Lula usa manual de esquerda em encontro de alunos do Prouni e se emociona

Com citações à revolução bolchevique de 1917 e conversas com o ex-ditador cubano Fidel Castro, em meio a comentários sobre sua experiência como sindicalista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou em um cada vez mais raro tom esquerdista nesta quinta-feira a alunos do 1º encontro nacional de estudantes do Prouni – Programa Universidade para Todos, do governo federal.

Acompanhado de nove ministros, entre eles Dilma Rousseff (Casa Civil), cotada para disputar a Presidência da República em 2010, Lula, que no passado rejeitou a pecha de esquerdista, definindo-se como “torneiro-mecânico”, foi aplaudido de pé por universitários presentes no 51º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes).

Depois de agradecer à entidade estudantil pelo apoio ao longo do seu governo, o presidente se emocionou por duas vezes e ficou com os olhos mareados: a primeira vez ao comentar sobre a política de cotas para negros em universidades públicas e a segunda quando se recordou de uma visita à Bahia na qual visitou uma mulher atendida pelo programa Luz para Todos.

“Tinha vontade que a UNE sentisse o drama das pessoas que iam para as escolas particulares. Mas essa falta de debate sobre as universidades privadas não era culpa de ninguém (do movimento estudantil), a não ser de sucessivos governos que priorizaram a irresponsabilidade com educação para que ela fosse privatizada”, afirmou Lula durante seu discurso.

O mote da privatização também é de saudosa lembrança para a UNE, que promoveu diversos protestos no país ao longo do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por conta da venda da mineradora Vale do Rio Doce e de outras empresas estatais.

Lições

Em seguida, Lula afirmou no evento da entidade sob gestão de membros do PCdoB que “quem mais ganhou com a revolução de 17 foi a Europa Ocidental, porque com o medo do comunismo criou o Estado do bem-estar social”, referindo-se à derrubada dos governantes da Rússia para instituição de um governo comunista. Palmas menos efusivas da platéia.

No fim do discurso, em uma demonstração de visão prática da política, o presidente afirmou que “uma pessoa pobre ter uma caixa de lápis é mais importante do que uma revolução”.

“Na revolução, as pessoas não sabem o que vão fazer depois. Uma pessoa pobre sabe como usar o lápis”, ensinou. Lula defendeu o sistema de cotas para negros em universidades públicas, o qual chamou de “pequeno reparo” devido “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil.
Uol

Rizzolo: Bem eu entendo houve por parte da matéria uma versão tendenciosa. Pelo texto pode-se inferir que o presidente usou o ” manual da esquerda” apenas para justificar o avanço social da Europa Ocidental. Agora, em relação à dívida da sociedade brasileira com os negros, o presidente está correntíssimo. Temos uma enorme dívida para com os negros neste país.

Como afirma Lula, as cotas significam ” pequenos reparos” face “às gerações perdidas pelos africanos” que se tornaram escravos no Brasil. Sempre defendi o sistema de cotas para negros em universidades públicas, e ainda acho pouco. Desta vez quem exagerou foi a imprensa, isso não é esquerdismo, e o presidente está correto.

Publicado em 1º encontro nacional de estudantes do Prouni, 51º Congresso da UNE, últimas notícias, bispo nega holocausto, Blog do Rizzolo, comportamento, cotidiano, crise no Brasil, Direitos Humanos, economia, evangélicos, Fernando Rizzolo, geral, igrejas evangélicas, inclusão dos negros na sociedade, maçonaria, negros do Brasil, negros no Brasil, News, no 51º Congresso da UNE, notícias, Política, preconceito racial no Brasil, Principal, Programa Universidade para Todos. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . 1 Comment »

Uma resposta to “Lula usa manual de esquerda em encontro de alunos do Prouni e se emociona”

  1. Eliseu Says:

    Que legal, o “pretinho” com todo respeito aos negros, nordestinos, favelados, imigrantes asiáticos e ocidentais, mulheres, velhos, crianças, homens, etc,etc, passa 11 anos em numa escola satélite de alguma comunidade “pobre” qualquer apenas para comer um prato de comida por dia, faz o que quer por la (Graças ao ECA do COLLOR e outras intituições de conteúdo duvidoso), não aprendem nada (quando digo nada é NADA MESMO, ou seja, vazio absoluto, falta de presença de alguma coisa fisica ou espiritual e la vai ele prestar um vestibular para “Medicina”, arquitetura ou engenharia civil. É hilariante. Não sei como vão intercambiar estes fatos reais e claramente visíveis, realmente não sei como. Só se for faculdade para pedreiro, padeiro, garçon ou GoGoBoy. Conheço meninos que terminaram a OiTAVA série na rede estadual de ensino que subiam em cima da mesa da professora (na 3ª série do fundamental), chingavam ela de P * * * e não sabem ler nem escrever. Que vergonha.
    Não serão lindos discuros e rios de lágrimas que vão me convencer de que existe algo tenebroso por trás desse descaso com o futuro da maioria absoluta da humanidade (desfavorecidos). embora não gostem do Fidel de Cuba, ele é exemplo de educação para o país, acima dos 15 anos de idade o indice de analfabetismo é 1%., ensino gratuito para todo cidadão cubano e o espelho disso é o indice de mortalidade infantil abaixo de 5 anos de idade em 7% (Brasil 33%) e ótimo desenvolvimento de vacinas.
    Acho que o Sr. Luis não aprendeu nada em Cuba a respeito de ensino estatal ou tem medo de aplicar o que ele aprendeu por lá.


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