É candidato mas não é candidato – Coluna Carlos Brickmann

Coluna de quarta-feira, 26 de agosto

Surpreenda-se: apesar do título, esta coluna não tem nada a ver com o senador Aloízio Mercadante. O tema é outro: amanhã, o Supremo Tribunal Federal deve julgar o ex-ministro Antonio Palocci, um dos principais quadros do PT, acusado de mandar violar o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Há muitas especulações sobre seu futuro, caso seja absolvido: desde a candidatura à Presidência da República, se Dilma não se firmar, até a candidatura ao Governo paulista.

Mas, mesmo que seja absolvido por unanimidade, a lógica política indica outros caminhos para Palocci. Na campanha presidencial, o assunto da violação do sigilo, ainda muito recente, continuará sendo trazido aos palanques; e outros processos pendentes, ainda dos tempos em que foi prefeito de Ribeirão Preto, SP (cargo que deixou no final de 2002), continuam a incomodá-lo. Na campanha paulista, ocorrerão os mesmos fatos; e em São Paulo, onde um petista jamais venceu uma disputa para o Governo, a eleição seria ainda mais difícil.

O caminho mais provável para Palocci, caso absolvido, é disputar um mandato legislativo: deputado federal (teria grande votação e ajudaria a eleger uma boa bancada) ou senador (mais difícil: para as duas vagas em disputa, há nomes como Guilherme Afif e Orestes Quércia, com apoio do Governo do Estado, e Aloízio Mercadante, pelo PT. E há o senador Romeu Tuma, do PTB, que talvez prefira desta vez disputar a Câmara, mas que ainda não disse nada).

Palocci só disputaria o Executivo em último caso. E não é o caso.

Emoção e nada mais

O filme Lula – o filho do Brasil, dirigido por Fábio Barreto, com base no livro de Denise Paraná, está pronto. Um grupo de petistas históricos aninhados no Governo Federal já assistiu a uma pré-estréia, em Brasília, promovida pelo pai do diretor, o produtor Luiz Carlos Barreto. Emocionaram-se, muitos choraram. Mas o filme ainda não vai ao ar: fica na gaveta para estrear daqui a mais de quatro meses, em 1º de janeiro de 2010. Por coincidência, um ano eleitoral.

As previsões do Pai FH

A versão governista do encontro entre Lina Vieira, a ex-secretária da Receita, e a ministra e candidata Dilma Rousseff envolve o marido de Lina. Expliquemos: entre 1999 e 2000, o marido de Lina foi ministro da Indústria e Comércio do Governo Fernando Henrique (que, na versão oficial, é chamado de “FHC” ou “o sociólogo”). Esta seria a motivação de Lina para torpedear Dilma.

Ou seja, há nove anos, Fernando Henrique previa que a esposa de Alexandre Firmino de Melo Filho e mãe do comediante Mução ocuparia, em algum momento, algum cargo importante no Governo Lula. Nomeou-o, então, para que sua esposa mais tarde retribuísse. Não é que deu certo? Dois anos depois, Lula se elegeu; passados nove anos, pôs Lina na Receita – ele não sabia, e a Abin não lhe contou, que o marido, oh! – tinha sido ministro de FHC. Ela, cumprindo o roteiro, retribuiu torpedeando Dilma. Que capacidade de previsão, a do sociólogo!

A vida imita a arte

Seria demais esperar que a tese petista da previsão do futuro por Fernando Henrique tivesse sido colhida em algum livro. Mas o livro existe: é o ótimo Fundação, de Isaac Asimov. Nele, um psico-historiador e líder político, Hari Seldon, prevendo a queda do Império Galáctico, cria a Fundação Enciclopédia para reunir o conhecimento humano. E, periodicamente, gravações suas (antigas, mas versando sobre aquele momento específico) eram estudadas. É uma novela publicada em série de 1942 a 1953, na revista Astounding Stories. A propósito, o ditador da Galáxia, o grande líder das massas, era conhecido como O Mulo.

Os inimigos dos animais

Atenção: tramita na Câmara o Projeto de Lei 4.598, de 1998, que muda a Lei de Crimes Ambientais, permitindo maus-tratos a animais “domésticos ou domesticados”. O objetivo é evitar prejuízos a rodeios e vaquejadas, onde touros e bois são maltratados. Mas vai legalizar a Farra do Boi, por exemplo. E as rinhas de briga de galos, de cães, de gatos. O projeto bárbaro, de autoria do alagoano José Thomaz Nonô, recebeu relatório favorável do paulista Régis de Oliveira.

Todos no Congresso

Duzentos de um lado, duzentos de outro: empresários e sindicalistas dividiram ontem as galerias da Câmara para debater a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas por semana. Estavam lá Paulinho da Força (que, como deputado, não costuma frequentar o Congresso às terças-feiras), Armando Monteiro Neto, presidente da Confederação Nacional da Indústria (que, como deputado, não costuma frequentar o Congresso às terças-feiras), presidentes de todas as federações das indústrias – menos uma, exatamente a maior: a Fiesp, de São Paulo, cujo presidente Paulo Skaf quer ser candidato a governador e não pode se indispor com ninguém. Os dois lados argumentam a mesma coisa: que defendem o aumento do número de empregos. Ainda não há data para votação.

Que é melhor?

O Japão tem longa semana de trabalho, a França reduziu a sua para 36 horas. A economia japonesa é maior (a população, idem). A França saiu antes da crise.

Carlos Brickmann é Jornalista, consultor de comunicação. Foi colunista, editor-chefe e editor responsável da Folha da Tarde; diretor de telejornalismo da Rede Bandeirantes (prêmios da Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA, em 78 e 79, pelo Jornal da Bandeirantes e pelo programa de entrevistas Encontro com a Imprensa); repórter especial, editor de Economia, editor de Internacional da Folha de S.Paulo; secretário de Redação e editor da Revista Visão; repórter especial, editor de Internacional, de Política e de Nacional do Jornal da Tarde.

Partidos de oposição criticam demissões na Receita

BRASÍLIA – Os partidos de oposição, DEM, PSDB e PPS, divulgaram nota hoje de solidariedade aos servidores da Receita Federal demitidos e de críticas ao governo pela saída dos funcionários. De acordo com a nota, a demissão de “vários e graduados servidores da Receita Federal configura uma séria ameaça aos princípios de impessoalidade, ética, autonomia e transparência” do órgão.

“O Democratas, o PPS e o PSDB vem a público se solidarizar com esses servidores, que colocaram seus cargos à disposição, em gesto que só confirma as denúncias da senhora Lina Vieira de ingerência política na administração do fisco federal. A oposição compartilha do sentimento dos servidores demissionários de que a Receita Federal vive hoje em condições claramente alimentadas por um sentimento não republicano de represália e acerto de contas. É grave!” diz a nota.

Os três partidos afirmam ainda que cumprem o papel de alertar “sobre as graves consequências ao país da prática de perseguição política em um órgão da importância da Receita Federal, com impactos fortemente negativos no desempenho da instituição.”

agencia estado

Rizzolo: Esse governo tem um histórico de intervenções indevidas em órgão que são carreira de estado, como o Ipea por exemplo. Agora a Receita. É lamentável, e perigoso para o país esse tipo de interferência política. Tornar a Receita num braço político é cosia de Hugo Chavez, este é um órgão que tem que ser extremamente protegido de ingerências políticas. Tudo na verdade, neste governo, está se processando no âmbito da brutalidade política e da violência dos valores éticos, basta inferir os fatos.

Dilma participará de reuniões entre PT e PMDB, diz líder

BRASÍLIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, deverá participar das próximas reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a cúpula do PMDB e do PT que articula a aliança eleitoral para 2010. O convite à ministra foi acertado na reunião de ontem de Lula com os presidentes do PMDB, Michel Temer (SP), do PT, Ricardo Berzoini (SP), e dos líderes das duas legendas na Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e Cândido Vaccarezza (PT-SP). A intenção é que a pré-candidata comece a se inteirar sobre as articulações entre os partidos e conheça melhor o quadro político nos Estados. O convite a Dilma será feito pelo PMDB e as reuniões de avaliação ocorrerão a cada 15 dias, disse o líder peemedebista.

A preocupação é acertar as alianças nos Estados até dezembro, no máximo. A avaliação dos partidos é a de que, com a entrada do recesso no Legislativo em janeiro, os parlamentares estarão em suas bases eleitorais fechando os acordos locais e haverá uma dispersão das siglas, o que dificultaria a aliança. “Não adianta ter boa vontade. É necessário o voto dos delegados na convenção para o partido apoiar Dilma”, disse Alves.

O PMDB entende que o PT já será beneficiado no âmbito nacional com o apoio do partido a Dilma e, por isso, quer resolver suas prioridades na base. “O PT não pode querer tudo. Eleger Dilma e brigar nos Estados”, disse o peemedebista. Ele afirmou que a reunião de ontem foi tranquilizadora porque Lula e os dirigentes petistas demonstraram que querem resolver os problemas pendentes. Um dos temores do PMDB era em relação ao comportamento das diversas tendências do PT, que poderiam dificultar os acordos regionais. Porém, segundo o parlamentar, Lula e Berzoini demonstraram determinação em resolver os entraves nos Estados.

De acordo com Henrique Alves, a intenção dos articuladores da aliança é chegar na convenção do PMDB, em junho do próximo ano, com pelo menos dois terços dos convencionais a favor da aliança com o PT e da pré-candidata Dilma. São em torno de 600 convencionais e cerca de 800 votos, porque alguns delegados podem votar mais de uma vez de acordo com o cargo que ocupam nacionalmente e nos diretórios regionais.
agencia estado

Rizzolo: O presidente Lula está já percebendo que sua idealização megalomaníaca de levar Dilma à presidência é algo dantesco, e que só com todo o esforço possível e imaginário poderia ele no palanque transferir votos a alguém que nem sequer exerceu uma vereança neste país. O presidente numa brutalidade política, fez com que todos apoiassem Sarney para que agora o PMDB desse seu apóio a Dilma, um apoio discutível. Acho missão difícil fazer Dilma presidente, e no fundo entendo que o próprio presidente já se deu conta desta loucura, só que não dá mais para voltar atrás.

Charge do Aroeira para o O DIA

aroeira

Fator Previdenciário e Reajuste da Aposentadoria foram discutidos hoje (24/08) em Brasília

A reunião que tratou do reajuste aos aposentados que ganham acima da inflação e de outros temas relacionados à Previdência, realizada nesta segunda-feira na sede do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, apresentou avanços em relação ao último encontro. Uma nova rodada de negociações, acordada entre as centrais e o Governo, ocorre nesta terça-feira, 25 de agosto, às 18h. Relator do projeto substitutivo ao Fator Previdenciário, o deputado federal Pepe Vargas (PT/RS) participou do encontro e manifestou apoio à nova reivindicação dos representantes das centrais.

“Essa nova proposta leva em conta o período de aviso prévio e o período que o trabalhador recebe o seguro desemprego, como tempo de contribuição. Eu defendo esta proposta que traz benefícios aos trabalhadores em geral“, afirmou.

As centrais também solicitaram que as negociações definam o reajuste acima da inflação para 2010 e também para 2011. O Governo concordou em conceder reajuste linear, ou seja, o mesmo percentual para todas as faixas salariais acima do salário mínimo. As centrais e o Governo concordam que o Projeto de Lei 4434/08, de autoria do Senador Paulo Paim (PT/RS), que prevê a recuperação do número de salários mínimos recebidos na data da concessão da aposentadoria, continue em tramitação.

Além do deputado federal Pepe Vargas, participaram da reunião os ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e José Pimentel (Previdência), o líder do governo na Câmara deputado Henrique Fontana (PT-RS), representantes da Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas – Cobap, da Central Única dos Trabalhadores( CUT), Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NSCT) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
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Rizzolo: É como eu sempre afirmo, fala-se muito pouco em relação ao assunto fator previdenciário, e muito sobre possíveis mudanças que servirão para barganhar o fim do fator. É o ” seis por meia dúzia”, a barganha, e o esvaziamento da discussão do fim do fator em si. Essas centrais aí deveriam ser mais claras e de forma veemente não negociar nada que não fosse o determinado fim do fator previdenciário. Agora, sentar à mesa para discutir mudanças marginais de cunho negociativo, e apunhalar o principal que é o fim do fator, não concordo. A atitude tem que ser clara, cristalina, e sem rodeios: fim do fator e aos rodeios propositais se opor.

O problema é que hoje não confio nem nos parlamentares, quer da oposição ou do governo, tampouco nas Centrais que são agraciadas pelo governo, e estão aí fingindo “negociar” para no final fazer valer a continuidade do perverso do fator. Acredito sim na luta corpo a corpo que fazemos nós aqui, sozinhos, pois entre nós não nos enganamos, apenas assitimos indignados sermos golpeados por esta turma. A resposta virá nas próximas eleições. Sou patriota e luto sozinho ! Aguardem !

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