Estudantes ocupam embaixada do Brasil em Caracas

CARACAS – Três estudantes venezuelanos acorrentaram-se à Embaixada do Brasil em Caracas, hoje, para pedir ao país vizinho que sirva de mediador para que o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, permita a visita de uma comissão para avaliar a situação dos direitos humanos e de supostos “presos políticos”.

O protesto ocorre cinco dias depois de 163 universitários de 11 cidades venezuelanas terem encerrado uma greve de fome de 155 horas de duração para pedir que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, intercedesse para que o governo venezuelano aceitasse uma visita da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).

Hoje, os manifestantes acorrentaram-se durante sete horas diante da embaixada brasileira. Eles deixaram o local depois de entregarem um documento no qual pediam ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, que “se interesse pelo destino” de 39 opositores detidos por delitos como perturbação da ordem pública, lesões graves a policiais e incitação ao crime.
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Rizzolo: Bem entendo que o Brasil não deve mais interferir em assuntos internos nos demais países. O episódio Honduras bastou para que o Itamaraty não entre em outra situação delicada. O grande problema agora, é que o Brasil passou a ser uma referência nessa atuação, só que dessa vez como é a oposição chavista, não acredito em incursões brasileiras. Isso é problema do Chavez, ademais, sinceramente, precisamos saber o que estes oposicionistas fizeram para estarem detidos, nenhum extremista é santo, tanto de esquerda quanto de direita.

Brasil compra US$ 10 bilhões em bônus e vira credor do FMI pela primeira vez

O Brasil se comprometeu formalmente nesta segunda-feira (5) a adquirir US$ 10 bilhões em bônus do Fundo Monetário Internacional (FMI), assumindo pela primeira vez a posição de credor desta entidade e refletindo seu crescente peso na economia mundial.

“Passamos da condição de devedores à de credores. É uma mudança radical”, declarou à imprensa o ministro da Fazenda, Guido Mantega, após entregar uma carta ao diretor-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.

Mantega havia anunciado que o Brasil emprestaria US$ 10 bilhões ao FMI em junho. Em abril, quando a ideia de um eventual empréstimo ao FMI foi divulgada pela primeira vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva perguntou a jornalistas que cobriam o encontro do G20 em Londres: “Você não acha muito chique o Brasil emprestar dinheiro para o FMI?”

“É um momento histórico para nós. É a primeira vez na história que o Brasil empresta recursos ao FMI – e, portanto, à comunidade internacional”, destacou Mantega, que participa em Istambul da reunião anual do Fundo.

O ministro lembrou que o Brasil se beneficiou em 2002 de um pacote de US$ 30 bilhões do FMI para enfrentar as turbulências e a onda especulativa provocadas pela eleição de Luis Inácio Lula da Silva à presidência. Foi o maior valor já emprestado pelo organismo financeiro. Aplicando uma rigorosa política fiscal, Lula saldou toda a dívida no final de 2005.

O Brasil está entre os países que estão conseguindo superar bem a crise econômica mundial, após atravessar uma breve recessão. Mantega fez o anúncio três dias depois da vitória do Rio de Janeiro na disputa pela organização dos Jogos Olímpicos de 2016, ao derrotar as finalistas Chicago, Tóquio e Madri.

Na carta, entregue em mãos a Strauss-Kahn, o Brasil se compromete a “assinar um acordo de compra de bônus emitidos pelo Fundo no valor de US$ 10 bilhões de dólares, sob condições que serão estabelecidas no contrato que assinaremos”, explicou Mantega. “Faremos uma assinatura por dois anos”, indicou o ministro, acrescentando que o acordo será ratificado “nos próximos dias”.

“É importante dizer que nós estamos colocando uma parte de nossas reservas, mas isto não significa uma diminuição da disponibilidade de recursos para o Brasil. É apenas uma mudança de ativos”, ressaltou Mantega, lembrando que o país decidiu comprar bônus que podem ser vendidos a outros países, sem dar o dinheiro diretamente ao FMI.

“Com estes recursos, o FMI poderá ajudar os países que precisam de liquidez”, disse o ministro, explicando que, com esta atitude, o Brasil responde a um apelo feito por Strauss-Kahn aos membros do Fundo para que não acumulem reservas e usem parte delas para dar à instituição os recursos necessários para contribuir com a recuperação da economia.

Bric

Segundo Mantega, os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) decidiram comprar um total de US$ 80 bilhões em bônus do fundo; US$ 50 bilhões serão adquiridos por Pequim e US$ 30 bilhões igualmente divididos por Brasília, Moscou e Nova Délhi.

Agora, os quatro países vão negociar a possibilidade de colocar seus títulos nos Novos Acordos para a Obtenção de Empréstimos (NAP), programa que permitirá ao FMI dispor de 500 bilhões de dólares para conceder empréstimos rápidos a países em dificuldades.

Os BRICs, no entanto, condicionam esta decisão a uma garantia de que seu poder de decisão seja proporcional à contribuição feita ao NAP. O Fundo, por sua vez, se comprometeu no domingo a aumentar em pelo menos 5% as cotas dos países emergentes até 2011.

Os US$ 80 bilhões dos BRICs representam 16% dos 500 bilhões previstos pelo programa, porcentagem que daria ao grupo de quatro países uma minoria de bloqueio.

No domingo, Strauss-Kahn anunciou que sua instituição necessitava de um “aumento considerável” de seus recursos para ajudar os países mais afetados pela crise, a maior desde a Grande Depressão da década de 30.
globo

Rizzolo: Parece um sonho o Brasil finalmente se tornar um credor do FMI. É bem verdade que as condições econômicas mundiais contribuíram para isso, mas por outro lado as políticas de intervenção do Estado na economia observando uma maior regulação dos meios financeiros propiciou ao Brasil um maior solidez econômica.

A grande verdade é que tudo na sua maior parcela se deve ao desenvolvimento do mercado chinês e seu aumento de consumo pelas commodities brasileiras. O povo chinês passou a consumir mais e o Brasil por ser um parceiro mais integrado à economia chinesa do que aos EUA, se beneficiou desse desenvolvimento.

Os recursos que estão sendo emprestados pelo Brasil e outros países, como China e Rússia, ajudarão o Fundo a socorrer países que estão em mais dificuldade por conta da crise, ajudando a retomar o comércio mundial e viabilizando um recuperação mais rápida da economia mundial. Agora, como diz o presidente Lula, “isso é muito chique”, o Brasil ficar credor do FMI. Parabéns ao Brasil e ao governo Lula. Tem seu mérito, ou não tem ? Tem que reconhecer, só bater, não dá, não é ?

No Paraná, Dilma exalta ‘união’ em conquista de Jogos

CURITIBA – A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse na manhã de hoje, em Londrina, que, quando os brasileiros se unem para defender uma mesma causa, se tornam vencedores. Segundo ela, assim foi na escolha do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016.

Dilma foi à cidade paranaense para o evento de liberação de recursos para a construção de 2.156 casas do programa Minha Casa, Minha Vida. “Estamos aqui defendendo mais uma vez a mesma causa, que é a causa da emancipação do nosso povo, do povo brasileiro, dos milhões de brasileiros, brasileiras e brasileirinhas que precisam de um futuro que seja compatível com o tamanho deste país”, discursou.

Em tom de campanha, ela criticou os opositores. “Nós não podemos mais sempre ver aqueles que puxam para baixo, aqueles que não querem que este País seja a grande potência que ele necessariamente está sendo e será”, disse.
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Rizzolo: A afirmativa de Dilma é verdadeira. Um povo quando se une em torno de uma mesma causa faz a diferença, a própria história já nos deu prova disso. É bem verdade que união esportiva é uma coisa, já união em torno de ideais de uma nação difere um pouco, muito embora uma pode emprestar força à outra. O mais importante é que com as Olimpíadas em 2016 no Rio, a auto estima do brasileiro subiu e isso se reflete em tudo, principalmente no patriotismo.

Charge do Clayton para o O Povo (CE)

clayton