Zelaya fala à Assembleia Geral da ONU por celular

NAÇÕES UNIDAS – O presidente hondurenho deposto, Manuel Zelaya, não pôde participar pessoalmente da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) neste ano, já que permanece cercado por soldados na embaixada brasileira em Tegucigalpa.

Porém, Zelaya conseguiu falar à assembleia nesta segunda-feira por telefone celular, com a ajuda de sua ministra das Relações Exteriores, Patricia Rodas, que estava no pódio da ONU, e apelou por ajuda.

“Honduras está sendo submetido ao domínio fascista, o que suprime o direito do povo”, disse o presidente esquerdista, deposto há três meses pelos militares.

“Eu peço às Nações Unidas para ajudar a reverter este golpe de Estado”, disse.

Zelaya afirmou que o fechamento de meios de comunicação nesta segunda-feira pelo governo de facto era a evidência da “ditadura” que assumiu o país.

Rodas disse que a vida de Zelaya estava em perigo.

Desde sua deposição, em 28 de junho, o governo de facto tem resistido à pressão internacional para a sua restituição. O governo liderado por Roberto Micheletti promete prendê-lo e levá-lo a julgamento.

Zelaya voltou na semana passada ao país e procurou abrigo na embaixada brasileira na capital hondurenha.

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Rizzolo: Que coisa feia para o Brasil! Ninguém entende esta posição diplomática. Não dão asilo ao camarada, mas deixam-no falar à vontade usando as dependências da embaixada. O pior, insistem em mante-la num País que não reconhecem o governo. Vejam que contradição, que bagunça, que situação. O governo americano já deu o tom ” da bucha” que o Brasil se meteu. E agora Amorim? O Brasil vai amarelar? Temos que pensar menos no esquerdismo e mais na racionalidade, no bom senso, nas boas maneiras, nos envolvermos com países ” em ordem”, senão dá nisso, co-autoria na delinqüência internacional de cunho inconseqüente .

A Filarmônica, Villa-Lobos e os Negros

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O teatro não era grande, mas era espaçoso o suficiente para ser aconchegante naquela noite fria. Afinal, ouvir Villa-Lobos é quase um ato de oração ao Brasil. Com efeito, a grandeza da música erudita, quando tocada por uma boa filarmônica, nos leva a viajar na melodia, nos conduz à reflexão, arremessando-nos na seara da imaginação. Pois não há ninguém melhor que o grande compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos, com sua música e ritmo, para desnudar de forma artística a essência do povo brasileiro.

Foi exatamente naquela noite, ao som das bachianas brasileiras, que descobri um Brasil que se transforma a cada dia. O público, na maioria oriundo de uma elite paulista, contava também com alguns ouvintes especiais. O que era raro anos atrás estava ocorrendo bem ali à minha frente. Alguns rapazes negros e de aparência humilde aplaudiam o concerto, sensibilizados pela beleza da música – pareciam acompanhar o ritmo cadente brasileiro, degustando a grandiosidade da melodia, embriagando-se de Brasil.

Ao observá-los, comecei a refletir sobre o papel dos negros na cultura, nas artes, na inclusão cultural, fruto de um trabalho social real do governo para finalmente levar a população negra e mais carente a compartilhar das diversas manifestações culturais do país. Não é por acaso que o Senado aprovou nesta quarta-feira o projeto que cria o Estatuto da Igualdade Racial, que segue agora para a sanção do presidente Lula.

Não há como pensarmos em igualdade racial sem tutelarmos as ações que visem à igualdade de oportunidades, principalmente no que tange ao mercado de trabalho. Temos que nos conscientizar de que houve, sim, uma defasagem cultural, de oportunidades, de inclusão social, resultado de toda sorte de injustiças que já perduram há 121 anos, desde a abolição da escravatura.

Talvez Heitor Villa-Lobos, ao fundir material folclórico brasileiro às formas pré-clássicas ao estilo de Bach, já estivesse prevendo que um dia sua música inspiraria mais que uma viagem à essência do povo brasileiro – inspiraria uma união racial que levaria suas composições eruditas a serem uma referência lógica; talvez previsse que o reflexo do gosto musical refinado por muitos teria por princípio a participação dos negros e da população excluída – que, de certa forma, serviu de inspiração e de sonho a este grande compositor brasileiro, que cantou um Brasil mais justo para todos nós.

Fernando Rizzolo

Dedico este texto à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.

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Dilma: ‘Estou pronta para o que der e vier’

BRASÍLIA – A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou hoje que está “pronta” para a disputa presidencial de 2010. Em entrevista para comentar o anúncio feito pelos seus médicos de que está curada do câncer, ela não deixou sem respostas perguntas sobre a campanha eleitoral. “Estou pronta para o que der e vier”, disse. Na entrevista, Dilma agradeceu o trabalho da sua equipe médica e a solidariedade de pessoas comuns durante o processo de tratamento da doença.

A uma pergunta se agora ela estava em condições de assumir compromissos com o PT e a sua candidatura à Presidência lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo País, Dilma respondeu: “eles (médicos) disseram para mim: você tem condições totais agora, sem nenhum cuidado diferente do que qualquer outra pessoa tem que ter consigo mesma, de exercer todas as atividades que você vinha exercendo antes”, afirmou. “Fico muito feliz porque agora não tenho que tomar remédio e é interessante: eu recuperei a minha energia e acho que está na minha cara”, afirmou.

Dilma, que participou da posse de Alexandre Padilha no cargo de ministro de Relações Institucionais, disse que o tratamento contra o câncer deu a ela uma experiência pessoal e de conhecimento da realidade das pessoas que fazem quimioterapia. Ela disse que a partir de agora atuará junto com o Ministério da Saúde para garantir o melhor tratamento para as pessoas. “Terei o máximo de interesse nesta questão de saúde pública”, afirmou. Dilma ainda disse que na vida sempre é possível tirar algo de bom, mesmo em caso de doença. “O que tirei de bom foi dar mais valor à vida. Passei a dar mais valor às coisas simples, como a luz de Brasília”, afirmou. Dilma disse ainda que vai trabalhar para combater o preconceito sofrido pelas pessoas que têm câncer.
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Rizzolo: Dilma é uma boa pessoa. Sofreu a angústia de ter um câncer e ao que parece o superou. Aqueles que falam do seu jeito, a chamam de ” gerentona”, não sabem que as pessoas se amoldam. Lula se amoldou ao ” Lula paz e amor”, com o simples intuito de ser “mais simpático”, mais palatável. O mesmo ocorrerá com Dilma que ainda está iniciando sua corrida à presidência, fato este que ela mesma ainda não declarou publicamente. Pouco importa ao povo brasileiro o ” jeito” de candidato, o importante é que ele de continuidade aos programas de inclusão, pense nos pobres, nos necessitados, e que não privilegie o capital especulativo. Parabéns e saúde a Dilma Rousseff!

Zelaya transformou embaixada em ‘comitê político’, diz Sarney

TEGUCIGALPA – O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), criticou nesta segunda-feira, 28, a atividade do deposto Manuel Zelaya na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa e disse que a sede diplomática não pode ser usada para a abordagem de assuntos internos de outro país. Sarney, um dos principais aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou à Agência Brasil que Zelaya e seus seguidores transformaram a embaixada em um “comitê político.”

“Esse abuso não é bom nem para Zelaya nem para o Brasil. A embaixada brasileira tem que zelar pelas leis que regulam o asilo e não se meter em assuntos internos de outros países”, afirmou Sarney.

“Acho que o Brasil não pode deixar de oferecer asilo (a Zelaya), especialmente a um homem que foi deposto por um golpe. Mas o que está acontecendo, reconheço, é um certo exagero na ocupação da embaixada, que foi transformada em comitê político”, disse.

O presidente do Senado lembrou que o Brasil tem uma tradição de 200 anos de respeito à soberania dos países e nunca interveio em outra nação. Sarney apontou que o governo poderia ter encontrado outra forma de se posicionar contra os golpistas, mas sem interferir na situação interna.
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Rizzolo: Desde o início desta iniciativa atrapalhada, este Blog já denunciava a incompetência da política internacional do Brasil, que sempre visou em primeiro lugar agradar a esquerdar e adular Hugo Chavez e sua turma. Ora, é claro que ia dar nisso. Observem agora, que os EUA já estão mudando de posição e responsabilizando o Brasil por esta absurda guarida a Zelaya. Lula sob os auspícios de Amorim está levando o Brasil a ter posturas erradas, inconseqüentes, e perigosas como esta e em relação ao Irã. O absurdo é tanto que se de fato o governo brasileiro não reconhece “o governo golpista”, como mantem uma embaixada naquele País ? Não foi por falta de aviso, até Sarney devolve o apoio de Lula a uma crítica envolta de bom senso. Tudo em nome do esquerdismo, do bolivarianismo, e de todas estas bobeiras latino americanas.