Receita deflagra Operação Mansões, que investiga imóveis de alto padrão

Objetivo é combater sonegação de contribuições à Previdência Social.
Segundo o órgão, não-recolhimento afeta as contas do INSS.

A Receita Federal anunciou nesta quinta-feira (22) que vai convocar 10 mil responsáveis por obras de construção civil de alto padrão, localizadas principalmente em condomínios fechados, para cobrar o recolhimento das contribuições previdenciárias de funcionários.

A falta de pagamento foi detectada por meio do cruzamento das matrículas das construções na Receita Federal com as informações encaminhadas mensalmente pelas prefeituras municipais sobre recolhimento de impostos.

A operação começará por São Paulo, mas deverá ser estendida a outras regiões do país, conforme o secretário da Receita Federal, Otacílio Dantas Cartaxo. De acordo com o órgão de fiscalização, foram encontradas milhares de residências de alto padrão sem qualquer recolhimento de contribuição previdenciária. Isso prejudica, segundo a Receita, as contas da Previdência Social.

Empresas

Além das verificações de obras de pessoas físicas, as delegacias de arrecadação vão intensificar o combate à sonegação de contribuições previdenciárias por empresas do setor da construção. De acordo com o órgão, o proprietário ou empresa que não quitar o débito previdenciário ficará sujeito à abertura de ação fiscal, que pode gerar multa.

Somente em Bauru, no interior paulista, o recolhimento previdenciário atingiu R$ 4,8 milhões após a notificação de 17 obras com área construída acima de 2 mil metros quadrados.
globo

Rizzolo: Não é possível imaginar que empresários da área imobiliária não recolham contribuições previdenciárias, mormente em se tratando de obras de alto padrão. A insensibilidade para com os pobres e aposentados neste país se tornou assustadora. Por certo são estes sonegadores que não aprovam a CSS, e por certo também pouco estão interessados com a massa pobre que sem nada ter agoniza nos corredores dos hospitais.

“No Brasil, Jesus teria que se aliar a Judas”, diz Lula em entrevista

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, que até “Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão” se fosse eleito para governar o Brasil. Durante a entrevista, Lula falou também sobre sua candidata, a ministra Dilma Rousseff, e sobre as eleições de 2010.

Dilma Rousseff

Quando questionado sobre a razão de ter escolhido Dilma para candidata, Lula elogiou Dilma, dizendo que ela “é a mais competente gerente que o Estado já teve”.

O presidente negou que uma possível eleição de Dilma equivaleria a um terceiro mandato seu. “A Dilma no governo tem de criar a cara dela, o estilo dela, o jeito dela de governar”, afirmou.

Coalizão

Sobre afirmação de Ciro Gomes, que disse que Lula e Fernando Henrique Cardoso foram tolerantes com o patrimonialismo para fazer aliança no Congresso, o presidente afirmou que “qualquer um que ganhar as eleições, pode ser o maior xiita deste País ou o maior direitista, não conseguirá montar o governo fora da realidade política. Entre o que se quer e o que se pode fazer tem uma diferença do tamanho do oceano Atlântico. Se Jesus Cristo viesse para cá, e Judas tivesse a votação num partido qualquer, Jesus teria de chamar Judas para fazer coalizão”.

Apesar de defender uma coalizão de partidos, Lula justificou na entrevista o fato de sua candidata ser petista. “Seria inexplicável para grande parte da sociedade o maior partido de esquerda do País, que tem o presidente, não ter um sucessor”.

O presidente negou que, diante da possibilidade de Ciro seguir emparelhado ou à frente de Dilma em março, poderia tentar convencê-lo a desistir da Presidência e concorrer em São Paulo. “Sou o único que não tem autoridade moral para pedir para alguém não ser candidato. Fui candidato a vida inteira. Só cheguei à Presidência porque teimei”, disse.

Viagens

Sobre o fato de o presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Gilmar Mendes, ter classificado de vale-tudo as viagens que viram comícios, Lula disse que ninguém pode ser contra a Dilma ir às obras com ele. “Se for candidata, a lei determina que tem prazo em que não poderá mais ir. Até lá, ela é governo”.

Crise no Senado

Durante a entrevista ao jornal, Lula reafirmou seu apoio ao presidente do Senado José Sarney. “Não entendi por que os mesmos que elegeram Sarney, um mês depois, queriam derrubá-lo. Coincidentemente, o vice não era uma pessoa [Marconi Perillo, do PSDB de Goiás] que a gente possa dizer que dá mais garantia ao Estado brasileiro do que o Sarney. A manutenção do Sarney era questão de segurança institucional”.

Sobre sua afirmação de que “Sarney não poderia ser tratado como um cidadão comum”, o petista afirmou que “é verdade que ninguém está acima da lei, mas é importante não permitir a execração das pessoas por conveniências eminentemente políticas. Sarney foi presidente. Os ex-presidentes precisam ser respeitados, porque foram instituições. Não pode banalizar a figura de um ex-presidente”.

Polêmica

A reportagem da “Folha” questionou também sobre a proximidade de Lula com políticos envolvidos em escândalos. “O sr. apoiou Sarney, reatou com Collor, é amigo de Renan Calheiros, de Jader Barbalho e recebeu Delúbio Soares recentemente na Granja do Torto. Todos são acusados de práticas atrasadas na política e até de corrupção. Ao se aproximar dessas figuras, não transmite ideia de tolerância com desvios éticos?”

“O dia em que você for acusado, justa ou injustamente, enquanto não for julgado, terá de ser tratado como cidadão normal. Não tenho relações de amizade, mas institucionais”, respondeu o presidente.

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Rizzolo: Com essas e aquelas o presidente Lula magoa uns e agrada outros, mas na totalidade ainda é o presidente mais popular do Brasil. Entendo que muito do que Lula fala, são expressões do povo, populares, corriqueiras, e que na verdade na concepção simplista de quem fala não há maldade embotada. A forma, a dialética usada, muitas vezes choca segmentos da sociedade, mas o importante não são as elucubrações populares cacheadas com jargões do povo, e sim o fato de que com isso ele está conseguindo levar o Brasil de forma muito boa, o resto é perfumaria, e discurso da oposição.

Rabino manifesta a Sarney preocupação com visita do presidente do Irã ao Brasil

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O presidente do Senado, José Sarney, recebeu, na manhã desta terça-feira (20), o grão rabino Asquenazi de Israel, Yona Metzger, que lhe trouxe a preocupação da nação judaica com a visita do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, ao Brasil, marcada para o próximo mês. Ele manifestou o desejo de que essa visita seja adiada.

– Falei da dor que sentimos a respeito da vinda do presidente do Irã ao Brasil. Para nós, é muito triste saber que o Brasil vai receber um homem que já disse publicamente que quer destruir nosso país. Depois de negar o holocausto que, há 65 anos, matou 6 milhões de judeus, ele quer continuar agora a matar outros 6 milhões, dentro do Estado de Israel – afirmou o rabino.

Yona Metzger disse que não fez nenhum pedido oficial, mas deixou o Senado com a certeza de ter expressado o doloroso sentimento que a visita de Mahmoud Ahmadinejad significará para o povo judeu. Em sua análise, como Sarney já foi presidente do Brasil, tem melhores condições de avaliar essa situação.

– Seria importante que o presidente Lula adiasse a visita do presidente do Irã, até que ele mudasse de idéia. Tenho certeza que adiar a visita seria uma decisão recebida com muito admiração e apoio no mundo todo.

Yona Metzger também disse que, dentro em breve, Brasil e Israel assinarão um acordo econômico da maior importância para as duas nações. E afirmou ter ouvido de Sarney que este fará tudo para que esse acordo se processo o mais rapidamente possível.

Sarney também disse ao visitante que o Brasil espera com expectativa a visita do presidente de Israel, Shimon Peres, prevista para o final de 2009, e que tem especial estima por esse líder, a quem citou, em suas memórias, como uma das grandes inteligências mundiais.

No encontro, contou o visitante, Sarney também mencionou os estreitos laços culturais e de amizade que o Brasil tem com Israel, dizendo esperar que todos os seres humanos usufruam de uma convivência pacífica e que a religião não seja objeto de conflito entre os povos, mas instrumento de paz.

fonte: Informativo da Federação Israelita do Estado de São Paulo

Rizzolo: Realmente procede as preocupações, mas acredito que o governo saberá separar o que é comercial e o que é malévolo. É claro que a comunidade judaica brasileira e mundial ficam ressentidas e até constrangidas, e parece que nessas horas Sarney, com todos os seus defeitos, que nós já conhecemos, nos dá ouvidos neste momento complicado. Acredito que o presidente Lula saberá conter o presidente do Irã, na sua verborragia antissemita. A Federação Israelita do Estado de São Paulo em nota acima demonstra sua preocupação. Enfim nos resta confiar no bom senso do presidente.

Charge do Sinfrônio para o Diário do Nordeste

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Arrombaram a web: como a classe C faz a sua revolução na internet

Não bastasse puxar a economia do país para frente, a classe C está dando um show na internet. Promovida a classe média emergente, comprou computador, arrumou banda larga e está mandando ver online.

Por Sandra Carvalho, na Info Online

Quem você acha que infla os números brasileiros do Orkut (27,3 milhões de visitantes únicos em julho) ou mantém a atividade febril do MSN, com seus 32,1 milhões de usuários, conforme foram registrados pelo Ibope Nielsen Online?

No final de 2008, a penetração da internet na classe C chegava a 39%, segundo dados da TGI Brasil. A projeção do IAB, bureau de publicidade interativa, é que até dezembro chegue a 45%. Assim, quase uma de cada duas pessoas emergentes surfará na web até o final do ano.

Essa penetração de 45% pode não ser lá essas coisas — nas classes A e B, 76% já estão na internet hoje. Mas como a classe C, hoje em dia, é a maior do país, qualquer ponto porcentual na internet causa um maremoto, não uma marolinha.

No início deste ano, a Fundação Getúlio Vargas estimava em 97,2 milhões de pessoas essa turma ascendente — gente com renda familiar mensal entre R$ 1.064 e R$ 4.561. Com a chacoalhada da crise, uma parcela pode ter despencado da classe C para a D — mas esse movimento está longe de ser dramático, porque são os emergentes, e não os ricos, os mais resistentes à crise atual.

Ao mergulhar na web, a classe C expande os números totais da internet brasileira de forma impressionante. Mais uma projeção do IAB: devemos chegar a 68,5 milhões de pessoas na internet no Brasil dentro de quatro meses.

Não é nada, não é nada, estaremos incorporando, este ano, 6,2 milhões de internautas, ou seja, mais que uma Dinamarca inteira, e isso só contando quem tem mais de 16 anos de idade.

E não estou falando de internauta desinteressado. Nós, brasileiros, já atingimos a marca de 30 horas por mês na web, quando se mede o uso da rede nas casas, de acordo com os dados do Ibope Nielsen Online.

Para alimentar essa expansão, foram vendidos 12 milhões de computadores em 2008 e outros 4,8 milhões no primeiro semestre deste ano, conforme os cálculos da Abinee, a associação brasileira da indústria elétrica e eletrônica. A banda larga deu em 2008 um salto de 45,9% em relação a 2007, conforme os dados do Barômetro Cisco, elaborado pelo IDC.

As conexões saltaram de 8 milhões para 11,8 milhões, com graus variáveis de qualidade, mas de qualquer forma com velocidade maior que a das linhas discadas. Vivemos finalmente um círculo virtuoso em que praticamente todo mundo ganha, e ninguém perde.

Se a massificação do ensino nos anos 80 deu nessa gororoba atual, e o acesso da classe C aos carros populares nos últimos anos transformou o trânsito caótico de grandes cidades em algo insuportável, na internet não houve trauma algum de absorção dos novos internautas. Muito pelo contrário. Há lugar sobrando para muitos milhões mais.
info online

Rizzolo: Este Blog mesmo percebe a diferença, como o nosso público é bem heterogêneo, temos desde trabalhadores humildes, estudantes a empresários de grande porte. A classe C não só na internet como na capacidade de gastar nas compras em dias de festa esta arrombando também os shopping centers do Brasil. O que é um ótima notícia.

Dilma tenta reafirmar ‘mineiridade’ em visita a Belo Horizonte

BELO HORIZONTE – Depois de construir a maior parte de sua carreira no Rio Grande do Sul, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, tentou reafirmar sua “mineiridade” durante evento de assinatura de contratos do programa Minha Casa, Minha Vida na Prefeitura de Belo Horizonte nesta quarta-feira.

Pré-candidata pelo PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma destacou vários programas e obras do governo petista e ressaltou que é natural de Minas Gerais, o segundo maior colégio eleitoral do país.

“Estivemos há pouco naquela cidade de Ouro Perto. A nossa cidade de Ouro Preto. E nós, mineiros, aprendemos a nos orgulhar dela assim que abrimos os olhos”, disse ela, referindo-se ao município onde, pouco antes, havia inaugurado ao lado de Lula o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das cidades históricas.

Dilma nasceu em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e estudou em Belo Horizonte até ser expulsa da Faculdade de Economia por causa da militância política na época da ditadura militar.

“É uma grande alegria para nós estarmos aqui em Minas Gerais”, acrescentou Dilma em discurso a centenas de políticos e líderes de entidades sociais e organizações não governamentais do estado.

A ministra estava acompanhada pelo chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Dulci, pelo ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Patrus Ananias, e pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa, –todos mineiros–, além do ministro das Cidades, Márcio Fortes, que ressaltou ser filho de cidadão de Minas Gerais.
agencia estado

Rizzolo: Por mais que a imprensa e a oposição tentem desqualificar a ministra Dilma, chamando-a de ” gerentona”, e outros nomes , quer ela agora desqualifica-la em relação ao Estado de seu nascimento, Minas Gerais. Entendo que tudo é válido na oposição, agora insinuar como que Dilma age como uma ” mineira de última hora” não é elegante, e denota falta de argumentação política. Sinceramente entendi que a notícia esbarra na agressividade gratuita. Não gostei, pura deselegância jornalistica.