Charge do Sinfrônio para o Diário do Nordeste

AUTO_sinfronio

Serra diz ter ‘nervos de aço’ em política

SÃO PAULO – O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), rejeitou hoje mais uma vez a ideia de antecipar para este ano a definição do candidato do PSDB à Presidência em 2010. O governador mineiro Aécio Neves, que disputa com Serra a vaga tucana para a disputa presidencial, voltou a pressionar ontem para que a decisão saia até dezembro. Aécio ameaça anunciar uma candidatura ao Senado em janeiro.

Serra só quer fechar a questão em março e tentou hoje mais uma vez mostrar tranquilidade diante do cenário. “Eu tenho nervos de aço em política”, afirmou, ao ser questionado sobre a sua autodeclarada impaciência. Na segunda-feira, na gravação do programa da apresentadora Hebe Camargo, no SBT, o governador disse que ser impaciente é seu pior defeito. Hoje, apressou-se em esclarecer. “Minha impaciência é com fila de elevador e de banheiro de avião.”

Serra justificou o silêncio sobre a definição do PSDB para a Presidência com o argumento de que o cenário eleitoral para 2010 ainda está indefinido. “Você sabe se o Ciro (Gomes, deputado federal do PSB) será candidato? A Dilma declarou-se candidata? Então, por que essa ansiedade? Não tem nada definido no Brasil. Não há necessidade de definir porque é muito cedo”, disse o governador, após evento para a assinatura de um empréstimo de US$ 100 mil com o Banco Mundial, no Palácio dos Bandeirantes, na capital paulista.
agencia estado

Rizzolo: Bem, cedo não é. Este silêncio do PSDB com certeza causa um clima de deconforto ao partido e as bases. No caso do PT está claro para o povo que Dilma será candidata, e Ciro é visto como um plano B, agora quanto ao PSDB nada se sabe, nada se ouviu.

Lula está confiante na entrada da Venezuela no Mercosul

BRASÍLIA – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está confiante de que o Senado aprovará a entrada da Venezuela no Mercosul, afirmou nesta quarta-feira, 28, o porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach. A proposta, já aprovada pela Câmara, está prevista na agenda de votação da Comissão de Relações Exteriores do Senado desta quinta-feira, 29. Se aprovada, irá para o plenário.

Enquanto a comissão aprecia o assunto, Lula estará reunido com o presidente venezuelano, Hugo Chávez, em Caracas. Será o sétimo encontro dos dois presidentes dentro da agenda de reuniões trimestrais que os chefes dos países vêm mantendo.

“O tema do ingresso da Venezuela no Mercosul será discutido entre os presidentes. O presidente está confiante de que o protocolo de adesão será aprovado na Comissão de Relações Exteriores e Defesa, e, muito em breve, também no plenário o assunto será discutido. Além disso, serão discutidas (na reunião de Lula e Chávez) as negociações técnicas de liberalização comercial do Programa de Liberalização Comercial, que estão em andamento e que estão progredindo”, disse Baumbach.

Lula partirá de São Paulo para Caracas nesta quinta-feira às 13h, com chegada prevista para as 16h30. À noite, o presidente participará da cerimônia de inauguração do Consulado-Geral do Brasil e do escritório da Caixa Econômica Federal em Caraca. Logo após, jantará com o presidente venezuelano.

Na sexta-feira (30), além de se reunir novamente com Chávez, em El Tigre, cidade localizada no Vale do Orinoco, Lula visitará uma plantação de soja, a primeira da Venezuela. A cultura de soja foi desenvolvida com a tecnologia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Após a cerimônia, haverá assinatura de atos e declaração para a imprensa.

A agenda de encontros trimestrais vem sendo mantido pelo Brasil e pela Venezuela com o objetivo de firmar parceria entre os dois países. O comércio bilateral tem crescido e em 2008 ultrapassou a cifra de US$ 5 bilhões.

De acordo com o governo, a colheita de soja em território venezuelano é um exemplo da contribuição do Brasil para a redução da atual dependência da Venezuela de alimentos importados.

Outro tema na agenda do encontro entre Lula e Chávez é o acordo entre Petrobras e empresa venezuelana PDVSA para construir a Refinaria Abreu e Lima. Serão assinados o estatuto e o acordo de acionistas, que apenas haviam sido rubricados em Recife, o contrato de compra e venda e o plano de investimento da refinaria.
agencia estado

Rizzolo: Não há como negar a entrada da Venezuela no Mercosul. Na última década as relações comerciais entre o Brasil e a Venezuela aumentaram substanciosamente. A grande questão é abstermos de misturar questões ideológicas com comerciais, os governos passam e os países ficam. O Brasil não pode sob pena de alguns entenderem a Venezuela apenas do ponto de vista político, desprezarmos o potencial do mercado venezuelano. Sou completamente favorável a inclusão da Venezuela no Mercosul, não tem cabimento deixá-la de fora por caprichos de alguns.

Integrante do ‘Pânico na TV’ é preso com cocaína em SP

SÃO PAULO – Marcos da Silva Herédia, de 27 anos, o Zina, do programa “Pânico na TV”, da Rede TV!, foi preso por volta das 8 horas desta quarta-feira, 28, com um pino de cocaína na Rua Capela da Lagoa, na região de Parada de Taipas, zona norte de São Paulo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, policiais militares receberam uma denúncia anônima informando que um homem armado ameaçava pedestres que passavam pela rua. Quando os policiais chegaram ao local indicado, encontraram um homem descontrolado que partiu pra cima deles.

A droga foi encontrada no bolso do suspeito, durante revista policial. Segundo a PM, ele resistiu à abordagem. A arma não foi encontrada. Zina foi encaminhado ao 74º Distrito Policial para a elaboração de um Termo Circunstanciado, já que a quantidade apreendida o classifica como usuário.
agencia estado

Rizzolo: Infelizmente o consumo de drogas se alastra na nossa sociedade provocando violência e dor; e o pior, quando as pessoas públicas se vêem envolvidas neste mundo, isso passa a ser um péssimo referencial aos jovens, haja vista o caso do Rafael Ilha e outros. O combate ao uso de drogas se inicia na formação dos jovens, em casa, na escola, e só com uma vida familiar e religiosa robusta, conseguiremos combater este mal.

Em setembro, entrada de capital especulativo ultrapassa US$ 6,8 bi

Os números do setor externo divulgados pelo Banco Central registraram em setembro ingressos líquidos de US$ 6,835 bilhões em investimentos estrangeiros em carteira. Esse volumoso ingresso de capitais puramente especulativos não foi um ponto fora da curva, como costumam dizer os economistas. Inclusive já vinha sendo apontado em meses anteriores.

Assim se sucedeu em agosto (US$ 6,079 bilhões) e julho (US$ 7,517 bilhões). No ano, foi acumulada uma entrada de US$ 22,693 bilhões em investimentos estrangeiros em carteira.

Especialmente em período de crise internacional, o diferencial de juros tem se tornado um forte atrativo para os especuladores. É só analisar, por exemplo, taxa real de juros(4,3%) com as dos países do G7. Atualmente, segundo levantamento da consultoria UpTrend, a taxa média real de juros das 40 maiores economias é de 1,1%. Estão abaixo dessa média, países como Inglaterra (-0,6%) e Itália (0,8%). As taxas de juros reais dos EUA e França estão em 1,4%, enquanto que na Alemanha está em 1,3%, Canadá, em 1,2% e Japão, 2,4%.

Em setembro, a média geral dos juros reais era de 1,2%, enquanto a dos EUA, 2,3%. A da Inglaterra estava em -1,3%, a da Alemanha, 1,5% e a do Japão. A do Brasil, 4,5%.

Em julho, média geral dos juros reais: 1,0%. Abaixo disso, Inglaterra (-1,3%) e Alemanha (0,8%). Os EUA estavam com taxa real de juros de 1,6% e Japão, com 1,2%. A do Brasil, 4,4%.

Com isso, os especuladores ganham em duas pontas. Primeiramente, na conversão das moedas e depois na aplicação em títulos públicos remunerados pela Selic.

Além de se tornar um freio à ampliação dos investimentos, a consequência imediata da manutenção dos juros altos por parte do BC é a valorização do real ante ao dólar. Segundo o FED, o banco central norte-americano, entre 31 de dezembro de 2008 e 22 de outubro de 2009, a taxa de valorização média de uma cesta de moedas em relação ao dólar foi de 6%, enquanto a do real foi de 37%.

Obviamente que encareceram os produtos brasileiros no exterior, atingindo em cheio às exportações.

A cobrança de 2,0% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre capital estrangeiro que ingressar no país para aplicação na Bolsa e em renda fixa, foi uma boa medida, mas ainda muito tímida. Sem a redução dos juros para média internacional, continuará a enxurrada de capitais especulativos e com eles a sobrevalorização cambial.

VALDO ALBUQUERQUE
Hora do Povo

Rizzolo: A notícia corrobora o que este Blog afirma há muito tempo, o desmantelamento da indústria nacional, exportadora, principalmente de manufaturados, tem sido feito através da perversa política macroeconômica, que tem por objetivo sustentar a alta taxa de juros no Brasil. Fica patente que os especuladores tomam numa ponta recursos, e ganham na conversão e depois na aplicação em títulos públicos remunerados pela Selic.

O principal efeito, é claro, é a valorização do real tornando nossos produtos sem competitividade; como se bastasse os custos da nossa produção, temos ainda que contemplar os especuladores com a enxurrada de dólares. A cobrança de 2,0% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre capital estrangeiro que ingressar no país para aplicação na Bolsa e em renda fixa, é uma medida tímida que pouco efeito surtirá enquanto as taxas de juros estiverem neste patamar.

Charge do Lute para o Hoje em Dia

AUTO_lute