21%, cresceu somente 5,1% no último ano, até abril.

De acordo com os analistas do instituto, apesar do comércio indicar estabilidade este ano, o ritmo de crescimento das vendas está muito abaixo do que vinha registrando até antes da crise.

“O comércio está positivo, mas não está crescendo e possivelmente não vai a crescer”, admitiu o economista Nilo Lopes, coordenador do estudo sobre as vendas do comércio no varejo realizado pelo IBGE.

De acordo com Lopes, a aparente estabilidade nas vendas em abril só foi possível graças às medidas que o Governo adotou contra a crise, principalmente à redução dos impostos sobre automóveis e eletrodomésticos linha branca. EFE

Rizzolo: Podemos observar, que a desaceleração foi mais forte em produtos ligados ao crédito, como móveis e eletrodomésticos, que desacelerou de 16,9% em setembro para 8,3% em abril. No varejo ampliado (que inclui carros, motos, partes e peças), a desaceleração foi de 21% em setembro para 5,1% em abril, a crise revelou de forma mais evidente seus efeitos sobre o setor nos resultados dos 12 meses do ano.

Na verdade, o comércio em 12 meses mostrou a face da crise. O setor ainda resiste, contudo, mais do que a indústria. O comércio depende menos das exportações e mais da massa salarial, que resiste graças ao aumento do salário mínimo e aos programas sociais do governo .

Vírus da nova gripe encontrado em SP é diferente do ‘original’, diz secretaria

Sequenciamento apontou mutação em proteína do vírus.
Isolamento mostra variante em relação ao sequenciado nos EUA.

O Instituto Adolfo Lutz, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, anunciou nesta terça-feira (16) que o vírus da nova gripe encontrado em pacientes infectados no estado é ligeiramente diferente do encontrado na Califórnia, Estados Unidos, o primeiro a ser isolado depois do aparecimento da doença. A descoberta foi feita a partir do sequenciamento e isolamento do vírus coletado de um paciente detectado com a doença em São Paulo, que contraiu o patógeno no exterior. O “novo” vírus foi batizado como Influenza A/São Paulo/H1N1.

De acordo com a secretaria, o vírus seqüenciado em São Paulo tem uma mutação na proteína hemaglutinina – que é a responsável pela capacidade do vírus de invadir as células humanas. Essas informações e toda a caracterização genética do vírus são fundamentais para a elaboração de vacinas, por exemplo, e para investigar se houve outras mutações em outras partes do mundo. A hemaglutinina é especialmente importante porque os anticorpos que protegem o organismo contra a entrada do vírus são produzidos como forma de contra-atacar essa proteína.

Trata-se, no entanto, de um passo inicial para a produção da vacina. É preciso agora caracterizar o vírus em outros pacientes para se chegar à formulação mais adequada para impedir a propagação da variedade mais comum. Só então pode começar a produção de imunizantes, um processo que envolve o uso de ovos de galinha para multiplicar o vírus e demora alguns meses.

Variação esperada

A variação da cepa americana original para a brasileira é esperada, já que o material genético do vírus da gripe (formado por RNA, o “primo” menos famoso do DNA) sofre mutações com frequência, além de se misturar o tempo todo com outras cepas de gripe já presentes em humanos ou mesmo animais como porcos e aves. A diferença entre o vírus brasileiro e o californiano, mesmo assim, é discreta. No caso do chamado segmento 4 (pedaço do material genético do vírus no qual se encontra o gene da hemaglutinina), a semelhança é de 99,7% — ou de 99,5%, quando se considera a proteína, e não o RNA que serve de “receita” para ela.

“Faz parte do monitoramento do vírus influenza rastrear essas mutações. Elas são esperadas e freqüentes. Neste caso, essas mutações aparentemente não mudam a resposta ao anticorpo. Não é a parcela principal do vírus que induz à produção do anticorpo que mudou”, explicou Clélia Aranda, coordenadora de Controle de Doença da secretaria.

Por isso, a vacina que já está sendo desenvolvida para a nova gripe a partir do sequenciamento nos Estados Unidos pode servir para o encontrado no Brasil. “A proteína da matriz é igual. Identificamos pequenas mudanças na hemaglutinina. É possível vislumbrar que as alterações não sejam grandes e que a vacina possivelmente será protetora para ele”, explicou.

“Com esse estudo, é possível comparar os dados com tudo o que foi publicado e poder monitorar por onde circula esse tipo de vírus, vendo as similaridades. Essa identificação contribui para a composição das vacinas. Faz parte de um mapeamento genético feito no mundo todo”, explicou Aranda. A secretaria também salientou que os outros pacientes identificados com a doença em São Paulo tiveram os vírus extraídos, isolados e encaminhados para o sequenciamento. O anunciado nesta terça foi o primeiro a ser extraído.

Além do sequenciamento, os pesquisadores do Instituto Adolfo Lutz também conseguiram fotografar o vírus da gripe A H1N1. As imagens foram feitas por um aparelho que tem capacidade de ampliar as imagens em 1 milhão de vezes. Neste caso, ela foi aumentada 200 mil vezes, para que a equipe pudesse fazer a análise morfológica do vírus.

Os pesquisadores ressaltaram que ainda não é possível saber se essa mutação torna o vírus mais ou menos forte, e que sequenciamentos feitos em outros países – como China – já haviam identificado a mutação encontrada em São Paulo. Desde o início da propagação da doença, que foi reclassificada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde, foram registrados 27 casos da gripe suína em São Paulo, enquanto outros 21 pacientes seguem sendo monitorados com suspeita da doença.

Globo

Rizzolo: Bem basta saber agora quais são as devidas implicações em função desta mutação. O que é normal em laboratório não costuma ser normal no nosso organismo. Por hora ainda é cedo para avaliações. Com certeza médicos, cientistas e especialistas irão se pronunciar a respeito, como leigo acho preocupante essa variável, pois se trata de um vírus tão estranho quanto o original. Vamos aguardar.

Advogado de mulher do empresário morto diz que ela é autora do crime

De acordo com ele, suspeita agiu em legítima defesa.
Crime ocorreu no sábado (13) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

O advogado de Alessandra Ramalho D’Ávilla, Mário Oliveira, disse no início da noite desta segunda-feira (15) que ela é a autora do crime que resultou na morte do seu marido. A declaração foi dada na 16ª DP (Barra da Tijuca).

O empresário e engenheiro eletricista Renato Biasotto Mano Jr., de 52 anos, foi morto a facadas no último sábado (13) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

O advogado de Alessandra, no entanto, ressaltou que ela agiu em legítima defesa. Ele explicou que, no dia do crime, o empresário estaria embriagado e agressivo, e teria tentado enforcá-la com uma gravata. Para se defender, ela teria esfaqueado ele.

De acordo com Mário Oliveira, a suspeita revelou que o empresário também teria agredido o filho do casal, de 5 anos. O advogado frisou ainda que, na fuga, Alessandra jogou a faca no corredor do prédio, e saiu com seu filho de carro. Ela teria ido até a 15ª DP (Gávea) para registrar a ocorrência, mas a delegacia, na ocasião, estava lotada, e ela preferiu ir para um lugar seguro, não revelando para onde fugiu.

Polícia divulga imagens de circuito de prédio

Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) divulgaram as imagens gravadas pelo circuito interno do prédio de luxo, onde o empresário e engenheiro eletricista Renato Biasotto Mano Jr., de 52 anos, foi morto a facadas. O vídeo mostra o momento da fuga de sua mulher, Alessandra Ramalho D’Ávila, 35, principal suspeita do crime. Ela já é considerada foragida da Justiça.

O delegado analisou as imagens, que considerou “ruins”, mas que mostram o carro de Alessandra saindo em alta velocidade da garagem. No local, ele também identificou manchas de sangue, que seriam da vítima, em direção ao carro dela, e, em seguida, até a portaria, onde o engenheiro morreu.

“Não tenho mais dúvidas sobre a autoria. Só se houver uma grande reviravolta que mostrem outros acontecimentos e novas provas. Mas, até agora, ela é a principal suspeita”, disse Nogueira.

“Ninguém ligou. Portanto, ela já é considerada foragida”, afirmou. Carlos Augusto disse ainda que está procurando um registro de agressão, feito na delegacia, para confirmar a versão de que Alessandra teria jogado um cinzeiro no marido.

Corpo do empresário será cremado

O corpo do empresário será cremado num cemitério no Rio de Janeiro. Segundo Eduardo Pedrosa, amigo da vítima, a data ainda não foi divulgada, já que a família ainda espera a chegada de uma irmã do empresário, que mora na Austrália.

“O velório deve acontecer na segunda, mas a cremação só vai acontecer depois que a irmã do Renato já estiver no Brasil. O corpo está sendo embalssamado na funerária. Não sei ainda o horário e o local certo da cerimônia”, disse o amigo.

globo

Rizzolo: Lamentavelmente crimes bárbaros como este ainda assolam o país. O fato dela possuir dupla nacionalidade deu causa a uma prisão preventiva, o que faz agora seu advogado requerer a revogaçao do pedido de prisão de sua cliente. Contudo, o que precisa ser investigado é se realmente a ré agiu em legítima defesa com os seus devidos pressupostos legais.

A legítima defesa é prevista no art. 23 do Código Penal Brasileiro e caracteriza a exclusão de ilicitude ou de antijuridicidade , ou seja, quem age em legítima defesa, não comete, pois, crime. É a defesa necessária utilizada contra uma agressão injusta, atual ou iminente, contra direito próprio ou de terceiro que inclui sempre o uso moderado, proporcional e necessário.

O indivíduo quando repelindo as agressões atuais e injustas a direito seu, atua em franca substituição do Estado que nem sempre pode atuar em todos os lugares e ao mesmo tempo , através de seus agentes. Toda cautela é pouca na análise do caso. A polícia judiciária irá investigar, e por hora toda conclusão é prematura. Segundo o delegado, Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP (Barra da Tijuca), “Não há indício algum que aponte para um caso de legítima defesa. Quero saber em que circunstâncias os golpes de faca foram dados”,. Por sua vez, já não é o que pensa o Dr. Mario de Oliveira Filho, grande advogado paulista e meu amigo pessoal. Vamos acompanhar.

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Charge do Jota A para o Jornal O Dia (PI)

jotaa

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