Um Olho Bom

*Por Sara Chana Radcliffe

A escolha é sua

Segundo Rabi Eliezer, um sábio talmúdico, uma das qualidades mais importantes que uma pessoa pode desenvolver é um “olho bom” (Ética dos Pais, 2:13), que significa a capacidade de interpretar nosso mundo positivamente. A maneira pela qual D’us fez o nosso mundo, no entanto, torna a interpretação positiva um grande desafio. Há maldade e trevas ao nosso redor, problemas em todos os níveis políticos e pessoais. Nem as nações nem os indivíduos acham fácil conviver em harmonia. Nossos mundos e relacionamentos imperfeitos nos dão muitos motivos para reclamar e muitos pontos negativos para focalizarmos. É sempre mais fácil ver o que é chocantemente errado que ver o que é sutilmente certo. E apesar disso, o “certo” é apenas sutil quando o relegamos a um canto pequeno do universo. Temos a opção, se desejarmos, de promovê-lo a um local frontal e importante onde pode se tornar o foco da nossa atenção. Engajarmo-nos nesse ato é o que constitui o desenvolvimento de nosso “olho bom”.

Escolhendo as lentes certas

Para ver o que está certo em nosso mundo, devemos escolher as lentes certas. Primeiro, temos de nos descartar das lentes defeituosas, aquelas que falham e mostram os defeitos. Quando se trata de casamento, usar nossa lente defeituosa nos traz uma dor aguda. Uma coisa é notar que o mundo é um ambiente imperfeito (de maneira geral) e outra coisa completamente diferente usar o zoom nas imperfeicões de um parceiro íntimo. Afinal, vemos este parceiro diariamente. Se tudo que podemos ver é o errado, certamente seremos infelizes. É deprimente olhar sobre a mesa e enxergar uma montanha de falta de consideração, relaxamento, indiferença, impaciência, egoísmo, irritabilidade ou seja lá o que for. Isso nos deixa tristes, sozinhos, frustrados e infelizes por termos de passar o nosso tempo com tamanho “fracasado”.

Obviamente, este mesmo parceiro certa vez foi maravilhoso aos nossos olhos. É foi por isso que concordamos em casar! Ele ou ela era inteligente, caloroso, engraçado, interessante, maravilhoso. O que terá acontecido desde o dia do casamento? De alguma forma sugamos a vida de nosso parceiro, transformando-o na sombra de uma pessoa? Ou isto apenas aconteceu por si mesmo?

O interessante é que outros ainda podem encontrar o lado maravilhoso de nosso cônjuge. Muitas vezes as pessoas ficam admiradas ao descobrir que seu cônjuge infiel conseguiu atrair alguém! Como uma pessoa tão terrível pode ser atraente? É claro, o que está acontecendo aqui é que os atributos positivos estão sempre presentes. Para alguém mais, eles estão mais focalizados. Para um cônjuge, eles podem se tornar apagados demais para perceber. Somente os traços desagradáveis estão visíveis.

A expectativa afeta o desempenho

Pesquisas mostram que os professores que esperam que seus alunos tirem boas notas (porque foram informados de que os estudantes eram muito inteligentes) terminam tendo alunos que se saem muito bem. Os professores que tem um “olho bom” fazem aflorar o melhor em seus alunos. No casamento ocorre a mesma coisa. Ter um olho bom faz surgir – e mantém – o melhor no próprio cônjuge. A fim de cultivar um olho bom, imagine que você está tentando “vender” seu cônjuge para alguém (i.e., imagine que você jamais se casou com ele, agora tem de encontrar para ele/ela um cônjuge – eu sei que parece loucura, mas tente!). Imagine que a sua felicidade futura depende completamente dessa venda. Como você anunciaria o seu cônjuge? Pense! Tente se concentrar nos aspectos bons.

Faça esse exercício diariamente. Com o tempo seu olho bom se tornará mais forte. E quando isso acontecer, você ficará mais feliz, bem como o seu cônjuge, e seu casamento prosperará. As sábias palavras de Rabi Eliezer permanecem válidas através dos tempos.

Cabe somente a nós.
fonte: beit Chabad

Tenha um sábado de paz !

Fernando Rizzolo

Alunos da Faap se dividem sobre briga de aluna com professora

A briga entre uma professora e uma aluna em sala de aula do curso de direito da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), uma das faculdades mais caras de São Paulo, foi tema das conversas dos estudantes nesta sexta-feira (27) na instituição. Os alunos se dividem entre críticas e elogios à aluna que tornou pública a confusão. Na quarta-feira (25), a estudante de direito contou ao G1 sobre a discussão.

Segundo uma estudante de 21 anos, ela e a professora brigaram na manhã de segunda-feira (23) por causa de um celular. A professora teria pensado que a aluna estava colando por meio do celular durante a aplicação da prova. A docente, segundo relato da estudante, pegou seu celular – blackberry – e começou a mexer no aparelho.

A aluna reclamou, tentou pegar o celular da mão da professora e as duas ficaram disputando o aparelho, uma puxando de cada lado, ainda conforme contou a aluna. Na confusão, a garota diz que se desequilibrou e caiu em cima de uma cadeira, machucando o joelho. Ela também afirmou que, durante a disputa pelo aparelho, a professora acabou arranhando seu braço.

A Faap anunciou na quinta-feira (26) ter aberto sindicância administrativa para apurar o caso e disse que não comentaria o fato até a conclusão da sindicância. Em contato com o G1 nesta sexta-feira, a aluna confirmou que havia sido ouvida pela sindicância que apura o fato na quinta e disse que não vai mais se manifestar sobre o caso até que faculdade conclua as apurações.

“Essa professora trata todo mundo mal, ninguém gosta dela. Já fizeram dois abaixo-assinados para ela sair da faculdade”, contou uma estudante de 20 anos, que cursa o quarto semestre, que pediu para não ser identificada por ter medo de represália da faculdade. Ela disse ter assinado os dois abaixo-assinados. “Se ela saísse, eu acharia ótimo. Ela é a única professora que trata mal os alunos”, acrescentou. Segundo ela, no ano passado, essa professora ridicularizou uma aluna por ter ido à aula com um caderno prateado.

“Teve uma vez que a gente apresentou um trabalho e ela deu a entender que o trabalho estava um lixo”, disse outra estudante de 19 anos, também do quarto semestre. De acordo com ela, a professora fala de uma forma que humilha os alunos. “A gente já reclamou dela até para a coordenação do curso, mas não deu em nada”, afirmou.

O estudante de direito Lucas Duarte Machado, de 26 anos, que disse cursar o quinto semestre reclamou da exposição da faculdade na mídia. “Isso denigre a imagem da faculdade, que é uma faculdade de qualidade”, opinou ele. Machado diz que não presenciou a confusão, mas que soube diferentes versões da história, umas favoráveis à estudante e outras à docente. “Ela é uma boa professora, competente. Já tive problemas de nota com ela, mas nunca vi esse tipo de confusão”, disse.

Estudantes do curso de relações internacionais afirmaram que o assunto chegou a ser abordado por uma professora em sala de aula. “Um aluno perguntou e a professora falou sobre o assunto e disse que a professora tem direito de pegar o celular [se está ligado na hora da prova]”, afirmou uma garota de 19 anos do segundo semestre de relações internacionais.

Ela e outras duas colegas de sala, ambas de 18 anos, disseram acreditar que houve um bate-boca entre a estudante e a professora, mas não agressão física. “Na prova vem escrito que o celular tem que ficar desligado e guardado na bolsa”, disse a aluna de 18 anos. Elas preferiram não se identificar.

A estudante que se diz vítima da confusão com a professora afirmou que não estava colando com o celular e só deixou ele ao seu lado porque os pais moram em Brasília e poderiam precisar falar com ela urgentemente. Procurado pelo G1, o diretório acadêmico do curso de direito diz que não se pronunciaria sobre o caso. Questionada sobre os abaixo-assinados contra a professora, a Faap não respondeu até a publicação desta reportagem.
globo

Rizzolo: Bem, é lastimável que uma Universidade mantenha professores cujos alunos conforme o texto , já a tinham como problemática. Posturas como esta, de autoritarismo, não coadunam-se com o ensino do Direito. Ademais conforme a notícia, os alunos já haviam reclamado das atitudes da professora e a coordenação nada fez. Lamentável ocorrer isso numa Universidade das mais caras, situada numa cidade como São Paulo. O abaixo assinado contra o docente procede, não é dessa forma que se coibi eventuais colas.

Caixa lança crédito de R$ 100 milhões para motoboys

A Caixa Econômica Federal lançou nesta sexta-feira (27) uma linha de financiamento para a compra de motocicletas por profissionais registrados que trabalhem com transporte remunerado de mercadorias e documentos. A linha especial terá R$ 100 milhões do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Por essa modalidade de crédito, anunciada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e pelo vice-presidente de Pessoa Física do banco, Fábio Lenza, o motoboy poderá comprar motocicletas novas, de fabricação nacional, de até 150 cilindradas e limite de preço de R$ 8 mil.

O empréstimo, de acordo com a Caixa, será limitado a 80% do valor da motocicleta, corrigidos pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) mais 12% ao ano, para financiamento de 36 meses, e TJLP mais 18% ao ano, no caso de financiamento com prazo de 37 a 48 meses. As operações serão contratadas até 30 de junho de 2010 ou enquanto houver recursos disponíveis.

As motocicletas devem apresentar itens de segurança regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), como freio a disco, baú com reflexivo, colete e capacete. Também será obrigatória a contratação do seguro do bem. O profissional deve estar regulamentado para o exercício da profissão.
globo

Rizzolo: Sempre me debati sobre essa questão do primeiro emprego e dos motoboys. Milhares de jovens no Brasil iniciam seu primeiro emprego pilotando uma moto, e na realidade o fato de haver uma política de incentivo à compra de novas motos faz com que os jovens se desenvolvam na profissão que além de estressante é extremamente arriscada, principalmente nos grandes centros. O crédito de 100 milhões é uma esperança a muitos daqueles que fazem da moto o seu ganha-pão.

ONU aprova resolução condenando o Irã; Brasil se abstém

VIENA – O Conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) condenou nesta sexta-feira, 27, o Irã, pela primeira vez desde 2006, por seu polêmico programa nuclear e sua falta de cooperação na investigação internacional de suas atividades atômicas. O Brasil, que recebeu o presidente Mahmoud Ahmadinejad nesta semana, se absteve de votar. É a primeira vez desde fevereiro de 2006 que a AIEA aprova uma resolução contra o Irã.

Do grupo de 35 países da atual Junta de Governadores da AIEA, 25 concordaram com a resolução, segundo diplomatas. Três países votaram contra o texto: Venezuela, Malásia e Cuba. Além do Brasil, Afeganistão, Egito, Paquistão, África do Sul e Turquia se abstiveram. Um país, o Azerbaijão, não estava representado.

Ao receber Ahmadinejad no País, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito iraniano de desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Grã-Bretanha, França, Alemanha, Rússia, China e Estados Unidos impulsionaram a nova resolução contra o Irã na AIEA por suas atividades nucleares. O documento pede a paralisação das obras de uma planta de enriquecimento de urânio, mantida em segredo até recentemente.

Países como EUA e Israel temem que Teerã tenha um programa secreto para produzir armas nucleares, mas o governo iraniano garante ter apenas fins pacíficos, como a produção de energia. O Irã já foi alvo de três rodadas de sanções no Conselho de Segurança da ONU, por se recusar a interromper seu programa nuclear.

A resolução aprovada expressa a “séria preocupação” de que Teerã continua “desafiando as exigências” da comunidade internacional, que pede entre outros assuntos uma suspensão completa do enriquecimento de urânio no Irã. O texto, elaborado pela Alemanha em coordenação com as cinco potências do Conselho de Segurança, vinha sendo redigido enquanto a AIEA esperava uma resposta iraniana para sua proposta de transferir a maior parte do urânio enriquecido no Irã ao exterior. No marco desta medida de criação de confiança, França e Rússia se comprometeram a transformar esse material em combustível nuclear para um reator científico em Teerã.

A resolução aprovada critica a construção sem aviso prévio de uma nova fábrica de enriquecimento de urânio na cidade de Qom, a sudoeste de Teerã. O fato de que o Irã não tenha informado a tempo à AIEA da existência dessa instalação “não contribui para a criação de confiança”, diz o documento. A fábrica de Qom “reduz o nível de confiança sobre a ausência de outras instalações” e cria dúvidas sobre se “existem outras instalações nucleares no Irã que não foram declaradas”, adverte a resolução.

O Irã reconheceu em setembro passado que está construindo em Qom uma segunda planta de enriquecimento de urânio, muito menor que o centro de Natanz, o que causou inquietação na comunidade internacional. O mal-estar aconteceu porque muitos especialistas consideram que o tamanho da instalação, que entrará em funcionamento em 2011, não é compatível com um programa nuclear civil.
agência estado

Rizzolo: Todos sabem que o governo do Irã não é de confiança. Num momento em que o mundo condena a forma pela qual o Irã trata e informa suas atividades na área nuclear, o Brasil se coloca como quase um cúmplice em não rechaçar a postura estranha do Irã que sonega informações, se colocando perante o mundo como um rebelde na área atômica, desconsiderando as posições da ONU sobre o caso.

Já o embaixador norte-americano Glyn Davies, enviado de Washington à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou que “a paciência dos Estados Unidos com o programa nuclear iraniano “está se esgotando”. O comentário foi feito depois de a AIEA ter aprovado hoje, em Viena, uma moção de censura contra o Irã por causa de seu programa nuclear. Davies ressalvou, no entanto, que a resolução aprovada hoje “não tem caráter punitivo”. O embaixador disse esperar que a moção dê “novo ímpeto ao caminho da diplomacia”.

Charge do Simon Taylor para o Charge Online