Uniban expulsa aluna que provocou reação de colegas ao usar vestido curto

Geysi usava trajes inadequados e apesar de alertada, não alterou seu comportamento, diz anúncio
Por meio de anúncio publicitário em jornais de São Paulo, a Uniban anunciou que a aluna do curso de turismo Geysi Villa Nova Arruda foi desligada da instituição. Segundo o informa, a aluna frequentou a escola “em trajes inadequados, indicando uma postura incompatível com o ambiente da universidade e, apesar de alertada, não modificou seu comportamento”. As informações são do site G1.

Geysi afirmou que nem ela e nem seus advogados haviam sido notificados da decisão. No final de outubro, a diretoria da universidade informou que havia aberto uma sindicância para investigar o tumulto na unidade paulista da instituição.

A Polícia Militar precisou ser acionada após a garota ser insultada por colegas. Segundo informações da polícia, o tumulto foi causado por uma aluna vestida com roupas inapropriadas.

zero hora

Rizzolo: Como se bastasse a violência que a aluna foi vítima, agora a instituição a expulsa legitimando a medida nos termos das agressões. Isso é um absurdo, um acinte à privacidade feminina, que deve ser rechaçada por todos na sociedade. Entender a postura dos críticos ao vestido de Gleyse, é chancelar o direito de censura aos mais diferentes tipos de vestimentas e comportamentos, como certos biquínis na praia, forma das mulheres cruzarem as pernas, decotes, e por ai afora. Como advogado, já me ofereci para custear sua defesa, é só a vítima entrar em contato comigo. Fico indignado com esse tipo de postura medieval, a inviolabilidade ao direito da mulher em se vestir, se expressar, e exercer sua feminilidade é sagrado, e deve ser respeitados por todos. Ou vivemos num país fundamentalista religioso?

Governo argentino eleva taxas de importação

O Senado da Argentina aprovou na última semana de outubro o Projeto de Lei que estabelece novos impostos para produtos eletrônicos que não são fabricados no país. Apresentado pela presidente Cristina Kirchner, o Projeto eleva de 10,5% para 21% a carga tributária sobre as importações de equipamentos como celulares, GPS, TVs, DVDs, máquinas fotográficas, entre outros.

A ministra de Indústria e Turismo, Débora Giorgi, afirmou que a política de incentivar a produção de equipamentos eletrônicos no país não deve ser entendida como um “impostaço”, com o objetivo do governo fazer caixa, lesando os consumidores – acusação de várias multinacionais com sede no Brasil e no México, principalmente-, mas que visa “um renascer tecnológico para o setor”.

“Dizem que com a Lei não só vai aumentar o preço dos produtos e ampliar a brecha digital em nosso país. Não é verdade, vamos é reduzir a brecha digital, pois hoje pagamos os celulares mais caros do mundo. Qual é o mistério para produzir aqui esses aparelhos, se a Argentina tem um avanço científico reconhecido até em áreas sofisticadas como a nuclear?”, declarou.

“A Argentina está importando produtos tecnológicos por 2 bilhões e meio de dólares, e o conjunto total de eletrodomésticos, chega aos 6 bilhões de dólares. A aprovação da Lei implica em menos recursos saindo do país, mais independência econômica e mais empregos para os argentinos”, destacou Cris-tina Kirchner.

Mesmo que o projeto apresentado não estabeleça uma clara diferença entre as empresas compro-vadamente nacionais e os monopólios estrangeiros estabelecidos no país, os fabricantes multinacionais de produtos eletrônicos que exportam para Buenos Aires promoveram um intenso lobby contra os impostos. “O governo deu um passo à frente com essa Lei, mais ainda devemos avançar mais. Não podemos só nos contentar com produzir produtos eletrônicos aqui. Temos que industrializar o país, não precisamos de multinacionais que sugam nossos recursos. Temos técnicos, cientistas, trabalhadores experientes, capazes, podemos retomar o exemplo plantado pelo presidente Perón que substituiu importações, e organizou um país auto-suficiente”, assinalou Hugo Moyano, presidente da CGT Argentina.

Hora do Povo

Rizzolo: O desenvolvimento da indústria nacional , deve passa forçosamente por um brando protecionismo. Absorver tecnologia, mesmo que adquirindo know-how, e fabricar no país ao invés de importa-los, é desenvolver a industria nacional do ponto de vista tecnológico, tornando-a capaz de produzir bens sofisticados. O imposto ora em questão, vem ao encontro à formação na Argentina de um polo industrial capaz tecnologicamente. No Brasil precisamos prestigiar a indústria nacional, nesse esteio de entendimento, ou seja, tornar as importações mais caras destes produtos para transferir tecnologia e fabricá-los aqui. Esse é o caminho.

Para Alencar, “juro é o gasto que mais pesa no Orçamento da União”

O vice-presidente da República, José Alencar, criticou na quarta-feira, no programa 3 a 1, da TV Brasil, a insistência do Banco Central em manter a política de juros elevados. Para ele, o governo gastou mais de R$ 1 trilhão nos primeiros sete anos do governo Lula na rubrica representada pelos juros. “É a rubrica mais pesada no Orçamento da União”, disse. O vice-presidente disse que se o governo tivesse usado uma taxa nominal de juros que representasse a metade da adotada atualmente, o país teria economizado R$ 600 bilhões.

Depois de afirmar que tem uma grande ojeriza a juros, ele lembrou que se a política do BC fosse outra, “nós teríamos aplicado esses recursos em alguma coisa que representasse desenvolvimento, mas estamos transferindo para especulação financeira”. “É jogar dinheiro pela janela”, disse. “O Brasil não registra inflação de demanda, uma vez que se mantém como país de “subconsumo”. “A inflação é inócua e desnecessária, porque não há expectativa de demanda”, afirmou.

Para o vice-presidente, a política do Banco Central vai contra as orientações do próprio presidente da República. “O presidente prega que as pessoas comprem e invistam para que haja emprego. Mas se ele prega para que as pessoas comprem, e a política monetária adota uma posição que inibe o consumo, algo está errado”, disse.

Sobre a necessidade de tomar decisões na ausência do presidente, Alencar disse que “se preciso tomar uma decisão inusitada, entro em contato com ele antes de fazê-la”. “Faria isso naturalmente, sem nenhum demérito ao meu mandato”, acrescentou.
Hora do Povo

Rizzolo: O problema das altas taxas de juros reais no Brasil já foi exaurido devidamente neste Blog por centenas de comentários. Com efeito nunca é demais ressaltar que cada vez mais, pessoas do próprio governo não entendem essa postura macroeconômicamente perversa, ao forçar a valorização do real impedindo as exportações, ao mesmo tempo em que premia os especuladores.